Sporting CP conquista a Liga Placard de basquetebol

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal sagrou-se, esta quarta-feira, Campeã Nacional da modalidade pela nona vez na sua história. 39 anos depois do último título nacional (1981/1982), e menos de dois anos desde o regresso da equipa ao activo, os Leões voltaram a subir ao lugar mais alto do basquetebol português ao vencerem o FC Porto por 86-85 (22-20, 29-27, 17-16 e 18-22) no quinto e último jogo da final da competição.

Foi, assim, a cereja no topo do bolo de um 2020/2021 memorável para o basquetebol verde e branco, que juntou a Liga Placard às duas Taças de Portugal conquistadas na presente temporada (uma delas referente a 2019/2020).

A ansiedade e o nervosismo acabaram por volta das 19h00, quando o jogo teve início no Pavilhão João Rocha. Com 2-2 na eliminatória e com duas grandes equipas na quadra da arena Leonina, toda a Liga se resumia ao duelo que estava prestes a começar. E que começou a todo o gás, com muita intensidade e muitos pontos marcados nos instantes iniciais.

Shakir Smith abriu a contagem para o Sporting CP, o FC Porto empatou e um afundanço de John Fields repôs a vantagem. Micah Downs acertou um lançamento triplo para o 7-4 e, pouco depois, um parcial de 8-0 colocou os dragões a vencer por 11-14.

O Sporting CP voltou a passar para a frente quando Travante Williams facturou da linha dos três pontos, mudando o resultado para 18-17, e um afundanço de João Fernandes em cima da buzina fechou o primeiro quarto em 22-20.

Percebeu-se, ao fim de dez minutos, que ia ser um duelo equilibrado, com vantagens e superioridades de parte a parte. O jogo estava a ser bom - foi mesmo o melhor da final e um dos melhores da temporada - e um triplo de Travante nos primeiros instantes do segundo quarto fez o 25-22 para os Leões. Mas o FC Porto voltou a reagir, desta feita com 11 pontos consecutivos (25-33).

O FC Porto estava muito bem da linha dos três pontos, mas depois foi a vez do Sporting CP fazer o mesmo. Só no segundo quarto, Travante Williams, Micah Downs (duas vezes), Diogo Ventura (duas vezes) e Pedro Catarino acertaram lançamentos triplos e o Sporting CP passou para a frente nos 43-41. A vantagem aumentou ligeiramente ao intervalo, com o resultado a fixar-se nos 51-47. Com 14 pontos até então, Travante Williams estava a ser a figura da partida.

O jogo regressou dos balneários com o equilíbrio habitual, mas menos lançamentos convertidos com sucesso. John Fields deu início à pontuação da segunda parte e, para os 59-53, João Fernandes protagonizou um vistoso afundanço, mas o FC Porto respondeu em força mais uma vez, passando para a frente nos 59-60.

O Sporting CP, no entanto, não deixou os visitantes fugirem no marcador. Os triplos de Travante Williams e Micah Downs voltaram a virar o resultado e o primeiro dos dois norte-americanos fechou mesmo o quarto em 68-63.

A vantagem de cinco pontos era, claro, agradável à entrada para o último quarto, mas nada estava resolvido, como provou o triplo bem-sucedido de Garrett Nevels, do FC Porto, para o 68-66.

Os azuis e brancos apareceram com tudo e conseguiram empatar a partida a 75 pontos e passar para a frente nos 77-78. A vida tornou-se mais complicada para o Sporting CP, principalmente quando a desvantagem passou a ser de seis pontos (78-84).

Os Leões, claro, não desistiram e foram atrás da vitória nos últimos instantes. James Ellisor, Travante Williams e Micah Downs pontuaram e a 42 segundos do final o marcador apontava 83-84, estando tudo em aberto. Jalen Riley acertou um lance livre que fez o 83-85 para o FC Porto e o Sporting CP ficou com 18 segundos para tentar facturar.

E conseguiu. A seis segundos do fim, Shakir Smith penetrou a defesa portista e conseguiu mais dois pontos para o 85-85. Restava um ataque do FC Porto, mas o Sporting CP recuperou a bola e Micah Downs sofreu falta. Lances livres para o camisola 33 com menos de um segundo para jogar e o Leão acertou um deles. O suficiente para vencer o jogo por 86-85 de forma épica e dar o título nacional ao emblema de Alvalade.

