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O poder de decidir

Por Rahim Ahamad
16 Out, 2019

O Sporting CP é de Portugal e não apenas de uma minoria de Lisboa. Não pode estar dependente daqueles que, pela proximidade, estão servidos das melhores condições para participar nos destinos do Clube

1405 Sócios marcaram presença na última Assembleia Geral (AG) do Clube, realizada na passada quinta-feira, representando menos de 1% do número total de Sócios do Sporting Clube de Portugal. Se considerarmos apenas os Sócios elegíveis para votar – com as quotas em dia e maiores de idade – tivemos uma representatividade de pouco mais de 2% dos Sócios com O PODER DE DECIDIR.

Ao analisarmos os números de assembleias gerais ordinárias de anos anteriores, excluindo as eleitorais, a média de participantes é ainda menor – aproximadamente 500 Sócios – o que significa que menos de 1% dos Sócios estão a participar activamente nas decisões que definem o destino do nosso Clube. O que estes números tornam evidente é que o modelo actual limita e dificulta seriamente a participação dos Sócios, naquele que é o seu maior e principal direito inalienável: O PODER DE DECIDIR.

Um dos principais pilares do programa eleitoral “Unir o Sporting”, constituía precisamente “na criação de mecanismos que permitissem aos Sócios espalhados por todo o país e mundo a possibilidade de exercer o seu direito de voto”. Porque Unir o Sporting é, entre outras medidas, permitir uma maior e mais efectiva proximidade e representatividade do Sócio quando se discute ou está em causa o presente e o futuro do nosso Clube. É o que esta Direcção, liderada pelo presidente Frederico Varandas, defende. Porque o Clube só é verdadeiramente dos Sócios quando TODOS os Sócios puderem de facto, e na prática, participar e decidir. As eleições de Setembro do ano passado marcaram o início de uma nova era. Propor a alteração do modelo instituído das AG, cujo formato está totalmente ultrapassado e, na realidade, muito pouco democratizado, é uma das medidas estruturais mais profundas e necessárias para o futuro do Clube. A implementação do sistema de VOTO ELECTRÓNICO REMOTO possibilitará que qualquer Sócio possa votar sem qualquer constrangimento geográfico e em condições de segurança e confidencialidade, garantindo assim a todos os Sócios O PODER DE DECIDIR. O Sporting CP é de Portugal e não apenas de uma minoria de Lisboa. O Sporting CP não pode estar dependente daqueles que, pela proximidade, estão servidos das melhores condições para participar nos destinos do Clube.

Esta Direcção está preparada para introduzir este sistema assim que os Estatutos o permitam. A discussão está lançada. Agora, e como sempre, decidem os Sócios. E que decidam TODOS hoje para poderem decidir TODOS sempre! Viva o Sporting Clube de Portugal!