A noite do passado sábado no Estoril não foi fácil para o Sporting CP. Não foi também, como dizia alguém na linguagem do "futebolês", uma noite de grande nota artística, mas em que resultou o essencial, e o essencial foram mesmo os três pontos para um Leão que sonha com o "Tri" e tem seguramente toda a propriedade para sonhar.

Rui Borges fez menção de fazer a análise ao jogo na conferência de imprensa com algum tom de criticidade, afirmando mesmo, entre outras coisas, "que este jogo sirva de exemplo. Foi o que menos me agradou".

Sinal de que existe compromisso e responsabilidade. Sinal de que ganhar é muito importante – o mais importante, aliás – mas num clube com a nossa grandeza, exigir mais é sinónimo dessa mesma grandeza.

E falando agora no importante. Os três pontos viajaram para Alvalade e ficaram, para gáudio da família Leonina, no bornal do Leão. 

Apesar dos avisos do míster – gosto sempre muito da sua incrível humildade e, sobretudo, por ser imagem de marca, seriedade e sobriedade na análise, sabendo ele que tanta vez que é perfeitamente injustiçado por uma comunicação social que o tende a hostilizar, para aplaudir gente muito bem-falante, mas que vive com bem maiores problemas na sua "casa". 

Mas o "taberneiro" teima em contrariar estes arautos da sapiência e isso incomoda muita gente, a quem as vitórias do Sporting CP causam urticária. 

Uma coisa, contudo, e falando do jogo, o que se viu foi um Leão que quis ganhar desde cedo e, primeiro através de Hidemasa Morita e depois, aos 12 minutos com a obtenção do golo por Luis Suárez – quinto golo da época e muitos mais irão surgir por parte deste "matador" colombiano – o Sporting CP teve uma primeira parte em que foi superior e, mesmo na segunda parte nunca esteve em perigo a vitória. Até porque a única grande oportunidade dos "canarinhos" surgiu num erro individual nosso. Agora, segue-se o SC Braga no próximo domingo, às 19h15, no nosso Estádio (ontem houve o jogo em Nápoles para a UEFA Champions League, mas o fecho do jornal ocorreu antes da sua realização) e queremos continuar a ganhar. É essa a nossa missão...o nosso desígnio.

E esse desígnio parece estar a fazer inveja, misturada com mau perder a alguém. Que têm mais comunicados nos últimos dias do que títulos ganhos nos últimos cinco anos. Ao jeito, meio parolo, de desviar as atenções do que não lhes corre bem. A fazerem jus ao velho ditado português de "com papas e bolos se enganam os tolos". Gosto de os ver assim, esquecidos das "missas", dos "padres", dos "vouchers" e dos célebres "dez anos à frente". A memória é curta... mas a história não se apaga, por mais que queiram ser os campeões do "tik tok" e da viciação das mentes.

Nas modalidades, o andebol ao vencer no João Rocha o FC Porto (30-29) e o futsal, ao derrotar o Rio Ave em Vila do Conde (0-9), continuam invictos nas competições nacionais, enquanto o ténis de mesa iniciou oficialmente a época com a conquista da 20.ª Supertaça, vencendo em Matosinhos os madeirenses do São Roque (3-1), preenchendo ainda mais o nosso Museu, que no passado fim-de-semana só não ficou ainda mais abrilhantado devido a uma medíocre arbitragem no jogo da final da Elite Cup em hóquei em patins. Um dado curioso. Os costumeiros nos comunicados "porque sim", saborearam uma vitória marcada por decisões erráticas da equipa de arbitragem com um sorriso nos lábios. Formas de estar dos puritanos do costume.