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Foto César Santos

“Estamos legitimamente a cumprir o nosso mandato”

Por Jornal Sporting
06 Jun, 2018

Presidente do Sporting CP veio a público reforçar a credibilidade dos órgãos sociais do Clube e garantir que a Assembleia-Geral de dia 23 de Junho não se irá realizar

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting Clube de Portugal, convocou esta quarta-feira uma conferência de imprensa para comentar as declarações proferidas pelo Presidente Demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Jaime Marta Soares, a respeito da Assembleia Geral (AG) extraordinária de dia 23 de Junho.

"Onde é que está escrito na lei que temos de nos demitir? A antiga Mesa tinha pedido uma AG que não vai haver. Aquela AG, de 23 de junho, não vai haver. Estamos legitimados. Deixem de dizer que nós não damos voz aos Sócios", começou por dizer no Estádio José Alvalade.

Bruno de Carvalho fez ainda questão de frisar a legitimidade do seu mandato. “Os prazos que deram eram até 24 de Julho. As rescisões podem acontecer até 14 de Junho. Somos um órgão eleito e somos nós que estamos contra a democracia? Estamos legitimamente a cumprir o nosso mandato. Quem afastou a Mesa e o Conselho Fiscal foram eles próprios. A partir daí tivemos de tomar actos de gestão. Vão para a justiça e a justiça que decida. Querem uma AG destitutiva entreguem as assinaturas, os preceitos legais. O primeiro subscritor pode estar presente com os serviços e se os preceitos estiverem todos pode realizar-se. Deixem a justiça correr, ou estão com medo de quê? Até lá têm de acatar com todas as decisões que estão tomadas", reforçou.

Pode ver a conferência de imprensa na íntegra aqui:

Foto César Santos

“Espero que o Rui tenha a possibilidade de sair do Sporting de outra forma”

Por Jornal Sporting
01 Jun, 2018

Presidente do Clube abordou o pedido de rescisão do guarda-redes leonino

A primeira declaração de Bruno de Carvalho no Auditório Artur Agostinho serviu para confirmar o motivo da conferência de imprensa. “O que nos traz aqui é a chegada a Alvalade do pedido de rescisão do Rui [Patrício] e o que isso traz de alarmismo para o Sporting CP”, disse.

Depois de revelar a tomada de posição do guarda-redes de 30 anos, o Presidente verde e branco explicou o que provocou essa decisão. “O Sporting CP esteve a negociar, através de um dos administradores, com o Jorge Mendes, que dizia que era uma proposta do Nápoles. Depois disseram que, com a saída do treinador, tinham de ver melhor a situação. A seguir chegou-nos o interesse do Wolverhampton. Por algum motivo, o braço direito do Jorge Mendes ligou-nos ontem a perguntar se aquela era a posição do Sporting CP. E de repente veio nas capas todas. Já percebi que as redacções ficam à espera daquilo que diz o empresário Jorge Mendes. Dos 18 milhões, ele queria mais de 7”, começou por contar.

Bruno de Carvalho esclareceu as intenções da empresa de Jorge Mendes no desenvolvimento do processo. “No meio deste pânico todo que foi criado nos Sportinguistas houve um claro aproveitamento por parte da Gestifute. Ou nos dão 3.150.000 milhões relativos ao Patrício e mais 4 milhões relativamente ao Adrien ou não há negócio. E não há negócio. O Sporting CP não pode estar sob medo, sob chantagem, sob ameaças. Não foi para isso que nos chamaram para aqui”, afirmou.


Apesar de ter admitido que Rui Patrício e William “já deviam ter saído” e que “já lhes devia ter sido dada essa oportunidade na época passada”, Bruno de Carvalho fez um apelo para que o guarda-redes altere a decisão (tem sete dias para o fazer). “Espero que o Rui reflicta bem sobre a situação, porque alguém lhe está a contar uma história mal contada. A administração do Sporting CP está cá para apoiar os jogadores, como sempre fez, mas não para admitir chantagens. Não me parece que o Rui alinhasse numa situação de chantagem contra o Clube que fez dele o que é e a quem ele deu muito. Espero que o Rui tenha a possibilidade de sair do Sporting de outra forma, porque ele merece e os Sportinguistas também merecem”, concluiu.

