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Opinião

O futebol e os cata-ventos

Por Rodrigo Pais de Almeida
23 Abr, 2021

(...) Da minha parte ficas já com a garantia, irei onde vocês forem, como vocês forem e quando vocês forem, para mim é inegociável desde que nasci! Lá estarei convosco! SEMPRE!

Parte da beleza e das paixões que o futebol desperta tem a ver com o facto de muito se escrever, se falar, se discutir, mas a sua dose de imprevisibilidade, e por vezes de irracionalidade, tornarem os 90 minutos do jogo num espectáculo único e que nos leva a sofrer, a rir, a chorar, tudo no mesmo encontro.

O trajecto imaculado da equipa principal de futebol profissional do Sporting Clube de Portugal ao longo da presente Liga NOS tem sido alvo de inúmeras análises, justificações, estudos. Se, no início, a desconfiança era total face a um plantel e staff tão jovens, os resultados primeiro, as exibições depois, e a consistência por último lugar levaram a que se fosse invertendo o discurso para de candidatos à Liga Europa darem esta equipa como candidata a um lugar de Champions.

A conquista contundente da Taça da Liga, depois de vencer o Campeão Nacional em título nas meias‑finais e a equipa da casa na final, elevou a fasquia inicial e esta equipa começou a ser vista como um verdadeiro “case study”. Não sofria golos. Era muito eficaz pois em poucas oportunidades construía vantagens que depois conseguia guardar. Era pragmática na abordagem aos jogos. Sabia até onde podia ir e como ir, para depois segurar, sofrer e sempre acreditar. Não tinha um futebol avassalador com inúmeras oportunidades. Tinha um jogo seguro, fluído, sólido do ponto de vista defensivo, e conseguia levar os jogos até final com vantagens que lhe permitiam somar os três pontos.

A genialidade da comunicação do treinador, a capacidade de levar os jogadores a transcenderem‑se face àquele que era apontado como o seu real valor, o edificar as raízes de uma equipa baseada em 13 jogadores da sua Academia de formação, e os resultados… Sempre os resultados… A imprensa, os comentadores, os adeptos, os Sócios, todos rendidos ao jovem talento Rúben Amorim. Quando invicto ele continuava a afirmar que a Liga NOS é muito longa e quando menos se espera os obstáculos se iriam erguer, escreviam que era falsa modéstia. Todos se iam esquecendo dos objectivos iniciais. Do ponto de partida. Do que custou erguer e chegar a este ponto.

Nos últimos quatro jogos o Sporting CP consentiu três empates e viu o seu mais directo perseguidor aproximar‑se pontualmente da sua performance. Continuando líder. Continuando com vantagem. E permanecendo invicto. Mais ou menos conhecedores face ao que se passou no rectângulo de jogo, rapidamente tudo se coloca em causa. Tudo se eleva para lá da sua importância. Tudo se questiona!

Futebol é também isto. É ter de aceitar que em Setembro o mesmo indivíduo diga e escreva tudo, em Dezembro o seu contrário, em Fevereiro dá uma volta ao texto, e em Abril completa a sua bela pirueta. Escrever sobre o futebol para alguns com agenda própria e que perdem a vergonha ao esquecerem que hoje em dia a tecnologia e a internet não permitem apagar a história, não é mais do que um exercício de malabarismo, de equilíbrios, uma tentativa de navegar ao sabor das ondas e das marés, e que fazem inverter o que pensam conforme a direcção dos cata‑ventos. Quando a coisa vai bem, vamos TODOS bem. Quando a coisa vai menos bem, ELES vão menos bem!

Com isto esquecem exactamente o que é futebol. Nunca vão saber o que é futebol. Que é um desporto e que a sua beleza advém da dimensão física, técnica, psicológica, mas também da sua incerteza face ao resultado porque é um desporto de competição e que se joga contra adversários. Vivem a paixão do seu clube em função de quem lá está e não do amor genuíno de o querer ver vencer e elevar os seus ideais e valores. Vivem do momento e em função dos seus interesses futuros.

O Sporting CP nos últimos quatro jogos conquistou seis pontos dos doze possíveis. Permanece invicto. Permanece líder. Mas viu o perseguidor aproximar‑se. Mas dos 28 jogos já disputados nesta Liga NOS, foram precisamente nestes quatro jogos aqueles onde mais vezes rematou à baliza dos adversários (média superior a vinte remates nestes quatro jogos). Foram os quatro jogos onde menos remates concedeu (média de dois remates à baliza concedidos por jogo). Foram os quatro jogos onde os adversários tiveram menos acções na área Leonina (média inferior a cinco acções). E foram os jogos onde o Sporting CP teve mais acções nas áreas adversárias (média superior a vinte e cinco acções).

Os adversários começaram a perceber como o Sporting CP joga” – pois sim, condicionam a saída por fora para envolver por dentro invertendo essa tendência da equipa, mas o Sporting continua a chegar a zonas de finalização, altera a forma de atacar em número de unidades, em dinâmicas e em ideias. “A equipa tem dificuldade em circular a bola porque os médios estão lentos” – mas as basculações de flancos são constantes, a profundidade é dada nos corredores ao invés das costas porque os blocos defensivos dos adversários baixaram muito no terreno e não dão esse espaço. “O treinador tem de mexer na equipa e nos jogadores” – se há treinador que altera a plasticidade da equipa ao longo dos 90 minutos com jogadores e com funções dos mesmos em campo esse alguém em Portugal chama‑se Rúben Amorim. Chegamos ao ponto de questionar porque é que o nosso Campeão Europeu e um dos mais experientes jogadores é o batedor de penáltis. E por último “Rúben Amorim tem de deixar de ser teimoso”.

Pois bem, caro Rúben Amorim: como tenho memória, como sou coerente, como escrevo livremente e com o único propósito de partilhar com os Sportinguistas o que penso, deixa‑me dizer‑te que vivo e convivo muito bem com a tua teimosia. A teimosia que te leva a defender intransigentemente o Sporting CP, os nossos jogadores, o nosso jovem plantel e uma ideia que há oito meses só estava na tua cabeça e de mais dois ou três “loucos” que acreditavam em ti. Uma ideia que não muda pelo que dizem, pelo que escrevem, ou pela forma como tantos “artistas” te tentam atingir.

