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Opinião

Momentos a verde e branco

Por Miguel Braga*
08 Abr, 2021

(...) agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente

Há momentos que merecem ser recordados. Há histórias que devem ser partilhadas, experiências geracionais que se cruzam. O basquetebol do Sporting CP viveu nos últimos dias uma dessas ocasiões. Com a Páscoa como motivo da visita, antigos jogadores da modalidade surpreenderam o actual plantel em pleno Pavilhão João Rocha (páginas 18 e 19).

Ernesto Ferreira da Silva, Hermínio Barreto, Carlos Sousa e Edgar Vital são Leões que têm o seu nome inscrito na memorável História deste Clube. Antigos jogadores e campeões nacionais, são também fiéis apoiantes da equipa de Luís Magalhães e co-responsáveis pelo regresso da modalidade. A simbologia do gesto assentou que nem uma luva na equipa e todos esperamos que sirva de incentivo já para a final four da Taça de Portugal.

Hoje, assinalam-se 59 anos desde que João Morais marcou o golo número 2.000 dos Leões no campeonato (páginas 3 e 4). Morais e o seu canto também fazem parte do património do Clube. É com certeza uma das nossas Lendas mais queridas, responsável pelo golo que deu ao Sporting CP e a Portugal a conquista única da competição europeia da Taça dos Vencedores das Taças. Foi em 1964, na finalíssima (já que na final tínhamos empatado a três golos com o MTK Budapest), que aos 19 minutos o jogador surpreendeu o mundo do futebol ao executar na perfeição com o seu pé direito um canto directo que acabou por ser decisivo para o Clube e para a conquista em questão. O ‘Cantinho do Morais’ seria depois imortalizado pelo lançamento de um disco, com direito a relato de rádio de Artur Agostinho, primeiro interpretado por Margarida Amaral, depois popularizado por Maria José Valério.

Nas páginas centrais desta edição, outro momento para mais tarde recordar: a vitória e conquista da Supertaça de râguebi feminino, versão de 15, frente ao eterno rival, com uns claros 18-5 (páginas 14 e 17). Uma equipa que tem dominado o panorama nacional, sendo este o 15.º título em apenas quatro anos. É obra. Os mais sinceros parabéns ao treinador Pedro Leal, à capitã Isabel Ozório e à jogadora Inês Marques, responsável pela marcação de três ensaios: “sim, marquei os três, mas é fruto do oito da frente e dos três-quartos, como é óbvio”, relatou ao nosso Jornal com a humildade que caracteriza os campeões.

O Luso vai ser palco da primeira fase da Liga Europeia de Hóquei em Patins e o Sporting CP tem a ambição de revalidar o troféu do qual ainda é o detentor – a última edição foi cancelada devido à COVID-19. “Olho para este troféu com alguma saudade, mas também com grande responsabilidade”, confessou ao Jornal Sporting o treinador Paulo Freitas. Nas páginas 22 a 24 encontramos a entrevista conjunta ao treinador e ao capitão Pedro Gil.

No futebol, continuamos a luta, jogo a jogo, sempre com o foco na conquista dos próximos três pontos. A última partida ficou marcada pela entrada sem sanção que Nuno Mendes sofreu (acabou por sair lesionado do jogo e, segundo o departamento médico do Sporting CP, foi um verdadeiro milagre o jogador ter escapado a uma lesão grave) e por dois golos anulados ao Sporting CP, um dos quais invalidado por um fora-de-jogo por dois centímetros. Depois de em Dezembro passado o Sporting CP ter iniciado e liderado a discussão pública sobre a possibilidade de serem públicas as comunicações entre árbitro e videoárbitro (VAR), agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente.

Faltam nove jornadas para o fim da Liga NOS. E a receita é a mesma: trabalho, compromisso, humildade e garra de Leão. Sempre juntos, até porque “Onde Vai Um, Vão Todos”.


Editorial da edição n.º 3814 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As lendas nunca morrem

Por Juvenal Carvalho
08 Abr, 2021

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho

A brilhante História do Sporting Clube de Portugal é composta por inúmeras referências de todo o sempre nas mais diversas modalidades. São tantas, e tão relevantes e emblemáticas, que falar de todas elas nos caracteres que me são permitidos nesta coluna de opinião seria impossível, e seguramente que por omissão esqueceria muitas destas figuras que marcam de forma indelével uma inigualável e ímpar História do nosso Clube. 

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho.

