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A defesa que foi a maior zona de conforto

Por Jornal Sporting
29 Mar, 2016

Sporting CP mantém-se vivo na Liga após grande triunfo frente ao GDESSA

Enquanto há vida, há esperança. E, com esta alma, bem mais do que isso: ‘obrigada’ a ganhar na recepção ao GDESSA, segundo classificado do Campeonato Nacional da Liga feminina, a equipa do Sporting CP não só obteve um triunfo por 68-60 com uma segunda parte de grande entrega, carácter e personalidade como beneficiou ainda da conjugação a nível de resultados mais favorável que poderia obter, com o Boa Viagem a perder frente ao União Sportiva e o Olivais a bater o CD Torres Novas. Assim, e mesmo com algumas partidas ainda por disputar entre competidoras directas, o conjunto ‘leonino’ reforçou o sétimo lugar e continua a aspirar até a um lugar no ‘playoff’ final.

O conjunto do Barreiro até começou melhor, fazendo prevalecer o seu jogo interior e colocando grandes dificuldades ao ataque ‘leonino’ fruto de uma defesa campo inteiro muito agressiva que causou problemas sobretudo nos minutos finais do primeiro período, altura em que o resultado caiu para nove pontos de vantagem das visitantes (21-12) após um parcial de 9-2 que desequilibrou as contas. Ainda assim, as comandadas de Ricardo Barata, mesmo com alguns ‘turnovers’ em momentos do jogo que permitiriam colar no adversário, tiveram a virtude de se manterem sempre ‘ligadas’ ao resultado, com Inês Faustino e Arantxa Mallou em destaque para os cinco pontos de desvantagem que se verificavam ao intervalo do encontro na Escola Secundária do Lumiar (34-29).

A segunda parte conheceu características muito semelhantes ao que o maior mestre de sempre da modalidade, Phil Jackson, advogava: os ataques ganham jogos, as defesas ganham... campeonatos. Aqui não é caso para tanto, mas a verdade é que foi na alteração na rectaguarda, com uma defesa zona aberta e agressiva sobre a portadora da bola, que entroncou o segredo do triunfo do Sporting CP, que saiu para o último período já com três pontos de vantagem (47-44) graças também ao maior acerto no tiro exterior de Inês Faustino (18 pontos, três em quatro nos triplos) e Aratxa Mallou (18 pontos com 70% de eficácia de lançamentos de campo) e ao jogo interior de Bineta N’Doye, que terminou com 16 pontos e 11 ressaltos.

Essa maturidade acabou por fazer a diferença de vez no resultado nos primeiros minutos do derradeiro quarto, com as ‘leoas’ a obterem vantagens a rondar a dezena de pontos sem que o GDESSA conseguisse reagir aos problemas criados pela defesa ‘verde e branca’, que geriu também da melhor forma os tempos de ataque até ao 68-60 final muito festejado por uma equipa que se superou mas provou ter capacidade para fazer mais do que aquilo que a tabela classificativa aponta neste momento.

Com este resultado, o Sporting CP ocupa o sétimo lugar com 29 pontos em 21 jogos, mais um do que o AD Vagos. Seguem-se na tabela Boa Viagem, Olivais e CD Torres Novas com 26 pontos e menos dois jogos que serão realizados antes da derradeira ronda, marcada para 16 de Abril. Aí, as ‘leoas’ terão pela frente a União Sportiva, que poderá até já ter o primeiro lugar da fase regular garantido. Mas enquanto há vida, há esperança.