“Onde vai um vão todos” é fácil de dizer. De soletrar. De cantar. De escrever. Mas é mais difícil de praticar em toda e qualquer circunstância! Sobretudo quando o resultado é menos bom. Mas são precisamente esses momentos que marcam, que fazem a diferença e é quando mais precisamos de todos. Faltam seis finais esta época. E ainda conto viver mais uns quantos anos. Da minha parte ficas já com a garantia, irei onde vocês forem, como vocês forem e quando vocês forem, para mim é inegociável desde que nasci! Lá estarei convosco! SEMPRE!

Chegado está o momento

Por Juvenal Carvalho
23 Abr, 2021

Somos um caso raro no desporto português no que toca ao ADN de vitórias. Perante estes dados objectivos, vos asseguro. O caminho do futuro será por aqui

É recorrente. Vem esta altura da época e eis que está chegado o momento de todas as decisões nas mais diversas modalidades e frentes em que o nosso Sporting Clube de Portugal se encontra a competir, e tantas elas são.

Se o futebol é a alma mater e a modalidade que faz pulsar os corações Leoninos com maior intensidade, porque é a modalidade rainha, e esta época com a particularidade do sonho ser perfeitamente possível numa lógica do jogo a jogo, também nas modalidades designadas de alta competição os momentos das grandes decisões estão a chegar. 

Por ordem alfabética, e começando pelo andebol, em que mesmo que difícil, será no Dragão Arena que tudo se decidirá, e a palavra desistir não faz parte do léxico Leonino. Sabendo de antemão que a tarefa é hercúlea, será para vingar a derrota no ‘João Rocha’ que nos apresentaremos. Além disso está igualmente garantida a presença na final four da Taça de Portugal, e o objectivo é o de sempre: ganhar

No basquetebol, e numa época em que, devido ao calendário atípico provocado pela COVID‑19, já conquistámos as Taças de Portugal de 2019/2020 e 2020/2021, assegurámos também o primeiro lugar da fase regular, e com ele a garantia de que, a iniciar o play‑off frente ao Vitória SC, teremos de fazer da nossa “casa” uma muralha inexpugnável para trazer para o nosso Museu um troféu que nos foge desde 1982. 

No futsal, depois das conquistas da Taça de Portugal e da Taça da Liga, está igualmente quase assegurada a primeira posição da fase regular, e com ela a garantia das decisões serem também no nosso ‘João Rocha’, o que nos confere alguma margem de conforto. Igualmente por decidir está a fase final da UEFA Futsal Champions League, que nos últimos dias deste mês terá como palco a localidade croata de Zadar. O primeiro adversário serão os russos do CPRF e a ambição de uma grande presença está bem vincada. Ainda para mais sabendo que para os pupilos de Nuno Dias o céu é o limite.

No hóquei em patins, este ano será no play‑off que tudo se decidirá. E para esta fase da competição, a iniciar ante AD Valongo, por termos sido segundo classificado na fase regular, as ambições estão intactas. Acreditamos que não só no Campeonato Nacional, mas também na Liga Europeia, este ano com final four totalmente portuguesa, os comandados por Paulo Freitas, desde a “muralha” Ângelo Girão aos homens de pista à sua frente, será de espírito de missão que estamos imbuídos para as conquistas. Difícil? Sim. Possível? Claro.

Para o fim deixo o já terminado voleibol. O rescaldo da época para os comandados de Gersinho é positivo, pese o titubeante em alguns momentos, num grupo de trabalho quase todo novo em relação à época transacta. A cereja no topo do bolo foi a conquista da Taça de Portugal ante o eterno rival na final.

Com tanto por jogar, e com o que já foi vencido e ainda almejamos ganhar, é clarividente e factual. Somos um caso raro no desporto português no que toca ao ADN de vitórias. Perante estes dados objectivos, vos asseguro. O caminho do futuro será por aqui. Pela continuidade da nossa imagem de todos os tempos: o eclectismo que nos diferencia! 

Saber sofrer

Por Pedro Almeida Cabral
23 Abr, 2021

Continuamos em primeiro lugar isolados, onde todos os outros candidatos ao título queriam estar. Continuamos a ter o segundo melhor ataque e a ter, de longe, a defesa menos batida

Defrontou o Sporting Clube de Portugal um irreconhecível clube, a Belenenses SAD, num dos dérbis de Lisboa. Em tempos de (agora já moribunda) Superliga, é uma oportunidade para pensar no que sucede quando os clubes se desprendem da sua circunstância histórica e do calor dos seus adeptos. Saldou-se o encontro por um empate a duas bolas, tendo o Sporting CP só alcançado o ponto solitário na última jogada, um pontapé de penálti marcado por Jovane Cabral.

Não foi um jogo feliz. Já na primeira volta, a Belenenses SAD tinha causado muitas dificuldades, conseguindo perturbar o fio do nosso jogo com alguma facilidade. A história repetiu-se. Um penálti falhado e um erro de Adán atrapalharam a possibilidade de chegar à vitória. Podia discorrer agora sobre o menor rendimento de algumas das peças do nosso 11. Mas prefiro ver o grande jogo que fez Nuno Mendes. Do alto dos seus 18 anos, esteve destemido e alegre, mudando até de posição para central, não lhe pesando a camisola nem a desvantagem dos dois golos durante 81 minutos. Prefiro focar-me em Jovane Cabral, uma vez mais decisivo a saltar do banco, conquistando e marcando o penálti que valeu o empate. Prefiro recordar Nuno Santos, a esticar o jogo em todo o comprimento, com agilidade e leveza, tendo feito o cruzamento para o golo de Coates. E prefiro também lembrar o nosso capitão Coates, imperial a defender e inteligente a marcar o seu quinto golo no campeonato. Quando não vão uns à luta, vão outros.

