Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

4.ª jogo das meia-final do playoff do Campeonato Fidelidade Andebol 1
20-04-2016 21:00
Sporting
25 - 28
ABC
Resumo do Jogo

Pavilhão Municipal do Casal Vistoso, em Lisboa

Árbitros: Mário Coutinho e Ramiro Silva (Aveiro)

Ao intervalo: 11-13

SPORTING: Daniel Svensson, Pedro Solha (1), Fábio Magalhães (2), Carlos Carneiro (2), Bruno Moreira (C), Frankis Carol e Pedro Portela (10). Jogaram ainda: Bosko Bjelanovic, João Antunes (5), Sérgio Barros, Samvel Aslanian e João Paulo Pinto (4)

Exclusões: Bruno Moreira (V), Bosko Bjelanovic, Pedro Solha e João Antunes

Treinador: Zupo Equisoain

ABC: Humberto Gomes (C), Diogo Branquinho (3), Nuno Grilo (7), Pedro Seabra (1), Ricardo Pesqueira (2), Pedro Spínola (5) e Carlos Martins. Jogaram ainda: Emanuel Ribeiro, Fábio Vidrago (3), André Gomes (1), Miguel Sarmento (4), Nuno Rebelo (2) e João Gonçalves

Exclusões: Ricardo Pesqueira, Fábio Vidrago, Miguel Sarmento, João Gonçalves, Nuno Grilo e Nuno Rebelo

Treinador: Carlos Resende

Crónica de Jogo

Esta semana é marcada pela vinda ao nosso País de alguns dos melhores tenistas do circuito ATP para disputarem o Estoril Open e pelas várias finais do desporto universitário, um nicho cada vez mais em crescendo. E a meia-final do ‘playoff’ do Campeonato Fidelidade Andebol 1 tem um pouco de ambas: num duelo completamente incaracterístico, o Sporting, que já tinha feito duas vezes o ‘break’ ao ABC (triunfos em Braga), não conseguiu aproveitar o seu serviço (jogar em casa) para completar aquele que seria o ‘match point’ e que ficou adiado para uma espécie de ‘tie break’ no Minho contra um conjunto que, a título de curiosidade, tem alguns elementos que actuam também na Associação Académica da Universidade do Minho, derrotada nessa mesma quarta-feira pela Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto nos quartos-de-final da fase final. Contas feitas, os ‘leões’ falharam uma oportunidade de ouro para se afirmarem na ponta final da temporada, perdendo por 28-25. Uma defesa mais permeável e um ataque com menos ideias acabaram por precipitar um desaire de todo inesperado.

Cedo se percebeu que o encontro dificilmente teria as mesmas características do que o jogo 3 em Braga. Pelo contrário – seriam quase inversas. Por um lado, as combinações ofensivas dos minhotos, com exploração das segundas linhas (pontas e pivot) após boa e rápida circulação de bola, colocou demasiados dilemas à defesa ‘verde e branca’, ainda assim escudada por um Daniel Svensson nem sempre muito ortodoxo mas altamente eficaz nesta fase. Por outro, naquela que foi a maior diferença em relação ao encontro anterior, o ataque ‘leonino’ esteve uma sombra do que é normal – retirando Fábio Magalhães, a assumir o jogo e a marcar ou intervir nos primeiros golos da equipa – fruto também de uma maior agressividade sobre o portador da bola no 3:2:1 já habitual de Carlos Resende.

Mesmo entre estas contrariedades, os ‘leões’ foram andando colados no resultado, atingindo os 11 minutos com apenas um golo de desvantagem (5-4) até se perceber que, não bastasse a noite menos inspirada e a qualidade do adversário, ainda havia (de novo) uma terceira equipa com vontade de fugir à discrição que a deveria caracterizar: num lance em que tinha sido tocado com o cotovelo e terá tentado reagir, Bruno Moreira viu o cartão vermelho directo e Ricardo Pesqueira... nem sancionado foi. Esse foi um momento determinante, não só pelo Sporting ficar privado do seu melhor pivot em termos ofensivos mas também por ter sido a primeira de muitas decisões erradas entre várias repetições de reposição por excesso de zelo. Mais uma vez, os jogos importantes não tiveram juízes à altura e a dupla Mário Coutinho-Ramiro Silva mostrou não ser uma equipa de ‘playoff’.

As várias falhas e faltas técnicas do ataque ‘leonino’ foram dando ao ABC vantagens de dois/três golos, explorando da melhor forma os erros dos visitados, até ao 10-9 após um desconto de tempo de Zupo Equisoain. Parecia que estava a ser iniciada uma reacção mas, com grande ‘habilidade’, Bosko foi excluído por uma falta que nem cometeu e tudo voltou ao mesmo, chegando-se ao intervalo com 13-11 para os bracarenses.

A etapa complementar acabou por ser um constante exercício de encontrar um equilíbrio que... nunca apareceu: numa primeira fase, quando a defesa ainda estava capaz de travar algumas combinações do ABC, o ataque ‘leonino’ revelou-se precipitado, falhou bem mais do que é normal, praticamente não contou com unidades nucleares como Frankis Carol e Carlos Carneiro e nunca se conseguiu aproximar em definitivo do adversário; mais tarde, curiosamente quase a coincidir com o final da outra meia-final disputada na Luz, inverteram-se os papéis e, relançados pela entrada de João Paulo Pinto, os ‘verde e brancos’ acertaram no ataque com combinações rápidas mas foram muito permissivos e desligados no sector defensivo, permitindo uma série de golos fáceis aos minhotos.

À entrada para os derradeiros dez minutos, quando Pedro Portela colocou o resultado em 21-18 para o adversário, era necessário um clique que permitisse uma reviravolta mas que nunca surgiu, de tal forma que os comandados de Zupo Equisoain só conseguiram uma vez colocar-se com uma margem de dois golos (23-25), mas um golo muito consentido e um livre de sete metros falhado precipitaram nova derrota (desperdiçando de novo o factor casa) e o adiamento de todas as decisões para a ‘negra’.

Pedro Portela, com dez golos em 15 remates, foi o melhor marcador ‘leonino’, seguido de João Antunes (cinco em sete de segunda linha) e João Paulo Pinto (100% de sucesso nos quatro remates feitos de primeira linha). Nota ainda para Daniel Svensson que, apesar do final menos conseguido, voltou a alcançar 32% de eficácia como fizera no jogo 3 em Braga. Agora, com o primeiro finalista encontrado (Benfica), os ‘leões’ têm um teste decisivo em Braga.