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Opinião

Os Leões também choram

Por Juvenal Carvalho
25 Mar, 2021

(Dário Cassia Luís Essugo, Lisboa, 14.03.2005)

É esta a data de nascimento daquele menino, de apenas 16 anos feitos há seis dias, que aos 84 minutos do jogo ante o Vitória Sport Clube, ao entrar em campo para substituir o também ele ‘made in Sporting’, João Mário, fez história e tornou‑se no mais jovem jogador de sempre do Sporting Clube de Portugal a integrar a equipa sénior do nosso Clube.

Se a entrada em campo, por si só, demonstra o quanto Rúben Amorim, bem como o Conselho Directivo, numa simbiose perfeita, apostam na nossa formação, tendo o nosso míster feito mesmo menção de o vincar desassombradamente na conferência de imprensa realizada no pós‑jogo, que a entrada daquele menino em campo era o futuro do Sporting CP e que abria a porta do Clube a outros jovens, num clube, e aqui digo‑o eu, cada vez mais apelativo e com um rumo claramente traçado. Ouvir estas declarações do nosso treinador é algo que nos orgulha e até fascina. Demonstração cabal de que a aposta na formação é o caminho, e que mudou mesmo o paradigma de um Clube que faz desde sempre da formação a sua imagem de marca, mas que aqui ou ali se percebia que nem tudo corria bem, e que a galinha dos ovos de ouro que deu ao mundo do futebol tanto e tanto craque de dimensão mundial, já tinha vivido melhores dias. 

Mas eis que aquele Clube que em 2016 fez dos “Aurélios” a sua bandeira, com os filhos do Leão a serem maioritários no grupo de jogadores que trouxe para Portugal o título europeu de selecções, está a ressurgir. É inequívoco. É clarividente.

Invariavelmente, jogam no onze titular pelo menos três atletas ainda juniores. E jogam com uma alegria contagiante e uma experiência muito acima da idade que consta no seu cartão do cidadão.

Da noite de sábado passado, e depois de ver o choro de Dário Essugo no final do jogo em que fez história, tive o privilégio, por vídeo recebido de amigo via WhatsApp, de também eu, e seguramente milhares espalhados pelo mundo, ver aqueles 37 segundos verdadeiramente comoventes no bom sentido, com o choro do Dário Essugo, numa descarga emocional de tanta felicidade, acabei por me comover eu, e seguramente tantos de vós que estão a ler esta coluna de opinião.

Foi mesmo viral, tanto o vídeo como o sentimento generalizado de um choro de um menino muito feliz por todos nós.

Como viral foi o conforto de meninos também da nossa cantera, no final do jogo ao Dário. De João Palhinha, o primeiro a chegar, a outros como Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, já eles “veteranos” na maturidade que patenteiam

Todos foram Dário, na lógica do #OndeVaiUmVãoTodos. 

Este “campeonato”, o do orgulho de ver as crias do Leão a afirmar‑se, está ganho e com nota artística. O outro, que todos nós o desejamos, terá de ser jogo a jogo, na lógica de três em três pontos a somar. Com trabalho... muito trabalho. Faltam dez finais.

Todos juntos seremos poucos...

 

P.S. – Parabéns ao atletismo pelos títulos nacionais de crosse longo na vertente masculina e feminina. 

As lágrimas de Dário

Por Pedro Almeida Cabral
25 Mar, 2021

Dário entrou aos 84 minutos para fazer história. É o mais novo a jogar pelo Sporting CP e na Liga NOS. Provavelmente, continuará pelo plantel, espreitando oportunidades e procurando escalar no imprevisível e exigente mundo do futebol profissional

Há momentos que o Sporting Clube de Portugal nos dá que ficam para sempre. No sábado passado, no final do jogo com o Vitória SC, aconteceu uma dessas ocasiões. A seguir à estreia absoluta na equipa do Sporting CP, o menino Dário Essugo, com 16 anos acabados de fazer, acusou a solenidade do momento e expressou‑se como melhor sentiu a emoção, vertendo algumas lágrimas quando o jogo terminou. Dário viveu um dia inesquecível. E todos os Sportinguistas também.

Dário entrou aos 84 minutos para fazer história. É o mais novo a jogar pelo Sporting CP e na Liga NOS. Provavelmente, continuará pelo plantel, espreitando oportunidades e procurando escalar no imprevisível e exigente mundo do futebol profissional. Talvez devêssemos ver esta estreia como uma mera curiosidade cronológica, abrilhantada pelas memórias de infância que nos traz. Quando vi Dário irromper em lágrimas, lembrei‑me das horas a fio que, enquanto miúdo, passava a jogar futebol nas ruas de Lisboa. Eram tardes inteiras, que chegavam a engolir as noites, em becos esconsos, parcamente iluminados, com balizas feitas de pedras e golos discutidos até à exaustão, mas sempre na equipa dos que jogavam pelo Sporting CP. Nessa idade, mais novos que Dário, o sonho de qualquer um de nós também era, tal como Dário, pisar o relvado de Alvalade com a camisola do Sporting CP.