O primeiro, um dos ‘Cinco Violinos’, e o último que partiu do mundo dos vivos, que ouvia falar dele por conversas de meu avô, e que o percurso de vida me permitiu conhecer e vir a fundar com ele e com outros Leões de juba alta, o Núcleo SCP de Paço de Arcos, uma ambição dele de sempre por ser da vila onde nasceu e viveu, e que tanto amava. Lembro como se fosse hoje quando o cumprimentei pela primeira vez, precisamente no dia em que houve a primeira reunião preparatória para a criação do núcleo. Fiquei trémulo de emoção, literalmente. Ouvi então posteriormente, contadas pelo próprio, estórias deliciosas da sua vivência no nosso Clube. Ele amava incondicionalmente o Sporting CP e também o “seu” CD Paço Arcos, onde praticou hóquei em patins, facto que lhe valeria a alcunha do ‘Dois Amores’, ou do ‘Necas’ para os amigos. Tinha sempre um sorriso, um aceno, uma palavra simpática para quem com ele se cruzava. Era um senhor na verdadeira plenitude. Como seu último acto de relevo, numa história deslumbrante, ficará o pontapé de saída dado no primeiro jogo no novo Estádio José Alvalade, ante o Manchester United FC. Foi em Agosto de 2003, ano de sua morte.

Já Joaquim Agostinho, que nunca conheci pessoalmente, fez as minhas delícias de criança. Enchia‑me o quarto com pósteres. Parava a cada dia para ouvir na rádio as chegadas da Volta a Portugal. Lia avidamente todas as crónicas sobre as suas participações na Volta a França. De Norte a Sul enchia de orgulho a enorme legião Leonina. Subia os Alpes e os Pirenéus sem levantar o rabo do selim. Era uma força da natureza. Jamais apareceu algum ciclista português com a sua capacidade. Começou tarde uma carreira recheada de sucesso. O ‘Tino’, como era carinhosamente tratado, personificava a garra do Leão. Infelizmente partiu cedo e de Leão rampante ao peito e de amarelo. Uma queda na Volta ao Algarve provocada por um cão que se atravessou no seu caminho, levou este Campeão. Um Campeão de um Clube repleto de campeões.

Lembrar estes e outros campeões é ter memória. E o Sporting CP é um Clube com memória e que tem uma incomensurável História. Uma História sem paralelo. Obrigado a ambos pelo que representaram. 

As lendas nunca morrem!

Acreditar

Por Pedro Almeida Cabral
08 Abr, 2021

Regressando ao jogo com a equipa vareira, assistir àquele último período foi sentir a essência do que é o Sporting CP

No passado sábado, aconteceu Sporting na Arena de Ovar. O Sporting CP defrontou a Ovarense e ganhou por 97‑92 num emocionante jogo de basquetebol. Sobretudo na segunda parte, o marcador raras vezes esteve de feição e, a seis minutos do fim, perdíamos por 14 pontos. Uma distância talvez irreversível para a maior parte das formações da Liga Placard. Mas nada é impossível para a nossa equipa, especialmente para o mágico Travante. O norte‑americano rugiu bem alto e marcou três triplos certeiros neste último e quarto período. Este resultado garante ao Sporting CP o primeiro lugar da fase regular do campeonato. Pormenor pouco importante quando se segue uma fase a eliminar, diriam alguns. Nada mais errado, digo eu, pois o factor casa é crucial quando a competição se reparte também pelo campo do adversário.

Entremos, pois, na segunda fase do campeonato nacional de basquetebol com esperança num título que o Sporting CP não conquista desde 1982. Esteve perto no ano passado, 38 anos depois, mas o cancelamento da competição não permitiu que o Sporting CP lutasse até ao fim. Para quem pensa que o basquetebol do Sporting CP nasceu recentemente, devemos recuar até 1954, quando conquistámos o primeiro campeonato dos oito que temos. A história dessa modalidade em Portugal confunde‑se com a do Sporting CP, onde brilharam jogadores como Ernesto Ferreira da Silva, António Encarnação, Rui Pinheiro, Mário Albuquerque, Carlos Lisboa, Nelson Serra, os irmãos Baganha, mas também os norte‑americanos John Fultz e Mike Carter. Agora, queremos que sejam atletas como Travante Williams, John Fields, João Fernandes ou James Ellisor a fazer história com a verde e branca.

Regressando ao jogo com a equipa vareira, assistir àquele último período foi sentir a essência do que é o Sporting CP. Contra todas as aparências de um mau resultado, Travante e os restantes jogadores não se deixaram ficar e recuperaram os pontos que faltavam para o triunfo. Quem assistiu, nunca deixou de acreditar que a vitória era possível e, a cada triplo travantiano, sentiu‑se que nada ia parar o Sporting CP. Se os jogadores devem honrar a camisola do Sporting CP, Sócios e adeptos têm a missão de acreditar, sobretudo quando a equipa segue em primeiro e leva tantas boas exibições em pavilhões espalhados por Portugal. É a acreditar na nossa equipa de basquetebol que termino esta crónica (também) sobre o empate do Sporting CP com o Moreirense FC no futebol.