Mau grado este malfadado empate, temos seis jogos até final do campeonato. São 18 pontos em disputa. Continuamos em primeiro lugar isolados, onde todos os outros candidatos ao título queriam estar. Continuamos a ter o segundo melhor ataque e a ter, de longe, a defesa menos batida. É ainda um nosso jogador o melhor marcador, Pedro Gonçalves. Dos seis jogos que faltam, empatámos apenas um na primeira volta. Os pontos de vantagem sobre o nosso mais directo perseguidor não são um fosso intransponível. Mas quem lidera é o Sporting CP. E é a mesma equipa que já conquistou o único troféu da época, a Taça da Liga, que não perdeu ainda esta época com rivais e que ganhou ao SL Benfica em casa para o campeonato, após nove anos sem o conseguir. Saibamos agradecer mais a esta equipa, que tanto fez para chegar aqui, do que a exigir-lhe, desmedidamente, este mundo e o outro, e as vitórias que precisamos virão. É altura de saber sofrer com este empate. Mas também é altura de seguir para os próximos jogos agradecidos pelo que a equipa já nos deu e ainda vai dar. A começar já no domingo, contra o SC Braga.

 

Orgulho e confiança… Aí vamos nós… para já a Braga… para ganhar!!!

Por Tito Arantes Fontes
23 Abr, 2021

(...) Invencíveis, continuamos invencíveis! Os únicos invencíveis! E continuamos a fazer história… nunca nenhuma equipa do SCP esteve 28 jornadas invencível!

Acabou há pouco o nosso jogo com a Belenenses SAD. Jogo difícil, ingrato… matreiro, velhaco para o SCP! Um conjunto de infortúnios que se foram acumulando… até chegarmos aos 54 minutos da partida e – sem que nada o justificasse – estávamos a perder por 2‑0… quase que sem a própria Belenenses SAD perceber como… dois remates “azuis”, dois golos… um numa jogada em que “cobrimos” mal na nossa defesa… daquelas jogadas em que se sucedem momentos para resolver a situação e em que – ao invés – se acumulam más decisões… o outro golo num único e singular erro do nosso Adán… sim, o nosso Adán que tantas e tantas vezes nos tem “oferecido” fantásticas defesas, desta vez – porque é humano – baqueou… e fez o que nunca faz… deu fífia! Para agravar a situação falhámos um penálti no final da primeira parte… falta nítida sobre o Nuno Mendes e o João Mário não conseguiu meter a “redondinha” dentro da baliza Vítor Damas!!!

Com tudo isto, pensei – pensei mesmo – que chegava o dia da nossa primeira derrota no Campeonato! À 28.ª jornada! Mas enganei‑me… felizmente enganei‑me mesmo e redondamente! O nosso SCP, a jovem equipa que temos, fez das “tripas coração”… e não desistiu, nunca desistiu! E partiu para um jogo de crença! De acreditar! De querer! Com inteligência! Com argúcia! Com as alterações que Rúben Amorim foi introduzindo e que melhoraram e soltaram o poder atacante do futebol do SCP! E a equipa porfiou! Batalhou! Lutou! Mostrou um enorme carácter! Uma enorme força! Uma inquebrantável mentalidade! Demonstrou‑nos, a nós, Sportinguistas, que é – de facto – uma Grande Equipa! Pois só uma Grande Equipa sobrevive a um jogo assim… sem nunca se “perder”, sem nunca “baixar os braços”, sem nunca se “oferecer”… sem nunca desistir!

Tenho ORGULHO nesta Grande Equipa do SCP! Fez 26 remates… marcou dois golos… o primeiro pelo nosso “avançado” Sebastián Coates, numa cabeçada como mandam as regras “de cima para baixo” a fuzilar o guarda‑redes adversário! Bem sei… já estávamos no minuto 83… o tempo já nos “fugia debaixo dos pés”… mas foi um alento… o alento que seria possível alcançarmos algo mais… alento sobretudo para nós, adeptos sofredores, porque para os jogadores, esses, esses nunca desistiram! E continuaram a porfiar e a acreditar… e sim, em cima dos 94 minutos (o árbitro tinha dado exactamente quatro minutos de compensação!) foi marcado novo penálti por mão nítida de um defesa “azul” após passe de cabeça que se avizinhava mortífero de Jovane a amortecer a bola para Paulinho na entrada da pequena área… penálti que Nuno Almeida (o árbitro de serviço e que – desta feita – mostrou que, quando quer, até sabe ser bom árbitro, como foi neste jogo!) assinalou de imediato! E que foi validado pelo VAR! Jovane encarregou‑se da marcação – com uma “calma olímpica” de enaltecer – converteu‑o e fez o empate do nosso contentamento… porque para mais o jogo já não dava e porque tínhamos sofrido na pele as agruras madrastas dos “deuses do futebol”…

Temos 28 jogos feitos, 21 vitórias e sete empates! Invencíveis, continuamos invencíveis! Os únicos invencíveis! E continuamos a fazer história… nunca nenhuma equipa do SCP esteve 28 jornadas invencível! É recorde Sportinguista e foi alcançado por esta equipa! Recorde destes jogadores, um a um, de todos… do Adán ao TT! Do Rúben Amorim! Desta Direcção! Do presidente Frederico Varandas!

A verdade é que somos mesmo muito fortes! Temos mesmo uma Grande Equipa! Fizemos até agora uma época verdadeiramente extraordinária! Já vencemos a Taça da Liga! E continuamos – com a vantagem que resultar dos demais jogos desta jornada que, enquanto escrevo, ainda não se realizaram – sempre e em qualquer situação como líderes destacados do Campeonato… com sete, seis ou quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado… o tal clube do “colinho” que há 40 anos beneficia do “apoio” constante do “sistema”! E que despudoradamente ainda reclama, ainda barafusta por tudo e por nada… o clube que – é bom recordar – só não perdeu em Alvalade porque o árbitro desse jogo nos escamoteou um penálti que ainda chegou a assinalar e reverteu a expulsão de um defesa “azul” que deveria mesmo ter ocorrido no decurso do jogo!