Se ficarmos encalhados nesta doce nostalgia, estaremos a ver um quadro muito incompleto. Dário não é um acaso. Não se estreou por sorte. E também não entrou em campo por estrelinha. Jogou porque era preciso que jogasse. Não havendo atleta mais experiente disponível para essa posição, e tendo Dário qualidades evidenciadas nos escalões de formação, como potência física assinalável, mentalidade competitiva e destreza técnica, não se compreenderia que ficasse no banco. É um dos efeitos naturais da recuperação da formação consistente e profissional que tem sido realizada nos últimos dois anos e meio. A Academia vive muito de um trabalho invisível que só fica concluído quando o atleta está apto a jogar na equipa principal. Juntando este investimento a um treinador que partilha a ideia de que a formação é essencial para a vitalidade clubística, desportiva e financeira do Sporting CP, temos, em apenas um ano, sete jogadores da formação a debutar com a verde e branca. As lágrimas de Dário significam afinal bem mais para o Sporting CP do que a emoção do momento.

 

Essugo, Dolores… Circos (palhaços & raivosos)… E ainda… “Cláudia & Furriel”!!!

Por Tito Arantes Fontes
25 Mar, 2021

Nesta casa, no SCP, cultivam‑se valores… isso ficou, aliás, bem patente na emoção e nas palavras de Dário Essugo no final da sua estreia oficial! Chorou! Chorou de alegria e de emoção! E agradeceu! Agradeceu a todos quanto o ajudaram…

Estamos na 24.ª jornada da Liga NOS! Faltam dez jornadas! Temos 20 vitórias e quatro empates! Estamos a viver uma época histórica! Este fim‑de‑semana mais uma vitória, desta feita sobre o Vitória SC! Não estava Coates… mas estava Gonçalo Inácio… e pum, no final da primeira parte, já está! Mais três pontos! E agora o campeonato pára até 3 de Abril… uns dias para fazermos descansar os nossos “corações de Leão”… aproveitemos! Disfrutemos!

No final deste último jogo tivemos direito a mais um “presente” do nosso Rúben Amorim… sim, falo de Dário Essugo, estreia absoluta na equipa principal do Sporting CP! Com 16 anos e seis dias! O mais novo de sempre a vestir a camisola da equipa principal do SCP no Campeonato! Rúben Amorim aproveitou o facto para – em mais uma soberba e inteligente conferência de imprensa – “convidar” os miúdos que tenham dúvidas “entre clubes”… aqui, no SCP, sabem que têm a porta aberta! É este o nosso caminho! É este o nosso rumo! E – como Rúben também já disse, sem rodeios e de modo directo – isso foi definido por quem já cá estava… o presidente Frederico Varandas e Hugo Viana! E é para continuar!

Nesta casa, no SCP, cultivam‑se valores… isso ficou, aliás, bem patente na emoção e nas palavras de Dário Essugo no final da sua estreia oficial! Chorou! Chorou de alegria e de emoção! E agradeceu! Agradeceu a todos quanto o ajudaram… ofereceu uma camisola ao seu “primeiro treinador”… agradeceu a tantos, incluindo aos seus colegas, das camadas jovens e agora dos seniores, todo o apoio… e que bonito foi ver a equipa, jogador a jogador, um a um, a afagar o Dário… e nós a vermos, comovidos, tanto amor ao SCP! Tanto valor SCP!

E que diferença abissal para o que se passa noutras bandas… incendiando o país de lés a lés, varrendo‑o com atitudes de ódio, com desprezo pelos seus conterrâneos… tudo sempre debaixo da bacoca desculpa de que “o que se passa no campo, no campo fica”… então, e nós, nós espectadores, não somos gente? Não temos voto na matéria? Não nos podemos indignar? Claro que podemos… porque, desde logo, vimos! Viu – mais uma vez – todo o país… um treinador mal‑educado, agressivo, do género “pitbull”, querendo desfazer em tudo e em todos… de modo sistemático… o homem que, enquanto treinador, já foi expulso quase 20 vezes, oito das quais ao serviço do seu actual clube… que tanto o elogia, que tanto o protege… uma vergonha! Um “cadastro” de 35 castigos (expulsões e outras sanções) e quase já 170 dias de suspensão… ainda não chegou! Ainda não aprendeu! Ainda não se educou… e no seu clube ninguém o educa mesmo! E o Conselho de Disciplina que diz a isto tudo?… sempre quero ver, desde logo aos “sem máscara” nas imagens de TV… que lhes vai acontecer?… quem sabe o melhor seja mesmo falarem antes com o Hugo Viana… sobre iniquidades…

Não desfazendo, a agremiação desportiva do outro lado da Segunda Circular vive também momentos únicos… ridiculamente únicos… é ler a primeira pagina de hoje (terça‑feira, quando escrevo) do queimado “pasquim da queimada”… então não é que estão a festejar o facto de – julgam eles – estarem “entre as melhores equipas europeias num Março perfeito”… e isto depois de terem sido eliminados por uns gregos no acesso à Champions, derrotados na Supertaça, riscados da Liga Europa, dizimados na meia‑final da Taça da Liga, cilindrados no campeonato nacional onde vegetam a 13 pontos do SCP… mas eles são assim… ridículos… eternamente ridículos! Coisa – ao que parece e segundo vários “entendidos” – mais própria de palhaços…

De notar, ainda, que têm sido constantes as “carpideiras” a implorar penáltis lá para aquelas bandas… neste domingo até ia dando resultado, com a “pinheiral figura” a quase transformar um “tropeção simulado” num “penálti de circo”! Essas carpideiras esquecem é o que se sabe… por exemplo: quanto minutos desse “recreativo” a jogar apenas contra dez? Pois, 196 minutos… mais de três horas! E o SCP… quantos minutos?... pois… 17 minutos… está tudo dito!… e é rir, mesmo só rir!

