Bas Dost expressou felicidade pelo póquer e ressalva vontade em concretizar objectivo individual, não deixando de agradecer aos seus 'assistentes'

O melhor marcador da Liga NOS, Bas Dost, declarou à Sporting TV que os quatro golos diante do Tondela foram espelho do trabalho colectivo, mas reconheceu que a distinção individual passou a ser uma meta: "Foi uma sensação fantástica. Não estava contente porque tinha desperdiçado a oportunidade de fazer o quinto golo, mas no dia seguinte fiquei muito satisfeito. Estou muito contente com os quatro golos e com o resultado. Tive muitas bolas em condições para finalizar, o Daniel Podence fez um grande trabalho como segundo avançado e, para mim, é importante ser o melhor do Campeonato Nacional".

Mesmo estando em segundo lugar na corrida à Bota de Ouro, apenas atrás de Lionel Messi (FC Barcelona), o avançado holandês desvalorizou essa disputa, preferindo focar o desempenho ofensivo leonino: "Não penso muito na Bola de Ouro. A prioridade é a liga. Tive muitas reacções da família e dos amigos. Não pensava que ia conseguir quatro golos. O quinto fica para a próxima, já que com esta equipa é possível fazer quatro ou cinco golos mais vezes".

A terminar, o 'matador' elogiou os esforços dos Sócios, antecipando a vontade em marcar ao Nacional: "Jogamos fora em estádios, que são habitualmente, pequenos, mas temos sempre adeptos. Dão-nos uma força extra e senti que estava em casa. Nem ouvi os adeptos do Tondela... Quero marcar ao Nacional", finalizou.

Avançado leonino figura entre os 27 escolhidos por Danny Blind

Em grande forma no Sporting CP, Bas Dost foi um dos 27 convocados por Danny Blind para a selecção da Holanda, que vai defrontar a Bulgária (dia 25 de Março), num encontro de qualificação para o Mundial 2018, e a Itália (dia 28 do mesmo mês), num jogo amigável.

O melhor marcador da Liga NOS (18 golos) tem sido opção regular para o seu seleccionador, tendo actuado em seis partidas na presente temporada: Grécia, Suécia, Bielorússia, França, Bélgica e Luxemburgo. 

Eis a lista de convocados:

Guarda-redes: Jasper Cillessen (Barcelona), Tim Krul (AZ Aklmaar), Jeroen Zoet (PSV Eindhoven), Michel Vorm (Tottenham)

Defesas: Daley Blind (Manchester United), Wesley Hoedt, Stefan de Vrij (Lazio), Rick Karsdorp (Feyenoord), Bruno Martins Indi (Stoke City), Joël Veltman (Ajax)

Médios: Leroy Fer (Swansea), Davy Klaassen (Ajax), Davy Pröpper, Bart Ramselaar (PSV Eindhoven), Kevin Strootman (Roma), Marten de Roon (Middlesbrough), Jens Toornstra, Tonny Vilhena (Feyenoord), Georginio Wijnaldum (Liverpool)

Avançados: Steven Berghuis (Feyenoord), Memphis Depay (Lyon), Bas Dost (SPORTING), Jeremain Lens (Fenerbahçe), Vincent Janssen (Tottenham), Luuk de Jong (PSV Eindhoven), Arjen Robben (Bayern), Quincy Promes (Spartak Moscovo).

Avançado do Sporting CP superou Danilo (FC Porto) e o colega de equipa Daniel Podence (9,04%)

Ano novo, os golos do costume. Com sete remates certeiros em apenas quatro jogos no arranque de 2017, Bas Dost foi eleito esta quinta-feira o melhor jogador da I Liga em Janeiro.

O avançado holandês do Sporting CP alcançou 12,88% dos votos, superando a concorrência de Danilo Pereira, do FC Porto, com 12%, e de Daniel Podence, colega de equipa nos leões que também esteve ao serviço do Moreirense, com 9,04%.

Recorde-se que Bas Dost lidera actualmente o topo da lista dos artilheiros do campeonato com 17 golos.

Uma entrevista de Bas Dost ao Jornal Sporting, em conjunto com a Sporting TV, em vésperas da viagem ao Dragão

Chegou, viu e marcou. Aos 27 anos, Bas Dost chega a Alvalade e com 18 golos em todas as competições, 16 apenas na Liga, está no bom caminho para se tornar o novo goleador da competição portuguesa. A marca coloca-o também no topo da Europa ao lado de Suárez (Barcelona) e Aubameyang (Dortmund). Conheça as ideias do holandês que começou a carreira como médio, negando a si próprio as qualidades que todos lhe apontavam como ponta-de-lança.