Por último – assumo, aqui e agora – quero o que Todos e cada Um dos Sportinguistas quer… quero mesmo ser Campeão! Pela 23.ª vez na história do futebol português quero ser Campeão! É para isso que – jornada a jornada – lutamos! E hoje fiquei mesmo optimista! Desde logo porque – se necessário fosse – hoje, neste jogo, esta nossa equipa demonstrou à saciedade que podemos mesmo contar com ela! Mesmo nas agruras, mesmo nos jogos “velhacos”! O trabalho feito até agora é excelente! A valorização do nosso plantel é inquestionável! E sim… eu tenho ORGULHO neste SCP! Tenho ORGULHO nesta Equipa do SCP! Tenho FÉ! E ACREDITO…

É com este estado de alma que vamos atacar os seis jogos que nos faltam do Campeonato! Positivos! Alegres! Confiantes! Orgulhosos! Vamos à luta que nem Leões! No próximo domingo em Braga… sim, é mesmo para GANHAR!

ONDE VAI UM VÃO TODOS!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Mais um capítulo de Glória

Por Miguel Braga*
15 Abr, 2021

Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue

É preciso recuar ao ano da revolução, concretamente às épocas de 1974/1975 e 1975/1976, para encontrar um feito igual, a conquista consecutiva de duas Taças de Portugal de basquetebol (págs. 12 a 17). Ainda para mais, quando falamos de uma modalidade que regressou ao Clube apenas em 2018. Um dos obreiros destas conquistas é José Tavares, com quem o Jornal Sporting conversou por estes dias. E apesar do regresso ser recente, a História Leonina já contou com várias lendas que encantaram à volta dos cestos. Exemplo disso mesmo é Manuel Sobreiro (págs. 3 e 4), a prova que até no basquetebol os homens não se medem aos palmos – com “apenas” 1,68 metros de altura foi internacional por Portugal e conquistou de Leão ao peito três Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal. Ainda sobre a modalidade, uma nota final: foi bonito de se ver que no final da conquista, os responsáveis do Clube quiseram que Juvenal Carvalho e Edgar Vital (págs. 16 e 17) se juntassem à fotografia para a posteridade. É sinal de que o nosso basket é uma verdadeira família com memória colectiva.

No Luso, a equipa de Paulo Freitas carimbou o passaporte para a final four da Liga Europeia de hóquei em patins – a primeira que será composta em exclusivo por equipas portuguesas (págs. 18 e 19). As quatro melhores equipas do país e da Europa têm novamente encontro marcado para daqui a um mês (15 e 16 de Maio). Somos o campeão em título e temos como missão lutar até ao último minuto. Que Girão, Platero, Font e companhia continuem esta caminhada.

No atletismo continuamos a coleccionar títulos, com mais uma demonstração de força e competência em Almeirim no Campeonato Nacional de marcha em estrada e no Campeonato de Portugal de dez mil metros (pág. 22). João Vieira sagrou-se campeão nacional pela 60.ª vez, enquanto Carla Salomé Rocha venceu pela quarta vez (a segunda consecutiva) a competição feminina. Nos homens, Miguel Marques ficou pela prata e alcançou um novo recorde pessoal.

Este fim-de-semana, o Altice Arena será o palco do Campeonato da Europa de Judo e o Sporting CP é o clube português mais representado na prova (págs. 26 e 27). Não só temos seis atletas em representação do país, como a selecção será orientada pelo nosso Pedro Soares.

Amanhã, a equipa liderada por Rúben Amorim desce até ao Algarve para medir forças com o SC Farense. Para trás fica o jogo com o FC Famalicão (págs. 6 e 7) e a sequência de acontecimentos derivados – e mais um recorde que esta equipa atingiu, igualar o maior número de jogos sem perder no mesmo campeonato, num total de 26. O foco está agora no próximo jogo. Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue. Em nome do Sporting CP e do futebol em Portugal.

Por último, destaque ainda para o próximo ‘ADN de Leão’ que contará com Nuno Mendes (pág. 28). E se o podcast tem sido uma das apostas e estrelas da Comunicação do Sporting CP este ano, o jovem jogador internacional é com certeza também uma grande aposta do Clube e uma das estrelas da Liga NOS. Um momento a não perder.


Editorial da edição n.º 3815 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As vitórias do Sporting CP e de Rúben Amorim

Por Rodrigo Pais de Almeida
15 Abr, 2021

Rúben, gostar do Sporting CP não é fácil (…) e não é para qualquer um… Mas habitua‑te, porque impossível mesmo é deixar de o amar!

Era de antever um jogo muito disputado com o FC Famalicão. A entrada de Ivo Vieira para o comando da equipa minhota conseguiu finalmente colocar um plantel de enorme qualidade e com potencial para outros patamares a praticar um bom futebol e com resultados condizentes com essa realidade. Com um futebol de apoio na construção e jogadores muito rápidos na frente e nos corredores. Com uma equipa confiante e com atletas à procura de chamar a atenção dos “grandes”. Com um treinador inteligente, experiente e conhecedor do futebol português. Uma equipa que se encontrou para este último terço da Liga NOS para fazer jus ao potencial de equipa europeia que tem.

Rúben Amorim procurou baralhar o meio‑campo famalicense ao recuar Pedro Gonçalves para a posição oito e ao adiantar João Mário para o apoio lateral/frontal a Paulinho e Tiago Tomás. Rapidamente respondeu Ivo Vieira com o recuo de Gustavo Assunção para terceiro central e aglomerando no bloco central ao condicionar também a saída de jogo pelas alas do Sporting Clube de Portugal e ao direccioná‑lo para a superioridade numérica da sua equipa. Poucos duelos. Poucas oportunidades. Bola dividida. E uma primeira parte onde o empate se ajustava e só satisfazia aos forasteiros.

A equipa do Sporting CP precisava de mais bola, de bola mais rápida entre corredores e de profundidade. As entradas de Daniel Bragança e Matheus Reis empurraram o Sporting CP para uma segunda parte de muita qualidade ofensiva na construção de oportunidades de golo e de segurança defensiva que facilmente controlava as parcas investidas do seu adversário (apenas uma defesa de Adán na segunda parte, na realidade, a sua única defesa nos últimos dois jogos, tão poucos têm sido os remates consentidos à baliza).

