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Nem um Machado corta o passo deste líder

Por Jornal Sporting
30 Jan, 2016

Sporting CP vence Académica por 3-2 contra tudo e contra todos

O Sporting CP recebeu e venceu esta noite a Académica por 3-2, num encontro a contar para a 20.ª jornada da Liga NOS onde os ‘leões’ foram obrigados a lutar contra tudo e contra todos, nomeadamente a equipa de arbitragem comandada por Cosme Machado que, entre golos ilegais validados, expulsões no banco de suplentes, ‘penalties’ por marcar e cartões amarelos patéticos, tentou de tudo para retirar a justa vitória ao líder do Campeonato. Ainda se recorda daquelas célebres notícias plantadas pelas máquinas de comunicação contrárias sobre as notas negativas dos árbitros dos jogos do Sporting CP quando a equipa 'verde e branca' ganha? Se sim, basta recuar e ver que uma das primeiras esteve relacionada com Cosme Machado e o triunfo em Arouca colo golo de Slimani, à 10.ª jornada. Hoje o ‘puzzle’ ficou completo – trata-se de uma tentativa de condicionar que, claramente, tem efeitos práticos...

O jogo começou com a formação ‘leonina’ a dominar por completo no plano territorial sem criar oportunidades mas aos sete minutos, na sequência do primeiro canto, a Académica fez o primeiro remate... e o primeiro golo: lance de estratégia bem estudado, bola rasteira colocada por Leandro Silva à entrada da área e tiro certeiro de Rafa sem hipóteses para Rui Patrício, num movimento bem trabalhado pelos visitantes.

Ainda assim, o Sporting CP não acusou o golo, dentro de fora de campo, reunindo-se num só conjunto de mais de 40.000 que voltaram a marcar presença em Alvalade para lançar o assalto à baliza de Pedro Trigueira e de... dois adversários: a bem estruturada organização defensiva da formação de Coimbra e o quarteto de arbitragem, que começou uma noite inenarrável ao deixar passar em claro uma grande penalidade claríssima por empurrão de Hugo Seco sobre Mané à passagem dos 13 minutos.

Com um jogo rendilhado e de passes curtos pelos corredores laterais e com William um pouco mais recuado (por ter também marcação directa de Rafael Lopes em várias ocasiões) quase a desenhar uma espécie de trio de defesas em acções com posse, os ‘leões’ aproximavam-se da área contrária sem grandes oportunidades até que, após bom cruzamento da direita, Bryan Ruiz parou a bola e atirou forte para defesa de Pedro Trigueira antes de Adrien, de fora da área, fazer a recarga por cima. Estávamos com 28 minutos e o empate não iria tardar: à passagem da meia hora, Adrien surgiu descaído sobre o lado esquerdo da área e, após um excepcional trabalho, atirou sem hipóteses ao poste contrário num golo de fazer inveja aos melhores avançados mundiais.

Já com Ewerton em campo a fazer dupla com o estreante Rúben Semedo, por lesão de Naldo, o conjunto ‘verde e branco’ percebeu que, mantendo o mesmo ritmo, atitude e capacidade de pressão em zonas ofensivas, poderia chegar ao intervalo em vantagem e, depois de um remate por cima de Adrien em boa posição, Bryan Ruiz encostou para o 2-1 aos 43 minutos após grande jogada de Carlos Mané com fintas curtas na área.

Foi quase um golo de raiva porque, um minuto antes, Cosme Machado tinha voltado a mostrar de como se consegue inclinar um jogo retirando-lhe a verdade desportiva que o futebol português já merecia: após um cartão amarelo incompreensível a Adrien por tentar marcar uma falta de forma mais célere – sim, porque ainda há quem goste de jogar e dar espectáculo dentro de campo –, Jorge Jesus terá alegadamente protestado com a admoestação e... foi expulso. Porquê? Com que intenção? É fácil perceber...

Para a etapa complementar, Gelson Martins rendeu William (com a respectiva passagem de João Mário para o corredor central) e a toada manteve-se, com os ‘leões’ a dominarem por completo o encontro sem permitir sequer um esboço de transição ao adversário até aos 59 minutos, altura em que a Académica empatou de forma irregular: na sequência de um livre lateral, Ricardo Nascimento fez a insistência de cabeça e Ewerton, a discutir a bola com um João Real em claro fora-de-jogo, acabou por introduzir a bola na própria baliza. Pior: mesmo com o assistente a assinalar a irregularidade, Cosme Machado foi falar com o auxiliar e, no meio da confusão, validou mesmo o 2-2.

O Sporting CP tinha meia hora para, contra tudo e contra todos, tentar ainda o golo que desse a vitória e os justos três pontos, tendo também lançado Montero no lugar de Mané para reforçar a presença na área e junto dos centrais contrários. Gelson Martins, num remate bem travado por Pedro Trigueira, Slimani, num chapéu por cima da trave, e Ruiz, num tiro com selo de golo de novo travado pelo guardião adversário, estiveram perto do 3-2 entre os 70 e os 80 minutos, altura em que Aderlan foi expulso por acumulação de amarelos após falta sobre Gelson em zona perigosa. A partir daí, com Hugo Seco a descer para lateral e a Académica com três centrais, os ‘leões’ não saíram do meio-campo contrário e, depois de mais duas boas oportunidades de Montero (81’) e Adrien (84’), ‘El Avioncito’ voltou a mostrar toda a classe com uma grande recepção após falha de Hugo Seco para atirar sem hipóteses para Pedro Trigueira aos 84 minutos.

Não mais as balizas voltaram a estar ameaçadas mas, até assim, Cosme Machado teve de dar nas vistas ao expulsar Nélson do banco ao lado dos suplentes de novo por alegados protestos. Não dava mesmo para fazer mais e o Sporting CP ganharia mesmo a partida, reforçando a liderança agora com 51 pontos, mais cinco do que Benfica (que joga amanhã em Moreira de Cónegos) e FC Porto (que ganhou hoje por 3-1 no Estoril).