Voltemos ao SCP! Voltemos à alegria! E festejemos… com a Mãe do nosso Cristiano! A “nossa” Dolores e a sua família Aveiro têm vindo a dar, jogo a jogo, espectáculos sucessivos de contagiante alegria, fé e confiança no caminho vitorioso do nosso SCP! E assim queremos continuar… a festejar com a “nossa” Dolores! … será pronúncio de que qualquer dia teremos também CR7 a festejar o nosso – e seu também – SCP!

Por último, já cá faltava, uma palavrinha para a Cláudia… hoje saiu mais uma má noticia para o Conselho de Disciplina a que preside… o TAD mandou‑o passear, explicando tintim por tintim que há perguntas que não se fazem… porque – como foi o caso – quando se fazem dão azo mesmo a que seja exibida a total ignorância e insanidade de quem pergunta… e é “isto” o CD da FPF?… ai, ai… mas porque não desamparam a loja e vão mas é jogar chinquilho para longe! É que sempre “achincalhariam” menos…

A Cláudia, está visto, só podia mesmo ter sido “disciplinarmente alimentada” pelo “Furriel”… e que bem esteve Vasco Lourenço, o “eterno” capitão de Abril, que respondeu a este infeliz “furriel” – de militar para militar – com o seu certeiro “Burocracia e “burrocracia”! Força, força, Companheiro Vasco!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

 

P.S. – Uma palavra para CR7! 770 golos! Melhor marcador do Mundo! Extraordinário! E extraordinárias palavras de CR7 para outro “astro”… Pelé! Só ao alcance dos soberbos… dos únicos! No caso, um diálogo cheio de simbolismo…  do melhor jogador do século XX com o melhor jogador do século XXI! Ambos eternos! Ambos únicos! Ambos singulares!

Bem-vindos à Cidade Sporting

Por André Bernardo
25 Mar, 2021

A Cidade Sporting terá forte presença de elementos artísticos de Arte Urbana, que marcarão presença nos já planeados campos de “Street Basket” e “Skate Park” que esperamos ter prontos antes do início da próxima época

A 8.ª Arte

Em 1923, Ricciotto Canudo imortalizaria o Cinema como a Sétima das Artes, no seu Manifesto das Sete Artes e Estética da Sétima Arte. 

O intelectual italiano definia o Cinema como a arte que consegue congregar todas as outras numa só e “inscreve-o no domínio das outras disciplinas artísticas, conferindo-lhe um carácter estético, e reconhece-o enquanto linguagem, capaz de renovar, transformar e difundir as outras Artes, num projecto de Arte Total”*.

Apresentamos hoje a Cidade Sporting a todos os Sportinguistas, num projecto de Arte Total – a que designámos “a 8.ª Arte” – que terá o Desporto como epicentro, como não poderia deixar de ser, mas que combinará Desporto, Arte e Tecnologia

Este é um projecto que vamos dar a conhecer progressivamente, mas que terá como base o conceito da Cidade Sporting como um Museu.

O primeiro passo será dado no início de Maio com a construção de uma “Artéria Verde” que, fisicamente mas também alegoricamente, fará a ligação entre o Estádio José Alvalade e o Pavilhão João Rocha, num símbolo do Eclectismo do nosso Clube, que será reforçado ainda com o desenho de uma Pista Tartan de Atletismo em parte dessa Artéria.  

A Cidade Sporting terá forte presença de elementos artísticos de Arte Urbana, que marcarão presença nos já planeados campos de “Street Basket” e “Skate Park” que esperamos ter prontos antes do início da próxima época. Vamos ainda avançar no futuro para a criação de uma Galeria de Arte

Queria a este propósito agradecer e destacar o exemplar auxílio que nos tem prestado o Gabinete de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa na edificação do projecto da nossa Cidade.

Bilbao e ir para fora cá dentro

A primeira vez que visitei a cidade de Bilbao foi num mês de Agosto, para as festas da “Semana Grande”, ainda o museu Guggenheim não tinha sido inaugurado. 

Há um ‘antes’ e um ‘depois’ do Guggenheim para a cidade Basca e, em virtude da abertura do museu projectado por Frank Gehry, Bilbao tornou-se uma referência no mapa mundo.

Recuperando o lema do Turismo de Portugal, diria que Bilbao soube ir “para fora cá dentro” de forma magistral, mostrando-se e abrindo-se ao mundo através de um processo de revitalização interna. Desde aí estabeleceu-se como um dos principais destinos de visita em Espanha e tornou-se numa referência internacional. 

Assim como soube Walt Disney, a seu tempo, idealizar de forma pioneira um novo estilo de parque temático que viria a tornar-se na famosa Disneylândia, que recebe milhões de visitantes.    