À semelhança de Moreira de Cónegos, aconteceu futebol. E em futebol nem sempre a melhor equipa, a que jogou melhor, a que construiu oito vezes mais oportunidade do que o adversário, a que dominou o jogo…. Ganha. As entradas de Jovane e Nuno Santos ainda acrescentaram critério até chegar à finalização, mas a eficácia falhou. A subida de Coates na tentativa de acrescentar centímetros ainda proporcionou mais duas situações de golo nos derradeiros minutos, mas a bola teimou em não entrar. O Sporting CP fez tudo. Os jogadores deram tudo. Mas o empate persistiu e castigou duplamente a equipa de Rúben Amorim.

Faltam oito jogos para terminar a Liga NOS. Depois do empate em Famalicão na primeira volta a equipa perdeu apenas mais dois pontos até final da mesma. Este é um tónico e um guião para os oitos encontros que faltam. Aliás, nestes dois empates consecutivos a única coisa que faltou foi a bola entrar. O futebol é também isto, momentos. E este é um momento para dar a volta, de regressar aos três pontos de acordo com a realidade do que se passa no rectângulo de jogo, e de mostrar as garras Leoninas empurrando a bola para beijar as redes dos adversários. É isso que esperamos todos para a primeira de oito finais, em Faro, já amanhã.

Nota final para as palavras de Rúben Amorim na antevisão do jogo da última jornada da Liga NOS “O treinador é que pode perder o campeonato… o Sporting CP já o ganhou…”. Os Sportinguistas não estão habituados a um discurso frontal e realista como este de Rúben. Alguns podem, num momento de maior exaltação, depois de dois empates, esquecer o ponto de partida desta temporada quando previam que estivéssemos apenas a lutar pelo acesso a um possível lugar na Liga Europa. Outros não acreditavam nos objectivos, na forma de os alcançar, nas pessoas que o lideravam e, em Abril, a oito jogos do fecho da Liga NOS assistem estupefactos à performance estável, segura, sólida e consistente que esta equipa vai apresentando.

Dizes que o Sporting CP já ganhou e eu não podia estar mais de acordo, Rúben. Mas já ganhou muito para além do recorde dos 26 jogos consecutivos invicto que acabou de estabelecer. Já ganhou pela forma como o fez e que abre um novo horizonte no Clube. O Sporting CP já ganhou porque teve a coragem de apostar no momento certo e nas pessoas certas para encabeçar um projecto para o futebol do Clube. O Sporting CP já ganhou porque nesse projecto recuperou o seu ADN de Leão, de clube dotado de uma Academia de Formação ao nível das melhores do Mundo e onde se forma a grande parte do seu plantel sénior de futebol profissional. O Sporting CP já ganhou porque tem hoje uma equipa onde os Sócios se revêem muito para além da excelência dos resultados alcançados. O Sporting CP já ganhou porque se sente nestes jogadores, nesta equipa técnica e em quem lidera o Clube uma verdadeira, clara, radical e convincente mudança de atitude e forma de ser e de estar.

Uma atitude que se diferencia pela forma e pelo conteúdo. Porque relativiza a vitória da mesma forma que confia nos momentos menos bons. Porque resiste à tentação de responder à letra aos ataques fora do campo dos rivais e de outros artistas colocando‑os no lugar de indiferença de onde nunca devem sair. Porque comunica com clareza, firmeza e confiança quando o futebol é “apenas” isso, futebol. Porque não entra em crises prematuras de histeria colectiva e de autoflagelação. Porque trata valores, ideias e ideais de forma inegociável, e que nunca qualquer resultado os fará desviar ou mudar o seu rumo!

Sabes, Rúben, tu também já ganhaste. No dia em que aceitaste sair da tua zona de conforto e aceitar a “louca” ideia de Frederico Varandas e Hugo Viana para encabeçares o seu projecto para o futebol do Clube. No dia em que acreditaste que o Sporting Clube de Portugal era o local certo para desenvolveres o teu percurso profissional. No momento em que entraste na Academia e percebeste o potencial imenso deste Clube, destas gentes, deste amor infindável e que nunca esmorece. No jogo em que disseste “Onde Vai Um Vão Todos” e em que à nossa equipa ligaste os nossos corações até onde ela tiver de ir. E porque aceitaste desde o dia em que chegaste que a atitude e a forma de estar neste Clube estava em mudança e era o primeiro passo para voltar a vencer!

Rúben, gostar do Sporting CP não é fácil pelo histórico de incerteza, de autoflagelação, de “crises de meia idade” ou pelas “dores de crescimento”… Não é para qualquer um, Rúben… Mas habitua‑te, porque impossível mesmo é deixar de o amar!

Um projecto ganhador!

Por Juvenal Carvalho
15 Abr, 2021

(...) O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas

Quando o Sporting Clube de Portugal regressou ao basquetebol sénior masculino, percebeu-se de imediato que era um projecto que tinha alicerces sólidos. Que a um treinador habituado a ganhar, e que faz do trabalho e da competência a sua imagem de marca, imagem essa repleta de êxitos por onde tem passado, se juntou um grupo de trabalho composto por uma mescla de jogadores virtuosos, daqueles que dão espectáculo, com outros que fazem do trabalho a sua génese, estavam condimentados os caminhos para o êxito. O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas. E como ninguém ganha por acaso e a sorte dá muito trabalho, para parafrasear o nosso professor Mário Moniz Pereira, foi com essa “sorte” que o Leão deixou a cidade de Matosinhos com mais um troféu, no caso a sétima conquista desta competição, para engalanar o nosso Museu.