A festa, claro, explodiu no Pavilhão João Rocha. 39 anos depois, o Sporting CP é Campeão Nacional de basquetebol.

Sporting CP: Travante Williams (21), Francisco Amiel, John Fields (9), Jorge Embaló, Shakir Smith (6), Diogo Ventura (12), João Fernandes (8), Cláudio Fonseca, Diogo Araújo, Pedro Catarino (3), Micah Downs (16) e James Ellisor [C] (11).

Sporting CP decide título em casa frente ao FC Porto

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebe, nesta quarta-feira (19h00), o FC Porto no jogo 5 – e último – da final do play-off da Liga Placard. Depois da vitória no último jogo na Dragão Arena, os Leões deixaram tudo em aberto e trouxeram a decisão para o Pavilhão João Rocha, onde James Ellisor, capitão verde e branco, admite que a equipa se sente mais confortável.

"Estamos felizes por termos vencido a última partida, agora jogamos em casa, estamos mais calmos e sentimo-nos mais confortáveis na nossa ‘casa’. Ainda assim, vai ser um jogo muito disputado", realçou o norte-americano aos meios de comunicação do Clube, antes de abordar a possibilidade de devolver o título a Alvalade, depois da última conquista em 1982.

"Para mim seria o terceiro campeonato, mas para a maioria dos jogadores pode ser o primeiro. Queremos muito ganhar e agora só pensamos em manter a concentração para amanhã", disse, reforçando a importância do controlo emocional num jogo decisivo.

"Temos de estar concentrados como temos estado ao longo da época, preparados física e mentalmente para qualquer coisa e entrar para dar tudo", acrescentando: "Temos de ser inteligentes, jogar colectivamente e ser nós próprios, no fundo aquilo que temos feito ao longo da época. Assim, conseguiremos vencer".

Luís Magalhães já aponta ao jogo de domingo

Após o desaire (87-73) da equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal perante o FC Porto no terceiro jogo da final dos play-offs da Liga Placard, Luís Magalhães, técnico Leonino, apontou dois aspectos que penalizaram a equipa esta sexta-feira.

"Em termos defensivos, conseguimos numa primeira fase defender bem, mas demos muitas segundas oportunidades, perdendo ressaltos defensivos, o que permitiu que o FC Porto construísse um novo ataque, desgastando-nos e marcando pontos. Depois, a nossa percentagem de lançamento tem estado abaixo daquilo que temos feito, quer nos de um, dois ou três pontos", começou por dizer à Sporting TV, acrescentando: "Esses dois aspectos do jogo estão a desequilibrar os resultados".

No domingo, Leões e dragões voltam a enfrentar-se na Dragão Arena e só a vitória interessa à turma de Alvalade para levar a decisão do título para o Pavilhão João Rocha. Posto isto, Luís Magalhães olha de forma decisiva para esse desafio: "Temos de dar tudo porque queremos sobreviver".

Desaire frente ao FC Porto (87-73) no terceiro jogo

A equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal saiu derrotada, esta sexta-feira, diante do FC Porto por 87-73 no terceiro jogo da final dos play-offs da Liga Placard, disputada à melhor de cinco. Este segundo triunfo azul e branco deixa os Leões – que venceram o primeiro encontro - sem margem de erro, tendo que vencer a próxima partida, já no domingo, de novo na Dragão Arena, para levar a decisão para o último jogo, no Pavilhão João Rocha.

Com Travante Williams, John Fields, Shakir Smith Micah Downs e James Ellisor no cinco inicial, o Sporting CP assumiu a primeira posse e abriu da melhor forma (0-3), com o poste Fields a marcar dois pontos com direito ainda a um lance livre, também convertido. Smith voltaria a dar a dianteira ao Leões, apontando os três lances livres a que teve direito (5-8), mas na resposta Bradley Tinsley atirou de longe para o triplo (8-8) e o equilíbrio tomou conta da partida.

