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Opinião

Esplendor na quadra

Por Pedro Almeida Cabral
07 maio, 2021

Ao Sporting CP não basta ganhar, há que ganhar com os que formámos desde cedo para a vida desportiva. É ao formar atletas que o Sporting CP transmite valores da superação pelo desporto

Há poucas palavras para descrever aquele que é um dos maiores feitos desportivos de sempre do Sporting Clube de Portugal. Ao escrever estas linhas, ainda é algo incrédulo que recordo a final da Liga de Campeões de futsal que vencemos por 4‑3, frente ao Barcelona FC, provavelmente a melhor e mais cara equipa de futsal em competição. Não foi somente a conquista de mais um troféu para um atafulhado museu de títulos nacionais e europeus. Foi, sobretudo, uma vitória do que é, na sua essência mais profunda, o Sporting CP. Explico porquê.

Ao contrário de outros clubes, que adquiriram direitos desportivos para criar a modalidade, o Sporting CP é um dos fundadores do futsal em Portugal. Primeiro, na sua versão antiquada do futebol de salão, e depois, na forma do jogo que vingaria, o futsal. Foi o Sporting CP que venceu o primeiro campeonato nacional, que se disputou em 1991. Desde então, o Sporting CP participou ininterruptamente em 30 campeonatos, tendo conquistado metade das edições. Podíamos pensar que esta história é restrita às nossas fronteiras. Mas não. O Sporting CP já esteve em cinco finais europeias da Champions de futsal, tantas quantas as do Barcelona FC e apenas atrás do Inter FS e do MFK Dínamo Moscovo. A história nacional e europeia do futsal escreve‑se e confunde‑se com o Sporting CP. Tudo isto é cultura desportiva do Sporting CP, completamente oposta a modalidades instantâneas e a camisolas patrocinadas para título de oportunidade.

Para vencer esta edição da UEFA Futsal Champions League, o Sporting CP derrotou, à vez, o campeão russo, o campeão espanhol e o campeão europeu. Na final, chegámos ao intervalo a perder por 2‑0. O que se passou na segunda parte foi extraordinário. Uma reviravolta absolutamente invulgar em futsal até fechar o marcador a nosso favor. Tão invulgar que em 20 finais europeias, esta foi somente a segunda vez que uma equipa recuperou de desvantagem de dois golos. Um jogo assim só se faz com uma equipa perfeita, treinada pelo melhor treinador de futsal do mundo, Nuno Dias, que já não perde um jogo desde Janeiro de 2020. Acima de tudo, e isso é o mais importante, vencemos com uma equipa recheada de miúdos da formação. Zicky, um pivô de características únicas, que será rapidamente dos melhores na sua posição, Erick, que secou Ferrão – o melhor jogador da actualidade –, ou Tomás Paçó, sempre bem no jogo. Ao Sporting CP não basta ganhar, há que ganhar com os que formámos desde cedo para a vida desportiva. É ao formar atletas que o Sporting CP transmite valores da superação pelo desporto. Por isso, foi esta vitória esplendorosa na quadra tão saborosa e tão exemplar para o que deve ser o Sporting CP.

 

EQUIPAÇOS… no FUTEBOL e no FUTSAL!!!

Por Tito Arantes Fontes
07 maio, 2021

FUTSAL!!!! É extraordinário o feito alcançado!!! Campeões da Europa!!! Segunda Champions para o Museu do SCP!!! Foi lindo!!! Que final eight!!! Que jogos!!! Que final!!!

Acabou há pouco o nosso jogo com o Rio Ave FC! Mais uma vitória limpinha! Um penálti indiscutível “construído” pelo Paulinho! E na segunda parte, um golaço enorme do mesmo Paulinho, que fez um grande jogo… e com ele respondeu a todos quantos duvidavam do seu valor! É enorme jogador! É grande contratação! E mesmo quando não marca… é fundamental, pela referência na área que é!

Com esta vitória, o SPORTING CP faz 31 jogos consecutivos do Campeonato Nacional sem conhecer a derrota! Foram até agora 24 vitórias e sete empates! Esta série é recorde absoluto em Portugal! Nunca ninguém, nunca clube algum conseguiu esta proeza… 31 jogos consecutivos na mesma prova sempre a pontuar! Temos de estar todos de parabéns! Como estamos! Quase a tocar o céu! Falta pouco… mas a nossa fé é imensa! Nós queremos! E os nossos heróis também!

Antes do jogo ainda pensei escrever sobre a lamentável arbitragem de sábado, de Manuel Oliveira e do “seu” VAR… o inenarrável Luís Ferreira! Os dois juntos – com especiais responsabilidades do débil e completamente inapto VAR – conseguiram a proeza de terem passado todo o jogo de Alvalade com o CD Nacional a prejudicar deliberadamente o SCP! E a palavra certa é mesmo essa… deliberadamente! Tudo foi permitido ao CD Nacional… que em 20 minutos de jogo já tinha feito dez faltas! A agressividade do CD Nacional, que acabou o jogo no top 3 dos clubes mais faltosos desta temporada num só jogo, ao atingir as 30 faltas nos 90 minutos, foi patente e totalmente tolerada e permitida pela arbitragem de serviço! O CD Nacional só aos 22 minutos, ao “comemorar” a sua dúzia de faltas, viu finalmente o seu primeiro amarelo! E só a meio da segunda parte viu, finalmente, um jogador expulso! A mencionada dupla de serviço em Alvalade tinha uma “agenda”! E bem se esforçou por a cumprir e implantar! Só assim se justificam os três penáltis claríssimos que ficaram por marcar (“farra” que começou logo aos sete minutos de jogo!), bem como as duas expulsões por autênticas agressões sofridas pelo Nuno Santos e pelo Daniel Bragança! Inacreditável como Manuel Oliveira nada viu! Escandaloso que o VAR nada tenha querido assinalar! Porque no campo pode‑se falhar, mas no VAR não se falha assim! Só mesmo com premeditação… como toda a comunicação social fez questão de salientar!