São apenas alguns exemplos ilustrativos. A Cidade Sporting não será nem Bilbao nem a Disney, será a Cidade Sporting: um espaço único e distintivo a nível mundial. E será um dos maiores dinamizadores da internacionalização da Marca Sporting trazendo a “montanha a Maomé”. 

Dentro deste projecto vamos reactivar algumas zonas do estádio, dinamizando a prática desportiva, atraindo miúdos e graúdos, ao mesmo tempo que do ponto de vista estético tornamos o espaço numa referência artística e de sustentabilidade ambiental, nos vários domínios das sete artes, convidando alguns dos melhores artistas em cada um destes domínios. 

Fá-lo-emos à medida das nossas possibilidades imediatas, mas inauguraremos este projecto em pleno ano de Lisboa como Capital Europeia do Desporto, crentes de que será um catalisador do mesmo.

Aproveitando as palavras recentes de Rúben Amorim, quando um miúdo quiser tornar-se um grande atleta ele sabe que terá duas portas abertas: ou a Academia Cristiano Ronaldo ou a Cidade Sporting

Lisboa e Portugal terão mais um ponto de referência único e diferenciador. 

A Cidade Sporting é uma concepção da nossa visão – “A visão do Sporting CP assenta no princípio basilar de que o desporto é um meio para atingir um fim – melhorar o bem-estar da vida das pessoas”** e vê o desporto como parte integrante da Cultura.

A Cidade Sporting será no seu “core” um Hub Desportivo (elevando o actual a outra dimensão) mas também um Hub Cultural e Empresarial.

Mais tarde faremos uma inauguração e apresentação mais completa de todo o projecto, ao mesmo tempo que faremos um ponto de situação do caminho executado da nossa estratégia. 

Deixo um enorme agradecimento a todos os que contribuíram para o arranque deste projecto pioneiro e que nos permite mostrar ao mundo uma das melhores caras que o Desporto tem. 

É assim que estamos a fazer o Futuro chegar ao Sporting CP. Como já aqui disse, 2021 não vai parecer 2021

Bem-vindos à Cidade Sporting!

* Extraído da Tese de Mestrado “A fábrica de imagens” de Helena Brandão;
** Extraído do documento de visão estratégica 2020-2022 “Regresso ao Futuro”.

 

Editorial da edição n.º 3812 do Jornal Sporting

A nossa selecção

Por Miguel Braga*
18 Mar, 2021

(...) Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS

Não há adepto no Mundo que não sinta orgulho ao ver um jogador da sua equipa na respectiva selecção nacional, seja a principal, ou no caso de jogadores jovens, nos sub-21. Comecemos por aqui, onde novamente o Sporting Clube de Portugal é o Clube que mais jogadores fornece ao seleccionador Rui Jorge – ombreando o título com o FC Porto, com quatro jogadores cada. São eles: Luís Maximiano, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e Tiago Tomás, atletas que têm sido presença habitual nos convocados do actual líder da Liga NOS, sendo que os últimos têm sido titulares, com Pedro Gonçalves em destaque por ser, à 23.ª jornada, o melhor marcador do Campeonato e, certamente, uma das revelações do ano.

De fora da convocatória acabou por ficar Gonçalo Inácio, outro dos jogadores “surpresa” no Sporting CP versão Rúben Amorim, titular da defesa menos batida da Europa do futebol (Espanha: Atlético de Madrid, 18 golos em 27 jogos; Itália: Juventus FC, 22 em 26 jogos; Inglaterra: Manchester City FC, 21 em 30 jogos; Alemanha: RB Leipzig e VfL Wolfsburg, 21 em 25 jogos; França: Lille OSC, 17 em 29 jogos; Holanda: Ajax, 19 em 25 jogos; Grécia: Olympiakos FC, 13 em 26 jogos; Roménia: CFR Cluj, 12 em 27 jogos; Rússia: FK Zenit, 19 em 22 jogos). De realçar que destes dez campeonatos (Liga NOS incluída), o Sporting CP é a única equipa que ainda não perdeu um jogo dentro de portas. Números que só nos podem dar alento e força para enfrentar as 11 finais que faltam para o término da Liga NOS. E que dão uma real dimensão daquilo que já foi conseguido até ao momento. No entanto, todos sabemos que as verdadeiras contas só se fazem no fim, quando o árbitro apitar e quando terminar a competição. Até lá, humildade, trabalho e mais trabalho, são os ingredientes para a receita de sucesso.

Nas selecções jovens, nota ainda para as chamadas de Tristan Hammond e Lucas Dias, ambos de 18 anos, para as selecções olímpicas da Austrália e Canadá, respectivamente.

No que diz respeito a convocatórias para as selecções nacionais, fazemos uma tripla estreia, com Pedro Porro para a Espanha de Luís Enrique e Nuno Mendes e João Palhinha para a selecção de Fernando Santos.

Pedro Porro chegou a Portugal como segundo reforço do plantel para a época 2020/2021. Apesar de já ter dado nas vistas no país vizinho (daí a contratação pelo Manchester City FC) e de ser capitão da selecção sub-21 de Espanha, Porro era um “ilustre desconhecido” da grande maioria dos portugueses. Em pouco mais de sete meses, Porro passou de jogador desconhecido a defesa-direito de eleição da Liga NOS, chegando agora à La Roja pela mão do ex-treinador do FC Barcelona.