Smith ainda fez o primeiro triplo verde e branco, mas era a intensidade defensiva das duas formações que fazia a diferença (15-15) num início muito disputado. Contudo, o FC Porto subiu de produção no ataque e aproveitou os turnovers Leoninos para cavar uma distância de sete pontos, confirmada pelo lançamento exterior de Vladyslav Voytso (24-17). No fim dos primeiros dez minutos, o marcador registava 26-21.

O reinício teve várias perdas de bola e lançamentos falhados de parte a parte, mas a equipa azul e branca, superior nos ressaltos ofensivos, arrancou um parcial de 5-0, só quebrado pelo duplo acerto de Diogo Ventura a partir da linha de lance livre (31-23). Ainda assim, a turma de Alvalade continuou a sentir muitas dificuldades no ataque – quase quatro minutos sem marcar - e o FC Porto construía uma vantagem cada vez mais robusta (40-24).

Num jogo de nervos, Travante acabaria expulso – mais uma contrariedade para o Sporting CP -, mas Pedro Catarino (triplo) e Diogo Ventura responderam a fechar o primeiro tempo (43-31), procurando uma reacção imperativa para os Leões, que somaram 12 turnovers - o dobro dos do adversário. 

De início, o FC Porto trouxe a mesma eficácia desde a linha de três pontos e não permitia que a turma de Alvalade se aproximasse no resultado (49-33). Depois, o terceiro período foi menos bem jogado e carregado de erros por parte de ambos os conjuntos. Shakir Smith encerraria a ineficácia verde e branca com um triplo, mas Tinsley respondeu na mesma moeda para o 56-40.

A missão apresentava-se espinhosa para a formação Leonina, que, porém, não deixava de lutar para discutir o resultado, tal como o novo triplo de Smith e os três pontos de João Fernandes demonstravam (58-49). O Sporting CP estava de regresso e, sobre a buzina, Smith encontrou Diogo Araújo solto, que atirou "sem espinhas" para o triplo, fixando o 61-54 que deixou tudo em aberto para o último quarto. 

Os lances vistosos e bem-sucedidos de Nevels e Smith prometiam, mas era Araújo quem confirmava o seu bom momento com mais oito pontos, dois deles desde a linha de três (72-66). Se do lado portista a eficácia se mantinha, os Leões respondiam da mesma forma, agora com um triplo de Downs para o 79-69.

No entanto, o tempo corria contra a turma de Alvalade, que já não conseguiria reverter a desvantagem, apesar do esforço final, e 87-73 seria o resultado.

O próximo e decisivo encontro entre dragões e Leões está agendado para este domingo, às 17h00, na Dragão Arena.

Sporting CP: Travante Williams (1), Francisco Amiel, John Fields (10), Jorge Embaló, Shakir Smith (14), Diogo Ventura (10), João Fernandes (10), Cláudio Fonseca, Diogo Araújo (11), Pedro Catarino (5), Micah Downs (12) e James Ellisor [C].

Leões visitam FC Porto na sexta-feira (19h00)

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal visita, esta sexta-feira, o FC Porto para disputar o terceiro jogo da final do play-off da Liga Placard – o primeiro no Dragão Arena.
Com tudo em aberto nas contas da decisão (1-1), Shakir Smith considera que esta partida será "muito importante".

"Este jogo é muito importante. Temos treinado bem, estamos unidos e queremos corrigir os erros que cometemos. Vamos com tudo na sexta-feira", começou por dizer o base norte-americano à Sporting TV, antes de garantir que a equipa está preparada, tanto física como mentalmente.

"Vai ser uma partida difícil, mas é para isto que nos preparámos durante todo o ano. Se continuarmos a lutar, vamos ter sucesso", atirou Smith.

Com o desenrolar da final, o base sublinhou a importância de controlar as emoções e nunca baixar a guarda: "As partidas estão a ficar cada vez mais duras, o título está em jogo, todos queremos vencer e por isso há muitas emoções, mas temos de saber controlar tudo isso e lutar até ao fim", concluiu Shakir Smith.

Reacção ao triunfo sobre o FC Porto na abertura da final

Após a vitória por 74-72 no primeiro jogo da final dos play-offs da Liga Placard de basquetebol, esta sexta-feira, sobre o FC Porto, António Paulo fez a análise ao desafio.

