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Indomáveis

Por Pedro Almeida Cabral
04 Ago, 2022

Foi neste último fim-de-semana que se realizaram os Campeonatos Nacionais de Clubes em atletismo. Já se sabe que os crónicos candidatos à vitória são o Sporting Clube de Portugal e o SL Benfica. Em femininos, há mais de um quarto de século que o domínio do Sporting CP é avassalador: desde 1995, apenas não vencemos em 2010. Este ano cumprimos a tradição, ao ganhar pela décima segunda vez consecutiva. Já em masculinos, ainda não foi desta que retomámos o nosso lugar, pois somos, de longe, o clube com mais títulos, 48 face aos 34 do SL Benfica. A verdade é que a história podia bem ter sido outra: só perdemos para o SL Benfica através do critério de desempate.

Em femininos, larga vitória Leonina. A diferença para o segundo lugar do pódio foi significativa. Fizemos 157 pontos, deixando bem para trás o Juventude Vidigalense, com 109. Algumas conquistas adivinhavam-se. É o caso de Auriol Dongmo com 18,65 metros no lançamento do peso, Evelise Veiga no salto em comprimento, com 6,22 metros, Patrícia Mamona com 14,04 metros no triplo salto ou de Vera Barbosa nos 400 metros barreiras, que fez 56’’87. Merecem igualmente destaque Olímpia Barbosa nos 100 metros barreiras com 13’’32 e Anabela Neto, com a melhor marca nacional do ano no salto em altura, 1,83 metros. Foram, no total, 14 triunfos que mantiveram a tradição da prova ser ganha pelo clube com mais histórico no atletismo português, o Sporting CP.

Já em masculinos, a competição foi emocionante e o desfecho esteve em aberto até ao fim. Tanto o Sporting CP como o SL Benfica fizeram os mesmos 147 pontos. No desempate, contaram as vitórias individuais, em que estávamos em desvantagem. Estivemos muito perto de sermos campeões. Menção para Andriy Protsenko, atleta ucraniano que, recentemente, fugiu do seu país devido à invasão russa e que saltou à altura de 2,15 metros, após os estrondosos 2,33 m que lhe valeram o bronze nos recentes Campeonatos do Mundo. João Coelho nos 400 metros, com 46’’86, e Rúben Amaral, nos 5000 metros, com 14’15’’01 marcaram os Campeonatos pelas suas vitórias no limite em corridas extremamente disputadas. Bastava algumas provas terem corrido um pouco melhor, como os 3000 metros ou o lançamento do disco, que teríamos feito a dupla conquista dos Campeonatos, que há muito nos escapa. No final, fica a sensação que já faltou muito mais para os indomáveis Leões tornarem a fazer o pleno no atletismo nacional.