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Foto Isabel Silva

Basquetebol vence a terceira Taça de Portugal consecutiva

Por Sporting CP
08 maio, 2022

Vitória sobre SL Benfica na final (79-75) reforça hegemonia na modalidade

A equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal conquistou, este domingo, a Taça de Portugal ao vencer o rival SL Benfica por 79-75 na final, disputada no Pavilhão Municipal de Albufeira. É a oitava Taça de Portugal do palmarés Leonino – a terceira consecutiva, ou seja, os Leões arrecadaram todas desde que a modalidade regressou ao Clube.

Além disso, esta conquista significou o terceiro título da época para o basquetebol verde e branco, depois de terem levantado já a Supertaça e a Taça Hugo dos Santos, perseguindo assim um pleno histórico, caso revalidem o título nacional. Em Albufeira, escreveu-se então mais uma página da hegemonia Leonina na modalidade. Num dérbi com um troféu em disputa, o jogo esperava-se de emoções fortes e não defraudou. Decidido nos últimos instantes, a turma de Alvalade impôs-se nos momentos decisivos, tendo contado com o contributo determinante de Travante Williams (17 pontos, sete ressaltos e quatro assistências) e Shakir Smith (21 pontos, três ressaltos e duas assistências).

Ao longo desta final-eight no Algarve, os Leões já tinham batido, nos quartos-de-final, o Imortal BC (75-83) e, nas meias, o FC Porto (66-58). O SL Benfica seria o último obstáculo na prova-rainha e para a decisão Luís Magalhães lançou Travante Williams, Mike Fofana, Diogo Ventura, João Fernandes e Joshua Patton no cinco inicial – Tanner Omlid, lesionado, não entrou nas contas da partida.

Num pavilhão algarvio muito bem composto, foi a turma de Alvalade a assumir as primeiras vantagens, com Travante Williams - dois triplos – a abrir o livro (10-4). Lutava-se muito sob ambos os cestos desde o início e com os postes cada vez mais em jogo a partida reequilibrou-se. O SL Benfica fez-se com a liderança e o Sporting CP foi respondendo, sobretudo, com eficácia nos lances livres (17-18).

A intensidade crescia e o desgaste acumulado ao longo dos últimos dias em Albufeira – este foi o terceiro jogo em três dias – obrigava os técnicos a mudanças sucessivas. Defensivamente, a formação verde e branca aumentou a sua agressividade e na frente uma penetração de Justin Tuouyo repôs a igualdade (21-21). Depois, as águias ainda marcaram, porém um triplo de Miguel Maria Cardoso já em cima da buzina fez o 24-23 que encerrou os primeiros dez minutos, levantando os muitos Sportinguistas nas bancadas.

Por sua vez, o reatamento trouxe um Sporting CP mais agressivo e um conjunto encarnado errático no ataque, o que acabaria por se reflectir no marcador, graças, principalmente, ao assinalável contributo de Shakir Smith. O base dos Leões entrou ligado à corrente e entre penetrações constantes, um triplo e muita energia, que valeram nove pontos marcados em menos de cinco minutos, cimentou o Sporting CP na liderança (37-28).

No entanto, o 'show' de Shakir Smith não ficou por aqui e, depois de mais um triplo – totalizou 16 pontos neste segundo quarto - juntou-se-lhe o parceiro Travante, que também da linha de três pontos 'cavou' um fosso de 14 pontos entre os dois emblemas rivais (45-31) – e as bancadas estavam ao rubro com o ímpeto Leonino em campo. Ainda assim, um forte parcial de 0-11 na recta final ajudou as águias a reduzir a desvantagem no placard, que ao intervalo marcaria 49-42.

Além da eficácia de Smith, Travante era o 'faz-tudo' entre os Leões, destacando-se com nove pontos, três ressaltos e três assistências na primeira parte. Nos lançamentos de dois pontos, a diferença acentuada no acerto (75%-52%) contribuiu para a liderança verde e branca.

A abrir o terceiro período, um triplo de Travante e outro de Ventura travaram a primeira reacção esboçada pelas águias (55-46), mas o ritmo alto e imprevisível no dérbi continuaria. O SL Benfica subiu de produção nos lançamentos exteriores e a liderança do resultado foi trocando de mãos consecutivamente (60-63).

Com o Sporting CP a sentir mais dificuldades nesta fase, apareceu de novo Shakir Smith, que não parava de fazer estragos com as suas penetrações, apontou cinco pontos consecutivos e ficou perto de desatar o 65-65 que fechou este quarto. Igualdade no marcador e tudo em aberto para os derradeiros dez minutos, onde tudo se decidiria.

Num dérbi e, principalmente, com um troféu em disputa, todas as bolas se discutiam no limite – nesta fase mais com o 'coração' e, por isso, de maneira mais atribulada. Os dois emblemas foram seguindo a par e passo no marcador, embora com as águias em vantagem a meio do período (67-72). Ainda assim, tudo fazia crer que seria mais uma decisão até ao último segundo: António Monteiro e Travante assinaram dois triplos seguidos e do outro lado Broussard respondeu na mesma moeda, mantendo a incerteza (73-75).

A menos de dois minutos do fim, o mais ínfimo detalhe ou um repentino golpe de génio podia sentenciar a final. Travante – que ia puxando pelas bancadas – encontrou o afundanço de Patton para o empate e, a seguir, Monteiro fez o 77-75 desde partir da linha de lance livre. As posses de bola dividiram-se até ao fim para os dois conjuntos, mas sem qualquer cesto. No entanto, foi o Sporting CP a aguentar-se melhor emocionalmente com o relógio a correr, arrancando uma falta fundamental a dois segundos do fim.

Prova dessa fortaleza mental foi Diogo Ventura, que não tremeu e converteu os dois lances livres, fazendo o 79-75 final que acendeu o rastilho da festa Leonina em Albufeira. A Taça de Portugal já não fugiria das garras do Leão, que assim continua dono e senhor de todos os títulos nacionais da modalidade: Campeões Nacionais, Tricampeões da Taça de Portugal e actuais detentores também da Taça Hugo dos Santos e da Supertaça.

Agora, para a turma de Alvalade segue-se um enfrentamento à melhor de três jogos contra o SC Lusitânia nos quartos-de-final dos play-offs do Campeonato Nacional, onde os Leões defenderão o seu título.

Sporting CP: Travante Williams (17), Miguel Maria Cardoso (7), Shakir Smith (21), Justin Tuoyo (5), Mike Fofana (4), Diogo Ventura [C] (5), António Monteiro (9), João Fernandes, Daniel Relvão, Diogo Araújo (3), Joshua Patton (8) e Daniel Machado.