Bem podem os nossos adversários queixar‑se de arbitragens… fundando as suas razões em tácticas de “mergulhos para a piscina”… é que – ainda que um ou outro lance até possam ter sido mesmo penálti – a verdade é que nunca sofreram arbitragens como as que o SCP sofreu esta época em Famalicão, em Alvalade com o FC Porto e agora com o CD Nacional! Esses três jogos são mesmo o top 3 dos jogos com mais casos de arbitragem em prejuízo de um qualquer clube… no caso, coincidentemente, todos em prejuízo flagrante e nítido do SCP! Bem podem, pois, por “dinossáuricos” presidentes, quais tiranetes regionais de pacotilha, a dizerem pateticamente que não vêem bem ao perto, mas que ao longe já vêem tudo… acompanhados por tumultuosos directores de comunicação… nada disso afasta o essencial, sintetizado na frase – fundada em indiscutíveis factos – que o SCP é mesmo e de longe o clube mais prejudicado pelas arbitragens!

Contrastam essas más arbitragens com outras que também já tivemos este ano, felizmente boas, nas quais incluo a do jogo em Vila do Conde. É a prova de quando querem, os árbitros, pelo menos alguns, até podem e sabem apitar. É a réstia de esperança que – aqui e ali, às vezes – o “sistema” ainda nos deixa…

Com tudo isto, quase não temos já tempo para falar do Conselho de Disciplina (CD) e da sua presidente Cláudia Santos! Não há novidades… o CD continua desvairado com a sua saga persecutória contra o SCP e contra o Rúben Amorim e tudo o mais que seja verde… um caso patológico, a merecer de urgente tratamento! E ele, o tratamento, tem‑lhe sido aplicado… é que é cada refrega que o CD leva no TAD e nos Tribunais de Recurso! Tanta tareia deveria fazer corar de vergonha qualquer mortal… mas a Cláudia não, insiste, continua a insistir… gosta de ser “bailada”, só pode! Mas a farsa, essa continua… e a perseguição ao Rúben Amorim também… 42 dias de suspensão, incluindo sete jogos… que comparam com 36 dias de suspensão de Sérgio Conceição, incluindo quatro jogos… é ridículo? É! E quem é o autor de tanta insensatez, de tanto desequilíbrio, de tanta farsa? Pois… o CD da Cláudia!

FUTSAL!!!! É extraordinário o feito alcançado!!! Campeões da Europa!!! Segunda Champions para o Museu do SCP!!! Foi lindo!!! Que final eight!!! Que jogos!!! Que final!!! Que segunda parte contra o Barcelona FC!!! Obrigado, Nuno Dias!!! Obrigado, João Matos (que palavras no balneário, que Leão imenso, que Stromp aqui está!!!)!!! Obrigado, equipa!!! Zicky, Paçó, Guitta, Erick, Cavinato, Merlim, Pany Varela, Gonçalo, Taynan, Pauleta, Rocha e todos os demais!!! EQUIPAÇO!!!

Torcida Verde!!! Ataque infame mais uma vez perpetrado por gentes de outras cores!!! Solidariedade total!!! Repúdio total!!!

ONDE VAI UM, VÃO TODOS!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.S. 1 – há gente que persiste em nada ter percebido do caso Palhinha… ainda assim optam por exibir grotescamente a sua ignorância, com “jactancias” que obrigam a que os exortemos a cumprirem o nome que lhes foi dado… ou sejam, calados deveriam estar e calados deveriam continuar!

P.S. 2 – outros, depois de tanto terem criticado o SCP, optaram – afinal – por usar as mesmas armas jurídicas de que Palhinha deitou mão… aprenderam tarde, mas ainda tempo de lançar mão dessas regras processuais que sempre estiveram ao alcance de todos… ainda que alguns, como eles, não as vissem… por manifesta ineptidão!

P.S. 3 – Zé Pereira, o tal “militar” que não foi “Capitão de Abril”, veio a terreiro – depois de maltratar Rúben Amorim – defender Sérgio Conceição, afinal um homem bom e de coração grande… grande é mesmo a agenda deste nefasto presidente da ANTF! Esperemos, pois, que os sócios desta associação lhe saibam dar o destino que merece… e quanto mais cedo, melhor!!!

We can be Heroes…

Por André Bernardo
07 maio, 2021

(...) num Império de colossos do futsal, o Rei é o Sporting CP

Estamos no ano 50 Antes de Cristo. Toda a Gália está ocupada pelos Romanos…Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis Gauleses resiste ainda e sempre ao invasor. (…)

Este é o texto que figura sobre um mapa da Gália na primeira página de todos os livros de banda desenhada de Astérix e que nos relata as aventuras desta aldeia de heróis Gauleses contra o todo-poderoso Império Romano.

 

Le Grand Fossé

Num dos livros desta colecção – “O Grande Fosso” – “algures na Gália, tudo parece tranquilo numa aldeia semelhante à de Astérix. No entanto, passam-se aí coisas bastante invulgares. De facto, a aldeia está dividida por um grande fosso (…).

É grande o fosso que separa, em termos de orçamento, o plantel da equipa de futsal do Sporting CP, dos seus competidores na recente conquista da UEFA Futsal Champions League.

Mas num Império de colossos do futsal, o Rei é o Sporting CP.

Campeões Europeus de futsal. Foi numa “ocupada Gália” do futsal que a equipa dos nossos irredutíveis Heróis Leoninos, com nove cadetes da formação, aniquilaram o MFK KPRF – campeão russo –, o Inter FS – campeão espanhol e cinco vezes campeão europeu – e, finalmente, o FC Barcelona – que era o detentor da Champions League.

O Sporting CP consegue assim o incrível registo de duas Ligas dos Campeões em apenas três anos.

Como se consegue colmatar este fosso externo a nível europeu? Com uma poção mágica que mistura União, ADN e Resiliência. 

 

1. União: Encontrámos o Inimigo…

Em 1970, numa edição especial para a celebração do primeiro “Dia da Terra”, outra popular banda desenhada, chamada Pogo, criação do norte americano Walter Crawford Kelly Jr., imortalizaria a ilustração com a frase “Encontrámos o Inimigo, e ele somos Nós”. Nesta edição, Pogo observa uma floresta poluída de lixo.