 

Até ao fim!!!

Por Tito Arantes Fontes
08 Abr, 2021

(...) É mesmo mérito este primeiro lugar no Campeonato Nacional à entrada da 26.ª jornada! Onde Vai Um Vão Todos!!! E vamos mesmo!!!

Acabou nesta segunda‑feira mais uma jornada do Campeonato. Desta vez empatámos, mesmo ao cair do pano sofremos o golo do empate. Foi pena. Foi pena porque tínhamos o “jogo no papo”… mas só com um golo de vantagem já se sabe… pode sempre “cair um golo do céu” ao nosso adversário… e foi o que aconteceu, no único remate enquadrado do Moreirense FC à baliza de Adán! Provavelmente já houve outros jogos em que ganhámos e podia‑se justificar o empate. Mas neste… sim, neste merecíamos e tínhamos tudo para ganhar! Pena a meia hora final a “gerir”, sem matar o jogo… ainda assim, cá estamos! Vivos! Sólidos! Fortes! Coesos! E – com este empate – mais experimentados! Temos 25 jornadas feitas! Vinte vitórias! Cinco empates! A única equipa sem derrotas! E oito pontos de avanço sobre o segundo classificado, 11 sobre o terceiro e 12 sobre o quarto! É um registo notável! E – claramente – dependemos só de nós próprios! Força Rúben! Força equipa! Força Sporting CP!

Este nosso jogo foi – como seria de esperar – “abrilhantado” por mais uma memorável actuação do “abeto português”… sim, esse mesmo, o tal de João Pinheiro! Coadjuvado por outro “astro dos infernos vermelhos” – Bruno Esteves de seu nome – no VAR! Pois bem… esta dupla ofereceu‑nos mais um espectáculo deprimente! Aliado ao rigor das “linhas” de fora‑de‑jogo do VAR… que anularam dois golos ao Sporting CO… um deles por causa de uma milimétrica “linha” de 2 centímetros… sim, dois centímetros! Não dá para acreditar… mas aconteceu! Mas – dizia eu – aliado a este “rigor de centímetros” temos o arrepiante contraste com o obsceno e infame “critério disciplinar” seguido pela arbitragem! O “abeto português” começou logo aos três minutos… agressão incólume ao Palhinha, amarelo perdoado ao Moreirense FC… estava dado o “mote” para o regabofe… e cerca de meia hora depois foi o “clímax”… onde está o miúdo? E pumba, foi entrar com tudo sobre o Nuno Mendes, 18 anos, internacional português! Resultado: Nuno Mendes lesionado (milagre autêntico não ter fracturado a perna!) e pouco depois fora de campo! Resultado disciplinar: nenhum! Bradaram os céus… mas o “abeto” descaradamente não quis e – lá nos “infernos vermelhos” – o VAR também não… e sim, o lance é para expulsão, logo era para intervenção do VAR!!!

Nesta mesma 25.ª jornada tive oportunidade, até por ser fim‑de‑semana de “Páscoa confinada”, de assistir aos jogos dos nossos mais directos competidores, naturalmente visão limitada no caso daquele clube que gosta de ser televisionado em “circuito fechado”… coitado… E o que vi? Pouco ou nada! Nada de “futebóis de encantar”… mas, isso sim, mais do mesmo, infelizmente… ou seja, o tal clube “enclausurado” ganhou com um penálti que não existe (isto de “chorar” vale mesmo a pena!) e safa‑se, no fim, por lhe ter sido perdoado um penálti que poderia dar o empate à equipa adversária… noutro jogo assisti a uma “celestial” exibição açoriana, traída por mais uma “taremiçada”… e assim – só nesta época! – já lá vão quase 15 penáltis a favor da equipa do treinador que diz que até “javardo” já ouviu chamar‑lhe… valeu que agora esse senhor ficou calado e não nos presenteou com um dos seus habituais e lamentáveis “números de circo”! Por último, vi uns guerreiros ajoelhados… “salvos” no último minuto, ainda não sabendo como nem porquê de tão atarantados que estavam depois uma hora e meia de vendaval algarvio!

Certo é que quanto a estrelinha estamos conversados! Os outros foram bem bafejados e nós sofremos desse fel! Portanto… por muitos que lhes custe – e custa mesmo! – sim, é mérito do SCP! É mesmo mérito este primeiro lugar no Campeonato Nacional à entrada da 26.ª jornada! Onde Vai Um Vão Todos!!! E vamos mesmo!!!

