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Opinião

A nossa selecção

Por Miguel Braga*
18 Mar, 2021

(...) Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS

Não há adepto no Mundo que não sinta orgulho ao ver um jogador da sua equipa na respectiva selecção nacional, seja a principal, ou no caso de jogadores jovens, nos sub-21. Comecemos por aqui, onde novamente o Sporting Clube de Portugal é o Clube que mais jogadores fornece ao seleccionador Rui Jorge – ombreando o título com o FC Porto, com quatro jogadores cada. São eles: Luís Maximiano, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e Tiago Tomás, atletas que têm sido presença habitual nos convocados do actual líder da Liga NOS, sendo que os últimos têm sido titulares, com Pedro Gonçalves em destaque por ser, à 23.ª jornada, o melhor marcador do Campeonato e, certamente, uma das revelações do ano.

De fora da convocatória acabou por ficar Gonçalo Inácio, outro dos jogadores “surpresa” no Sporting CP versão Rúben Amorim, titular da defesa menos batida da Europa do futebol (Espanha: Atlético de Madrid, 18 golos em 27 jogos; Itália: Juventus FC, 22 em 26 jogos; Inglaterra: Manchester City FC, 21 em 30 jogos; Alemanha: RB Leipzig e VfL Wolfsburg, 21 em 25 jogos; França: Lille OSC, 17 em 29 jogos; Holanda: Ajax, 19 em 25 jogos; Grécia: Olympiakos FC, 13 em 26 jogos; Roménia: CFR Cluj, 12 em 27 jogos; Rússia: FK Zenit, 19 em 22 jogos). De realçar que destes dez campeonatos (Liga NOS incluída), o Sporting CP é a única equipa que ainda não perdeu um jogo dentro de portas. Números que só nos podem dar alento e força para enfrentar as 11 finais que faltam para o término da Liga NOS. E que dão uma real dimensão daquilo que já foi conseguido até ao momento. No entanto, todos sabemos que as verdadeiras contas só se fazem no fim, quando o árbitro apitar e quando terminar a competição. Até lá, humildade, trabalho e mais trabalho, são os ingredientes para a receita de sucesso.

Nas selecções jovens, nota ainda para as chamadas de Tristan Hammond e Lucas Dias, ambos de 18 anos, para as selecções olímpicas da Austrália e Canadá, respectivamente.

No que diz respeito a convocatórias para as selecções nacionais, fazemos uma tripla estreia, com Pedro Porro para a Espanha de Luís Enrique e Nuno Mendes e João Palhinha para a selecção de Fernando Santos.

Pedro Porro chegou a Portugal como segundo reforço do plantel para a época 2020/2021. Apesar de já ter dado nas vistas no país vizinho (daí a contratação pelo Manchester City FC) e de ser capitão da selecção sub-21 de Espanha, Porro era um “ilustre desconhecido” da grande maioria dos portugueses. Em pouco mais de sete meses, Porro passou de jogador desconhecido a defesa-direito de eleição da Liga NOS, chegando agora à La Roja pela mão do ex-treinador do FC Barcelona.

E se Porro é o dono e senhor do lado direito da defesa da equipa de Rúben Amorim, Nuno Mendes é a sua versão no lado esquerdo. Jogador formado de Leão ao peito, é convocado por Fernando Santos pela primeira vez ainda com 18 anos e depois de ser já, também, uma das revelações da nossa Liga e uma das promessas sérias do futebol moderno. Nos próximos dias, terá a oportunidade de treinar e (esperemos) de jogar com os seus ídolos.

Por último, aos 25 anos João Palhinha chega à selecção nacional. Um caso de justiça, ampliada pelo facto de, no mesmo dia da convocatória, ter sido conhecida a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto que dá razão ao jogador no braço de ferro com o famígero Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS.

 

Editorial da edição n.º 3811 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Um Leão que os incomoda

Por Juvenal Carvalho
18 Mar, 2021

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP

É incontornável. Respira‑se vitalidade no Sporting Clube de Portugal. Não é menos incontornável. Estamos a incomodar, e as vozes que querem de forma cínica o nosso Clube na ribalta, dizendo que faz falta um Sporting CP forte ao futebol português e blá‑blá‑blá, são as mesmas que, quando isso acontece, tudo fazem para nos pisar, ora nas instâncias dirigentes, ora por parte de proeminentes “catedráticos” com palco, que a cada oportunidade dão a sua opinião enviesada... com um denominador em comum. Uma brutal azia.

É até, e de forma tão notória esta azia, quando ainda nada por nós está sequer ganho, que chega a ser revoltante. Ao ritmo a que começam a chover processos – até por “fraude” – acredito que o Conselho de Disciplina terá de trabalhar aos fins‑de‑semana e feriados para solucionar toda esta panóplia de casos horrendos... com o principal caso a ser, contudo, e deliberadamente, o Sporting CP estar a incomodar.

Até o Jubas poderá estar em causa por não ter o quarto grau de mascote. O Leão da Porta 10‑A por ser de uma pedra que não tem patente registada, o Paulinho por não ter habilitação adequada para ser técnico de equipamentos, etc., etc., etc.

