Um eclectismo competente
05 Dez, 2024
Escrevi aqui neste espaço, depois da derrota sofrida para a UEFA Champions League, que o jogo frente ao CD Santa Clara teria de ser o momento para dar continuidade à sequência de vitórias consecutivas do Sporting CP no campeonato, no caso a décima segunda, e com ela o melhor início de sempre da nossa História. Infelizmente, nada disso aconteceu. No jogo com os açorianos foi mesmo uma exibição menos conseguida, "premiada" com uma arbitragem que esteve indelevelmente marcada no desfecho da partida, ao escamotear pelo menos duas grandes penalidades, cuja evidência foi até expressa pela generalidade dos media.
Teremos agora que ser todos juntos a dar alento a este grupo de trabalho, que tantas alegrias já nos deu e que, acredito muito, mais ainda estarão para chegar.
Mas também, e em contraponto, na anterior semana aqui escrevi que as modalidades estavam a passar por momentos fantásticos no presente. Direi mesmo, a roçar o excelente.
E nesse excelente, falo de um conjunto delas, começando pelo andebol, modalidade que já tem a presença garantida na próxima fase da EHF Champions League, almejando ainda chegar aos dois primeiros lugares do grupo quando ainda faltam cinco jornadas para disputar. A nossa equipa voltou a "passar a ferro" um adversário, neste caso mais um grande nome europeu, o Dínamo Bucareste. Mais uma exibição simplesmente épica. Como disse antes deste jogo o treinador Ricardo Costa, o Pavilhão João Rocha era o nosso castelo. E sim, na realidade é. Um castelo feito de magia de uma equipa com uma qualidade incrível. Dizer estratosférica não é, de forma alguma, um exagero.
Também o futsal, com mais uma organização "à Sporting", foi anfitrião da Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League e fez aquilo a que já nos habituou, comprovativo da marca do seu inegável sucesso. Com a vitória num grupo extremamente complicado, com o SC Braga e o Anderlecht como opositores de peso, carimbámos o "passaporte" para a final four da competição pela quinta vez consecutiva. Agora, lá chegados, vamos com o habitual espírito de conquista e também com muita confiança nas nossas capacidades à procura de trazer para Alvalade a terceira Champions. É que de Nuno Dias e do seu grupo de trabalho, os hábitos são esses. Foram-nos habituando ao longo dos tempos a conquistas atrás de conquistas. As razões para acreditar em mais uma, são evidentes
Mas se o andebol e o futsal estão nas principais competições europeias das respectivas modalidades, o hóquei em patins, que é o actual Campeão Europeu, e que deveria, por mais do que óbvio direito próprio, estar a defender esse título, mas devido a uma inenarrável regulamentação acabaria por ter que disputar uma poule de qualificação, onde acabaríamos afastados pelo Óquei de Barcelos e relegados para a WSE CUP. Aqui chegados, o espírito não deixou de ser de conquistas e começou por Braga, com um empate extra-muros, aquele que todos acreditamos que em 2025 possa vir a ser mais um troféu internacional para o nosso Clube.
Também o voleibol, que esta época tem estado irrepreensível até ao momento, terá hoje um jogo que se espera muito difícil na Finlândia para os oitavos-de-final da CEV Challenge Cup, mas que todos acreditamos que nos possa vir a escancarar as portas dos quartos-de-final da competição.
É, portanto, um Leão no seu melhor traje europeu aquele que vivemos nos dias de hoje. Quem sabe se 2025 não será um ano em que o nosso Museu abrirá espaço para mais conquistas de competições europeias, que até ao momento são 43 em sete modalidades diferentes.