A vitória da equipa de futsal começou antes de se concretizar dentro de campo.

O ego é um dos principais inimigos do Homem e, claramente, o de qualquer equipa ou organização.

As palavras de Nuno Dias, que aqui abaixo transcrevo, dizem tudo. O fosso de fora extingue-se assim que se eliminam os fossos e os egos de dentro.

“Este grupo que veio à Croácia é a definição de equipa. Nunca tivemos nada assim (…) Não sei se o mundo do futsal, em Portugal mais propriamente, faz ideia do feito que o Sporting CP alcançou”.

 

2. ADN

A vitória do futsal é também a vitória da consolidação de um modelo único e transversal ao Clube de aposta na Formação. Mas vai além disso, pois o nosso ADN é feito de várias moléculas das quais a Formação é uma delas.

Ele é feito de um regresso dos valores que nos fazem Ser Sporting, que nos edificam e que nos permitem um caminho sustentável e não autodestrutivo.

É este ADN que nos permite percorrer um caminho, infelizmente demasiado solitário, num combate a um Império invadido pelo compadrio, violência e interesses instalados.

 

3. Resiliência: Em Nome do Sporting CP

Dizia Churchill que “Coragem é a primeira de todas as qualidades humanas, porque é a que garante as demais”.

As soluções fáceis e imediatas são sempre mais sedutoras. Prometê-las é sempre mais fácil. Ceder aos interesses instalados e ao populismo também. Seguir o status quo e não combater o sistema é mais confortável. Trilhar o caminho do médio longo prazo, muitas vezes feito de um trabalho invisível até ele ver a luz do dia, é difícil.

O percurso do Futsal nesta edição tem algo de épico. Não apenas pela dimensão da vitória em si, mas por uma alteração de paradigma que ele também representa, pela presença de miúdos que são ainda juniores, pela cavalgada sobre os principais candidatos e por uma segunda parte com uma remontada digna de filme.

Não podia deixar de enaltecer neste texto também a resiliência do meu colega de Direcção Miguel Afonso que tutela a pasta das modalidades. Neste caminho, o seu carro foi apedrejado, foi cobardemente agredido e viu os agressores cuspirem na cara da sua própria filha. Manteve-se firme, em nome do Sporting CP, quando tinha todas as razões para sair.

Obrigado, Miguel. Obrigado, Futsal. Obrigado a todos os Sportinguistas que incondicionalmente colocam o Sporting CP em primeiro lugar. Esta vitória é acima de tudo uma vitória do nosso ADN. Parabéns a todos! Parabéns, Sporting CP!

O “caminho faz-se caminhando”, “guardando as pedras”, e com “sangue, suor e lágrimas”: “Onde Vai Um, Vão Todos”.

E é em nome do Sporting CP que sugiro a todos que coloquem o vídeo exclusivo da Sporting TV, com o discurso motivador do nosso capitão João Matos ao som do épico “We can be Heroes…” [facebook.com/watch/?v=2780478948928800].

E, nota final, a poção não é mágica, mas a forma de a preparar sim. É feita desde 1906 com Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

 

Epílogo do livro “O Grande Fosso”

Texto: “É sobre a abóbada estrelada de tutatis que os habitantes da aldeia de Astérix festejam alegremente o regresso dos seus heróis (..)”.

 

Balões de conversa:

Personagem 1 – “Esta história do Grande Fosso parece realmente inverosímil!”.

Personagem 2 – “De facto, é tão absurda que as gerações futuras não vão acreditar nela!”.

Fim do Episódio. Campeões da Europa de futsal.

 

Editorial da edição n.º 3818 do Jornal Sporting

O Campeonato das Cadeiras Partidas

Por André Bernardo
29 Abr, 2021

Anunciamos hoje, em primeira mão no Jornal de clube mais antigo do Mundo, que o nosso Estádio vai ter novas cadeiras… e serão verdes!

A Teoria das Janelas Partidas

O que é que um carro abandonado no Bronx/Nova Iorque, Palo Alto/Califórnia ou no Lumiar/Lisboa podem ter em comum? E o que é que isso pode ter a ver com o Sporting Clube de Portugal?

A resposta à primeira pergunta é a Teoria das Janelas Partidas, segundo a qual sinais visíveis de desordem social, comportamento anti-social ou crime criam um ambiente urbano que encoraja mais comportamentos anti-sociais, mais desordem e mais crime.

A teoria pode sintetizar-se no seguinte exemplo que lhe deu nome: se existir uma janela partida num edifício e a mesma não for reparada, a tendência é para que o edifício rapidamente fique com todas as janelas partidas. E isto é verdadeiro para qualquer bairro, independentemente da natureza do seu estrato social.

A “lógica” é que uma janela partida durante muito tempo sem ser reparada mostra sinais de que ninguém se importa, gerando-se um efeito contaminador de “partido por cem, partido por mil”.

A Teoria foi introduzida em 1982 por James Q. Wilson e George L. Kelling, mas viria a tornar-se mais popular quando foi utilizada no âmbito da implementação de uma política de combate ao crime na cidade de Nova Iorque.

A resposta directa à pergunta inicial foi dada por um teste efectuado pelos autores do estudo, que colocaram um carro abandonado no Bronx e outro no bairro de Palo Alto para concluir que, a partir de danos visíveis de abandono, o efeito de vandalismo era idêntico em ambas as regiões, apesar das diferenças de estrato socioeconómico entre elas.

Em suma: o “Espaço” importa. Obviamente pelo efeito real de conforto, porque sinaliza exteriormente sinais, de cuidado ou descuido, porque psicologicamente interfere animicamente na motivação/disposição humana e finalmente porque induz comportamentos. 

E a solução é desenhar espaços que induzam, inconsciente ou conscientemente, a bons comportamentos e à imagem pretendida, encarando os problemas enquanto eles são pequenos, não os deixando escalar.

E o que tem isto a ver com o Sporting CP? A resposta a esta pergunta é: Cadeiras Verdes.