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista e mãe daquele que é o melhor jogador português de todos os tempos, o “nosso” Cristiano Ronaldo, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP.

Se infelizmente ganhamos menos do que todos desejamos e é este o estado de espírito desta gente, imaginem vocês um Sporting CP a ganhar. Pois é, todos sabemos que a bipolarização dos interesses do futebol se move a dinheiro. Com quanta sede tem esta gente ido ao pote para afastar de vez o nosso Clube da ribalta. Não o têm conseguido. Não o irão conseguir nunca.

Gostemos nós mais deste ou daquele presidente, deste ou daquele jogador, deste ou daquele treinador, uma coisa apelo aos Sportinguistas. Teremos, acima de tudo e de todos, porque nada é maior do que o Símbolo, de estar unidos e seguir a máxima tão bem conseguida pelo nosso treinador Rúben Amorim do #OndeVaiUmVãoTodos.

Teremos mesmo que ser uma muralha inexpugnável. O poder instituído, chamar máfia podia ser forte – ou talvez não –, vai fazer tudo para nos tentar afastar do nosso caminho. Que passa por ganhar e consolidar no topo. Percebem eles, e tanto os incomoda, que definitivamente estamos a trilhar um rumo. Existe um fio condutor. E isso não só os incomoda muito, como tudo tentam para nos afastar das decisões. 

Cabe‑nos a nós – e não, não sou o Calimero – defender o Sporting CP, e não só no futebol. Em todas as modalidades. A nossa grandeza, e somos até aqui ou ali um gigante adormecido que começa a despertar, é enorme. 

Não pode esta gente conseguir o propósito de nos desviar da nossa rota. O caminho é por aqui... e queremos um percurso de êxitos. Para que para nós fique a alegria, e para eles a azia.

Que fiquem a saber que um Leão só se curva para beijar o símbolo. Todos juntos seremos muito mais fortes.

Duas questões sobre o caso Palhinha

Por Pedro Almeida Cabral
18 Mar, 2021

As competições desportivas precisam de regras claras, que tragam justiça e minorem o erro dos árbitros. A decisão do TAD, redigida de forma cuidada, pensada e rigorosa, dá pistas para uma melhoria do enquadramento disciplinar da Liga

Finalmente, o Tribunal Arbitral do Desporto, conhecido como TAD, proferiu a sua decisão sobre o afamado caso Palhinha. Tudo começou com a exibição de um (escusado) cartão amarelo a Palhinha no jogo contra o Boavista FC, no final de Janeiro passado. Por considerar que o cartão foi mal mostrado, como é evidente que foi, Palhinha recorreu para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Este organismo não deu razão a Palhinha, que, por sua vez, recorreu para o TAD. Entretanto, tudo ficou suspenso por uma providência cautelar. Este emaranhado novelo judicial conheceu por estes dias um avanço importante: o TAD deu razão a Palhinha e considerou que o cartão amarelo foi mesmo mal mostrado, anulando‑o. 

A partir daqui, há duas questões que se devem colocar. A primeira questão é saber se o essencial da decisão do TAD se irá manter. O TAD deu extrema importância ao facto de o árbitro, Fábio Veríssimo, ter reconhecido, frontalmente, que não devia ter mostrado o cartão amarelo. Não será habitual este mea culpa nos árbitros portugueses. Mas a verdade é que foi o que aconteceu. Num futebol que privilegie a verdade e o trabalho construtivo dos árbitros, em casos flagrantes de erro como este, este entendimento deveria prevalecer.

A segunda questão prende‑se com a doutrina do terreno do jogo, que já circula em qualquer conversa com o seu nome original, field of play doctrine. Este princípio é fundamental para garantir que o árbitro tem autoridade em campo nos 90 minutos de jogo. Acaso não existisse, um jogo de futebol seria uma balbúrdia, susceptível de recurso permanente, esvaziando a capacidade decisória do árbitro. O que está em causa é uma extensão exagerada desta doutrina por parte do Conselho de Disciplina, que sustenta que o reconhecimento do erro do árbitro na amostragem do cartão amarelo só valeria se ele afirmasse ter visto o lance em toda a sua extensão. É uma exigência impossível de cumprir que, a ser escrupulosamente respeitada, não daria qualquer relevância ao reconhecimento do erro pelo árbitro. Além de contrariar entendimento consolidado no Comité Disciplinar da FIFA, que valora acontecimentos durante o jogo que o árbitro não se tenha apercebido. Persistirá o Conselho de Disciplina nesta interpretação peculiar da doutrina do terreno do jogo?

As competições desportivas precisam de regras claras, que tragam justiça e minorem o erro dos árbitros. A decisão do TAD, redigida de forma cuidada, pensada e rigorosa, dá pistas para uma melhoria do enquadramento disciplinar da Liga. Espera‑se que a malha legal disciplinar seja aperfeiçoada no sentido das orientações do TAD e que o Conselho de Disciplina acerte os seus entendimentos. Ficaríamos todos a ganhar.

 

O Furriel… A Cláudia… E o TAD!!!