"O Sporting CP lutou pelo jogo quando percebeu que tinha de andar atrás dele. A primeira parte foi boa do nosso lado, com uma boa defesa. Sofrer 14 pontos no primeiro quarto e 12 no segundo é defender muito, muito bem. Entrámos um bocadinho adormecidos no terceiro quarto e fizemos um mau parcial. No último quarto, tínhamos de ter a energia necessária para lutarmos pelo jogo. Conseguimos com o equilíbrio que, necessariamente, o jogo depois teve. Defendemos a última posse de bola e fizemos um bom isolamento para um lançamento com falta na última posse de bola do jogo. O equilíbrio é a nota mais importante deste jogo e vai ser até ao fim", disse o adjunto de Luís Magalhães aos jornalistas no Pavilhão João Rocha.

Para António Paulo, o resto da final vai continuar a ser equilibrada. "Não podia ser de outra forma e para o basquetebol português também não deve ser de outra forma. Hoje foi mesmo na última posse de bola, como se viu. Gostávamos que não fosse assim no próximo, e que ganhássemos, mas temos de estar preparados para que assim aconteça", referiu.

Por fim, o técnico comentou a exibição de Micah Downs, melhor marcador da partida com 27 pontos.

"Foi uma boa exibição que teve o mérito de ter o colectivo por trás. O último lançamento, com falta, não se encontrava se o Travante [Williams], que normalmente faz jogos ofensivos extraordinários, não lhe passasse aquela bola. Uma equipa é isso mesmo, é ser capaz de ter jogadores que, à medida que os jogos vão decorrendo, consigam aparecer enquanto outros estão menos bem. Vemos [a exibição de Micah Downs] com muito agrado e esperamos que, no próximo jogo, ele e outros consigam estar neste nível e nos ajudem a ganhar", desejou.

Basquetebol vence FC Porto e adianta-se na final

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, esta sexta-feira, o FC Porto por 74-72 (17-14, 18-12, 11-24 e 28-22) no primeiro jogo da final do play-off da Liga Placard. Num embate com emoção até ao fim no Pavilhão João Rocha, Micah Downs foi o elemento em maior destaque ao apontar 27 pontos.

O jogo era de resultado imprevisível, como provam as duas vitórias para cada lado nos quatro duelos anteriores em 2020/2021, e o Sporting CP entrou a vencer por 4-0 graças aos dois lançamentos certeiros de James Ellisor. O FC Porto reagiu com um parcial de 7-0, mas os Leões responderam com 11-0, passando o resultado para 15-7. Em destaque, um triplo certeiro de Diogo Ventura.

O FC Porto reagiu ligeiramente nos minutos finais do primeiro quarto e reduziu a desvantagem para três pontos. Na frente por 17-14, o Sporting CP seguiu para o segundo quarto num jogo em que estava particularmente bem nas penetrações.

No recomeço, voltou a ser o Sporting CP a entrar bem, desta feita com um lançamento triplo de Micah Downs. Com alguma naturalidade, os Leões aumentaram a vantagem e dominaram as incidências. O jogo estava com poucos pontos e as defesas superiorizavam-se aos ataques, mas ao intervalo eram os visitados que estavam a ganhar por nove pontos (35-26). Com 11 pontos, Diogo Ventura era o melhor marcador.

O FC Porto reagiu, e de que maneira, no terceiro quarto, recuperando a desvantagem e passando para a frente nos 39-41. Com um parcial de 10-0, os dragões conseguiram mesmo deixar o Sporting CP cinco pontos atrás (39-44) e, mais tarde, dobraram essa diferença (40-50).

A situação não estava fácil para o emblema de Alvalade, mas uma boa ponta final, com triplos de Micah Downs e Shakir Smith, este último de muito longe, deixaram tudo em aberto para os dez minutos finais. O marcador assinalava um 46-50 favorável ao FC Porto.

Nada fazia adivinhar, contudo, o que aconteceria no último quarto. Os triplos começaram a entrar de parte a parte, com especial destaque para Micah Downs. O norte-americano do Sporting CP acertou dois consecutivos, Shakir Smith e Pedro Catarino também facturaram da linha dos três pontos e, com grande mérito, o conjunto de Luís Magalhães passou para a frente (65-64).