Tive o privilégio de assistir ao vivo aos jogos, e na bancada fiquei desde cedo com a convicção plena de que a equipa estava cheia de vontade de contrariar as vicissitudes causadas pelas lesões de Micah Downs, a juntar às de Cândido Sá e de Pedro Catarino, que já vinham de trás, e que ganhar era o mote. No sábado, ante o FC Porto, num jogo que pôs frente-a-frente as duas equipas mais fortes a nível nacional até ao momento, percebeu-se ao que o Sporting CP vinha. Era deliberadamente claro o propósito de ganhar aquela final antecipada, com o devido respeito pelos opositores. Desde início que estivemos na frente. As veleidades dadas foram poucas. Estava dado o primeiro e decisivo passo. No domingo, ante um Imortal BC que já nos havia vencido esta época, houve um Leão faminto de ganhar. E quando assim é, e quando se quer tem muita força, estava consumada a segunda Taça de Portugal consecutiva, facto que só havia acontecido nos já longínquos anos de 1974/1975 e 1975/1976.

Agora, a próxima “batalha” a ganhar será o Campeonato Nacional. Vamos partir para o play-off em primeiro lugar. Todos nós acreditamos nestes Leões feitos de têmpera e de carácter. Estão reunidas as condições para sermos felizes. Deles esperamos sangue, suor e lágrimas... que desejamos sejam de alegria.

Do fim-de-semana desportivo ficou também a certeza de que iremos estar na final four da Liga Europeia de hóquei em patins, para defender um troféu do qual somos o detentor, e ainda o resultado menos bom do nosso futebol frente ao FC Famalicão.

Faltam agora oito finais, e se nada esteve ganho, é óbvio que muito menos estará algo perdido. Jogo a jogo continuará a ser o lema. Nós acreditamos em vocês.

Continuar a acreditar

Por Pedro Almeida Cabral
15 Abr, 2021

(...) Duas Taças seguidas só tinha acontecido há 45 anos. Um feito agora alcançado à medida de quem acredita que esta equipa tudo pode ganhar

Na semana passada, as breves linhas que tenho a honra de escrever todas as semanas no nosso Jornal tinham como título “Acreditar”. Falei do historial do basquetebol no Sporting Clube de Portugal e da extraordinária vitória que tivemos contra a AD Ovarense. Levámos de vencida a equipa vareira num emocionante jogo por 97‑92, que nos garantiu o primeiro lugar na fase regular do campeonato. Essa vitória foi obtida no quarto e último período com três triplos certeiros de Travante, quando, a seis minutos do fim, perdíamos por 12 pontos. Ganhou esse jogo quem é do Sporting CP. Mas ganhou‑o mais quem acreditou na equipa, mesmo quando parecia que não íamos ganhar.

Foi a acreditar, com muita alegria, mas com pouca surpresa, que vi o percurso da nossa equipa de basquetebol no fim‑de‑semana. Jogava‑se a final a quatro da Taça de Portugal. Na meia‑final, tínhamos pela frente o FC Porto, com quem havíamos perdido, ingloriamente, os últimos dois desafios. Talvez alguns achassem que íamos ficar pelo caminho logo ali. Travante e companhia, especialmente Diogo Ventura, Shakir Smith e James Ellisor arrumaram com o jogo nuns esclarecedores 85‑77. No domingo, veio a final, contra o Imortal BC e por larga margem, 59‑83, o Sporting CP colocou a sua sétima Taça de Portugal no Museu, revalidando o título do ano passado. Duas Taças seguidas só tinha acontecido há 45 anos. Um feito agora alcançado à medida de quem acredita que esta equipa tudo pode ganhar.

Foi a acreditar que vi o jogo contra o FC Famalicão também no domingo. Um bom golo de Pote na primeira parte, seguido de uma jogada desinspirada e de uma segunda parte pouco eficaz, renderam novo empate no campeonato. Sporting CP segue em primeiro com seis pontos de avanço sobre o FC Porto. A nossa equipa não conhece a derrota até agora, quando faltam apenas oito jogos para o fim, quatro em casa e quatro fora. O Sportinguista ansioso pode escolher como quer encarar a recta final do campeonato. Tanto pode ver estes empates e algum pouco acerto ofensivo como uma tendência preocupante, como pode orgulhar‑se das 20 vitórias no campeonato alcançadas com uma equipa recheada de jovens jogadores, uns ainda juniores, acreditando que os triunfos nestes últimos oito jogos virão com naturalidade. É a diferença entre encarar os adversários olhos nos olhos sem nada a temer, lembrando o que custou chegar aqui, ou nervosamente esquecer os grandes momentos que o Sporting CP já nos deu esta época, com exibições imaculadas e vitórias perante rivais. Eu escolho acreditar. Ou melhor, continuar a acreditar.

 

Onde Vai Um Vão Todos!!!

Por Tito Arantes Fontes
15 Abr, 2021

Lutar no campo contra os nossos adversários, jogo a jogo! Lutar também em todo o lado contra as injustiças e prepotências de que somos alvo… na arbitragem e nos órgãos disciplinares!

Entrámos no último quarto da Liga NOS! Faltam oito jornadas! Lideramos com seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado! Temos 26 jogos disputados! 20 vitórias e seis empates! Somos a única equipa invencível do Campeonato! Temos a melhor defesa da prova! Temos o segundo melhor ataque! A conclusão só pode ser uma: estamos mesmo a fazer um campeonato extraordinário! Batendo recordes atrás de recordes!

Nos jogos com as melhores equipas do Campeonato temos um saldo de duas vitórias e dois empates (ambos com o FC Porto, sendo o de Alvalade nas condições de “roubalheira” já na altura referidas!). Faltam dois jogos com essas equipas. Um em Braga (que perdeu sempre com o SCP esta época, quer no Campeonato, quer na final da Taça da Liga) e outro no lado oposto da Segunda Circular (no único jogo com esse clube ganhámos merecidamente!).

Este é o cenário actual! E se no início da época me tivessem perguntado se eu configurava a possibilidade de na 26.ª jornada estar como estamos eu diria que não e – querendo‑a, como quero – assinaria logo por baixo! E se agora me perguntassem se eu queria trocar de posição com qualquer outro clube eu também categoricamente diria que não, não quero! Quero estar como estou! Em primeiro lugar! Com seis pontos de avanço sobre o mais directo competidor! E sabendo que este vai jogar a casa do terceiro classificado! É isso que quero! É isso que temos! E é com isso que vamos atacar estas últimas oito jornadas!