Por Tito Arantes Fontes
18 Mar, 2021

Somos uma equipa! Todos contam! Todos ajudam! Próximo sábado é no nosso José Alvalade, com o Vitória SC! Força Sporting CP! Onde Vai Um Vão Todos!!!

Mais uma semana, mais uma jornada, mais uma vitória! Na garra, no querer, na fé, na esperança! Esta equipa não falha… e nós, todos, Sportinguistas, também não! Os jogos têm 90 minutos… e nós aproveitamos bem esses 90 minutos… lutamos sempre, do primeiro ao último minuto de jogo! E se não for o TT (como foi neste sábado, depois de – pouco antes – ter sofrido um “pisão” para penálti não sancionado pelo árbitro!) é outro jogador… desde o “goleador” Pote ao “patrón” Coates! Passando por todos os demais, todos os que possam… chamem‑se Porro, Nuno Santos, Jovane, João Mário, Matheus Nunes, Nuno Mendes, Feddal ou Palhinha! Ou qualquer outro jogador! Somos uma equipa! Todos contam! Todos ajudam! Próximo sábado é no nosso José Alvalade, com o Vitória SC! Força Sporting CP! Onde Vai Um Vão Todos!!!

Ora, falando de Palhinha… que fantástico dia hoje (terça‑feira, quando escrevo)! Então não é que o TAD decidiu… e decidiu a favor do João Palhinha! E contra – concomitantemente – a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mais concretamente o Conselho de Disciplina – Secção Profissional (CD)! Ou seja, contra a badalada sua presidente… a Cláudia! O TAD resolveu, aliás, ir à substância do tema, pondo mesmo “as mãos no assunto” e sentenciou – com base no depoimento do árbitro Fábio Veríssimo (peça fundamental neste assunto, pois “confessou” não ter “visto bem, na sua plenitude” o lance no terreno de jogo!) – que o quinto amarelo mostrado ao Palhinha no jogo do Bessa foi mal mostrado! E que – consequentemente – a suspensão por um jogo não poderia proceder! Isto é, nesta decisão do TAD nem importa – por ora – o que é dito sobre a questão constitucional do Palhinha ter sido ou não ouvido previamente à sua suspensão pelo CD! Porque o que agora importa é o descalabro da doutrina “field of play doctrine”, pelo menos no modo como a mesma foi peregrinamente aplicada (mal, como ora se vê!) pela Cláudia e seus correligionários! A Cláudia ficou “possessa” com a decisão – isso sabe bem o SCP – e vai daí foi logo anunciado que a FPF recorrerá da decisão do TAD… e recorre para onde? Ora bem, para o Tribunal Central Administrativo do Sul… ou seja, o mesmo Tribunal que tanto serviu para atacar Palhinha (e houve quem – com responsabilidades! – dissesse que nesse “criminoso erro” tinha igualmente incorrido o próprio SCP!) por significar que este tinha ido para fora da “justiça desportiva” ao ter convocado, ao arrepio de tudo, a “justiça estadual”!… e quem é que agora “convoca” essa mesma “justiça estadual”? A FPF! A Cláudia! Ela própria! Ela, que tanto se queixou – desde logo ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos (que topete!) – por o cidadão Palhinha ter ido requerer a providência cautelar que ganhou ao mesmo Tribunal para o qual ela agora recorre! Sempre quero ver o que dirão os “comentadores do regime” sobre este recurso da FPF aos “tribunais estaduais”… como é que este “crime” será agora enfrentado, dissecado, comentado? Será que vai passar incólume… sem mácula, sem referência… ui, ui… sempre quero ver como se comportam agora esses “defensores da justiça desportiva”!

Continuemos com a Cláudia… é que, por si só, esse é um “tema” inesgotável e que merece mesmo continuar a ser glosado… olhemos, pois e agora, para a sua relação com o “furriel”! Explicando, o “furriel” – ou seja, o ora “famoso” e antes desconhecido treinador que há oito anos deixou a sua profissão (não vale rir, por favor!) para ser presidente da cinzenta, manipulada e parcial ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol) – queixou‑se o ano passado à FPF do “insurrecto” Rúben Amorim! E, agora, um ano depois, o que fez a Cláudia? Pois bem, recebeu a acusação perpetrada contra Rúben Amorim e a Sporting CP SAD, o que no imediato foi logo anunciado mediante garrafais paragonas, divulgando o facto dos mesmos serem arguidos em processo disciplinar com vista à punição e suspensão do Rúben por um a seis anos! E tudo isto é anunciado um ano depois da queixa do “furriel”! Ou seja, num momento oportuno, seleccionado, escolhido a dedo… de modo a perturbar e influenciar o SCP na sua elogiada e vitoriosa campanha no Campeonato Nacional! É sinal do muito bom que estamos a fazer! E do descontrolo, da raiva, da inveja que grassa nos nossos adversários… os que conhecemos e os que não conhecemos! Estão mesmo desolados, de cabeça perdida!

