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Foto Mário Vasa e José Cruz

Extremos de veia goleadora

Por Jornal Sporting
20 Set, 2018

Golos de Raphinha (54') e Jovane Cabral (88') marcam vitória na estreia europeia dos leões em casa

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, ao início desta noite de quinta-feira, a formação azeri do Qarabag (2-0), com golos apontados por Raphinha e Jovane Cabral.

Ainda estavam as equipas em fase de estudo mútuo quando o primeiro sinal de perigo surgiu pelos pés de Mathieu. O central francês, de livre, obrigou o guarda-redes Vagner e defesa apertada para canto, lance do qual não surgiu qualquer perigo. Com Acuña a defesa esquerdo e Battaglia a dividir as despesas do meio-campo defensivo com Gudelj, sobrava mais espaço para Bruno Fernandes apoiar devidamente Montero na frente, com Raphinha e Nani nos flancos.

Foi, precisamente, dos extremos que surgiram as maiores ocasiões de golo para a equipa de José Peseiro. Primeiro (14') com um cruzamento da direita no qual Medvedev tirou o golo dos pés de 'El Avioncito'; depois (27'), novo cruzamento, desta vez da esquerda, de Nani, a encontrar um retardatário Raphinha na abordagem ao lance. Uma constante durante todo o encontro. A cinco minutos do intervalo, Mathieu na pele de Maradona, em finta artística, a encontrar Montero que, de calcanhar, testou os reflexos do guardião azeri.

No segundo tempo, as forças adversários foram caindo e se no primeiro tempo as dificuldades em subir no terreno já tinham sido por demais notórias, na etapa complementar, então, agudizou-se. O avançado Emeghara, apesar da sua rapidez, sozinho, pouco ou nada valia aos objectivos.

Aos 52 minutos, mais do mesmo, desta vez com Bruno Fernandes na assistência a Raphinha que entrava pela área como uma estrela cadente, mas chegou escassos segundos atrasado e golo perdeu-se. Por dois minutos. Nani (54') serviu de igual forma o extremo brasileiro de 21 anos, que desta vez não perdoou. Já tinha aberto o marcador frente ao Marítimo (Taça da Liga) e voltou, desta feita na Liga Europa, a servir de mestre de cerimónias em Alvalade, para gáudio dos 30.098 espectadores nas bancadas.

Embalados pela vantagem que estava a demorar em chegar – nunca se sentiu qualquer ansiedade por isso, no relvado e fora dele... –, os leões mantiveram o controlo do jogo, mesmo quando aos 75 minutos o técnico verde e branco viu-se obrigado a substituir o lesionado Mathieu por André Pinto, naquela que foi a primeira alteração ao 11 inicial. Raphinha teve ainda opoirtunidade para brilhar pela segunda vez na noite (80'), mas o central Rzezniczak negou novo golo com um corte providencial.

Parecia curto o resultado, mas a exibição negava tal ilusão. No entanto, José Peseiro voltou a lançar o joker de ser serviço. Jovane Cabral entrou aos 87 minutos para o lugar do capitão de equipa e seu ídolo, Nani, e um minuto depois, graças a um brilhante trabalho de Montero, festeja-se de novo em Alvalade o golo que colocaria um ponto final (parágrafo, acrescente-se) no resultado, com uma estreia vitoriosa nas competições europeias e, imbuído no espírito colectivo, graças aos extremos com veia goleadora. Raphinha pode não ter sido um extremo formado no Sporting CP, mas o seu perfil encaixa-se na escola de talentos que o leão rampante sempre foi. Só pode sentir-se em casa. Como Jovane.

Agora, tudo virado para Braga, para a Liga NOS!