O FC Porto não desistiu e deu luta até ao fim, mas um novo triplo de Micah Downs, um afundanço de John Fields e um lançamento certeiro de Travante Williams mantiveram o Sporting CP na disputa pela vitória. Com 72-72 no marcador, os Leões tiveram a última posse de bola e quem resolveu foi... Micah Downs. O camisola 33 conquistou três lances livres a um segundo do fim, acertou dois e falhou propositadamente o último para não permitir o ataque portista e o clássico terminou com 74-72 para os visitados.

Vantagem Sportinguista na final do play-off, com o segundo jogo a acontecer já este domingo, 23 de Maio, novamente no Pavilhão João Rocha.

Sporting CP: Travante Williams (6), Francisco Amiel, John Fields (6), Shakir Smith (11), Jeremias Manjate, Diogo Ventura (11), João Fernandes, Cláudio Fonseca, Diogo Araújo, Pedro Catarino (5), Micah Downs (27) e James Ellisor [C] (8).

Antevisão do primeiro jogo da final dos play-offs de basquetebol

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebe, esta sexta-feira, o FC Porto para o jogo inaugural da final dos play-offs da Liga Placard.

Os Leões vão, assim, tentar ficar em vantagem na derradeira fase do campeonato depois de terem ultrapassado o SL Benfica, na meia-final, por uns claros 3-0 em jogos.

Na antevisão ao duelo contra os dragões, Francisco Amiel explicou que o facto de o jogo ser no Pavilhão João Rocha é uma motivação extra. "Na nossa cabeça somos sempre favoritos. Acabámos a fase regular no primeiro lugar e garantimos o factor casa nos play-offs. Sentimo-nos confortáveis a jogar em casa e esperemos que isso se traduza em vitórias nestes primeiros jogos", começou por dizer o base em declarações à Sporting TV.

Para Francisco Amiel, "o FC Porto é uma equipa muito organizada" e, por isso, vai ser necessário ter concentração máxima durante os quatro quartos. "Vai ser um estilo jogo diferente do SL Benfica. Temos de estar mais concentrados nos 40 minutos. Já tivemos jogos contra o FC Porto em que estivemos bem na grande maioria do jogo e a desconcentração nos minutos finais custou-nos a vitória. Acima de tudo, temos estar concentrados durante 40 minutos, fazermos o que planeamos fazer e sair com a vitória", frisou.

Por fim, o jogador português não escondeu que a equipa quer muito vencer a Liga Placard. "É o nosso objectivo. Foi isso que prometemos fazer quando cá chegámos. Estamos aqui desde Junho, Julho. Tem sido uma época longa e agora é o momento da conquista do título", afirmou.

O Sporting CP vs. FC Porto está marcado para esta sexta-feira, 21 de Maio, às 17h00 no Pavilhão João Rocha.

Técnico feliz por dar continuidade ao bom momento do Clube

Após a vitória na final da Liga Europeia sobre o FC Porto, Paulo Freitas, treinador dos Leões, marcou presença na conferência de imprensa e começou por distribuir o mérito da conquista.

"Toda a estrutura fez um trabalho fantástico desde ontem à noite. Os dois fisioterapeutas, Diogo e Francisco, e a nossa médica, Isabel, trabalharam afincadamente. Os jogadores ainda estavam a ser recuperados às duas, três da manhã. Apetece-me agradecer-lhes pelo trabalho que fizeram e por me terem posto os jogadores disponíveis para hoje. Hoje íamos morrer lá dentro [da pista] para conquistar esta taça. Para além deles, o Ricardo e o João, da minha equipa técnica, têm de me aturar em muitas ocasiões. O secretário técnico, João Alves, o Marco Lopes... Enfim, toda a gente que colabora com esta rapaziada. Há muita gente a trabalhar e a fazer tudo para que eles [jogadores] tenham as melhores condições. As minhas primeiras palavras vão para todo o staff. O que os jogadores fizeram lá dentro é o reflexo do trabalho que gira à volta deles. Já os jogadores reagiram à adversidade como nunca", sublinhou o treinador verde e branco, que enalteceu depois a importância de dar continuidade ao bom momento que o Sporting CP atravessa.

