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Sporting CP na final a oito da Taça de Portugal

Por Jornal Sporting
06 Mar, 2016

Vitória por 1-0 sobre Sp. Braga/AAUM conseguida nos minutos finais

A equipa de seniores masculinos de futsal do Sporting CP garantiu hoje a passagem à final a oito da Taça de Portugal, batendo o Sp. Braga/AAUM, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, por 1-0. Fortino, aos 38’, desbloqueou o encontro relativo aos oitavos-de-final da prova e colocou os ‘leões’ na fase seguinte da prova.

O Sporting CP entrou forte na partida, com boa troca e muita posse de bola e com Marcão a subir várias vezes no terreno para abrir espaços na defensiva minhota – que hoje se apresentou em Odivelas com as linhas muito baixas – e criar desequilíbrios ofensivos. A estratégia ‘leonina’ foi colhendo frutos: Cavinato, nos primeiros minutos, protagonizou duas boas oportunidades de golo, uma delas no 1x1 com Vítor Hugo, e logo depois foi Merlim que pôs a defensiva bracarense em polvorosa com duas iniciativas individuais – primeiro fazendo gato-sapato de André Gomes à entrada da área e depois numa jogada pela esquerda que culminou com um centro venenoso desviado à justa pela defesa minhota.

Ainda com a equipa bracarense a refazer-se dos estragos de Merlim, Pedro Cary ficou em situação privilegiada para marcar na sequência de um canto e aí Paulo Tavares disse ‘basta’, pedindo o tempo técnico para tentar travar a avalanche ‘leonina’ – que só não fez mais estragos porque foi esbarrando na organização defensiva dos visitantes, secundados por um Vítor Hugo inspirado entre os postes.

A pausa técnica teve, provavelmente, apenas um efeito prático: permitir que, durante um minuto, os comandados de Paulo Tavares recuperassem o fôlego. Porque no resto, mantinha-se tudo na mesma. Incluindo nas investidas de Marcão na frente, que permitiram abrir espaços quando os bracarenses tentavam interceptar o primeiro passe. Seria preciso esperar pelo minuto 9’ para ver uma ocasião de golo digna desse nome por parte do Sp. Braga/AAUM: numa transição rápida, André Coelho chegou ao 1x1 com Marcão, mas o guarda-redes brasileiro dos ‘leões’ fez uma grande defesa – já depois de, numa boa jogada colectiva do Sporting CP, em que Fortino esteve exímio no papel de pivot (a receber de costas, a segurar e a fazer o passe no momento certo, entenda-se), Caio ter disparado forte para a baliza, um pouco por cima.

Aos 10’, João Matos cobrou um livre rente à linha lateral, fez a diagonal para Cavinato, ao segundo poste, mas o italo-brasileiro fez o mais difícil, falhando o alvo. De seguida, Merlim voltou a fazer das suas: arranjou forma de ultrapassar Tiago Cruz e rematou descaído sobre a esquerda, com a bola a tocar em Vítor Hugo e a tomar a direcção da baliza, sendo tirada, providencialmente, pela defensiva bracarense em cima da linha.

A um minuto do descanso, mais um contra-ataque perigoso do Sp. Braga/AAUM – a única forma de criar perigo aos ‘leões’ – e o mesmo desfecho da situação anterior: Marcão voltou a ter uma intervenção de categoria e negou o golo a André Coelho, que lhe surgiu isolado pela frente. As equipas recolhiam aos balneários com o resultado a não espelhar nem o volume de jogo, nem a qualidade, nem o número de oportunidades produzidos pelos ‘leões’.

No reatamento, o domínio ‘leonino’ mantinha-se, mas adensava-se o nó em torno da falta de concretização desse mesmo ascendente. Vamos a (mais) exemplos práticos: aos 3’, Diogo serviu Fábio Lima no momento certo, mas o remate colocado do internacional português esbarrou, novamente, em Vítor Hugo; um minuto passado e foi Fortino a provocar mais uma grande defesa ao guardião visitante depois de uma assistência de calcanhar de Merlim; pouco depois mais duas oportunidades de uma assentada – a primeira num remate ao poste de Caio Japa e a segunda numa recarga de Diogo a esse mesmo lance, com Vítor Hugo a fazer uma defesa impossível.

O nome do guardião dos minhotos esteve ainda ligado a mais uma ocasião de golo ‘leonina’: Diogo ganhou espaço na ala esquerda com o desequilíbrio provocado por mais uma subida de Marcão e rematou para defesa do inevitável guarda-redes. No ressalto desse lance, João Matos chutou de longe e Merlim recebeu isolado ao segundo poste, mas fez o impensável, adiando o golo ‘verde e branco’. Na sequência desse lance, Vítor Hugo voltou a estar sob foco, mas pelos piores motivos: à semelhança do que já tinha feito no primeiro tempo, tentou quebrar o ritmo de jogo pedindo assistência médica no chão (as regras determinam que os guarda-redes sejam assistidos dentro das quatro linhas), ‘exemplo’ que o pivot Paulinho Roxo também seguiu, ficando na retina o lance indecoroso em que caiu sozinho no terreno.

A dez minutos da buzina final, Paulo Tavares lançou André Machado como guarda-redes avançado, procurando reter a bola e abrandar o ritmo de jogo – o esgotamento físico dos jogadores minhotos começava a ser visível – mas foi uma vez mais o Sporting CP a criar perigo com uma situação de 3x2 que nasceu numa recuperação de Fortino que, na conclusão, atirou ao lado.

Começavam os adeptos a pensar no prolongamento quando, a dois minutos do final, o nó se desfez numa reposição lateral de Merlim concretizada eximiamente por Fortino, a sair com habilidade da marcação para o 1-0 que colocou justiça no marcador. Até ao suspiro final da partida, os bracarenses ainda voltaram ao 5x4, mas Marcão, a dois segundos do fim, pôs termo à oportunidade protagonizada por André Coelho e carimbou a presença na final a oito da Taça de Portugal.