Certo é que a resposta a esse execrável processo disciplinar começou já a ser dada! E – desde logo – por quem? Pois, nada mais nada menos que pelos próprios treinadores das demais equipas da Liga NOS! Sim, estes treinadores, na sua maioria portugueses, dos clubes do primeiro escalão do futebol nacional, aquele onde todos os treinadores querem mesmo estar… pois, eles próprios treinadores elegeram Rúben Amorim como melhor treinador da Liga em Fevereiro, conforme foi anunciado pela própria Liga… o “Prémio Vítor Oliveira – Treinador do Mês” foi mesmo e justamente atribuído a Rúben Amorim! Na mesma semana do anúncio do abominável processo para expurgar o futebol nacional desse “infractor”… e suspender Rúben Amorim! Se o ridículo matasse… sim, se o ridículo matasse, o “furriel” e a Cláudia bem que se teriam querido “enfiar por um buraco abaixo”… escondendo a sua vergonha, para escaparem à chacota popular em que tudo isto se transformou, fruto de uma absurda acusação feita no âmbito de um néscio e monstruoso processo disciplinar!

O “furriel”, é bom lembrar, para melhor se aquilatar da sua “isenção” e “sentido de equilíbrio, imparcialidade e independência”, comandava a ANTF aquando da saída de José Peseiro do SCP, em Novembro de 2018, situação que – como todos estamos lembrados – mereceu ruidosa tomada de posição por parte da associação… ao ponto de – desde essa altura – se esperar também vigorosa actuação da ANTF cada vez que um treinador é dispensado do clube onde estiver a trabalhar… mas nada, nunca mais se ouviu a ANTF sobre temas idênticos…é ver, desde logo, o “silencio sepulcral” que tem mantido esta época quanto às saídas de treinadores… todos à espera das posições públicas da ANTF… e esta caladita, sempre caladita, no seu canto, sem nada fazer… ó “furriel” Zé Pereira… assim não… é que “dois pesos e duas medidas” tão descarados dão mesmo má impressão! Imperdoável!

Última nota: que orgulho Nuno Mendes! Que orgulho João Palhinha! Que orgulho Pedro Porro! Os dois primeiros na selecção nacional e o terceiro na “La Roja”… todos no cume dos melhores jogadores dos dois países ibéricos! Parabéns!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

O Ouro da Vitória

Por Miguel Braga*
11 Mar, 2021

Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947

Portugal assinou no Campeonato Europeu de atletismo em pista coberta 2021 a sua melhor presença de sempre. Na bagagem, três medalhas de ouro, duas conquistadas por atletas do Sporting Clube de Portugal – aproveito também para felicitar Pedro Pichardo pelo resultado.

A primeira medalha foi alcançada por Auriol Dongmo, a nossa ‘Super Auriol’, atleta de excepção que chegou a Portugal em 2017 – apesar de na altura estar a ser assediada por França, optou por naturalizar-se portuguesa devido à sua fé na Nossa Senhora de Fátima. E, assim, assentou arraiais no nosso país, foi mãe aqui, e na sua categoria já bateu o recorde nacional, nada mais, nada menos, do que cinco vezes. É considerada, nos dias de hoje, a melhor atleta do mundo do lançamento do peso e foi isso mesmo que provou em Toruń, na Polónia.

Para trazer o ouro para Portugal, Patrícia Mamona fez aquilo que nunca antes uma portuguesa tinha feito no triplo salto: voar 14 metros e 53 centímetros, batendo o seu próprio recorde e estabelecendo a melhor marca portuguesa de sempre em pista coberta. Ao contrário de Auriol, Patrícia não era a favorita, mas também não deixou os seus saltos por pés alheios. Apesar de ter sido infectada com COVID-19 no mês de Janeiro, a atleta Leonina protagonizou mais uma prova de superação, deixando toda a concorrência para trás.

Também este fim-de-semana, o voleibol do Sporting CP voltou a conquistar a Taça de Portugal 26 depois e pela primeira vez após o regresso da modalidade ao Clube – e logo contra o arquirrival que não vencíamos há 701 dias. Este sábado, voltamos a medir forças com o mesmo adversário, em jogo a contar para as meias-finais do play-off de apuramento do Campeão Nacional. Que a equipa de Gersinho tenha a arte e o engenho de conseguir mais uma vitória.

De salutar que finalmente o Governo irá anunciar um conjunto de medidas de apoios extraordinários aos clubes desportivos. A importância do sector em Portugal merecia esta atenção de quem nos governa.

No futebol, os pupilos de Rúben Amorim continuam a fazer História dentro do campo: ao vencer o CD Santa Clara por 2-1, conseguiram um feito nunca antes alcançado por uma equipa do Sporting CP: ser invencível à 22.ª jornada da Liga NOS. Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947. Apesar de todas estas boas indicações, continuam a faltar muitos jogos até ao término da competição. E temos já mais uma final no sábado frente ao CD Tondela: humildade, concentração e vontade são os ingredientes necessários para conseguirmos mais três pontos.

A semana que passou ficou também marcada pela notícia de que a Liga (através da sua Comissão de Instrutores) entendeu dar seguimento a uma queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), acusando Rúben Amorim de fraude e falsas declarações e o Sporting CP de fraude na celebração dos contratos. Mais uma mancha na reputação internacional do futebol português, já que internamente todos sabemos que temos um desporto-rei manchado tal e qual um dálmata. Um episódio triste, e na minha opinião, revelador de uma inveja e mesquinhez de trazer por casa. Tão mau como a ANTF, apenas os ditos instrutores e o silêncio ensurdecedor dos colegas de profissão. Uma vergonha totalmente evitável.