Anunciamos hoje, em primeira mão no Jornal de clube mais antigo do Mundo – e cujos detalhes do projecto pode consultar nesta edição – que o nosso Estádio vai ter novas cadeiras… e serão verdes!

Após 18 anos, pela primeira vez desde a construção do novo estádio, e após um ano de pandemia que impediu a presença dos nossos Sócios e adeptos no recinto, substituímos as cadeiras. E é assim que daremos as boas-vindas a todos à Cidade Sporting, na sua casa-mãe: o Estádio José Alvalade.

Rúben Amorim disse, e bem, que o “Campeonato do Futuro” do Sporting CP já está ganho. Dentro de campo pela retoma da aposta na Formação, fora dele pelo projecto e trabalho contínuo que está a ser feito na requalificação das infra-estruturas (e não só), no âmbito do segundo e quarto pilares estratégicos, em que definimos:

2.º Pilar – Infra-estruturas

“O rendimento das Pessoas é, em grande parte, resultado das condições de espaço e equipamento que as mesmas têm para trabalhar”.

4.º Pilar – Interacção com o Sócio

“Estádio/Pavilhão: Melhorar a experiência do ponto de vista de conforto, tecnologia, prestígio e imagem”.

Neste campeonato lutamos sobretudo com o Sporting CP, em que cada um tem de contribuir para a preservação do nosso ADN e património, para que a cada dia gostemos ainda mais daquilo que vemos quando nos olhamos ao espelho.

2021 não vai parecer 2021.

Bem-vindos à Cidade Sporting!

Bem-vindos ao (novo) Estádio José Alvalade com Cadeiras Verdes!

 

Editorial da edição n.º 3817 do Jornal Sporting

Acreditar no colectivo

Por Miguel Braga*
29 Abr, 2021

Faltam cinco jogos para o fim do campeonato. Mais importante do que pensar nos pontos que ainda faltam discutir, é trazer o foco já para o jogo, frente ao CD Nacional, em casa, sábado que vem. O próximo jogo é sempre o mais importante

Quando Artur Soares Dias deu ordem de expulsão a Gonçalo Inácio, aos 17 minutos de jogo, no Estádio Municipal de Braga, muitos adeptos terão levado as mãos à cabeça. Outros tantos, pensaram que a missão tinha ganho contornos de impossível. Mas na Pedreira estava uma equipa técnica que olhou para o relvado e percebeu que era altura de mudar a abordagem do jogo. Fez, numa primeira fase, acertos posicionais. Muitas vezes ecoou pelo estádio “Paulinho! Paulinho! Fecha pela esquerda!”. Com o intervalo, mais mudanças, dando à equipa a experiência de Neto e a explosão de Matheus Nunes. Para se ter uma ideia da dificuldade, nesta edição da Liga NOS todas as equipas que se viram reduzidas a dez elementos na primeira parte não conseguiram vencer. Na realidade, nos 14 jogos anteriores onde aconteceu a dita expulsão antes dos 45 minutos, apenas Belenenses SAD e CD Tondela tiveram arte e engenho de alcançar o empate. Todos os outros perderam.

Olhando para a estatística de jogo, o Sporting CP aplicou a táctica que tantas outras equipas aplicam quando jogam com o Leão: dar a posse ao adversário e fechar espaços. E se é verdade que a equipa de Rúben Amorim perdeu no confronto da posse (30% contra 70%), conseguiu fazê‑lo sem recorrer constantemente à falta (o Sporting CP, apesar dos cinco cartões amarelos contra quatro do adversário, fez metade das faltas do SC Braga) e sem permitir aos bracarenses muitas oportunidades. E as que acabou por dar, a defesa liderada por um supercapitão Coates limpou ou apareceu o melhor Adán para fazer jus ao título de defesa menos batida da Liga NOS.

Ao minuto 81, o momento de jogo. Livre para ser cobrado a meio‑campo por Pedro Porro. No Backstage que mostrámos esta semana no canal do YouTube do Sporting CP, atenção ao detalhe aos 3 minutos e 4 segundos: a comunicação “gestual” de Porro a dizer a Matheus que vai passar a bola rápida e a esperteza deste a anuir e a arrancar antes dos adversários. O resto, bem, o resto foi um remate forte e bem colocado que acabou nas redes do SC Braga e permitiu ao Sporting CP ser a primeira equipa da Liga NOS a ganhar um jogo em inferioridade numérica desde a primeira parte. Apesar do feito, a vitória significou “apenas” três pontos. Mas para a posteridade, ficou também o abraço sentido (que pode ver no Backstage) entre Matheus Nunes e Gonçalo Inácio: assim se sente e vê a solidariedade entre jovens Leões.

Faltam cinco jogos para o fim do campeonato. Mais importante do que pensar nos pontos que ainda faltam discutir, é trazer o foco já para o jogo, frente ao CD Nacional, em casa, sábado que vem. O próximo jogo é sempre o mais importante.


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Crença e sede de vencer

Por Rodrigo Pais de Almeida
29 Abr, 2021

O jogo disputado na Pedreira no passado domingo resume de forma perfeita o percurso desta equipa, destes jogadores, deste staff e desta equipa directiva. Mas, sobretudo, a verdadeira mentalidade de todos estes!

O mundo tem sustentado muito da sua evolução (seja no ambiente, na tecnologia, no desporto, na educação, na economia, etc.) na capacidade das pessoas/sociedade resistirem e se adaptarem ou serem elas próprias catalisadoras da mudança, sem olharem ao percurso sinuoso que por vezes têm de percorrer para atingir um objectivo final.

Tenho vindo a escrever neste espaço acerca da(s) grande(s) mudança(s) que o Sporting Clube de Portugal tem vindo a preconizar neste ciclo. Há quem reconheça essa mudança no projecto/cultura desportiva traçado por quem gere o Clube. Há quem veja na equipa de futebol profissional o dínamo dessa mudança. Há quem perceba pela forma e conteúdo da comunicação o que mudou no paradigma do Clube. Há quem refute tudo isso e circunscreva a mudança apenas à conquista de melhores resultados desportivos. Pois bem, se tivesse de resumir o que me parece a charneira da mudança foi… A Mentalidade!