E se Porro é o dono e senhor do lado direito da defesa da equipa de Rúben Amorim, Nuno Mendes é a sua versão no lado esquerdo. Jogador formado de Leão ao peito, é convocado por Fernando Santos pela primeira vez ainda com 18 anos e depois de ser já, também, uma das revelações da nossa Liga e uma das promessas sérias do futebol moderno. Nos próximos dias, terá a oportunidade de treinar e (esperemos) de jogar com os seus ídolos.

Por último, aos 25 anos João Palhinha chega à selecção nacional. Um caso de justiça, ampliada pelo facto de, no mesmo dia da convocatória, ter sido conhecida a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto que dá razão ao jogador no braço de ferro com o famígero Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS.

 

Editorial da edição n.º 3811 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Um Leão que os incomoda

Por Juvenal Carvalho
18 Mar, 2021

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP

É incontornável. Respira‑se vitalidade no Sporting Clube de Portugal. Não é menos incontornável. Estamos a incomodar, e as vozes que querem de forma cínica o nosso Clube na ribalta, dizendo que faz falta um Sporting CP forte ao futebol português e blá‑blá‑blá, são as mesmas que, quando isso acontece, tudo fazem para nos pisar, ora nas instâncias dirigentes, ora por parte de proeminentes “catedráticos” com palco, que a cada oportunidade dão a sua opinião enviesada... com um denominador em comum. Uma brutal azia.

É até, e de forma tão notória esta azia, quando ainda nada por nós está sequer ganho, que chega a ser revoltante. Ao ritmo a que começam a chover processos – até por “fraude” – acredito que o Conselho de Disciplina terá de trabalhar aos fins‑de‑semana e feriados para solucionar toda esta panóplia de casos horrendos... com o principal caso a ser, contudo, e deliberadamente, o Sporting CP estar a incomodar.

Até o Jubas poderá estar em causa por não ter o quarto grau de mascote. O Leão da Porta 10‑A por ser de uma pedra que não tem patente registada, o Paulinho por não ter habilitação adequada para ser técnico de equipamentos, etc., etc., etc.

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista e mãe daquele que é o melhor jogador português de todos os tempos, o “nosso” Cristiano Ronaldo, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP.

Se infelizmente ganhamos menos do que todos desejamos e é este o estado de espírito desta gente, imaginem vocês um Sporting CP a ganhar. Pois é, todos sabemos que a bipolarização dos interesses do futebol se move a dinheiro. Com quanta sede tem esta gente ido ao pote para afastar de vez o nosso Clube da ribalta. Não o têm conseguido. Não o irão conseguir nunca.

Gostemos nós mais deste ou daquele presidente, deste ou daquele jogador, deste ou daquele treinador, uma coisa apelo aos Sportinguistas. Teremos, acima de tudo e de todos, porque nada é maior do que o Símbolo, de estar unidos e seguir a máxima tão bem conseguida pelo nosso treinador Rúben Amorim do #OndeVaiUmVãoTodos.

Teremos mesmo que ser uma muralha inexpugnável. O poder instituído, chamar máfia podia ser forte – ou talvez não –, vai fazer tudo para nos tentar afastar do nosso caminho. Que passa por ganhar e consolidar no topo. Percebem eles, e tanto os incomoda, que definitivamente estamos a trilhar um rumo. Existe um fio condutor. E isso não só os incomoda muito, como tudo tentam para nos afastar das decisões. 

Cabe‑nos a nós – e não, não sou o Calimero – defender o Sporting CP, e não só no futebol. Em todas as modalidades. A nossa grandeza, e somos até aqui ou ali um gigante adormecido que começa a despertar, é enorme. 

Não pode esta gente conseguir o propósito de nos desviar da nossa rota. O caminho é por aqui... e queremos um percurso de êxitos. Para que para nós fique a alegria, e para eles a azia.

Que fiquem a saber que um Leão só se curva para beijar o símbolo. Todos juntos seremos muito mais fortes.

Duas questões sobre o caso Palhinha

Por Pedro Almeida Cabral
18 Mar, 2021

As competições desportivas precisam de regras claras, que tragam justiça e minorem o erro dos árbitros. A decisão do TAD, redigida de forma cuidada, pensada e rigorosa, dá pistas para uma melhoria do enquadramento disciplinar da Liga

Finalmente, o Tribunal Arbitral do Desporto, conhecido como TAD, proferiu a sua decisão sobre o afamado caso Palhinha. Tudo começou com a exibição de um (escusado) cartão amarelo a Palhinha no jogo contra o Boavista FC, no final de Janeiro passado. Por considerar que o cartão foi mal mostrado, como é evidente que foi, Palhinha recorreu para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Este organismo não deu razão a Palhinha, que, por sua vez, recorreu para o TAD. Entretanto, tudo ficou suspenso por uma providência cautelar. Este emaranhado novelo judicial conheceu por estes dias um avanço importante: o TAD deu razão a Palhinha e considerou que o cartão amarelo foi mesmo mal mostrado, anulando‑o. 