Ultimas Notas: (1) CR7 e o tal treinador que diz que já foi apelidado de “javardo”… que diferença! CR7 exemplar, 18 anos ao serviço de Portugal! Melhor marcador de sempre da selecção portuguesa! E imediatamente após o jogo com a Sérvia, explicou o tal gesto da “braçadeira”! Ainda assim, na lusa pátria, foi um contínuo zurzir no CR7, forte e feio! Vergastado até ao limite! Gente ingrata, velhaca, cobarde e insignificante! Muitos, aliás, os mesmos que semanalmente saúdam, justificam e explicam o “ADN” de quem tem comportamentos de “javardo”!! Dois pesos, duas medidas… a mesma vergonha dos que não têm mesmo vergonha! (2) as inenarráveis capas vermelhas do queimado pasquim da Queimada! Mais vermelho do que nunca! A selecção sub‑21 a qualificar‑se para o Europeu e a primeira página do triste pasquim ocupada com um jogador que nem nessa selecção está… mas é “vermelho”… ai se o ridículo matasse… que cemitério não iria lá pelo Bairro Alto! (3) Pedro Proença resolveu dar um ar da sua graça… vai daí “botou faladura” sobre a “celeridade processual” da justiça desportiva… e veio culpar a inconstitucionalidade explorada no caso Palhinha pela morosidade das decisões… inconstitucionalidade essa que o CD já resolveu através de audições aos jogadores por período de 24 horas… mas porque é que este ex‑árbitro não continuou caladinho lá no seu cantinho! Poupava‑se e poupava‑nos a mais este ridículo espectáculo!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

“O Homem é a única máquina do tempo conhecida”

Por André Bernardo
31 Mar, 2021

O Jornal Sporting cumpre hoje 99 anos, tendo sido “a máquina do tempo” que recupera o melhor do ADN Sporting desde 1922, homenageando as suas lendas, retratando a sua actualidade e dando voz aos seus personagens

O ano é 1922. A música de fundo é foxtrot, estilizada pelo ruído distintivo do vinil a sair do megafone do gira-discos. O dia é o trigésimo do terceiro mês desde que o ano é novo e os intérpretes são Gago Coutinho e Sacadura Cabral. O relógio marca as sete horas desde que o dia 29 deixou de o ser. A aeronave é o hidroavião Fairey F III-D MkII. O motor é apenas um, fabricado pela Rolls-Royce, e o som deixa para trás um dos maiores feitos da História, a primeira travessia de avião do Atlântico Sul e a chegada ao Brasil para celebração dos 100 anos do grito do Ipiranga que coroou D. Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil. O dia é 30 de Março de 1922.

São 18 os anos que faltam para que nas terras de destino do voo nasça um novo imperador do futebol: o Rei Pelé.

Está quase a completar um ano desde que António Stromp nos abandonou para sempre e faltam ainda 99 anos para chegarmos até 2021, já num novo milénio.

Um ano depois o ano é 1923 e inicia-se a “maior corrida do planeta” em Sarthe, França, as 24 horas de Le Mans.

O ano é 1929 e a crise da grande Depressão abala o Mundo, uma década depois do final da 1.ª Guerra Mundial e da Gripe Espanhola se tornar a pandemia mais mortífera de sempre. Passaram 11 anos após a morte do nosso fundador José Alvalade.

O ano é 1930, o local o Uruguai. O evento é o primeiro Campeonato do Mundo de Futebol.

A década é a dos anos 40, marcada na primeira metade pela 2.ª Guerra Mundial. A segunda metade marca para sempre o futebol português com a equipa de orquestra do Sporting CP a ser tricampeã. A assinatura de autor são mais de 1.200 golos dos eternos ‘Cinco Violinos’.

Desde os anos 50 até à data, o Homem chega à Lua, Portugal sai da ditadura e entra na CEE e o Muro de Berlim cai.

Pelo meio, em Outubro de 1971, ocorre a “Luta do Século” entre Muhammad Ali e George Foreman, com a vitória do “I am the Greatest”.

Agora os anos são os 80 e Portugal ganha a primeira medalha de Ouro nuns Jogos Olímpicos. Estamos em Los Angeles em 1984. O atleta é o Leão Carlos Lopes

A década seguinte de 90 é escrita por Michael Jordan no basquetebol, carregando às costas o número 23 e os Chicago Bulls a seis títulos da NBA. O primeiro deles no ano de 1991.

Em 1992 Robert Kelly Slater torna-se também pela primeira vez campeão mundial de Surf. A primeira das 11 vezes que o fazem subir ao Olimpo mundial do Desporto. 