O jogo disputado na Pedreira no passado domingo, para além de um dos capítulos mais dramáticos e bonitos desta época desportiva da nossa equipa de futebol profissional, resume de forma perfeita o percurso desta equipa, destes jogadores, deste staff e desta equipa directiva. Mas, sobretudo, a verdadeira mentalidade de todos estes! Uma crença e uma sede de vencer de verdadeiros Leões… Uma mentalidade competitiva que luta, de uma forma leal, para superar todas as adversidades… Uma união de sangue de uma verdadeira família, em que todos encarnam a alma, o sonho e o coração de todos os Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal!

Rúben Amorim colocou Nuno Santos no lugar de Tiago Tomás para dar maior rapidez e solidez ao último terço do campo e fez regressar Feddal ao lado esquerdo do trio defensivo depois uma paragem para gestão dos seus índices físicos. O Sporting CP começava o jogo de forma a suster o maior ímpeto inicial do SC Braga, não sofrendo golos e ir paulatinamente gerindo a posse de bola, trazendo assim intranquilidade à equipa adversária que também gosta de a ter.

Um jogo equilibrado com Carlos Carvalhal a recuar Nico Gaitan para verdadeiro organizador do jogo ofensivo, pautando as entradas de Fransérgio e de Ricardo Horta entre os centrais Leoninos com a largura a ser dada pelos mais alas que laterais Ricardo Esgaio e Galeno. Sem marcações fixas no eixo defensivo face à superioridade aparente de 3 contra 1, eram Feddal e Inácio a taparem as entradas dos jogadores com maior mobilidade e velocidade do adversário que em bolas na profundidade tentava ludibriar a defesa menos batida da Europa.

O Sporting CP foi tendo mais bola, foi gerindo a mesma, mas foi algo precipitado em alguns passes que valeram alguns calafrios e um primeiro cartão amarelo a Gonçalo Inácio logo na primeira falta do jogo. Com uma posse de bola de quase o dobro do SC Braga nos primeiros 20 minutos e com o jogo equilibrado e no momento definido para começar a ferir a defesa bracarense (já o tinha feito por uma vez) o jogo ficava ferido de verdade em dois lances no mesmo minuto. Numa entrada imprudente e perigosa que poderia lesionar gravemente João Palhinha, Artur Soares Dias poupa o jogador do SC Braga à merecida expulsão e nem o VAR (que podia ser chamado de acordo com o protocolo) interveio. Na jogada seguinte, num lance sem perigo e dominado territorialmente pela defesa do Sporting CP, e logo na segunda falta da equipa no jogo, o mesmo árbitro e de forma precipitada, pressionado, incoerente e contra o que a lei determina, expulsa com segundo amarelo o jovem Gonçalo Inácio condicionando um jogo de futebol que tinha tudo para ser dos melhores desta Liga NOS.

A ter de jogar com menos um elemento durante 70 minutos contra uma das melhores equipas da Liga NOS, a tarefa da nossa jovem equipa parecia impossível. Abdicou rapidamente do trio ofensivo fazendo recuar Nuno Santos para a ala esquerda e Nuno Mendes para o trio defensivo, optando Rúben Amorim por manter o equilíbrio de trás para a frente e confiando na capacidade física/técnica de Paulinho e Pedro Gonçalves para conseguirem fechar os caminhos da primeira linha de construção do SC Braga. Quando a equipa recuperava a posse de bola a sua missão era dar alguma profundidade aos ataques que libertassem a pressão atrás e conquistassem as possíveis jogadas de perigo junto do último terço da equipa bracarense, sem inverter as prioridades de cada sector.

O desejado intervalo chegou para reorganizar os dez verdadeiros Leões que tinham de procurar trazer algo de Braga. Rúben Amorim chamou à partida Luís Neto e Matheus Nunes, confiando na experiência e capacidade de liderança do primeiro, e na capacidade física e de criar desequilíbrios do segundo. A equipa defendia mais atrás para dar o engodo ao adversário sem nunca se desequilibrar e, mesmo com superioridade numérica, o SC Braga apenas por uma vez assustou António Ádan que respondeu de forma brilhante e com uma defesa que irá surgir seguramente nos momentos mais marcantes da Liga NOS. O toque subtil que permitiu segurar o empate naquele momento e fez uma equipa acreditar que, contra todas as adversidades, era possível. Que por muito escassas que fossem as oportunidades, naquele momento, naquela hora em que e se surgisse, a eficácia iria ditar o resultado final.

A equipa uniu-se. A equipa lutou. Um a um os jogadores cortavam e festejavam cada sucesso defensivo como se de um golo na baliza adversária se tratasse. Motivaram-se. Acreditaram. Compromisso e pacto de sangue entre TODOS. A nove minutos do final surgiu o momento. O Sporting CP esperou por ele como um verdadeiro Leão espera pela sua presa. Soube sofrer como nunca. “Fingiu-se” de morto para que o adversário cedesse à sua sobranceria e com humildade, na raça, e no momento certo, matava o jogo numa troca de olhares de Pedro Porro que sinalizava a esperança de todos os Sportinguistas, isolando Matheus Nunes. Com um remate em força, de raiva, que detinha a esperança e a sagacidade de todos os Sportinguistas dava corpo a um jogo de transcendência dos bravos Leões e a uma vitória com contornos épicos. Vitória que teve tanto de sonhada/ficcionada como de real pela chama e alma que nunca esteve em causa desde o início desta Liga NOS.