"Percebemos a dimensão do Clube que representamos e temos um orgulho enorme em estar cá, trabalhar cá e desfrutar do Clube. Tínhamos de aproveitar esta onda para podermos capitalizar qualquer coisa", disse.

Depois de rasgados elogios à sua equipa, Paulo Freitas destacou o feito inédito alcançado pelo hóquei em patins Leonino. "A receptividade, o empenho, a alma, a crença, a superação, a ambição e a coragem dos jogadores foram determinantes para podermos dizer que o Sporting Clube de Portugal é Bicampeão Europeu de hóquei em patins. É a primeira equipa portuguesa a fazê-lo e é um enorme orgulho".

Por fim, o técnico justificou que "quem trabalha é recompensado", mas já aponta a novos objectivos depois da conquista europeia.

"O trabalho que todos temos vindo a fazer, caminhando para o mesmo lado, é recompensado com os troféus. Percebemos que nos traz uma responsabilidade enorme. Vamos desfrutar, mas temos de começar a pensar que queremos mais, queremos melhor. Hoje e amanhã vamos desfrutar e a partir de terça-feira temos de estar focados no nosso trabalho porque sábado temos um jogo contra uma grande equipa que nos vai colocar dificuldades", projectando já o segundo jogo da meia-final dos play-offs do Campeonato Nacional frente ao OC Barcelos.

Sporting CP volta a vencer Liga Europeia de hóquei em patins

A equipa principal de hóquei em patins sagrou-se, este domingo, Bicampeã Europeia da modalidade. Os Leões de Paulo Freitas venceram o FC Porto, no Luso, por 3-4 (após prolongamento) na final da Liga Europeia e conquistaram a competição pela segunda vez consecutiva.

Foi o 39.º título europeu da história do Sporting CP e o nono na secção de hóquei em patins - a segunda que mais troféus continentais deu ao Clube, depois do atletismo. No que diz respeito à mais importante prova da Europa, foi a terceira vez que o Sporting CP venceu, juntando 2021 aos anos de 1977 e 2019 (em 2019/2020, não houve vencedor da Liga Europeia).

Numa reedição da final de 2018/2019, que se realizou no Pavilhão João Rocha, Frederico Varandas marcou presença no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Luso e o Sporting CP entrou em pista com Ângelo Girão, Ferran Font, Telmo Pinto, Matías Platero e João Souto. Logo na jogada inicial da partida, Ferran Font tentou o golo e, pouco depois, foi João Souto a dar trabalho ao guarda-redes Xavi Malián.

Contudo, o FC Porto inaugurou o marcador aos quatro minutos num lance em que Ângelo Girão foi traído. Reinaldo García atirou forte e a bola desviou no stick de Rafa, mudando de direcção e acabando no fundo das redes Leoninas. A situação ficou mais complicada no minuto seguinte, quando Matías Platero foi admoestado com o cartão azul. Na conversão do livre directo, Gonçalo Alves foi feliz e aumentou a vantagem dos azuis e brancos.

Apesar do resultado, a superioridade do FC Porto no marcador não era reflexo do que se passava em pista. O jogo estava dividido e até era o Sporting CP a ter mais intervenções perto da baliza adversária. Essa toada continuou, com destaque para as oportunidades de golo de Gonzalo Romero e Toni Pérez.

Finalmente, aos 14 minutos, o conjunto de Paulo Freitas reduziu. A esgotar-se o tempo de ataque, Gonzalo Romero atirou de muito longe e Matías Platero, com um habilidoso desvio, trocou as voltas a Xavi Malián e facturou. 2-1 e desvantagem mínima para o Sporting CP, com tudo a estar em aberto para o que restava do desafio.

Continuou a ser o Sporting CP a equipa com mais vontade de marcar e não pararam as tentativas. Do outro lado, nas raras ocasiões perigosas dos dragões, Ângelo Girão foi estando à altura do que lhe era pedido. Duro foi, ainda assim, o golpe sofrido a dois minutos do intervalo, quando Ferran Font recebeu ordem de expulsão da equipa de arbitragem. O FC Porto teve direito a um livre directo, mas Ângelo Girão foi melhor do que Gonçalo Alves desta vez.

