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Qualidade rima com trabalho

Por Juvenal Carvalho
04 Dez, 2025

Começo este texto com uma opinião que, estou certo, muitos de vós irão corroborar: "Neste momento, e o futebol é tantas vezes o momento, gosto muito de ver o Sporting Clube Portugal jogar futebol". 

Direi mesmo, sem querer fazer com isto qualquer termo comparativo com ninguém, que ver jogar a nossa equipa me fascina. Roça mesmo a perfeição. Uma equipa com classe, onde se vê trabalho de laboratório, e que trabalho... feito com imensa qualidade e com a chancela da "tasca" de Rui Borges.

Na passada semana foi mesmo um Leão gigante em versão dupla aquele que em Alvalade, para fascínio de quem via ao vivo, ou assistia através da televisão, primeiro com o Club Brugge KV para a Champions League e, depois, com o CF Estrela Amadora, para o Campeonato, que vestiu o seu melhor fato de gala. Os dois jogos tiveram um denominador em comum. Um Sporting CP que entrou em ambos, pese a diferença de qualidade dos adversários, mas com o mesmo respeito, com uma vontade indómita de resolver os jogos cedo, aliando a isso uma qualidade superlativa e também muito suor. Dois condimentos preciosos para este excelente momento, onde a qualidade da nossa equipa fascina quem a vê jogar. E digo isto sem sobranceria alguma. Apenas com a convicção de uma realidade que é factual. Sei que tanto falta jogar, que ainda não ganhámos nada, e que muita água ainda irá correr por debaixo das pontes. Mas uma certeza tenho, de forma inequívoca. Existe um Leão que sabe o caminho para tentar repetir o êxito e que todos sabemos que está focado nesse êxito. O sonho comanda a vida, inspirando-me na 'Pedra Filosofal' de Manuel Freire. 

E por falar em foco. O foco agora, ultrapassados que estão o Club Brugge KV e o CF Estrela da Amadora está todo ele virado para o próximo jogo... e que jogo. Já amanhã é a vez do dérbi dos dérbis. Não faço futurologia, mas é com uma crença inabalável nos nossos rapazes que encaro este jogo. Sei que é imprevisível e que a história nos diz que é sempre aquele jogo de prognóstico impossível, mas a esperança que vai correr bem ao Leão, essa está em mim bem presente. Sou, por forma de estar, longe de ser o maior dos optimistas, mas nos antípodas do pior dos pessimistas. 

Este é mesmo aquele jogo que desde sempre mexe comigo. Fico estranho horas antes, para não dizer dias, e pouco me apetece falar com alguém. No fundo, sendo mais sucinto, é o jogo que me causa um nervosismo suplementar... que me é difícil de descrever por palavras.
Mas para o fim, entroncado no jogo de amanhã, e porque não gosto nada de ser comido de cebolada, uma palavra para os que, desviando o foco do que lhes corre mal, fazem comunicados por tudo e por nada, até por causa de cantos mal assinalados – pasme-se ao ponto a que isto chegou – escrevendo para os seus correligionários assim a modos que com papas e bolos se enganam os tolos e como se fosse para invisuais sem ser escrito em braille. Só que o karma é lixado. E, como no velho ditado, pela boca morre o peixe. Não é que ganharam um jogo da Champions League através de um canto que deu em golo e que não deveria ter sido assinalado por precedido de um fora-de-jogo. E aí, nem uma palavra. 
A tentativa deles, que para o efeito já começaram a falaciosa retórica, é tentar descredibilizar o VAR. Sabemos todos o porquê. Longe vão os tempos em que valia tudo. Aí é que era tudo muito bom..., mas a memória dos homens não tem de ser curta. Isso querem eles.

 

P.S 1 – É igualmente uma delícia ver jogar os nossos meninos da equipa B. Quanto crescimento colectivo e individual. Quanto talento. Tanto futuro. 

P.S 2 – Na senda da qualidade e do futuro, era impossível passar ao lado da nossa equipa de andebol. Que bom é vê-los jogar a um nível altíssimo na EHF Champions League. Olhos nos olhos com os melhores da Europa, literalmente. 

P.S 3 Morreu a Luísa Rodrigues. Para mim a Luisinha, que nasceu literalmente dentro do Estádio José Alvalade. Conheci a Luísa desde sempre. Vivia com os seus pais – o Miguel e a Olinda – numa casa contígua ao Pavilhão de Alvalade, desde que nasceu. Como eu gostava dela. Como ela respirava Sporting. Uma vida dentro do Clube, de que era, agora, funcionária. Fizeste-me chorar minha querida amiga, partiste tão cedo. Serás eternamente a minha Stromp. Um beijo na testa como respeito. Descansa em paz. Gostava tanto de ti.