Sobre a existência de razões para rescisão por justa causa, o Presidente Bruno de Carvalho foi peremptório. “Se eu tivesse cedido na chantagem, não do Rui mas do seu empresário, de lhe dar 7 milhões de 18, já não havia rescisão por justa causa. Já havia uma saída maravilhosa. Só não entende quem não quer. Se houvesse algo, as pessoas tomavam a opção imediatamente. Espero que ninguém lhe siga o exemplo, porque não vai ser bom. E espero que o Rui pense bem, tem sete dias para isso. As portas estão sempre abertas”, rematou.

Foto José Cruz

"Estamos a ser alvo de completo bullying e terrorismo"

Por Jornal Sporting
19 maio, 2018

Presidente Bruno de Carvalho comentou a actualidade leonina, fez vários esclarecimentos e deixou muitos recados aos Sportinguistas

O Presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, afirmou este sábado, em conferência de imprensa, que o clube leonino está a "ser alvo de completo bullying e terrorismo".

Acompanhado de Carlos Vieira, vice-presidente leonino, e apresentando-se com vários jornais em cima da mesa, o líder verde e branco esclareceu durante aproximadamente duas horas toda a actualidade leonina.

"Temos medido com atenção e cuidado as palavras e acções nos últimos tempos não só porque o jogo tem de ser uma festa mas também porque há uma série de coisas que exigem responsabilidade. Hoje chegou a um ponto inaceitável. Esta campanha chegou ao limite de no Expresso se dizer 'Brunos de Carvalho devem de ser mortos à nascença'", começou por dizer, prosseguindo no discurso.

"Já não é uma questão de processos a estas pessoas, já é um total desrespeito pelo sentido das regras mais basilares da democracia, um total desrespeito pelos princípios e direitos humanos. O que eu senti durante toda esta noite em que temos estado ao trabalhar... Estamos a ser alvo, eu e os meus colegas - muito lhes agradeço - de completo completo bullying e terrorismo. Só falta entrarem por aqui como aconteceu naquele acto hediondo na Academia e arrancarem-nos partes do corpo", explicou, abordando ainda várias temáticas que pode ver na íntegra no vídeo em baixo.

Foto César Santos

“Tenho sido um dos primeiros a pedir que se faça justiça contra os vouchers e o e-toupeira”

Por Jornal Sporting
12 maio, 2018

Presidente leonino felicitou a equipa de futsal e ironizou com pedido do presidente do Benfica

À margem da final-eight da Taça de Portugal de futsal, em Gondomar, Bruno de Carvalho abordou vários temas da actualidade. Primeiro, aproveitou para felicitar a equipa leonina pela vitória frente ao Benfica. “Foi um bom jogo. Vínhamos de uma final de uma competição que não conseguimos ganhar e foi muito importante conseguirmos estar nesta competição com esta qualidade. Ainda não está ganho, há uma final contra o Fabril. Desceram de divisão, mas aqui fizeram jogos magníficos. Estão na final com todo o valor. Mas é importante irmos vivendo estes momentos, vermos a qualidade da nossa equipa. É importante ver como não ficaram desconcentrados naqueles que eram os nossos objectivos. Um deles é a Taça de Portugal”, assume.