 

Editorial da edição n.º 3810 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Épico, do ouro ao voleibol

Por Juvenal Carvalho
11 Mar, 2021

O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes

Falar da conquista de medalhas de ouro por parte de atletas do Sporting Clube de Portugal no atletismo é falar de algo felizmente recorrente e desde há muitos anos. É mesmo algo que se confunde com a nossa história, onde o nome do meio é vencer e é uma marca identitária do nosso ADN

No último fim‑de‑semana em Toruń, na Polónia, a história voltou a repetir‑se. E desta feita com toque afro. Foi a primeira vez para a camaronesa de nascimento, mas naturalizada portuguesa, Auriol Dongmo, chegada ao nosso país em 2017, e em boa hora para representar o nosso Clube, que a recebeu de braços abertos e onde ela tem evoluído para patamares que se já são elevados, muito mais poderá conseguir no futuro, e condições terá para mais vezes fazer subir a bandeira nacional ao mais alto lugar do pódio.

Se para Auriol Dongmo foi a primeira vez, para Patrícia Mamona, também ela com toque afro, por ascendência, mas já lisboeta de São Jorge de Arroios, foi o repetir de mais outra conquista. Mais uma. A repetir a outras em grandes eventos. Nada a demove, nem as lesões, é uma Leoa de têmpera. Daquelas de antes quebrar que torcer. O seu desígnio é vencer.

Mais duas medalhas de ouro do nosso contentamento. Que deixam, onde ele estiver, o sempiterno professor Mário Moniz Pereira orgulhoso. Como também orgulhoso ficou seguramente pelo quinto lugar do nosso velocista Carlos Nascimento, que pelo mérito teve até sabor a medalha.

Mas não só de atletismo se fez a história vencedora do nosso Clube no passado fim‑de semana.

Também o voleibol pôs termo a um interregno de conquistas da Taça de Portugal, que datava de 1995, coincidentemente o ano em que foi extinto no Sporting CP, numa decisão que pessoalmente não compreendi então.

E este fim de um ciclo sem conquistas desta competição, apesar de já havermos anteriormente ganho em 2017/2018 o campeonato nacional na época do regresso, foi mesmo épico. Num dérbi empolgante na final, e quando nas casas de apostas e no meio da modalidade se dava favoritismo ao nosso rival da Segunda Circular, eis que apareceu o rugido do Leão dos comandados pelo treinador Gersinho, que tem cumprido na íntegra a promessa de ascensão de uma equipa quase toda nova, mas que, cada vez mais, está pronta ainda a lutar pelo título máximo. Que bonita foi a festa da entrega do troféu e o erguer do mesmo pelo “Rei Leão” Miguel Maia, que com um sorriso, qual menino iniciado agora, continua a somar troféus ao seu tão vasto pecúlio, quando está a poucos dias de somar 50 anos. Foi mesmo uma lição de galhardia e de capacidade dos nossos briosos rapazes, que muito quiseram e fizeram por alcançar este troféu.

Está também quase a chegar o momento das grandes decisões, do futebol às restantes modalidades. Lá para Maio/Junho tudo se decidirá. O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes. Teremos de engalanar o Museu com mais conquistas e em mais modalidades.

Afinal somos enormes. Somos o Sporting Clube de Portugal!

Associação Nacional de Fazedores de Futebol

Por Pedro Almeida Cabral
11 Mar, 2021

(...) Teríamos até que dar os parabéns a tão atenta Associação e aos sapientes instrutores da Liga por terem desmascarado esta tramóia. Se não fossem eles, nunca se teria descoberto que Rúben Amorim treinava o Sporting CP

Soube‑se há dias que Rúben Amorim pode ser suspenso por um a seis anos da sua actividade profissional. Em Março de 2020, a Associação Nacional Treinadores de Futebol fez uma denúncia à Liga acusando‑o de não poder ser treinador de futebol do Sporting Clube de Portugal. E agora, um ano mais tarde, a Comissão de Instrutores da Liga entendeu acusar Rúben Amorim de fraude e falsas declarações. O Sporting CP também não está livre de acusações, considerando a Comissão que contratar Rúben Amorim só foi possível com um contrato fraudulento.

Seriam fraudes em cadeia, num esquema bem urdido para enganar Portugal inteiro. Teríamos até que dar os parabéns a tão atenta Associação e aos sapientes instrutores da Liga por terem desmascarado esta tramóia. Se não fossem eles, nunca se teria descoberto que Rúben Amorim treinava o Sporting CP.

O único problema é que o parágrafo anterior só existe nas cabeças de quem entendeu que todo o mérito deve ser castigado. Todos sabiam qual era o percurso e a qualificação profissional de Rúben Amorim quando veio para o Sporting CP. Ninguém ignorava que teria de fazer um curso específico. Nenhum atleta do Sporting CP se recusou a ser treinado por Rúben Amorim. Os Sócios e adeptos do Sporting CP também não puseram em causa a pretensa desqualificação do treinador. Em resumo, ninguém se importou com o irrelevante papelinho.