Dois anos depois o ano é 1994 e torna-se trágico com a última corrida do génio do volante e capacete de “Ordem e Progresso”, Ayrton Senna.

O ano é 2000 e 18 anos após o último campeonato ganho o Sporting CP é de novo campeão nacional em futebol.

Dois anos depois estreou o filme “A Máquina do Tempo”, baseado na obra literária com o mesmo nome que remonta a 1895.

Cito a propósito o escritor Georgi Gospodinov que diz que “O Homem é a única máquina do tempo conhecida”.

O Jornal Sporting cumpre hoje 99 anos, tendo sido “a máquina do tempo” que recupera o melhor do ADN Sporting desde 1922, homenageando as suas lendas, retratando a sua actualidade e dando voz aos seus personagens. E assim continuará a escrever esta História Interminável.

O ano é 2003 e é construído o novo Estádio de Alvalade.

Em 2007 o iPhone revoluciona o Mundo, e Steve Jobs e a Apple imortalizam o seu nome na História.

O ano é 2018 e o ataque à Academia de Alcochete marca o momento mais negro na História do nosso Clube.

O ano é 2020 e o Mundo volta a ser abalado por uma pandemia mundial, a COVID-19.

A 31 de Março de 2020, o Sporting Clube de Portugal celebra os 98 anos do Jornal com o lançamento de um novo formato, há precisamente um ano

2020 fica eternamente marcado pela partida de D10S. Fica o legado das suas jogadas. O humano chamava-se Diego Armando Maradona

O ano volta a ser 1922. Vivem-se os “Loucos Anos 20” e regista-se a primeira patente do que viria a ser a Televisão.  O Presidente do Sporting Clube de Portugal é Júlio Araújo. O Clube é Campeão de Lisboa em futebol. Um ano antes de ser pela primeira vez Campeão de Portugal, em 1923. O Clube é mais uma vez pioneiro e torna-se o primeiro a ter um Jornal, na altura chamado Boletim Sporting Club de Portugal. A estreia é com o artigo “Razão de Ser”, escrito por José Serrano, que vale a pena reler e que voltamos a publicar nesta edição. A Razão de Ser continua 99 anos depois. O dia é 31 de Março de 1922.

 

Editorial da edição n.º 3813 do Jornal Sporting

99 anos de História

Por Miguel Braga*
31 Mar, 2021

Hoje, dia 31 de Março, o Jornal Sporting celebra o seu 99.º aniversário. Quase um século de existência daquele que é o mais antigo Jornal de clube desportivo do Mundo

O Sporting Clube de Portugal está de parabéns. Hoje, dia 31 de Março, o Jornal Sporting (JS) celebra o seu 99.º aniversário. Quase um século de existência daquele que é o mais antigo Jornal de clube desportivo do Mundo.

O então presidente Júlio de Araújo quis ser pioneiro, e sob a direcção de José Serrano foi publicado o primeiro número do Boletim Sporting, com o artigo ‘Razão de Ser’ que viria a ser o primeiro texto conhecido da nação Leonina.

O Sporting Clube de Portugal tornava‑se assim pioneiro, uma vez que seria o primeiro clube a contar com um órgão impresso privativo.

No Estatuto Editorial do Jornal Sporting podemos encontrar algumas preciosidades, históricas e não só, que merecem ser partilhadas:

‑ O JS foi inicialmente criado sob a forma de Boletim quinzenal com o pagamento facultativo de 2$00 semestrais;

‑ O JS é um órgão de comunicação de Desporto, especializado na história, quotidiano e futuro do Sporting CP;

‑ O JS recusa o sensacionalismo ou qualquer exploração mercantil;

‑ O JS segue as directrizes traçadas pelo Conselho Directivo do Sporting CP, é responsável por todos os seus leitores e mostra‑se autónomo a qualquer poder político, económico ou particular;

‑ O JS sublinha a relevância de distinguir, em termos gráficos e editoriais, as notícias sobre o Clube e as opiniões;

‑ O JS deve respeitar a História Centenária do Sporting CP;

‑ O JS tem presente, em todas as publicações, a importância de cada Sócio e adepto do Clube;

‑ O JS tem por missão manter a opinião pública (e, em particular, todos os seus Sócios e adeptos) informada;

‑ O JS deverá permanecer sempre como um meio de defesa dos interesses do Sporting Clube de Portugal (…) perpetuando os ideais consagrados na sua Fundação, a 1 de Julho de 1906.

Até à presente data, passaram pelo Jornal Sporting 40 directores e centenas de profissionais que ajudaram a escrever e a documentar todos os feitos que marcaram a História verde e branca ao longo de quase cem anos, contribuindo desta forma para manter intacta a missão primordial de informar os Sócios e adeptos sobre a vida do Clube.