A partir daqui, há duas questões que se devem colocar. A primeira questão é saber se o essencial da decisão do TAD se irá manter. O TAD deu extrema importância ao facto de o árbitro, Fábio Veríssimo, ter reconhecido, frontalmente, que não devia ter mostrado o cartão amarelo. Não será habitual este mea culpa nos árbitros portugueses. Mas a verdade é que foi o que aconteceu. Num futebol que privilegie a verdade e o trabalho construtivo dos árbitros, em casos flagrantes de erro como este, este entendimento deveria prevalecer.

A segunda questão prende‑se com a doutrina do terreno do jogo, que já circula em qualquer conversa com o seu nome original, field of play doctrine. Este princípio é fundamental para garantir que o árbitro tem autoridade em campo nos 90 minutos de jogo. Acaso não existisse, um jogo de futebol seria uma balbúrdia, susceptível de recurso permanente, esvaziando a capacidade decisória do árbitro. O que está em causa é uma extensão exagerada desta doutrina por parte do Conselho de Disciplina, que sustenta que o reconhecimento do erro do árbitro na amostragem do cartão amarelo só valeria se ele afirmasse ter visto o lance em toda a sua extensão. É uma exigência impossível de cumprir que, a ser escrupulosamente respeitada, não daria qualquer relevância ao reconhecimento do erro pelo árbitro. Além de contrariar entendimento consolidado no Comité Disciplinar da FIFA, que valora acontecimentos durante o jogo que o árbitro não se tenha apercebido. Persistirá o Conselho de Disciplina nesta interpretação peculiar da doutrina do terreno do jogo?

As competições desportivas precisam de regras claras, que tragam justiça e minorem o erro dos árbitros. A decisão do TAD, redigida de forma cuidada, pensada e rigorosa, dá pistas para uma melhoria do enquadramento disciplinar da Liga. Espera‑se que a malha legal disciplinar seja aperfeiçoada no sentido das orientações do TAD e que o Conselho de Disciplina acerte os seus entendimentos. Ficaríamos todos a ganhar.

 

O Furriel… A Cláudia… E o TAD!!!

Por Tito Arantes Fontes
18 Mar, 2021

Somos uma equipa! Todos contam! Todos ajudam! Próximo sábado é no nosso José Alvalade, com o Vitória SC! Força Sporting CP! Onde Vai Um Vão Todos!!!

Mais uma semana, mais uma jornada, mais uma vitória! Na garra, no querer, na fé, na esperança! Esta equipa não falha… e nós, todos, Sportinguistas, também não! Os jogos têm 90 minutos… e nós aproveitamos bem esses 90 minutos… lutamos sempre, do primeiro ao último minuto de jogo! E se não for o TT (como foi neste sábado, depois de – pouco antes – ter sofrido um “pisão” para penálti não sancionado pelo árbitro!) é outro jogador… desde o “goleador” Pote ao “patrón” Coates! Passando por todos os demais, todos os que possam… chamem‑se Porro, Nuno Santos, Jovane, João Mário, Matheus Nunes, Nuno Mendes, Feddal ou Palhinha! Ou qualquer outro jogador! Somos uma equipa! Todos contam! Todos ajudam! Próximo sábado é no nosso José Alvalade, com o Vitória SC! Força Sporting CP! Onde Vai Um Vão Todos!!!

Ora, falando de Palhinha… que fantástico dia hoje (terça‑feira, quando escrevo)! Então não é que o TAD decidiu… e decidiu a favor do João Palhinha! E contra – concomitantemente – a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), mais concretamente o Conselho de Disciplina – Secção Profissional (CD)! Ou seja, contra a badalada sua presidente… a Cláudia! O TAD resolveu, aliás, ir à substância do tema, pondo mesmo “as mãos no assunto” e sentenciou – com base no depoimento do árbitro Fábio Veríssimo (peça fundamental neste assunto, pois “confessou” não ter “visto bem, na sua plenitude” o lance no terreno de jogo!) – que o quinto amarelo mostrado ao Palhinha no jogo do Bessa foi mal mostrado! E que – consequentemente – a suspensão por um jogo não poderia proceder! Isto é, nesta decisão do TAD nem importa – por ora – o que é dito sobre a questão constitucional do Palhinha ter sido ou não ouvido previamente à sua suspensão pelo CD! Porque o que agora importa é o descalabro da doutrina “field of play doctrine”, pelo menos no modo como a mesma foi peregrinamente aplicada (mal, como ora se vê!) pela Cláudia e seus correligionários! A Cláudia ficou “possessa” com a decisão – isso sabe bem o SCP – e vai daí foi logo anunciado que a FPF recorrerá da decisão do TAD… e recorre para onde? Ora bem, para o Tribunal Central Administrativo do Sul… ou seja, o mesmo Tribunal que tanto serviu para atacar Palhinha (e houve quem – com responsabilidades! – dissesse que nesse “criminoso erro” tinha igualmente incorrido o próprio SCP!) por significar que este tinha ido para fora da “justiça desportiva” ao ter convocado, ao arrepio de tudo, a “justiça estadual”!… e quem é que agora “convoca” essa mesma “justiça estadual”? A FPF! A Cláudia! Ela própria! Ela, que tanto se queixou – desde logo ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos (que topete!) – por o cidadão Palhinha ter ido requerer a providência cautelar que ganhou ao mesmo Tribunal para o qual ela agora recorre! Sempre quero ver o que dirão os “comentadores do regime” sobre este recurso da FPF aos “tribunais estaduais”… como é que este “crime” será agora enfrentado, dissecado, comentado? Será que vai passar incólume… sem mácula, sem referência… ui, ui… sempre quero ver como se comportam agora esses “defensores da justiça desportiva”!