A verdade é que não houve investigação alguma de nenhum organismo. Trata‑se apenas de tentar manter um caduco sistema de qualificações que é impossível de cumprir, dado que tem vagas limitadas e obriga a permanência no mesmo nível vários anos. Pior. A prática de inscrever treinador‑adjunto até obter a qualificação de treinador principal existe há mais de dez anos, sendo aceite pela Liga sem questionar. É este o triste retrato de um Portugal corporativista, burocrático e avesso ao mérito que mais parece pretender ser o protagonista do último terço do campeonato. Os dirigentes da associação querem tanto escolher ‘quem treina quem’ que se comportam como a Associação Nacional dos Fazedores de Futebol. Talvez assim esqueçam os seus fraquíssimos resultados como treinadores. Já a comissão, em vez de instruir, mais parece apostada em destruir, agindo como Comissão de Destruidores da Liga, desestabilizando e procurando influenciar o campeonato. Mais um triste episódio a que estou certo que Rúben Amorim responderá onde tem respondido: em campo.

 

Os cães ladram… o SCP passa!!!

Por Tito Arantes Fontes
11 Mar, 2021

Afinal, tudo isto é apenas e tão só porque o SCP incomoda muita gente! Muito poder instituído! Muito poder podre! Muito poder que está a ser atingido por uma extraordinária época do SCP!

Com o aproximar do final do Campeonato assistimos a um crescendo de ataques ao SCP! Esta semana atingiu-se o “zénite”! Depois de todas as situações porque o SCP já passou nesta época… relembremos, muito rapidamente, só quanto a episódios dos últimos dois meses… avião “quase obrigado” a aterrar na Madeira sob pena de o SCP ter “falta de comparência”, jogo adiado por temporal medonho, marcado para o dia seguinte no “batatal” em que estava transformado o campo do CD Nacional, vários campos que se foram apresentando como manifestamente impraticáveis (Barreiros, Jamor, etc.), a rábula Palhinha… o quinto inenarrável amarelo que lhe foi mostrado, o “desdizer” do envergonhado Fábio Veríssimo… o recurso e a providencia, a decisão do Tribunal, a “suspensão da suspensão” do Palhinha… toda a polémica e azia que a defesa de direitos constitucionais gerou no “sistema” do futebol nacional… os roubos ao SCP em anteriores jogos com o FCP em Alvalade e contra o FC Famalicão… a estranha política de “amarelos”, construindo o SCP como equipa agressiva… pois, por tudo isto já passámos… mas, ainda assim, como resistimos, como estamos fortes, como somos líderes destacados da Liga NOS, com nove pontos de avanço sobre o segundo classificado, à 22.ª jornada, ou seja a 2/3 da prova… pois, como somos SCP… pumba… vergonhoso e vil processo disciplinar em cima do SCP e do Rúben Amorim! Acusação de fraude e de falsas declarações! Possível pena de suspensão do Rúben Amorim por período de um a seis anos!

Vamos, então, aos factos! O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por despacho de 16 de Março de 2020, remeteu à Comissão de Instrutores da Liga o Processo Disciplinar n.º 87 – 19/20 em que são arguidos Rúben Amorim e a SCP SAD, tendo como base factos participados pelas Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) que se consubstanciam no facto de Rúben Amorim não ser treinador-adjunto do SCP, mas – isso sim – treinador principal do SCP!

Atentemos, a participação da ANTF tem data de 13 de Março de 2020, ou seja, oito dias depois de Rúben Amorim ter sido anunciado como novo treinador do SCP e cinco dias depois do primeiro jogo que efectuou no SCP! Antes, curiosamente, a mesma ANTF, nada fez quanto à estadia de Rúben Amorim no SC Braga… primeiro jogo no dia 4 de Janeiro de 2020 e saída desse clube no dia 4 de Março de 2020… dois meses… e que disse a isso a ANTF? Nada! Sendo que a factualidade quanto a Rúben Amorim é exactamente a mesma no SC Braga e no SCP!

E que fez a ANTF a todos os demais treinadores que passaram por situações idênticas de treinarem clubes sem possuírem ainda o nível exigido para o efeito? Nada! E estamos a falar de um ou dois casos? De divisões inferiores e sem visibilidade? Não! Estamos a falar de gente conhecida do futebol, que já era conhecida, vários ex-jogadores internacionais por Portugal… Paulo Bento, Jorge Costa, Marco Silva, Nuno Espírito Santo, Paulo Fonseca, Pedro Emanuel, Sergio Conceição, Pepa, Jorge Silas, Sérgio Vieira, Petit, Carlos Pinto, João Henriques, Filipe Martins, Custódio, Artur Jorge, Sandro Mendes, Luís Freire, Mário Silva… e desde quando? Desde 2005!!! Tudo às claras! À vista de toda a gente! Comentado por toda a gente! Falado nos jornais e nas televisões! E a ANTF… nada fez, tudo aceitou! Agora, porque é o SCP, porque está em primeiro lugar… lá vem ela, selectiva, esquecendo os bons princípios da aplicação das leis como “gerais e abstractas”… antes elegendo a quem, contra quem e como as quer despudoradamente aplicar… Repúdio total!