Nota final para algo que tenho vindo a escrever sobre as crianças e os jovens Sportinguistas. Se tem tanto de magnífico como de difícil ser do Sporting CP, muito mais complicado é ser do Sporting CP sem nunca ter visto o Clube campeão. Se cada um de nós tem a obrigação de, como diz a música, passar este amor de geração em geração, a verdade é que para o sucesso desta continuidade e crescimento da comunidade jovem Sportinguista muito tem contribuído outra mudança no universo Leonino à qual tenho de fazer aqui e agora a devida vénia. A forma e o formato da comunicação no Clube. A aposta clara em conteúdos digitais modernos, pioneiros na mudança e na mentalidade desportiva em Portugal. Estratégia que tem ultrapassado a barreira do futebol e alastra diariamente a todas as modalidades do Clube. Comunicação que eleva o sentimento de orgulho e pertença ao Clube a cada segundo por todas as famílias Sportinguistas. No site. No Jornal de clube mais antigo do Mundo. No próprio estádio. Nas redes sociais cada vez mais rápidas na difusão desta atmosfera Leonina tão díspar da de todos os nossos adversários. Ver os meus filhos a perguntarem quando sai o Inside Sporting, qual a música desta semana do Backstage Sporting e o que é que o Senhor Paulo Gama (é assim que o tratamos lá em casa) vai fazer no TikTok desta semana, ou quais as histórias mais divertidas deste episódio do “ADN de Leão”, é tão importante como qualquer vitória em qualquer modalidade. É educação. É forma de ser e de estar. É amor. É a paixão por este Clube, por estes valores e ideais que nos passaram os nossos antepassados desde os fundadores em 1906 a cultivarem-se, a alimentarem-se e a transmitirem-se para as próximas gerações de Sportinguistas. É a mudança e o garantir do desenvolvimento sustentável e do futuro do Sporting Clube de Portugal!

Um 25 de Abril de esperança

Por Juvenal Carvalho
29 Abr, 2021

Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto

O título desta coluna de opinião não tem qualquer conotação de cariz político, nem é seguramente esse o meu propósito, para mais no jornal de um Clube, o nosso Sporting Clube Portugal, que pela sua imensa expressão humana, acolhe as mais diversas ideologias, raças e credos.

O 25 de Abril, neste ano de 2021, teve a particularidade, após 47 anos passados da data que marcou a revolução, de levar a nossa equipa de futebol a Braga, e de acima de tudo demonstrar uma “revolução” marcada por tanta garra, por tanta crença, por tanta vontade de ser feliz. Tudo isso foi, nesta data marcante, uma “revolução” com sangue, suor e lágrimas. Aos 17 minutos, numa daquelas coisas tão típicas de só acontecer ao Sporting CP, já jogávamos com dez, quando Gonçalo Inácio, assim a modos de cada tiro cada melro, fez duas faltas e levou dois amarelos. Não quero entrar no campo das críticas porque sim, mas que o rigor com que nos presenteiam está muito acima dos nossos rivais em compita, é por demais evidente, e só não o vê quem não quer. Mas se pensavam que o Leão ia ficar ferido de morte, eis que foi dado o mote do toca a reunir, naquilo que tem sido a imagem de marca desta equipa liderada por Rúben Amorim, o “pai” do tão conseguido #OndeVaiUmVãoTodos, e que tem um grupo de trabalho tão unido que ninguém pode acusar seja quem for de não lutar por cada bola como se fosse a última, e por cada jogo tendo como objectivo, e sob a lógica de três em três pontos a somar.

Foi pois, com uma vontade indómita, que para o fim estaria guardado o melhor momento, quando Matheus Nunes, aos 82 minutos, num pontapé cheio de convicção fez tremer as redes bracarenses e a cinco jogos do fim, manter o Leão na liderança e a acreditar que o sonho pode ser possível, com a convicção de que nada está ganho, mas com a certeza de que tudo o farão por isso, com uma crença feita de trabalho.

E se de trabalho falamos, o próximo jogo será frente ao Nacional da Madeira, e tem como data o dia 1 de Maio, o Dia Mundial do Trabalhador. Será pois mais uma jornada para vestir o fato‑macaco aludindo à data. Porque pese as ausências por castigo de Antonio Adán, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, numa coincidência, apenas mais uma com foros de tão curiosa como interessante, será novamente com aquilo que só os desta têmpera são feitos. E estes rapazes já provaram que são feitos de Sporting.

Chegados aqui, não preciso de pedir. É claro e notório que a cada jogo esta equipa quer ser feliz e fazer feliz a inúmera família Leonina, deixando a pele em campo.

Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto.

Heróis

Por Pedro Almeida Cabral
29 Abr, 2021

(...) É assim que tem sido a nossa equipa nos 29 jogos do campeonato, mesmo nos que não ganhámos. E será assim que entraremos em campo nos cinco jogos que faltam. Se a sorte protege os audazes, sorri ainda mais aos heróis

Os campeonatos fazem‑se de histórias. Este já leva muito que contar. Desde os miúdos que agarraram o lugar, como Nuno Mendes ou Tiago Tomás, até aos golos do capitão Coates, feito ponta‑de‑lança, passando pelos decisivos tentos de Matheus Nunes contra o SC Braga e o SL Benfica, os 29 jogos do Sporting Clube de Portugal no campeonato têm sido uma caminhada inesquecível. Porém, nada será tão lembrado como o heróico jogo contra o SC Braga do passado domingo.

Raras vezes uma equipa de futebol se superou de forma tão perfeita. Com uma entrada titubeante face à organização ofensiva dos bracarenses, seria Gonçalo Inácio a marcar o jogo, com uma expulsão, decorridos somente 18 minutos. Para muitos que consideravam que Rúben Amorim andava a fazer leituras pouco clarividentes, o nosso míster deu uma resposta esclarecedora. De imediato, baixou as linhas e orientou a equipa para jogar num simples ferrolho 5‑4, defendendo a baliza de Adán com todos os jogadores que tivessem duas pernas. Ao intervalo, as entradas de Neto e Matheus Nunes deram ainda mais consistência a esta estratégia. O brilhantismo esteve em fazer com que uma equipa tão empenhada em defender nunca voltasse a cara à vitória. Só um onze extremamente motivado e confiante poderia fazer este jogo: dentes cerrados cá atrás, olhos focados lá à frente, na baliza adversária. Isto é trabalho de treinador. Quem acompanha o campeonato desde o início, sabe a valia superior que tem Amorim no conhecimento do jogo e no treino psicológico de jogadores tão novos. E, por isso, tantos sabiam que a vitória podia chegar.

