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Foto César Santos

Rinaldo Nocentini fora da discussão pela camisola amarela

Por Jornal Sporting
14 Ago, 2017

Alarcón e Amaro Antunes atacaram no Alto da Torre e cavaram um fosso irrecuperável para o italiano, agora quarto classificado

Rinaldo Nocentini terminou em quinto a penúltima etapa da Volta a Portugal, a mais de cinco minutos do vencedor, Amaro Antunes. O italiano do Sporting-Tavira liderou durante 50 km a perseguição ao duo da W52-FC Porto. Amaro Antunes atacou antes, Alarcón arrancou a seis km do topo da Serra da Estrela e o transalpino não mais chegou à frente, ficando agora a 5.12 minutos da amarela, descendo a quarto, ainda atrás de Vicente García de Mateos, agora a oito segundos de distância.

A ligação entre a Lousã e a Guarda (184,1 km) tinha cinco contagens de montanha, quatro de terceira categoria – uma delas na meta – e a mais imponente da Volta, única de categoria especial, na Torre, com 1.900 metros de altitude, após pendentes médias de 5,1% de inclinação. O dia iniciou com uma fuga de 26 ciclistas. O Sporting-Tavira colocou Jesus Ezquerra, Luís Fernandes e Mario Gonzalez para contrariar os três ciclistas tanto da W52-FC Porto, Vinhas, Mestre e Joaquim Silva, como da Efapel, Rafael Silva, Del Pino, Barbio.

À medida que a inclinação e altitude da Torre se fizeram sentir, a frente da corrida começou a misturar-se com grupos perseguidores, sendo que só Egor Silin (RP Boavista) mantinha a liderança. Amaro Antunes (W52-FC Porto) mexeu com a corrida e conseguiu alcançar a frente da corrida, parecendo encaminhando-se para um ataque à amarela.

Gustavo Veloso passava grandes dificuldades, enquanto o Sporting-Tavira acelerava o ritmo para afastar o galego da discussão, que saiu inclusivamente do top-15 da prova-rainha depois de demorar mais de 40 minutos a concluir. Ainda assim, o camisola amarela, Raúl Alarcón, arrancou para conquistar espaço, chegando, em três quilómetros, à frente da corrida, onde viria a ter o auxílio de Mestre e Amaro Antunes, além da concorrência do camisola branca, Krists Neilands (Israel Cycling Team).

Sérgio Paulinho da Efapel começava a quebrar, enquanto De La Fuente se aliava ao Sporting-Tavira para permitir que De Mateos se aproximasse da liderança da prova. Ezquerra já havia regressado da fuga e, juntamente com Alejandro Marque, tentavam levar Nocentini seguro, isto quando a W52-FC Porto promovia constantes solavancos na corrida. A quatro quilómetros do alto da Serra da Estrela, ‘Noce’ cedia 54 segundos para os ciclistas azuis e brancos. Mario Gonzalez passou pela frente para condicionar a tentativa de fuga de João Benta, sexto na geral individua e juntava-se um cada vez maior grupo de perseguição, composto por RP Boavista, LA Alumínios, Sporting-Tavira, Louletano-Hospital de Loulé e Efapel, onde Henrique Casimiro estava ao lado de Sérgio Paulinho.

Na passagem pela meta de montanha, a distância estava cifrada nos 1.17’. Marque procurou rebocar Nocentini, assumindo as despesas de perseguição na descida rumo a Valhelhas, meta volante onde Alarcón bonificou mais três segundos. Finda a descida, Ricardo Mestre abandonou o trabalho, ficando Alarcón e Amaro na dianteira, enquanto a 30 km da meta, só García de Mateos e Nocentini pareciam interessados em recuperar o espaço para a frente. Na aproximação à Guarda, Henrique Casimiro tentou sair do grupo e prejudicou ainda mais a busca aos fugitivos. Um extenuado Alejandro Marque procurou conduzir Nocentini subida acima, mas a distância não parou de crescer até à meta. A 10 km, o espaço era já de 4.28 minutos. A subida de 3.000 metros, já em empedrado e com desnível médio de 6,1%, não afectou os ciclistas da W52-FC Porto. Amaro Antunes carimbou o quarto triunfo na prova dos azuis e brancos, levando também a camisola da montanha. Com a bonificação de 10 segundos (contra seis de Alarcón), o algarvio parte para o contra-relógio de Viseu com uma desvantagem de 29 segundos. Neilands fechou em terceiro e garante a da juventude. Nocentini seguiu a roda de De Mateos, mas ainda cedeu três segundos para o espanhol, quarto classificado, terminando a 4:56.55 horas do vencedor.

Nesta altura, o italiano está a oito segundos de De Mateos e de um lugar no pódio. Alejandro Marque finalizou em sétimo, subindo a esse mesmo lugar na geral, agora a 7.07.

No contra-relógio de Viseu, Nocentini é candidato a entrar no pódio e Marque um exemplo de candidato à vitória na tirada, prevendo-se que possa subir ao top-5 da prova.

Classificação da etapa

1.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, 4:56.55 horas

2.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, m.t

3.º Krist Neilands, Israel Cycling Team, a 1.28'

4.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 4.41'

5.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 4.44'

7.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 4.50'

30.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 25.43'

46.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 30.11'

55.º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 33.42'

68.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 41.49'

108.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 43.43'

Classificação geral individual

1.º Raúl Alarcón, W52-FC Porto, 41:19.59 horas

2.º Amaro Antunes, W52-FC Porto, a 31'

3.º Vicente García de Mateos, Louletano-Hospital de Loulé, a 5.04'

4.º Rinaldo Nocentini, Sporting-Tavira, a 5.12'

5.º João Benta, RP Boavista, a 6.29'

7.º Alejandro Marque, Sporting-Tavira, a 7.04'

28.º Jesus Ezquerra, Sporting-Tavira, a 48.58'

42.º Mario Gonzalez, Sporting-Tavira, a 1:19.48'

53º Luís Fernandes, Sporting-Tavira, a 1:35.36'

87.º Valter Pereira, Sporting-Tavira, a 2:22.02'

101.º Fábio Silvestre, Sporting-Tavira, a 2.43.24'

Classificação colectiva

1.º W52-FC Porto, 124:07.23 horas

2.º RP Boavista, a 19.52 minutos

3.º Efapel, a 24.36 minutos

4.º Sporting-Tavira, a 41.39 minutos