Depois, reforçou o carácter verídico de uma alegada “cimeira secreta” com o Presidente do Benfica (clube encarnado desmentiu as revelações). “O que se passou é uma realidade. Para além de ser verdade que isso me foi proposto na garagem da liga - e só tenho pena que a liga tenha desgravado as imagens, porque há uma câmara precisamente onde isso aconteceu -, há outra coisa engraçada. Uns dias antes desta polémica toda que foi criada, um Sportinguista distinto serviu de intermediário de Luís Filipe Vieira para pedir uma cimeira secreta entre mim e ele. Quando me apetecer contar mais um bocadinho desta história talvez as pessoas percebam os problemas que vou tendo com sócios, com dirigentes. Não sei o que poderia trazer de bom ou qual seria a intenção. Fui o primeiro a revelar o caso vouchers e tenho sido um dos primeiros a lutar para que se faça justiça nos vouchers, nos emails e no e-toupeira. É verdade que Luís Filipe Vieira quis fazer essa proposta. Aliás, numa reunião em Fátima até disse que o futebol em Portugal ia passar pelo Sporting e Benfica. Achei engraçado por ter posto o Sporting em primeiro lugar”, ironizou.

Bruno de Carvalho comentou também o facto de utilizarem um post de Facebook do seu pai numa conferência de imprensa de Jorge Jesus. “Já disse a vários jornalistas e a vários directores de jornais o que achava da baixeza que tem sido o aproveitamento de um post. Têm de compreender que é uma das pessoas de que mais gosto no mundo. Têm de compreender que é o meu pai e tem direito a ter a sua opinião. Acho vergonhoso estarem a aproveitar o facto de eu não ter Facebook. Por ser meu pai não deixa de ser uma pessoa. Também tinha pedido internamente às pessoas para não comentarem o caso. Não estou de acordo com o que o meu pai escreveu, de facto. Mas há uma coisa em que tenho orgulho. É que é meu pai e deu a cara. Ao contrário, por exemplo, de Octávio Machado ou Rui Santos, que todos os dias falam com algumas pessoas e acabam por ser veículos de transmissão de recados pela comunicação social. Mesmo não concordando com o meu pai, prefiro a forma como ele fez: foi frontal, honesto e directo. Mas tenho a certeza de que Jorge Jesus não concorda com as alarvidades que foram ditas nestes últimos dias”, concluiu. 

Foto DR

Almoço com a equipa masculina e feminina de atletismo

Por Jornal Sporting
11 maio, 2018

Presidente Bruno de Carvalho protagonizou um discurso motivacional com vista às duas competições que se avizinham

Foi na mítica Aldeia das Açoteias, onde decorre o estágio da equipa masculina e feminina de atletismo do Sporting CP, que o Presidente Bruno de Carvalho, acompanhado por Rui Caeiro, Vogal do Conselho Directivo responsável pelas modalidades, fez questão de estar presente, de forma a almoçar e manifestar o seu apoio aos atletas leoninos.

Pelo meio, o líder leonino deu um discurso motivacional com vista às duas importantes competições que se aproximam: a Taça dos Clubes Campeões Europeus, que se vai realizar em Birmingham (26 e 27 de Maio), e o Campeonato Nacional de Clubes (Ar livre), agendado para 16 e 17 de Junho.

Motivação à parte, e tendo em conta o estado de espírito e entusiasmo dos presentes, os leões e as leoas parecem estar no trilho certo!

Foto DR

Bruno de Carvalho apoia equipa de futebol de praia

Por Jornal Sporting
11 maio, 2018

Aproximam-se as duas provas mais importantes do calendário para a formação do Sporting CP

O Presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, acompanhado por Rui Caeiro, Vogal do Conselho Directivo responsável pelas modalidades, esteve na tarde de ontem no treino da equipa de Futebol de Praia do Sporting, em Bicesse.

Bruno de Carvalho fez questão de estar com os jogadores, falar com eles, motivá-los e apoiá-los, num momento em que as duas provas mais importantes do calendário se aproximam.

Com efeito, já a partir do dia 28 do mês corrente, e até 3 de Junho, decorrerá na Praia da Nazaré a Euro Winners Cup 2018, a ‘Liga dos Campeões’ desta modalidade, na qual o Sporting integra o Grupo C, juntamente com o Nomme (Estónia), BS Egmond (Holanda) e Copenhagen (Dinamarca).