A todos, sem excepção, muito obrigado.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

99 anos com “Razão de Ser”

Por Juvenal Carvalho
31 Mar, 2021

Ler é saber mais. Ler Sporting é ler sobre um Clube ganhador como ninguém. Falo de factos. Já foram noticiados tantos êxitos, com tantos grafismos e escritos por tanto Leão nestes 99 anos, que muitos mais aí virão

Dizer, em dia de aniversário, que é um motivo de orgulho escrever umas linhas no Jornal do nosso Clube, do clube que amo incondicionalmente desde criança, é pouco para expressar o que me vai na alma.

É mesmo algo tão intenso e arrebatador que, para mim, embora tenha iniciado esta colaboração com o nosso Jornal, a convite de Melo Bandeira, um Leão imenso, decorria ainda o fim da década de 80, início da década de 90 do século passado, quando comecei a escrever sobre futsal – ou futebol de cinco, como era na altura designado –, que não deixa de ser com uma alegria de quase menino babado que a cada semana arranjo motivos para escrever e, mais do que isso, exacerbar o meu Sportinguismo, aquele que os que me são próximos desde criança sabem o quão genuíno ele é.

E foi mesmo desde criança, em casa do Sr. Brito, um Leão da velha guarda, que religiosamente, e todas as semanas, lia de fio a pavio o Jornal Sporting. Como que a minha “bíblia”. Onde comecei a perceber a verdadeira dimensão do Sporting Clube de Portugal. Muitas e boas prosas, de um Sportinguismo contagiante li neste nosso Jornal, que 16 anos após os nossos fundadores nos quererem grandes, tão grandes como os maiores da Europa, surgiu o primeiro Boletim do Sporting. A confirmação de um pioneirismo que faz de nós o Jornal mais antigo de clubes do Mundo.

O Jornal Sporting completa assim 99 anos de vida. Estamos apenas a um ano de nos tornar centenários. Desde o início, quando com José Serrano como primeiro director, e com o título “Razão de Ser”, saiu o primeiro número, que com o esforço, a dedicação e a devoção de tantos, lemos páginas com glórias atrás de glórias do nosso Sporting CP. São incontáveis os troféus nacionais e internacionais ganhos pelo nosso Clube, que foram escritos e descritos com a pena de ilustres Sportinguistas.

O Jornal do nosso Clube é de todos os tempos. E por falar em tempos, os novos tempos são inovadores. São das novas tecnologias. Onde ao papel se juntou o digital. Onde quando antes estávamos ávidos para saber algo do nosso Clube, e tudo parecia que demorava uma eternidade, hoje tudo está à distância de um simples clique. O Sporting CP modernizou‑se e acompanhou a sociedade. Está preparado e estruturado para os tempos vindouros. Das grandes cidades aos locais mais recônditos, onde houver um Leão, haverá Jornal do clube nas mãos de cada um. Por on‑line chega mesmo aos quatro cantos do Mundo, para a inúmera diáspora leonina.

Ler é saber mais. Ler Sporting é ler sobre um Clube ganhador como ninguém. Falo de factos. Já foram noticiados tantos êxitos, com tantos grafismos e escritos por tanto Leão nestes 99 anos, que muitos mais aí virão.

Vamos a caminho do centenário com a mesma garra. A garra do Leão rampante em forma de caracteres. Pintados a verde!

Páginas de Sportinguismo

Por Pedro Almeida Cabral
31 Mar, 2021

Quase um século depois do primeiro Boletim, o Jornal Sporting continua a fazer tanta falta como em 1922. Essa é a melhor prova que estas páginas de Sportinguismo fazem parte da vivência do Clube

Faz hoje o Jornal Sporting, que tem a gentileza de me acolher nestas páginas, 99 anos. Um Clube centenário, como é o Sporting Clube de Portugal, à beira dos 115 anos, não é apenas uma associação desportiva com equipas e atletas em várias modalidades. A longevidade de um Clube como o nosso vem de algo bem mais profundo: a força dos seus Sócios e adeptos e a vontade que têm que o Clube singre. Não deve haver Clube como o nosso que agregue tantas sensibilidades, tantas organizações e que suscite variadas iniciativas de Sócios e adeptos. Um Clube assim tão envolvente só podia ter o jornal mais antigo de clube desportivo do Mundo. Não é de mais ninguém. Não é de nenhum outro clube, nacional ou estrangeiro. É nosso. E dele devemos cuidar, lendo e contribuindo para que seja lido.