E chegou mesmo, aos 81 minutos. Uma jogada estudada, um entendimento sublime, um golo que arrancou exuberantes festejos ao mais contido Sportinguista. Foi Porro quem fez sinal a Matheus Nunes para se desmarcar, que enganou toda a defesa do SC Braga e conseguiu um precioso avanço de alguns metros para bater o guardião adversário. Depois, restava não mexer em nada, guardando um pouco mais a bola, como fez Plata, que entrou nos minutos finais.

Não é possível vencer um jogo destes, com um a menos e a lutar contra um vendaval atacante, sem sofrimento, abnegação e sabedoria. É desta massa que são feitos os heróis, atingindo o que muitos acham impossível. É assim que tem sido a nossa equipa nos 29 jogos do campeonato, mesmo nos que não ganhámos. E será assim que entraremos em campo nos cinco jogos que faltam. Se a sorte protege os audazes, sorri ainda mais aos heróis.

 

… Qual “estrelinha”… É estofo… e de Campeão!!!!

Por Tito Arantes Fontes
29 Abr, 2021

(...) E todos, todos os demais, os que jogaram o tempo todo, os que jogaram parte do tempo, os que entraram no decurso do jogo e os que não entraram… todos unidos na batalha… e todos em uníssono a gritar bem alto o nome do SCP!

Extraordinária Equipa!!! Orgulho nos nosso Jogadores (todos, sim, com J bem maiúsculo!)!!! Sabemos que andávamos ansiosos, alguns com  “tremeliques”, outros já descrentes… tudo porque estávamos a ver o “outro”, o obscuro e subterrâneo “poder azul” a aproximar‑se… anunciando – através da “autorizada” voz do octogenário que ainda lá está – de modo soberbo e com bazófia… que se tudo fosse “normal”… pois, o campeão seriam “eles”… e tudo isto acompanhado pelo exército de comentadores que diariamente já davam o SCP por irremediavelmente perdido… e “eles” a cumprir o desígnio da sua resiliência e do seu “destino”…

Mas, afinal… o SCP em cerca de 110 minutos – de dois jogos – virou do avesso toda essa parafernália de “especialistas”! A nossa jovem equipa, magistralmente treinada por Rúben Amorim e superiormente comandada em campo pelo Imperial Coates, deu a volta a toda essa situação! Primeiro com os últimos 15 minutos do jogo com a Belenenses SAD… a perder 2‑0 a sete minutos do fim… reduzimos aos 83 e empatámos aos 90+4 minutos! Foi – como já escrevi na semana passada – um empate do querer! Um empate, afinal, importantíssimo! A manter o SCP como única equipa invencível do Campeonato à 28.ª jornada! A seguir era em Braga… um jogo dificílimo… e o que se passou foi épico! Foi histórico! Foi heróico! Foi uma demonstração de como esta equipa sabe sofrer! Sabe unir‑se! Sabe defender a sua fortaleza, a nossa baliza! A jogar com dez jogadores desde os 18 minutos… com todos nós a “sofrer por fora”… a assistir aos nossos miúdos a darem tudo! A serem estóicos! Disciplinados! A mostrarem a raça e a fibra de que são feitos! A lutarem pelo que parecia impossível! Foi soberbo! Uma exibição fantástica do El Comandante Coates… Marechal do SCP! Uma soberba prestação do Adán com defesas impossíveis! Um alucinante golo do miúdo da Ericeira… Matheus Nunes! E todos, todos os demais, os que jogaram o tempo todo, os que jogaram parte do tempo, os que entraram no decurso do jogo e os que não entraram… todos unidos na batalha… e todos em uníssono a gritar bem alto o nome do SCP! No fim… no fim foi o festejo desta importantíssima vitória! E a confirmação – se necessário fosse – do insofismável ESTOFO DE CAMPEÃO desta Equipa do SCP!!!

O SCP jogou três vezes esta época com o SC Braga! Três vitórias! Quatro golos marcados! Nenhum sofrido! Em duas das partidas acabámos a jogar com dez jogadores! Neste embate jogámos com dez desde o minuto 18… quase 80 minutos em inferioridade numérica! Estes números são avassaladores! E, por certamente ter ficado em estado catatónico, o “trolha” calado desta feita ficou… a 15 pontos do líder SCP… a discutir o 5.º lugar com o FC Paços de Ferreira… coitado… o “trolha”…

Soares Dias fez mais uma miserável “exibição”… que o devia envergonhar! Mas sendo filho de quem é… não se envergonha mesmo e mantém é a tradição familiar… sendo que a culpa até nem é nem da sua mãe, nem da sua avó… é do pai e dele! Uns “velhos” conhecidos que há décadas prejudicam, jogo atrás jogo, o SCP! Este ano Soares Dias tinha já sido um dos artífices do “roubo” no nosso jogo em Famalicão… Luís Godinho no apito, Soares Dias no VAR… foi um fartar vilanagem… penálti por assinalar sobre o João Mário, expulsão do Pote, golo anulado ao Coates… de tudo houve nesse jogo e tudo para nos prejudicar! Agora, neste jogo, Soares Dias não usou o habitual critério de “gestão de jogo” nos dois amarelos a Gonçalo Inácio e expulsou este nosso jogador à segunda falta cometida pelo SCP na partida! Insatisfeito com o mal que nos ia fazendo, Soares Dias poupou Fransérgio à expulsão aos 18 minutos por indiscutível falta feia sobre o Palhinha, não assinalou evidente penálti sobre o Coates aos 60 minutos (carga nas costas do tamanho do Sameiro!), não mostrou amarelos de lei ao André Horta aos 73 e 77 minutos (ou seja, expulsão!)… e sempre, sempre foi (des)gerindo o jogo, apitando mal e sem critério… e no findar do jogo mostrou inexplicável amarelo ao Adán, quando quem ia marcar o pontapé de baliza era o Luís Neto… que ia a correr para esse efeito! Ou seja, sem qualquer propósito de “perder tempo”! Este foi o quinto amarelo do Adán, que fica suspenso no próximo jogo… o quinto amarelo para um guarda‑redes… feito quase único nos campeonatos espalhados por esse mundo fora… sendo que dos históricos três únicos casos existentes em Portugal, dois foram para guarda‑redes do SCP (Tiago no ano em que fomos campeões em 2001/2002)! Elucidativo! 