Continuemos com a Cláudia… é que, por si só, esse é um “tema” inesgotável e que merece mesmo continuar a ser glosado… olhemos, pois e agora, para a sua relação com o “furriel”! Explicando, o “furriel” – ou seja, o ora “famoso” e antes desconhecido treinador que há oito anos deixou a sua profissão (não vale rir, por favor!) para ser presidente da cinzenta, manipulada e parcial ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol) – queixou‑se o ano passado à FPF do “insurrecto” Rúben Amorim! E, agora, um ano depois, o que fez a Cláudia? Pois bem, recebeu a acusação perpetrada contra Rúben Amorim e a Sporting CP SAD, o que no imediato foi logo anunciado mediante garrafais paragonas, divulgando o facto dos mesmos serem arguidos em processo disciplinar com vista à punição e suspensão do Rúben por um a seis anos! E tudo isto é anunciado um ano depois da queixa do “furriel”! Ou seja, num momento oportuno, seleccionado, escolhido a dedo… de modo a perturbar e influenciar o SCP na sua elogiada e vitoriosa campanha no Campeonato Nacional! É sinal do muito bom que estamos a fazer! E do descontrolo, da raiva, da inveja que grassa nos nossos adversários… os que conhecemos e os que não conhecemos! Estão mesmo desolados, de cabeça perdida!

Certo é que a resposta a esse execrável processo disciplinar começou já a ser dada! E – desde logo – por quem? Pois, nada mais nada menos que pelos próprios treinadores das demais equipas da Liga NOS! Sim, estes treinadores, na sua maioria portugueses, dos clubes do primeiro escalão do futebol nacional, aquele onde todos os treinadores querem mesmo estar… pois, eles próprios treinadores elegeram Rúben Amorim como melhor treinador da Liga em Fevereiro, conforme foi anunciado pela própria Liga… o “Prémio Vítor Oliveira – Treinador do Mês” foi mesmo e justamente atribuído a Rúben Amorim! Na mesma semana do anúncio do abominável processo para expurgar o futebol nacional desse “infractor”… e suspender Rúben Amorim! Se o ridículo matasse… sim, se o ridículo matasse, o “furriel” e a Cláudia bem que se teriam querido “enfiar por um buraco abaixo”… escondendo a sua vergonha, para escaparem à chacota popular em que tudo isto se transformou, fruto de uma absurda acusação feita no âmbito de um néscio e monstruoso processo disciplinar!

O “furriel”, é bom lembrar, para melhor se aquilatar da sua “isenção” e “sentido de equilíbrio, imparcialidade e independência”, comandava a ANTF aquando da saída de José Peseiro do SCP, em Novembro de 2018, situação que – como todos estamos lembrados – mereceu ruidosa tomada de posição por parte da associação… ao ponto de – desde essa altura – se esperar também vigorosa actuação da ANTF cada vez que um treinador é dispensado do clube onde estiver a trabalhar… mas nada, nunca mais se ouviu a ANTF sobre temas idênticos…é ver, desde logo, o “silencio sepulcral” que tem mantido esta época quanto às saídas de treinadores… todos à espera das posições públicas da ANTF… e esta caladita, sempre caladita, no seu canto, sem nada fazer… ó “furriel” Zé Pereira… assim não… é que “dois pesos e duas medidas” tão descarados dão mesmo má impressão! Imperdoável!

Última nota: que orgulho Nuno Mendes! Que orgulho João Palhinha! Que orgulho Pedro Porro! Os dois primeiros na selecção nacional e o terceiro na “La Roja”… todos no cume dos melhores jogadores dos dois países ibéricos! Parabéns!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

O Ouro da Vitória

Por Miguel Braga*
11 Mar, 2021

Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947

Portugal assinou no Campeonato Europeu de atletismo em pista coberta 2021 a sua melhor presença de sempre. Na bagagem, três medalhas de ouro, duas conquistadas por atletas do Sporting Clube de Portugal – aproveito também para felicitar Pedro Pichardo pelo resultado.

A primeira medalha foi alcançada por Auriol Dongmo, a nossa ‘Super Auriol’, atleta de excepção que chegou a Portugal em 2017 – apesar de na altura estar a ser assediada por França, optou por naturalizar-se portuguesa devido à sua fé na Nossa Senhora de Fátima. E, assim, assentou arraiais no nosso país, foi mãe aqui, e na sua categoria já bateu o recorde nacional, nada mais, nada menos, do que cinco vezes. É considerada, nos dias de hoje, a melhor atleta do mundo do lançamento do peso e foi isso mesmo que provou em Toruń, na Polónia.

Para trazer o ouro para Portugal, Patrícia Mamona fez aquilo que nunca antes uma portuguesa tinha feito no triplo salto: voar 14 metros e 53 centímetros, batendo o seu próprio recorde e estabelecendo a melhor marca portuguesa de sempre em pista coberta. Ao contrário de Auriol, Patrícia não era a favorita, mas também não deixou os seus saltos por pés alheios. Apesar de ter sido infectada com COVID-19 no mês de Janeiro, a atleta Leonina protagonizou mais uma prova de superação, deixando toda a concorrência para trás.

