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Foto José Lorvão

Jornadas Académicas sobre a ciência por trás do jogo

Por Sporting CP
30 Jun, 2022

Gabinete de Observação e Análise expôs estudos à comunidade académica

A ciência como base no desporto, neste caso, no futebol, tem sido uma realidade crescente e o Sporting Clube de Portugal, além de acompanhar essa tendência, pretende procurar a inovação e o desenvolvimento da área. Com esse objectivo, o Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, acolheu, esta quinta-feira, as primeiras Jornadas Académicas organizadas pelo Gabinete de Observação e Análise (GOA) do Sporting CP, as quais se debruçaram sobre a ciência que está por trás do jogo no futebol de formação.

Durante a sessão, inaugurada por Miguel Saraiva, coordenador do GOA, e por Tomaz Morais, director do futebol de formação Leonino, foram apresentados estudos científicos e suas conclusões com base nos trabalhos realizados ao longo da época passada, inseridos nos vários escalões de formação do Clube. 

“Aproveitamos os nossos recursos humanos, entre os quais alguns estagiários e analistas, para trabalhar esses dados de forma que nos forneçam um acréscimo de informação sobre os jogadores e quisemos expor esse trabalho desenvolvido ao longo do ano, abrindo-o à comunidade interna do Clube e aos seus tutores e professores universitários”, começou por explicar Miguel Saraiva.

A iniciativa pioneira reuniu, assim, professores universitários da Faculdade de Motricidade Humana (FMH), da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) e da Universidade Lusófona, bem como coordenadores e treinadores da Academia Cristiano Ronaldo em redor da temática. Sistemas de identificação de talento, análise de aspectos particulares em competição e a influência da codificação em directo nos jogos dos escalões de formação foram alguns dos temas levados a exposição.

Com três anos de actividade no Sporting CP, o trabalho do GOA tem uma base científica e integra-se no dia-a-dia das equipas, sobretudo, através da componente de análise. Este departamento observa tanto os adversários como as equipas e jogadores do Sporting CP, como explicou Miguel Saraiva, realçando que no futebol de formação “a preocupação está nos nossos jogadores, de forma individualizada, estando também inseridos na multidisciplinaridade do Modelo Centrado no Jogador”.

De seguida, o coordenador do GOA considerou “inquestionável” o valor actual da ciência por trás do jogo, principalmente, para aquilo que os Leões pretendem no futebol de formação: "Conseguir um desenvolvimento mais holístico de cada jogador".

Presente no auditório, Nuno Laires, treinador principal dos sub-14 B do Sporting CP, corroborou essa relevância da vertente científica e académica, elogiando a ligação à práctica que as Jornadas Académicas proporcionaram. "É fundamental que a base científica esteja presente na formação e estas Jornadas acabaram por ligar essa vertente à prática, uma vez que os trabalhos aqui apresentados partiram do dia-a-dia da época passada".

O técnico destacou ainda “os vários pontos de intervenção” do GOA, incidindo na sua dinâmica em particular com esse trabalho enquanto treinador. "No meu caso, no escalão de sub-14, o papel do GOA direcciona-se mais para a observação, não dos adversários, mas sim do nosso processo. É um trabalho fundamental para perceber o que está a correr bem, as dificuldades que estamos a sentir e quais as prioridades que devemos ter de intervenção no treino e de desenvolvimento", concluiu.