Foto César Santos

“O nosso projecto é ganhar”

Por Jornal Sporting
07 maio, 2018

Bruno de Carvalho mostrou toda a sua satisfação com a conquista do bicampeonato nacional de andebol

O Presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, comentou a conquista de mais um título nacional do Clube, demonstrando a sua clara felicidade para com o ambiente de festa proporcionado por todos os leões presentes no Pavilhão João Rocha.

“Já é tanta coisa em tão poucos dias… Continuo a dizer: agora imaginem o que era conseguirmos ser campeões em todas as modalidades. Portugal ia parar, o Mundo parava. Esta é a dimensão do Sporting CP”, começou por dizer.

O líder máximo verde e branco aproveitou também a oportunidade para vincar os valores do Clube de Alvalade: “O nosso projecto é ganhar, é vencer por eles (adeptos), pelos nossos atletas, pelo trabalho que fazemos, pelas nossas famílias que tanto sofrem. É tudo pelos Sportinguistas. Que este título seja para repetir, porque ainda temos o hóquei e o futsal. Sem esquecer uma conquista que ainda teremos no futebol. Temos tantas modalidades para nos darem alegrias…”, referiu.

Bruno de Carvalho fez ainda questão de realçar a importância do trabalho realizado por todos ao longo da época, lado a lado com os adeptos leoninos. “Eu amo o Sporting CP. Espero que os Sportinguistas cada vez estejam mais orgulhosos e contentes. Este papel é feito pelos Sportinguistas, nós apenas o encarnamos. Somos exigentes ao máximo e eles sabem e respeitam isso. Os atletas dão tudo o que têm e eu não quero mais do que isso. Quando dão, é uma emoção muito grande, não só para mim mas para três milhões e meio de pessoas”, rematou.

"Podem passar 100 anos que sou sempre do Sporting CP"

Por Jornal Sporting
09 Abr, 2018

Bruno de Carvalho marcou presença na conferência de imprensa após o jogo com o Paços de Ferreira e comentou a actualidade verde e branca

Após o apito final que ditou o triunfo do Sporting CP na recepção ao Paços de Ferreira (2-0), o Presidente Bruno de Carvalho surgiu no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade, para comentar a actualidade desportiva do Clube. Tendo em conta a recente polémica após o deslize leonino em Madrid (2-0), que motivou um braço-de-ferro entre o líder verde e branco e o plantel leonino, com várias trocas de acusações entre as duas partes, Bruno de Carvalho garantiu que não se importa com a contestação dos adeptos, que o assobiaram durante o jogo, mas não admite as ofensas de que foi alvo.

"Vim aqui porque acho que todos temos o direito de mostrar o nosso descontentamento. Fiquei vacinado depois dos assobios relativamente ao treinador Marco Silva. Aquilo que é inadmissível é o facto de me adjectivarem. Se querem a minha demissão há o sítio próprio, o Sporting CP tem regulamentos. Estarem a chamar-me nomes... Quem me chamou o que chamou tem de perceber que eu não andei na escola com as pessoas, não comi do mesmo prato. Assobios? Sempre que quiserem, as pessoas são livres de pensarem, exprimirem e serem ingratas, como é óbvio", começou por afirmar aos jornalistas.

"Temos de perceber que neste Clube as pessoas não estão preocupadas com o seu trabalho. E nem estou a falar dos adeptos, é mesmo de dentro do Sporting CP. Sempre ouvi dizer que tomar decisões é difícil, estar a ser massacrado por pessoas de outros órgãos sociais torna isso ainda mais difícil. Esta situação não é nova, deixou de ser um ator para serem muitos", prosseguiu, apontando o dedo à oposição, que se fez ouvir nas bancadas de Alvalade.