Logo a seguir, Reinaldo García viu cartão azul por falta sobre Gonzalo Romero e as equipas ficaram, ambas, reduzidas a quatro atletas em pista. No livre directo do Sporting CP, porém, Xavi Malián defendeu a tentativa de Gonzalo Romero e o resultado de 2-1 não sofreu alterações até ao intervalo.

O FC Porto apareceu ligeiramente mais interventivo na segunda metade e nos primeiros minutos deu algum trabalho a Ângelo Girão, com uma das bolas a ir mesmo ao ferro verde e branco. Tal atitude não assustou o Sporting CP, que seguiu na sua busca pela reviravolta.

Alessandro Verona teve boas oportunidades no stick aos 28 e 30 minutos e Toni Pérez também ficou a centímetros do golo pouco depois. A 15 minutos dos 50, o FC Porto chegou às dez faltas, mas Alessandro Verona falhou o alvo na conversão do livre directo. A seguir foi Poka a ver o cartão azul do lado do FC Porto, mas Gonzalo Romero também não converteu com sucesso o lance de bola parada.

O Sporting CP, claro, ficou em vantagem numérica e aproveitou-a da melhor forma aos 38 minutos: tiro forte de Gonzalo Romero, defesa de Xavi Malián e a bola sobrou para Toni Pérez, que teve tempo e espaço para fazer o golo do empate. Nos festejos, o camisola 57 dos Leões dedicou o golo a Ferran Font, que se encontrava nas bancadas do pavilhão.

Tudo de volta à estaca zero em termos de resultado, mas o ascendente era claramente Sportinguista. No ataque, continuavam as sucessivas tentativas de bater Xavi Malián, enquanto na defesa era dado muito pouco espaço ao FC Porto para tentar incomodar Ângelo Girão. Pedro Gil, João Souto e Toni Pérez foram protagonistas de algumas chances perigosas, mas o 2-2 prevaleceu mesmo no final do tempo regulamentar. O jogo foi para prolongamento, como havia acontecido na meia-final contra o SL Benfica - que só se decidiu no desempate por grandes penalidades.

O FC Porto começou melhor o prolongamento e enviou duas bolas aos ferros de Ângelo Girão, mas o Sporting CP deu uma resposta de campeão. No terceiro minuto do tempo extra, Telmo Pinto assistiu Toni Pérez e este fez o desvio fatal para o 2-3. Estava consumada a reviravolta verde e branca e, pela primeira vez, eram os Leões a comandar o marcador.

Pouco depois, Reinaldo García viu o cartão azul por um braço na cara de Alessandro Verona. No livre directo, Gonzalo Romero foi eficaz e superior a Xavi Malián, aumentando a vantagem do Sporting CP para dois golos (2-4). O mesmo Gonzalo Romero teve no stick uma grande oportunidade de contra-ataque, mas ao intervalo do prolongamento o resultado estava fixado nos 2-4.

Com uma vantagem preciosa na fase de todas as decisões da final da mais importante competição de clubes da Europa, o Sporting CP entregou-se de corpo e alma ao jogo. Na defesa, os jogadores deram o corpo às balas e fizeram tudo o que conseguiram para impedir que o FC Porto reduzisse. Contudo, aos oito minutos do prolongamento, os dragões beneficiaram de uma grande penalidade e Gonçalo Alves conseguiu a conversão com sucesso (3-4).

Os últimos instantes foram de grandes emoções no Luso. Guillem Cabestany, treinador do FC Porto, viu o cartão vermelho e o Sporting CP teve direito a mais um livre directo, mas, desta vez, Gonzalo Romero não conseguiu marcar. Assim, o emblema de Alvalade ficou com mais um em pista até ao fim e conseguiu segurar a vantagem.

Assim que tocou a buzina, rebentou a festa do Sporting CP no Luso. Mais um título europeu para o Clube, mais uma Liga Europeia para o hóquei.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR], Ferran Font, Telmo Pinto, Pedro Gil [C], Alessandro Verona, Matías Platero, João Souto, Toni Pérez, Gonzalo Romero e Zé Diogo [GR].