Sabendo que desde que fomos campeões na época de 2001/2002 nunca mais à 26.ª jornada tivemos uma situação parecida com a deste ano… ou seja de sermos os primeiros da classificação geral! O mais perto que estivemos foi em 2005/2006 e em 2015/2016, campeonatos em que estávamos em segundo lugar a dois pontos do primeiro.

Dito isto, tudo factual, a que assistimos? A uma TOTAL PERSEGUIÇÃO ao SCP! Incomodamos muita gente! Afrontamos muito poder instituído! E é vê‑los sorrateira e determinadamente a “mexerem‑se”! O “poder bicolor” é assim… não dorme e ataca em todas as frentes! É por isso HORA de voltarmos a gritar bem alto… ONDE VAI UM VÃO TODOS!!! Este é o grito que ressuou no universo do Leão no rescaldo do jogo de Famalicão na primeira volta! E é o mesmo grito que agora – nesta partida com o FC Famalicão – recuperamos! Tanto num como noutro jogo fomos prejudicados! Neste último, apitou um “velho” conhecido… Rui Costa, árbitro do Porto. O mesmo que esta época assinalou penálti a favor do FC Porto quando o Marega pontapeou um defesa do CS Marítimo! Falta atacante nítida transformada em penálti a favor do FC Porto (e o VAR a “jogar à bisca”!). Pois bem, no domingo, em Alvalade, quem tanto “vê”… quem tão bem “analisa”… não viu os lances de penálti que podia ter marcado a favor do SCP! E não os marcou porque não quis! E não, nenhum deles era falta atacante! Foram todos – três lances – por faltas na área sobre TT (56 minutos) e Jovane (84 e 93 minutos). Tudo “toques” similares a outros lances que já deram penáltis a outros emblemas do “poder bicolor”! E no amarelo ao Palhinha logo aos nove minutos também não viu – porque não quis – a falta no segundo anterior sobre o Paulinho e que era a que ele devia logo ter marcado! Este mesmo Rui Costa no fim do jogo ainda expulsou Rúben Amorim (RA) por indicação do seu auxiliar Nuno Manso… o tal que enfrenta processo‑crime por ofensas à integridade física a uma dirigente do Núcleo SCP de Braga! E que no futebol tem delicados ouvidos de “virgem”… falsa e despudorada! Perguntamos, pois, como é que gente deste calibre arbitra jogos do SCP? Porque o poder instalado assim o quer… para melhor prejudicar o SCP!!!

Corolário deste jogo são as decisões do Conselho Disciplina (CD) desta terça‑feira: uma que se esperava e que tem a ver com o sexto amarelo a João Palhinha, confirmando o entendimento já antes expresso por vários juristas de que este seria o primeiro cartão de uma “nova série”! Assim é! Está confirmado! João Palhinha pode continuar a jogar! E outra decisão do CD que é a prova – se necessário fosse – do ódio que este órgão e a sua presidente têm para com o SCP! Vai daí – como que represália do enxovalho que foi o “Caso Palhinha” para o CD – suspende RA por 15 dias… apanhando todos os jogos que se disputam durante esses dias! RA é assim, esta época, expulso mais vezes do que Sérgio Conceição (SC)… desde logo – é bom lembrar –porque este em Alvalade no jogo SCP/FC Porto não foi expulso por “mais”, tendo RA sido expulso por “menos”! Sim, parece mentira… mas é a verdade! E SC ainda não foi suspenso nem sofreu qualquer sanção pelo espectáculo degradante que há poucas semanas deu ao país em Portimão… foi‑lhe aberto um “útil” processo disciplinar! Já RA leva logo sumariamente com 15 dias de suspensão, sem processo disciplinar nem nada!

É este o espectáculo degradante do “DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS”! Sabemos que o futebol nacional está dominado e corrompido pelo “poder bicolor”! E isso nota‑se flagrantemente na arbitragem e na disciplina! É também contra isso que temos que lutar! Lutar no campo contra os nossos adversários, jogo a jogo! Lutar também em todo o lado contra as injustiças e prepotências de que somos alvo… na arbitragem e nos órgãos disciplinares!

A palavra de ordem é só uma: ONDE VAI UM VÃO TODOS! E vamos mesmo! TODOS E UNIDOS! RUBEN AMORIM estamos TODOS contigo e com a EQUIPA! Mais UNIDOS que NUNCA! Estamos na luta! VAMOS À LUTA! ATÉ MORRER!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

 

P.S. – E – mais uma vez – o basquetebol a dar‑nos uma grande alegria! A sétima Taça de Portugal do SCP nesta modalidade! Mais um título desde que a modalidade regressou ao Clube! Muitos parabéns, Leões! Muitos parabéns Luís Magalhães! Muitos parabéns Equipa!

As lições dos jovens Leões

Por Rodrigo Pais de Almeida
08 Abr, 2021

(...) E também é por isso que domingo, seja quem for, de que forma for, e em todos os momentos: Onde for um, vamos sempre todos!

Como disse Rúben Amorim, algum dia iria acontecer. Já tivemos exibições menos conseguidas que nos deram os sempre ambicionados três pontos ao cair do pano, mas algum dia iria acontecer uma boa exibição não conseguir ser coroada com o objectivo. E logo no derradeiro minuto do encontro.

Num estádio sempre difícil e contra um adversário que se encontra cómodo na tabela classificativa, o Sporting Clube de Portugal fez uma exibição, a meu ver, bem positiva. Do ponto de vista defensivo, ao longo do jogo concedeu “meia oportunidade” de golo ao Moreirense FC no remate à entrada da área e descaído para a ala esquerda em que Walterson desfeiteou António Adán. O único remate enquadrado do Moreirense FC ao longo de todo o encontro.