"Mais cedo ou mais tarde essas pessoas vão ficar a falar sozinhas e vão compreender a gravidade do que fizeram, apesar de terem todo o direito. As pessoas vão perceber a asneirada que foi caírem nos grupinhos de sempre. Organizaram uma oposição que representava 10%. Os mais trauliteiros estavam na Tribuna Peyroteo, mas esses são useiros e vezeiros. E do lado de cá é um hábito. Não sabem as coisas e disparam. Num exercício claro, gostava de saber se algum Sportinguista já me imaginou com outra camisola. A partir daqui, tirem as vossas conclusões", explicou.

Questionado se estava arrependido por ter criticado via Facebook a exibição dos jogadores no duelo europeu com o Atlético de Madrid, Bruno de Carvalho foi peremptório: "Continuo a achar que o meu post é perfeitamente normal e que tudo isto é normal. Nós somos isto, somos o Sporting CP, e o Sporting CP é pródigo nisto. Temos de dar liberdade às pessoas. O que disse é que não vou voltar a sofrer calado o que passei durante um ano. As pessoas no Sporting CP podem não querer saber as coisas, é um direito. Agora, enquanto eu achar, como Presidente, que as pessoas devem estar informadas, continuarei. Aquele post é um post sem interesse nenhum, só teve relevância porque alguém se lembrou na conferência de imprensa de Madrid fazer essa pergunta. Senão tinha sido normal, o que está lá é factual. Fico mais chateado e indignado com o que li no AS do que no meu post. Disseram coisas mais graves e isso fico triste enquanto Presidente. Espero que os jogadores continuem a demonstrar que a pessoa do AS estava enganada e não o Presidente, que é factual. Queiram ou não, assim o serei, por mais três anos", frisou.

Por último, uma garantia à navegação verde e branca. "Uma coisa tenho a certeza absoluta: podem passar 100 anos que sou sempre do Sporting CP. Nunca vou representar mais ninguém. O resto fica à consideração das pessoas", rematou.

Foto César Santos

Bruno de Carvalho critica inacção judicial perante claques não legalizadas

Por Jornal Sporting
03 Abr, 2018

Presidente do Sporting CP recordou ainda o caso do adepto italiano morto nas imediações do Estádio da Luz

Já depois de ter voltado a defender mudanças profundas no futebol português, Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting CP, regressou da parte da tarde à Sala do Senado da Assembleia da República para questionar a ligação de clubes a claques não legalizadas e a aparente falta de acção judicial.

"Há uma investigação que demorou quase um ano, séria, que teve por base a audição de comandantes da polícia e onde foi verificado claramente o apoio de um clube a uma claque ilegal. E a verdade é que [o processo] foi arquivado", começou por dizer o líder leonino no segundo painel do dia, dedicado à justiça e à violência no desporto, no qual marcaram presença representantes do Conselho Superior da Magistratura, do Ministério Público, da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana.

De seguida, apontou o dedo à alegada conivência entre clubes e as autoridades. "Temos tarjas em campos de futebol e em pavilhões - em que a desculpa dada pelo clube é que a polícia não as foi retirar - e estamos a falar de tarjas como 'Foi no Jamor que o lagarto ardeu, foi o very-light?' e não vou dizer o resto. O presidente desse clube disse que não pode fazer nada porque foi a própria polícia que disse que a intervenção não podia ser feita", explicou, recordando ainda o caso do adepto italiano assassinado nas imediações do Estádio da Luz, em abril de 2017.

"Temos situações em que um adepto é morto e logo de seguida aquilo que é dito é o que é que estava o adepto ali a fazer. Temos situações de tochas enviadas para cima de crianças e idosos num jogo...", indicou Bruno de Carvalho, sendo imediatamente interrompido pelo moderador do debate, José Manuel Ribeiro (diretor do jornal O Jogo).