Foi a 31 de Março de 1922 que saiu o primeiro número, ainda com o nome Boletim. O que mais impressiona nessas linhas de apresentação é a sua actualidade. Sublinhava-se que os Sócios do Sporting CP não podiam ficar apenas por um ou outro desafio de ‘foot-ball’. Já então o Clube se assumia como ecléctico e incentivava os Sócios a acompanharem todas as modalidades do Clube. É por isso que a edição de hoje é a melhor homenagem a essas linhas fundadoras, dando conta não só da actualidade do Clube, como de vitórias do Sporting CP em desportos que não apenas o futebol.

Podemos ler nesta edição o relato emocionante sobre a vitória na Taça da Liga em futsal, frente ao SL Benfica, por uns esclarecedores 6-2. Um jogo implacável da equipa Leonina com o pivô Zicky Té, de apenas 19 anos, a assinar uma exibição monstruosa, com dois golos de pura arte na quadra. Ou sobre a conquista dos campeonatos nacionais de atletismo em pista coberta, tanto em masculinos, como em femininos, com prestações sensacionais de atletas como Auriol Dongmo, com um lançamento de peso de relevo, de 19,20 metros. Mas também podemos saber mais sobre o título de campeão nacional de râguebi feminino, ao bater o SL Benfica por 11-8, após desempate por pontapés aos postes. Foi para contar tudo isto, em detalhe, que nasceu o nosso Jornal. Quase um século depois do primeiro Boletim, o Jornal Sporting continua a fazer tanta falta como em 1922. Essa é a melhor prova que estas páginas de Sportinguismo fazem parte da vivência do Clube. E assim continuará a ser por muitos e bons anos.

 

Jornal Sporting… 99 anos!!!… e mais títulos!!!

Por Tito Arantes Fontes
31 Mar, 2021

(...) queremos, claro, desfrutar do conteúdo desta histórica edição, página a página! Festejemos este aniversário… e – como eterno é o SCP – eterno seja o Jornal Sporting!

Esta edição do Jornal Sporting é uma edição de festa! São 99 anos! É extraordinário!… estamos a caminho do centenário! Entrámos no ano do 100.º aniversario! É obra! Um fantástico meio de comunicação da vida do Sporting Clube de Portugal! Quando começou era Boletim… depois ficou Jornal! Há décadas que é semanário! E sim, semana após semana, esperamos ansiosamente pelo Jornal Sporting! E sim… queremos ver a capa desta edição festiva… uma capa feita por um Leão! E queremos, claro, desfrutar do conteúdo desta histórica edição, página a página! Festejemos este aniversário… e – como eterno é o SCP – eterno seja o Jornal Sporting!

Estamos em tempo de Páscoa… campeonato parado, tempo de selecção e confinamento geral por força da COVID‑19… temos de esperar… é que só na próxima segunda‑feira, 5 de Abril, o Sporting CP recomeça a sua determinada, firme e extraordinária caminhada no Campeonato Nacional de futebol… a Liga NOS! Iremos a Moreira de Cónegos, ali no coração do Minho, para uma deslocação difícil, um campo complicado… mas vamos com a nossa fé, com a nossa esperança, na certeza de que teremos lá um Sporting CP de garra, de luta, de esforço, de dedicação e de devoção… um SCP em busca da Glória!

No entretanto, ganhámos neste último fim‑de‑semana vários títulos! Nada mais nada menos que quatro títulos, incluindo três de campeão nacional em duas modalidades diferentes. Campeões nacionais de atletismo em pista coberta, masculinos e femininos! Um hábito nos femininos e o regresso a um velho hábito nos masculinos! Parabéns Leoas e Leões! Campeões nacionais em râguebi de 15, femininos! O quinto título consecutivo! Parabéns, Leoas! E para completar esses quatro títulos, a brilhante conquista da Taça da Liga em futsal, no domingo, em Sines! Parabéns, Leões! Uma goleada espectacular que infligimos a um suposto rival… nem piou! Foi uma demolidora vitória!… meia dúzia de golos que paulatinamente colocaram a nu o ridículo dos comentários que fomos ouvindo nesse jogo no Canal 11… máxime, quando a três minutos do fim, o SCP a ganhar 5‑0… e os comentadores em “inenarrável delírio” a perorarem sobre a possibilidade duma reviravolta… que ridiculamente ainda esperavam que pudesse cair dos céus… coisas mesmo de gente que nem se apercebe que há aves que não voam mesmo!