Jornal Sporting – Podemos começar por algo fácil: que palavras ou frases é que já consegue dizer em português?

Bas Dost – Alguma coisa. Bom dia, obrigado, como estás, boa noite, boa tarde [risos]. Sei dizer mais palavras, mas agora é difícil.

Quais foram os maiores obstáculos quando chegou a Portugal e o que mais o deixou maravilhado no Sporting?

O maior obstáculo foi a língua. Não podia falar com ninguém. Há muitas pessoas em Portugal que só falam português, mas essa dificuldade foi só no início. Estou aqui para jogar futebol e não para conversas. Tive sorte em ter marcado logo no primeiro jogo que fiz de leão ao peito e conseguir dar-vos boas sensações. Depois disso, correu tudo tão bem que não podia acreditar.

Consegue entender melhor o português?

Sim, já. Quando o treinador está a falar entendo 20 a 30% do que diz, mas há sempre um tradutor ao meu lado, portanto vai-me dizendo o que se passa.

Já tinha marcado em Alvalade antes mesmo de representar o Sporting, quando esteve ao serviço do Wolfsburg. Algum sentimento especial ou memória dessa primeira visita?

Lembro-me de na altura ter percebido que havia um grande ambiente. Ganhámos na Alemanha por 2-0 e na deslocação a Lisboa ficou 0-0, mas tivemos muita sorte. O Sporting podia ter ganho por 4-0. Gostei desde o início de ter jogado num grande estádio e perante um público fabuloso. Nunca pensei que algum dia pudesse vir a jogar aqui, mas a ideia era, sem dúvida, a de um grande Clube.

Que grandes diferenças encontrou entre os campeonatos holandês, alemão e português?

Há muitas diferenças. Na Alemanha, todos os jogos são complicados, não interessa qual o clube que se defronta. Na Holanda e em Portugal há jogos “fáceis”. Aqui os jogos fora de casa são todos bem difíceis. Joga-se frente ao Nacional, na Madeira, e todos pensam que será uma vitória, mas no fim torna-se complicado. Aqui há o Sporting, Benfica, FC Porto e Sp. Braga, enquanto que na Holanda há o Ajax, Feyernoord e PSV... é quase o mesmo. Contudo, o futebol é diferente. Gosto da maneira de pensar: quando ganhamos é tudo maravilhoso, se perdemos é tudo mau. Gosto disso.

Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas

Um golo de Bas Dost aos 75' foi suficiente para os leões seguirem em frente na Taça de Portugal

O Sporting CP regressou esta quarta-feira às vitórias ao bater em Setúbal o Vitória local (1-0), seguindo para os quartos-de-final da Taça de Portugal.

Os leões até entraram bem na partida, com mais bola, mas viram o adversário, à medida que o tempo ia passando, ir chegando-se à frente. Desinibidos, e por vezes atrevidos, os pupilos de José Couceiro iam aproximando-se com perigo da baliza de Rui Patrício. Como aos 14', quando Edinho quase bateu o guardião leonino, após uma 'oferta' de Rúben Semedo em zona frontal.

A resposta não tardou. Apenas seis minutos, até Adrien, de grande penalidade, ter tido nos pés a oportunidade de abrir o marcador. O problema é que Trigueira, o guarda-redes contrário, negou-lhe o golo com duas belas intervenções.

Numa noite fria no Bonfim, o tempo foi passando, mas não trouxe grandes oportunidades para as duas equipas, que atacaram o segundo tempo dos 'oitavos' da Taça de forma diferente: os comandados de Jorge Jesus controlavam o jogo, embora sem resultados práticos no último terço do campo, enquanto os sadinos teimavam em responder apenas no contra-golpe.

A balança acabou por pender para os verde e brancos aos 75', altura em que Bas Dost mergulhou de cabeça para responder afirmativamente a um cruzamento de Marvin Zeegelaar. O golo da tranquilidade que permitiu à formação leonina gerir o marcador até ao apito final.

Com este resultado (1-0), o Sporting CP carimbou o bilhete para os 'quartos' da prova rainha do futebol português.