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Hora de reflectir... mas de tocar a unir

Por Juvenal Carvalho
14 Out, 2022

O rótulo de passar de bestiais a bestas é, desde sempre, recorrente no desporto, bem como o contrário. Afinal, sempre assim foi, não é de agora, e isso, porque o jogo é vivido intensamente a cada momento, até apimenta a clubite. Porque a paixão é tantas vezes irracional.

E é esta a verdade para a grande maioria dos adeptos, porque eles − eu também − o vivem sempre com a lógica da paixão, e onde tantas vezes prolifera o emocional, o que não tem, de forma alguma, de ser minimamente condenável. 

É assim de todo o sempre. Assim será no futuro. É tanto isto que faz mover a paixão pelo Clube.

Eu, que não sou o pior dos pessimistas, e que tendo a ser calmo, também falo sozinho, dou palmadas nas cadeiras, chamo até nomes quando as coisas não correm bem, no fundo sou apenas mais um dos "irracionais" na vivência do nosso Sporting CP.

E se era em mais jovem, assim continuo. É sinal que o meu Sportinguismo continua exacerbado e imaculado.

Gosto de ver o nosso Clube, como todos vocês, ganhar sempre. É isso que nos move e é nisso que a cada jogo, independente da modalidade ou do adversário, acreditamos.

Na quarta-feira, confesso que esperava mais. Não o dizer seria contra a minha forma de estar. Fez-me até lembrar a Lei de Murphy a forma como decorreu a parte inicial do jogo, e não só, com os franceses. A repetir o ocorrido na semana anterior em terras gaulesas.

Escrevo ainda esta coluna de opinião a quente, logo triste com esta exibição, como com qualquer outra derrota do nosso Clube. Detesto ter este sentimento − pouco antes havia tido também no basquetebol − mas quero encontrar motivos para tentar ver coisas positivas numa derrota. Não quero passar paninhos quentes, mas quero acreditar em dias melhores. Será um chavão dizer que dias melhores virão? Que seja, mas eu acredito nisso.

Será outro chavão dizer que temos que levantar a cabeça? Que seja, mas tenho a profunda convicção que os rapazes assim o farão. Uma coisa sei e não é chavão algum. Quando as coisas correm menos bem, poderia até escrever sobre História Leonina − uma 'praia' que gosto tanto de abordar − e não dos resultados desportivos. Mas não. Apesar da minha 'irracionalidade', gosto demais do Sporting Clube de Portugal para o abandonar ou fugir do assunto nos maus momentos. Afinal, recordo-me tanto das palavras de um grande Leão, já falecido, que tantas vezes me dizia: 'Somos do Sporting porque o amamos. Não pelos resultados do futebol. Porque se assim fosse não o seríamos'. Já agora, e para terminar, tentando ver algum positivismo num momento em que reafirmo estar a escrever a quente, e naturalmente desanimado. Ainda estamos em todas as disputas possíveis. Domingo há jogo para a Taça de Portugal, e é para ganhar.

A hora é de reflectir, mas sobretudo, e obrigatoriamente, de ter que tocar a unir.