A ANTF é liderada por esse “colosso” dos treinadores portugueses que dá pelo nome de José Pereira (dou alvíssaras a quem me conseguir explicar quem é este moço… o que é que ele fez enquanto treinador?... onde andou?... treinou quem? … como “treinador principal”?... é que a única coisa que sei sobre esta excelsa figura é que anda há muitos anos pela ANTF, tendo assumido a presidência da mesma no já longínquo ano de 2013… ou seja, dado o sucesso que teve como “treinador” foi “entronizado” como presidente… acontece, às vezes acontece, a gente deste calibre… abandonam a suposta profissão que tentaram desempenhar para se “dedicarem” à mesma… como kafkianas personagens e “apparatchiks” do sistema a que prestam continua e acéfala vassalagem!). A ANTF tem nos seus órgãos sociais outras pessoas que deviam envergonhar-se do papel sectário e selectivo a que esta ANTF se prestou e está a prestar! Pessoas como Toni, Domingos Paciência, Bernardino Pedroto, Professor Neca que dizem… que dizem sobre isto? Estão caladas… coniventes com esta pouca-vergonha? Porquê?

Com base na participação da ANTF, a instrutora Filipa Elias deduziu Acusação em 23 de Fevereiro de 2021… e remeteu o processo ao Conselho Disciplina da FPF! Este, logo em 3 de Março de 2021, através de despacho da sua presidente Cláudia Santos (a mesma senhora que tantas e tão gravosas declarações fez sobre o caso João Palhinha e sobre a decisão do Tribunal, pretendendo com isso por em causa essa decisão e confundir a opinião pública sobre a participação do SCP nesse processo!), recebeu a acusação e deu nota de pretender “acelerar” a tramitação dos autos, situação que contudo esbarra na legislação “covid” que – se a defesa assim o entender – suspende os prazos em curso. Ou seja, com estas datas fica claro que a instrução do processo demorou um ano nas mãos da instrutora Filipa Elias… e que agora, nesta fase do campeonato, com o SCP na frente… foi “iluminada e cirurgicamente” parida a acusação… útil, muito útil… mas feio, muito feio! Vergonhoso até! Vil!

Certo é que o SCP e Rúben Amorim sempre tudo trataram de modo transparente, à vista de todos, com total clareza, publicamente, de modo pacífico… ou seja sem qualquer laivo de má-fé! O SCP e o Rúben Amorim a actuarem sempre e sempre em total boa-fé! Todos sabiam! Toda a gente sabia! E – hélas! – até a Liga sabia e aceitou a inscrição de Rúben Amorim como treinador-adjunto do SCP! Ora, se aceitou é – obviamente – porque sanou a situação! Validou-a!

Afinal, tudo isto é apenas e tão só porque o SCP incomoda muita gente! Muito poder instituído! Muito poder podre! Muito poder que está a ser atingido por uma extraordinária época do SCP! Mas é assim mesmo que vamos continuar… com uma extraordinária época! Em primeiro lugar! Destacados! Jogo a jogo! Sempre, sempre com os pés no chão! Este último fim-de-semana tivemos mais uma vitória da garra, do querer, da vontade! Mais uma vitória com o nosso grande avançado… Coates! Imperial no eixo da defesa, mortífero no ataque! E que bem que rugimos naquele último minuto! Cabeçada fulminante! Goooolo!!! Próximo sábado… Tondela! Lá estaremos!

É este SCP que “passa”, que ganha, que encanta… é este SCP que os mói, que os destrói, que os consome! Tanta azia! Tanta inveja! Tanta hipocrisia! Tanta podridão!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

 

P.S. 1 – A podridão invadiu esta crónica, mas a verdade é que temos de acabar em beleza, positivos! E para isso nada melhor que duas Medalhas de Ouro nos Europeus de Atletismo de pista coberta! Obrigado Auriol Dongmo! Obrigado Patrícia Mamona! Muitos e muitos parabéns às duas! Orgulho do SCP!

P.S. 2 – E outro grande feito foi a vitória do nosso voleibol na Final da Taça de Portugal! Contra o nosso rival de sempre, favorito neste jogo! Foi uma vitória indiscutível! Do Esforço! Da Dedicação! Da Devoção! Para Glória do SCP! Obrigado Leões do voleibol! Muitos parabéns!

A Marcha será nossa

Por Miguel Braga*
04 Mar, 2021

O Sporting CP está de luto. Maria José Valério deixou-nos, mas tal como disse o presidente Frederico Varandas, “a partir de hoje, a Marcha do Sporting será cantada do céu”

Maria José Valério deixou-nos, vítima da pandemia que assolou o mundo.

Maria José Valério deixou-nos, mas ficará para sempre na memória de todos os Sportinguistas.

Ao longo deste Jornal, fazemos uma pequena homenagem (páginas 16 e 17) a quem viveu o Sporting CP de forma única, contagiando todos com a sua alegria e forma de estar. Se muitos de nós já cantámos de voz e alma que “aprendemos a amá-lo e a trazê-lo no coração”, devemos esse grito de amor Leonino a Maria José Valério. Em seu nome, que a vitória seja sempre nossa.