Foto César Santos

"A culpa não está do lado de cá, mas naqueles que têm poder para legislar o futebol"

Por Jornal Sporting
03 Abr, 2018

Bruno de Carvalho voltou a defender na Assembleia da República que são precisas medidas para alterar o actual estado do futebol português

"O futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso". A afirmação é de Bill Shankly, um emblemático treinador escocês que fez história em Inglaterra, citado por Ferro Rodrigues na sessão de abertura da conferência 'A violência no desporto', que teve lugar esta terça-feira na Sala do Senado da Assembleia da República. Além da fina ironia e do manifesto exagero, a frase proferida pelo presidente da Assembleia da República contém um fundo de verdade, já que o futebol acaba por ser o último reduto de paixões identitárias que mobilizam multidões para a participação activa na vida de um clube ou até no apoio a uma selecção.

O problema é que a fronteira é ténue, difícil de manter, precisando por isso de ser preservada. Foi este o mote do espaço de reflexão promovido pela Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que contou com a presença de Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting Clube de Portugal, acompanhado por Rui Caeiro, membro do Conselho Directivo, e Nuno Saraiva, director de comunicação.

Já depois de Ferro Rodrigues ter dado o pontapé de saída na ’Casa da Democracia’, referindo ser necessário – através do Parlamento ou do Governo – legislar contra a violência, a corrupção, a fraude, a calúnia, entre outros problemas do sector, João Paulo Rebelo tomou a palavra para se mostrar preocupado com o perigo de alerta para o contágio no desporto em geral. “Violência gera violência”, frisou o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, deixando claro que a “liberdade de expressão não pode ser defendida para que o conflito do ódio se propague”.

Uma visão partilhada por Edite Estrela, que sublinhou que “é tempo de responder aos sinais de alarme”. “O futebol tem um alcance social e económico como nenhum outro. Move emoções, mas a paixão não pode levar à perda da razão e a crimes violentos”, explicou a presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto. Por isso, tal como na política em democracia, o futebol deve ser escrutinável, não podendo viver num Mundo à parte. Aliás, já dizia Nelson Mandela que “o jogo limpo é um valor essencial no desporto”.

Nesse sentido, e tendo em vista o Painel 1, que decorreu com base no tema "A Violência no desporto vista pelas organizações do fenómeno desportivo", Bruno de Carvalho voltou a mostrar a posição do Sporting quanto a um tema urgente, mas recorrente, sob olhar atento de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, presidente da Liga, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Lourenço, presidente do Comité Paralímpico, Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, Carlos Paula Cardoso, presidente da Confederação do Desporto de Portugal, e o moderador António Magalhães, director do jornal Record.

"Ouvi falar que há que conciliar interesses no futebol e fico feliz por o ouvir. É engraçado que não vejo um pacto entre os partidos para chegarmos a coisas tão essenciais como os hospitais, mas os clubes têm de fazer um pacto entre si, o que os partidos não conseguem, e isso sim lesa o bolso dos portugueses. Ouvi também falar em populismo e isso é um fenómeno que cruza o desporto e a política", começou por dizer o líder leonino, lembrando que é preciso 'defender' os adeptos daquilo que considera ser o 'lixo tóxico' que passa constantemente em espaços televisivos e apenas prejudica o desporto-rei.

"A verdade é que os clubes estão a ser o único garante que o futebol tenha adeptos. As pessoas estão cada vez mais agarradas ao seu clube e não ao fenómeno desportivo. A culpa não está do lado de cá, mas do lado de lá, daqueles que têm poder para legislar e mudar algo no futebol", explicou.

Referindo ainda que "não tem interesse nenhum o que diz o presidente A ou o presidente B" e que "não é isso que traz violência para o desporto", Bruno de Carvalho continuou a apontar o dedo aos vários organismos que tutelam o futebol português. "Se queremos tornar a juventude com mais valores temos de começar a ensinar coisas como o que foi de facto o 25 de Abril e os erros do 26, o que é liberdade e libertinagem, o que é ter respeito pelos pais e não ter respeito pelo conceito de família. Quero só lembrar a todos que mais importante do que os jogadores ou os treinadores é que se não houver clubes vocês não se sentam aí, estão aqui a ouvir falar de qualquer coisa que não desporto", rematou.

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