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Formar... eis o Sporting

Por Juvenal Carvalho
13 Jul, 2023

Somos, inquestionavelmente, um clube formador e cujo trajecto a este nível é inegável e reconhecido por todos. Temos sido até, sinais dos tempos, e fruto do reconhecimento desse trabalho de muitos anos, um Clube muito apelativo para os grandes "tubarões" do futebol mundial, cuja dimensão financeira acaba por levá-los para outras latitudes.

A imagem de marca do Sporting Clube de Portugal é desde sempre a de formar jogadores, num caminho iniciado ainda no tempo dos "pelados", sobretudo o que existia em frente à Porta 10-A do antigo estádio. De lá saíram para o plantel principal, e posteriormente para o estrangeiro grandes craques. Paulo Futre e Luís Figo terão sido o exemplo mais paradigmático de uma panóplia de craques que por lá passaram. Mais tarde outros, também numa fase da casa às costas antes da construção da Academia, com Cristiano Ronaldo − para mim o melhor de todos os tempos no futebol mundial − a ser a nossa bandeira. A bandeira de um dos melhores clubes formadores do mundo.

Sou essencialmente pouco dado às conquistas em idades precoces, entendendo, contudo, que formar a ganhar não deixa de ser interessante, sobretudo quanto ao adquirir hábitos de vitórias. Aprendi com grandes senhores do futebol juvenil do nosso Clube que o final da etapa formativa é que é primordial com a transição para a equipa principal. Tantos que parece que vão ser craques se perdem no processo formativo. Ao invés, outros que não o parecendo, fazem o processo inverso e dão um salto tremendo. O futebol de formação é sobretudo um caminho muito interessante e com inúmeras vicissitudes.

E por falar em salto tremendo, e no culminar desse trajecto com sucesso, olho para os jogadores ainda com idade de sub-19 que Rúben Amorim chamou para o estágio de pré-época da equipa principal. Falo de João Muniz e Afonso Moreira, estes pela primeira vez, a que se juntam Dário Essugo, Mateus Fernandes e Youssef Chermiti, que já são "veteranos" nessas chamadas. Dário Essugo foi mesmo, até hoje, o jogador mais jovem de sempre a jogar na nossa equipa principal no ano do último título.

Na selecção nacional de sub-19, cuja geração dourada de jogadores do nosso Clube é tão real quanto a garantia de um futuro que tem tudo para ser risonho, ainda temos Diogo Pinto, Gonçalo Esteves, Samuel Justo e Rodrigo Ribeiro. 

Agora resta trabalhar mais e melhor, porque a perfeição não existe, com o scouting a ter que ser determinante para esse factor. Mas no fim da etapa de formação ter nove jogadores a este nível − dez se contarmos com Martim Marques que rumou ao Lugano − é sinal de que algo está a ser feito e bem feito. 

Uma verdade irrefutável é que este caminho tem muitos anos. Não por acaso, no ano do título europeu, os "Aurélios", nome dado aos nossos "meninos" como homenagem a Aurélio Pereira, um nome incontornável da nossa formação − foram dez os campeões europeus made in Sporting (Rui Patrício, Cédric Soares, José Fonte, Adrien Silva, William Carvalho, João Mário, João Moutinho, Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo e Nani) feito que explica a dimensão de um trabalho de excelência. 

Resta continuar. Formar está no nosso ADN!