Também este fim-de-semana, o voleibol do Sporting CP voltou a conquistar a Taça de Portugal 26 depois e pela primeira vez após o regresso da modalidade ao Clube – e logo contra o arquirrival que não vencíamos há 701 dias. Este sábado, voltamos a medir forças com o mesmo adversário, em jogo a contar para as meias-finais do play-off de apuramento do Campeão Nacional. Que a equipa de Gersinho tenha a arte e o engenho de conseguir mais uma vitória.

De salutar que finalmente o Governo irá anunciar um conjunto de medidas de apoios extraordinários aos clubes desportivos. A importância do sector em Portugal merecia esta atenção de quem nos governa.

No futebol, os pupilos de Rúben Amorim continuam a fazer História dentro do campo: ao vencer o CD Santa Clara por 2-1, conseguiram um feito nunca antes alcançado por uma equipa do Sporting CP: ser invencível à 22.ª jornada da Liga NOS. Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947. Apesar de todas estas boas indicações, continuam a faltar muitos jogos até ao término da competição. E temos já mais uma final no sábado frente ao CD Tondela: humildade, concentração e vontade são os ingredientes necessários para conseguirmos mais três pontos.

A semana que passou ficou também marcada pela notícia de que a Liga (através da sua Comissão de Instrutores) entendeu dar seguimento a uma queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), acusando Rúben Amorim de fraude e falsas declarações e o Sporting CP de fraude na celebração dos contratos. Mais uma mancha na reputação internacional do futebol português, já que internamente todos sabemos que temos um desporto-rei manchado tal e qual um dálmata. Um episódio triste, e na minha opinião, revelador de uma inveja e mesquinhez de trazer por casa. Tão mau como a ANTF, apenas os ditos instrutores e o silêncio ensurdecedor dos colegas de profissão. Uma vergonha totalmente evitável.

 

Editorial da edição n.º 3810 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Épico, do ouro ao voleibol

Por Juvenal Carvalho
11 Mar, 2021

O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes

Falar da conquista de medalhas de ouro por parte de atletas do Sporting Clube de Portugal no atletismo é falar de algo felizmente recorrente e desde há muitos anos. É mesmo algo que se confunde com a nossa história, onde o nome do meio é vencer e é uma marca identitária do nosso ADN

No último fim‑de‑semana em Toruń, na Polónia, a história voltou a repetir‑se. E desta feita com toque afro. Foi a primeira vez para a camaronesa de nascimento, mas naturalizada portuguesa, Auriol Dongmo, chegada ao nosso país em 2017, e em boa hora para representar o nosso Clube, que a recebeu de braços abertos e onde ela tem evoluído para patamares que se já são elevados, muito mais poderá conseguir no futuro, e condições terá para mais vezes fazer subir a bandeira nacional ao mais alto lugar do pódio.

Se para Auriol Dongmo foi a primeira vez, para Patrícia Mamona, também ela com toque afro, por ascendência, mas já lisboeta de São Jorge de Arroios, foi o repetir de mais outra conquista. Mais uma. A repetir a outras em grandes eventos. Nada a demove, nem as lesões, é uma Leoa de têmpera. Daquelas de antes quebrar que torcer. O seu desígnio é vencer.

Mais duas medalhas de ouro do nosso contentamento. Que deixam, onde ele estiver, o sempiterno professor Mário Moniz Pereira orgulhoso. Como também orgulhoso ficou seguramente pelo quinto lugar do nosso velocista Carlos Nascimento, que pelo mérito teve até sabor a medalha.

Mas não só de atletismo se fez a história vencedora do nosso Clube no passado fim‑de semana.

Também o voleibol pôs termo a um interregno de conquistas da Taça de Portugal, que datava de 1995, coincidentemente o ano em que foi extinto no Sporting CP, numa decisão que pessoalmente não compreendi então.

E este fim de um ciclo sem conquistas desta competição, apesar de já havermos anteriormente ganho em 2017/2018 o campeonato nacional na época do regresso, foi mesmo épico. Num dérbi empolgante na final, e quando nas casas de apostas e no meio da modalidade se dava favoritismo ao nosso rival da Segunda Circular, eis que apareceu o rugido do Leão dos comandados pelo treinador Gersinho, que tem cumprido na íntegra a promessa de ascensão de uma equipa quase toda nova, mas que, cada vez mais, está pronta ainda a lutar pelo título máximo. Que bonita foi a festa da entrega do troféu e o erguer do mesmo pelo “Rei Leão” Miguel Maia, que com um sorriso, qual menino iniciado agora, continua a somar troféus ao seu tão vasto pecúlio, quando está a poucos dias de somar 50 anos. Foi mesmo uma lição de galhardia e de capacidade dos nossos briosos rapazes, que muito quiseram e fizeram por alcançar este troféu.

Está também quase a chegar o momento das grandes decisões, do futebol às restantes modalidades. Lá para Maio/Junho tudo se decidirá. O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes. Teremos de engalanar o Museu com mais conquistas e em mais modalidades.

Afinal somos enormes. Somos o Sporting Clube de Portugal!

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