Três notas finais: A primeira para enviar uma palavra solidária a CR7! Portugal foi manifestamente espoliado do teu golo, que seria o da vitória no jogo com a Sérvia… pois, nem assim, tantos que tanto te devem, conseguiram defender‑te… antes aproveitaram a tua reacção para vilmente te atacarem… não percebendo a tua, a nossa indignação! E não percebendo que – por muito que lhes custe – a braçadeira (sem símbolo ou cores de Portugal!) não, não se confunde mesmo com o Hino ou a Bandeira de Portugal! Esses medíocres, de que Portugal nem se lembra, bem que te quiseram denegrir… mas nós, a tua Família, não, não deixamos! D. Dolores nós não deixamos mesmo que toquem no seu filho… e nosso menino! A segunda palavra é sobre o espectáculo “anti‑SCP” que o CF Estrela da Amadora persiste em montar e alimentar. Agora refilam quanto à correctíssima utilização de Gonzalo Plata numa jornada em atraso do Campeonato de Portugal. Bem andou o Conselho de Disciplina – Secção Não Profissional em imediatamente arquivar o caso! A Secção Profissional, a tal que é comandada pela Dra. Cláudia, bem que podia aprender qualquer coisinha com essa Secção Não Profissional! Ganhava o Futebol! A terceira e última palavra… que dizer do espectáculo de celebração revivalista do famoso “Caso do Túnel” que o FCP resolveu “recolocar” na agenda… tantos anos depois… como não deram “espectáculo” nos últimos dias… vão buscar lamentáveis episódios do passado… para continuarem no seu trilho de ódio e raiva… não há pachorra! Não há mesmo pachorra! Quando não é um dos seus a “abrilhantar”… é toda uma estrutura que mostra o seu “ADN”… de “pitbull”!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

A Formação a verde e branco

Por Miguel Braga*
25 Mar, 2021

Uma coisa é dizer que apostamos na Formação. Outra, bastante diferente, é viver esse caminho, fazer conscientemente essa aposta, com a noção clara dos perigos e das dores de crescimento de um projecto assim construído

“O projecto não é meu, era do Sporting CP, sou uma pequena peça, soube desde o início a ideia. O projecto é do presidente, do Hugo Viana, dos que estavam cá. Vejo as melhorias na Academia. Passa muito por aqui, temos de ir pela formação. (…) Este é o caminho”. Foi assim que Rúben Amorim resumiu, com a arte do costume, o projecto da Formação do Sporting Clube de Portugal, depois de estrear frente ao Vitória SC o mais novo jogador de sempre a jogar pela equipa principal. Dário Essugo, com 16 anos e seis dias, entrou directamente para o topo da lista dos mais jovens de sempre a actuar pela equipa principal do Clube, passando nomes consagrados como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Paulo Futre ou Marco Caneira e de esperanças verdes e brancas como é Joelson Fernandes ou como foi Litos.

Em 2018, com a eleição da actual Administração, o Sporting CP anunciou o regresso ao seu ADN e ao investimento na Formação e na Academia (e no próprio Pólo EUL). Numa primeira fase, foram sinalizados 89 atletas identificados com High Potential e foram também assinados novos contratos. A estrutura passou a trabalhar de forma diferente, adoptando o modelo de performance para ser centrado no jogador. No jogo com o Vitória SC, o Sporting CP entrou em campo com três teenagers, num total de seis jogadores formados no Clube, no onze titular. No banco estavam sentados outros seis. Em relativamente pouco tempo, o Sporting CP voltou a apostar na prata da casa, ainda para mais suportada com uma conquista já nesta época (Taça da Liga) e com uma campanha de nível superior na Liga NOS – faltam ainda dez jogos para o final e estas contas só se fazem no fim.

Esta aposta explica-se não só por ser o ADN do Sporting CP, mas também por outras razões, sejam argumentos pré-COVID-19 – contexto de inflação de valores de mercado – ou pós-COVID-19 – crise de liquidez. Num ano marcado por uma pandemia, o Clube fez a sua revolução silenciosa, fortalecendo o grupo com a tal prata da casa, com contratações cirúrgicas e apostando na continuidade de jogadores de indiscutível valor acrescido.

Quase 20 anos depois de ter inaugurado a sua Academia, o Sporting CP continua a renovação do seu espaço de treino de eleição – quem viu como estava e quem vê como está, compreende o trabalho e o investimento feitos. O futuro começou ontem e prolongar-se-á no tempo, com o esforço e a dedicação de todos.

Uma coisa é dizer que apostamos na Formação. Outra, bastante diferente, é viver esse caminho, fazer conscientemente essa aposta, com a noção clara dos perigos e das dores de crescimento de um projecto assim construído. Em cada coração verde e branco reside a esperança de que Dário Essugo não seja o último a fazer a sua estreia na equipa principal em 2021. Na semana de pausa das selecções, Rúben Amorim voltou a chamar muitas caras novas para o treino. Qualidade e compromisso são os dois ingredientes exigidos na receita do míster. E é isso mesmo que se respira actualmente em Alcochete.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

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