Estamos na liderança do Campeonato! Temos seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado… que anda desesperado, arrastando‑se em medíocres exibições… com o CD Nacional, com o Vitória SC e agora empatando com o FC Moreirense… num jogo em que os jogadores azuis treinaram à exaustão o seu “mergulho para a piscina”… sendo que só por uma vez o árbitro mostrou o necessário amarelo por simulação evidente! Porquê, Hugo Miguel? No fim do jogo… bom, no fim do jogo foi mais um episódio degradante do “mau perder” e da “raiva” de um tal Sérgio Conceição, protótipo do arruaceiro… javardo, como ele já disse referindo‑se a si próprio! E depois, depois foi a vergonhosa agressão – nas barbas do presidente do FCP que nem um gesto esboçou para apaziguar a situação! – a jornalistas às portas do estádio do FC Moreirense! Esperamos para ver o que o “Conselho de Disciplina da Cláudia” vai fazer… quantos dias vai aplicar para imediata suspensão do treinador do FCP? Na sua quarta expulsão no campeonato nesta época… recorde absoluto dos treinadores de clubes portugueses! Coisas do ADN dizem uns… outros há que dizem que são mas é coisas da frustração! Quanto à agressão… e depois do clamor nacional e internacional de repúdio unânime de situações deste tipo… sempre quero ver o que sucederá no âmbito da justiça desportiva contra o FCP e da justiça penal contra o agressor e seus eventuais mandantes! Aguardemos, pois!

ONDE VAI UM VÃO TODOS!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

O regresso dos pequenos heróis

Por Miguel Braga*
23 Abr, 2021

Ao vencer o SC Farense e empatar com a Belenenses SAD, a equipa de Rúben Amorim conseguiu não só manter a liderança do campeonato, como aumentar para uns nunca antes vistos 28 jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota

“Estava com saudades, já não jogava com os meus colegas e amigos há algum tempo”. É assim que um dos nossos miúdos resumiu o regresso da formação aos relvados. E neste caso, os relvados dividem-se em vários espaços: Alcochete, Pólo EUL e Academias Formação Sporting (págs. 12 a 14). Depois da paragem total, depois dos treinos condicionados, depois dos treinos através de plataformas electrónicas e em casa, a vida voltou em forma de futebol jovem, com a alegria característica, com a vontade própria da juventude, com o desejo de um dia pisar com a camisola do Sporting CP o relvado do Estádio José Alvalade que parece, lá ao fundo, estar atento ao desenvolvimento dos jovens Leões e das jovens Leoas.

A equipa feminina de futebol consolidou a liderança no Campeonato Nacional com uma vitória por duas bolas a zero frente ao CS Marítimo (pág. 10). Tão importante como a vitória, a marca atingida por Ana Borges, Ana Capeta e Joana Marchão: 100 jogos de Leão ao peito – isto depois de Fátima Pinto e Tatiana Pinto terem conseguido o mesmo feito já no decorrer desta época. Ana Capeta resumiu desta forma a façanha: “É mais um sonho cumprido com a camisola do Sporting CP, o meu clube do coração. Para mim é um prazer enorme vestir esta camisola todos os dias e fazer 100 jogos ainda torna tudo mais especial”. A todas, o nosso obrigado.

A cara do voleibol português faz hoje 50 anos. Em entrevista ao Jornal Sporting (págs. 16 a 19), Miguel Maia anuncia a sua despedida agradecendo com a humildade dos campeões: “Ficam grandes momentos, colegas, treinadores, directores e, acima de tudo, grandes adeptos e um sentido de orgulho em vestir esta camisola e estar dentro das instalações do Clube”. É um até sempre de um dos grandes atletas nacionais.

E se Miguel Maia é certamente uma lenda Leonina, outro que conseguiu esse estatuto é o búlgaro Ivaylo Iordanov (págs. 3 e 4), a quem, na década de 1990, e com apenas 28 anos, foi diagnosticada esclerose múltipla. Jogador internacional pelo seu país, com participações em fases finais do Campeonato do Mundo, fez 70 golos e 222 jogos, conquistando uma Taça de Portugal (1994/1995), uma Supertaça (1995) e um Campeonato Nacional (1999/2000).

Regressando ao presente, destaque também para a entrevista do capitão da equipa de basquetebol do Sporting CP (págs. 20 e 21). James Ellisor é o espelho da ambição verde e branca para a modalidade: “o nosso objectivo sempre esteve definido: sermos campeões nacionais. (…) Continuamos a trabalhar diariamente para melhor e agora chegou a hora de demonstrar porque é que terminámos a fase regular em primeiro”. Próxima meta: a conquista da Liga Placard.

Quem nos habituou a muitas conquistas foi João Matos, o capitão do futsal, que agora é também o jogador com mais jogos de Leão ao peito na modalidade (pág. 22), com um total de 605 jogos pelo Clube. Apesar de não ter marcado, João Matos foi titular na vitória por 4-1 frente ao ACDR Caxinas (pág. 23).

Entrámos na recta final da Liga NOS, com jogos de cinco em cinco dias, e uma liderança nunca vista para os lados de Alvalade nas últimas décadas. Aliás, ao vencer o SC Farense e empatar com a Belenenses SAD, a equipa de Rúben Amorim conseguiu não só manter a liderança do campeonato, como aumentar para uns nunca antes vistos 28 jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota. O mote dado pelo timoneiro na noite de Famalicão continua, mais do que nunca, a fazer sentido: “Onde Vai Um, Vão Todos!”, em todos os minutos que ainda faltam disputar. E o nosso apoio continuará a ser ouvido.


Editorial da edição n.º 3816 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

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