Ao invés, construiu uma dezena de oportunidades de golo. Fez um golo. Viu dois golos anulados pelo VAR por milímetros (o que despoletou a discussão dos já famosos 24 frames que as câmaras televisivas captam por segundo e que podem obrigar o protocolo a dar uma margem de segurança na análise a pretensos foras‑de‑jogo). Obrigou o guarda‑redes adversário a fazer quatro excelentes defesas. Disparou três vezes a centímetros dos postes. E teve três cruzamentos de golo cortados in extremis quando iriam ser facilmente finalizados. A eficácia que tanto tem sido evocada pela inveja rival, traiu‑nos e retirou‑nos a vitória que estava mais do que justificada!

Os golos – inclusive o anulado – do Paulinho são notas de destaque deste jogo e reveladores do que pode acrescentar o goleador. A capacidade de surgir nos espaços de finalização como no primeiro golo, e o rasgar da defesa culminado com um toque de classe a passar por cima do guarda‑redes no tento anulado mostram a capacidade de Paulinho no último terço. Mas os seus atributos não se esgotam na finalização. Paulinho é um avançado fino, de classe, com toque de bola e que sabe aparecer entre linhas para atrair defesas e criar espaços para a entrada dos colegas. Consegue segurar, mas também jogar a um toque. É canhoto, mas usa o pé direito sem comprometer. É exímio no jogo colectivo. Pode jogar em cunha no centro de ataque ou com apoio e em apoio. É o avançado moderno para equipas que gostam de jogar em posse, a dominar o espaço e tempo/timing do jogo, e que procuram os momentos certos para se acercarem das balizas adversárias sem quererem ser avassaladoras, mas sim letais. É o avançado perfeito para este Sporting CP que Rúben Amorim está a construir!

A nota menos positiva do jogo foi a lesão aparentemente grave do jovem Nuno Mendes. Nuno Mendes é um jogador júnior. Nuno Mendes é um jogador com uma capacidade física fora do normal. Nuno Mendes estreou‑se no Sporting e ganhou maturidade. Nuno Mendes foi chamado à selecção nacional A e foi titular da actual campeã da Europa. Nuno Mendes é hoje em dia o jovem defesa‑lateral mais cobiçado do futebol europeu aos 18 anos. Nuno Mendes sofreu uma entrada agressiva e nada leal no último jogo que o obrigou a sair lesionado. Chocante? Sim. Mas para mim a maior nota de relevo foi que a mesma não foi alvo do critério disciplinar. Centrou‑se a discussão pública na questão de ser uma entrada merecedora de cartão amarelo ou vermelho dada a imprudência da mesma, mas fez esquecer o mais grave. Como é possível não ter existido sequer a admoestação de um cartão amarelo? A negligência e falta de protecção ao talentoso jogador conheceu o capítulo mais negro da sua já longa história na segunda‑feira em Moreira de Cónegos.

Nota final para algo que intriga todos os nossos adversários (e quem sabe até alguns Sócios e adeptos do nosso Clube). O Sporting CP não vence o campeonato de futebol desde 2002 e a sua falange de apoio, Sócios e adeptos, nas camadas mais jovens (sobretudo nascidos após o ano 2000) e que nunca viram/sentiram o Clube a vencer o maior troféu de Portugal, continua a aumentar e a ser cada vez mais fervorosa.

Tenho lá em casa dois Sócios desde que nasceram (dez e 14 anos) e neles revejo cada um desses jovens rostos que nos surpreendem com juras e manifestos de amor Leonino do mais puro e genuíno que há. Dia após dia. Vestem orgulhosamente a camisola listada mesmo quando não há jogo. Fazem birra quando lhes dizemos que não podemos comprar todas as sucessivas novidades de merchandising do Clube. Dormem agarrados ao Jubas como se fosse o seu melhor e mais protector amigo. Colocam o cartão de Sócio na lapela, qual ADN ou tipologia sanguínea. Sabem de cor todas as músicas e cânticos do Clube que entoam desde que acordam a cada dia de jogo. Assistem a cada jogo ao nosso lado vibrando a cada golo e sofrendo a cada momento menos bom.

No final do jogo com o Moreirense FC e observando a tristeza e frustração do pai, mas a cabeça sempre erguida dos jogadores e do nosso jovem treinador, o Afonso disse‑me “Sabes pai, gosto mesmo da nossa equipa. É que não há nenhum jogador que eu não goste. Eles são mesmo fixes. Mesmo quando não ganhamos, gosto mesmo de os ver. Eles dão tudo papá. O Adán, o Porro, o Palha, o Seba, o Pote ou o TT… Todos! Agora até já temos o Paulinho bem, pai. Só espero que a lesão do Nuno Mendes não seja grave…”.

O melhor do mundo são mesmo as crianças. E ensinam‑nos lições de vida todos os dias. Na segunda‑feira, os milhares de “Afonsos” espalhados por todo o universo Leonino e que nunca viram o Sporting CP ganhar um título, sentiram um enorme orgulho por serem do Sporting Clube de Portugal mesmo depois de um resultado injusto e menos bom. Ao ler algumas publicações de preocupação (excessiva…) nas redes sociais do universo Leonino depois do jogo de Moreira de Cónegos não consegui deixar de sorrir e de me lembrar do meu Afonso. Uma equipa invicta, com um percurso imaculado, depois de um jogo com uma exibição bem conseguida, mas onde consentiu um empate fortuito no último minuto, que lidera a Liga NOS com oito pontos de avanço a nove jornadas do final… será motivo para tanta apreensão?

É pelas lições e constantes manifestações de afecto e carinho destes jovens Leões. É pela lucidez que nos vão ensinando quando procuramos fundamentos que não existem para temer algo. É pela paixão fervorosa que têm. É pela incompreensão que lançam aos nossos rivais que não entendem como é possível estas crianças cultivarem tanto este amor sem o retorno de títulos desde que nasceram. É muito por eles que estamos a sofrer este ano. Porque ansiamos pelo dia em que eles vão ter essa alegria pela primeira vez. Que sintam o que já sentimos. Essa é uma ansiedade mais nossa do que deles, mas que é reveladora do que é a verdadeira paixão da família Leonina pelo Sporting Clube de Portugal. E também é por isso que domingo, seja quem for, de que forma for, e em todos os momentos: Onde for um, vamos sempre todos!

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