É em busca dessa vitória que partiram para Toruń, na Polónia, os representantes do nosso atletismo (páginas 18 e 19) para o Campeonato da Europa de pista coberta. Sem menosprezar a garra e a capacidade de cada um dos atletas, as nossas maiores esperanças dão pelo nome de Auriol Dongmo, Patrícia Mamona e Claudia Bobocea. Que a sorte as acompanhe.

Nas vésperas da data que assinala um ano desde a chegada de Rúben Amorim ao Sporting CP (página 10), a equipa de futebol mantém-se invicta na liderança da Liga NOS (páginas 6 a 8). Na visita ao Estádio do Dragão, o Sporting CP não conseguiu ir além de um nulo, zero a zero, fazendo, no entanto, uma exibição personalizada e segura, não caindo na tentação do jogo de provocações azul e branco. E se é verdade que foi a primeira vez que o Sporting CP não marcou golos num jogo desta edição da Liga NOS, o mesmo aconteceu ao adversário, colocando um ponto final numa série de 69 jogos em casa sempre a marcar. Nos 270 minutos disputados esta época com o FC Porto, o resultado ficou em 4-3, traduzido por dois empates para o campeonato e uma vitória na meia-final da Taça da Liga, que o Sporting CP acabou por conquistar. Faltam ainda 13 jogos para o final da Liga NOS e o próximo jogo é já amanhã contra o CD Santa Clara. Que continuem a lutar como Leões, com a humildade e a concentração que têm sido características da equipa de Rúben Amorim.

Também a equipa B do Sporting CP (página 11) continua invicta no Campeonato de Portugal, confirmando a condição com uma vitória inequívoca por dois golos frente a um GD Fabril que continua o caminho penoso de vassalagem a uma equipa do norte do país. Na crónica poderá ler os (maus) exemplos do clube do Barreiro. Que seja uma excepção, a bem do futebol português.

Erick Mendonça já ganhou um lugar especial no coração dos Sportinguistas. Jogador com alma de Leão, estendeu o seu vínculo com o Clube “principalmente porque se o Sporting CP renovou comigo é porque estou a fazer um bom trabalho e porque acredita em mim. É um casamento feliz”. O jogador faz parte dos eleitos de Nuno Dias que se mantêm invictos à 24.ª jornada da Liga Placard (página 23). Em entrevista ao Jornal Sporting (páginas 20 a 22), o jogador fala das suas ambições e sonhos. Que se concretizem, sempre de Leão ao Peito.

O Sporting CP está de luto. Maria José Valério deixou-nos, mas tal como disse o presidente Frederico Varandas, “a partir de hoje, a Marcha do Sporting será cantada do Céu”. Que assim seja e até sempre, Maria.

 

Editorial da edição n.º 3809 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Até sempre, Maria José Valério

Por Juvenal Carvalho
04 Mar, 2021

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

Existem notícias que se do ponto de vista pessoal não a queremos receber, por ter privado algumas vezes com a nossa Zezinha, como Sportinguista é como que um punhal no coração do nosso Leão a confirmação de tão triste momento.

Falar da morte de Maria José Valério é falar de uma perda irreparável para o universo Leonino, que dilacera, e que nos deixa atónitos e até incrédulos.

Independentemente da geração de cada um de nós, todos os Sportinguistas se curvam à figura da mulher de cabelo verde que respirava Sporting por todos os poros da pele, que entoava a Marcha do Sporting CP, aquela marcha que desde crianças, e transversalmente, desde os netos até aos avós, gritávamos a plenos pulmões ‘Viva o Sporting’ a cada entrada da nossa equipa em campo. 

A Marcha de Maria José Valério funcionava, e continuará para todo o sempre a funcionar, como uma espécie de “Bíblia Leonina”, para cada um de nós. Temos a letra decorada como se do hino nacional se tratasse.

No meu caso particular, recordo cada ida ao nosso estádio enquanto criança, nos tempos em que ainda pedia ao senhor que calhasse se podia entrar com ele no estádio, e desde o velhinho pião até à central, que era a palmas a compasso que recebíamos a nossa Marcha. Assim continuou até aos dias de hoje e seguramente assim continuará a ser para os vindouros

Para onde for, porque no coração de cada Sportinguista ficará eterna, a sempre nossa Maria José Valério irá continuar a cantar e a amar o Sporting CP. Continuará com aquele sorriso lindo a falar de Sporting, a tirar fotos com as pessoas que a abordavam, a espalhar aquele charme que lhe era tão peculiar.

A maldita COVID-19 levou a nossa Leoa, mas não levou as recordações e o respeito de quem se curva a uma Mulher que entrará na galeria dos imortais ao lado de tanta lenda que o nosso secular Sporting Clube de Portugal já viu partir, numa história imensa e de uma valia sem paralelo.

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

 

P.S. – Alfredo Quintana partiu jovem. Com ele partiu muito do andebol português, país onde se radicou muito cedo, e onde era um “monstro” na baliza do nosso rival FC Porto. Até sempre, Alfredo Quintana.

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