Jogo não vai acontecer devido a motivos médicos

O jogo de basquetebol entre Sporting Clube de Portugal e FC Porto, que estava incialmente agendado para as 11h00 deste sábado, 5 de Dezembro, no Pavilhão João Rocha, foi adiado devido a motivos médicos na equipa azul e branca.

Ainda não há nova data para o encontro.

Rui Silva fez a antevisão do clássico com o FC Porto

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebe este sábado o FC Porto para a 11.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1 e Rui Silva quer dar continuidade à série 100% vitoriosa do emblema de Alvalade a nível doméstico. Para isso, contudo, os detalhes vão ser muito importantes.

"Estamos a fazer o nosso trabalho de preparação para este embate. Sabemos que vai ser um jogo extremamente difícil entre duas das melhores equipas do Campeonato e também com os melhores jogadores. Vai ser um jogo decidido nos detalhes, como todos os jogos desta dimensão", começou por dizer o treinador verde e branco aos meios de comunicação Leoninos, explicando depois que o segredo para a vitória vai estar na defesa.

"Acredito seriamente que o vencedor vai ser aquele que tiver a melhor defesa. Vai ser um jogo focado em pormenores defensivos. O FC Porto tem, há algum tempo, um bloco central defensivo muito forte que, muitas vezes, é ajudado pelos seus guarda-redes, mas a verdade é que o Sporting CP tem melhorado muito a questão defensiva ao longo da época. Ainda agora, contra o Vitória FC, fizemos o nosso melhor jogo do ponto de vista defensivo, tendo sofrido o menor número de golos até agora. Temos desenvolvido comportamentos que procuramos há algum tempo e aumentado os nossos indíces de concretização em transição. As equipas vão encaixar uma na outra. Vai ser um jogo extremamente competitivo e muito emotivo, com luta até ao final", frisou.

Rui Silva admitiu que a partida é importante devido ao novo formato da competição, mas garantiu também que nada vai ficar decidido uma vez que há muitos meses de Campeonato pela frente. "O jogo acaba por ser importante porque sabemos que o Campeonato continuar a ser pautado desta forma, o que vai fazer a diferença são os duelos entre os candidatos ao título. Este tipo de Campeonato é uma maratona e ainda estamos no primeiro terço. Não nos adianta ganhar ao FC Porto agora se depois baixarmos a guarda e escorregarmos noutro sítio qualquer. É importante ganharmos porque vamos jogar em casa e porque é o próximo jogo, mas mesmo que as coisas não corram de feição não quer dizer que o Campeonato esteja perdido. (...) É um jogo importante, sim, contra um rival directo, mas não é mais do que isso", referiu.

Sobre os dragões, o técnico reconheceu que se trata de uma equipa rotinada, ainda que tenha valorizado a evolução do Sporting CP. "O FC Porto tem um núcleo forte de jogadores que jogam há muito tempo juntos. Este ciclo, com o Magnus [Andersson] já vai no terceiro ano, pelo que há rotinas de trabalho que estão cimentadas. Têm trabalhado, também, numa base de vitória e também de sucesso a nível internacional. Mas a verdade é que os dois jogos que o Sporting CP fez contra o FC Porto no ano passado foram muito equiparados. No Dragão, podia ter caído para o nosso lado e deu empate. Em nossa casa, não nos correu tão bem a nós e, nos detalhes, caiu para o FC Porto. É verdade que o Sporting CP tem mudado de ciclos mais frequentemente do que o FC Porto, mas isto é um jogo. A motivação está ao rubro nas duas equipas. Todos os atletas querem jogar este tipo de jogos", lembrou Rui Silva antes de lamentar a ausência dos Sportinguistas das bancadas devido à pandemia de COVID-19.

"Tenho pena de não termos os nossos adeptos ao nosso lado. Dão uma magia e uma química diferente ao jogo, mas nos tempos em que vivemos isso não é possível. Vai ser um jogo competitivo e duro para ambas as partes. No final, esperamos ser os vencedores", concluiu.

Sporting CP e FC Porto encontram-se este sábado, 21 de Novembro, pelas 11h00 no Pavilhão João Rocha. O jogo vai ter transmissão em directo na Sporting TV.

Tiago Rocha antes da recepção ao FC Porto

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal defronta este sábado o FC Porto para a 11.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1. Num embate de gigantes que contam por vitórias todos os desafios realizados na prova, o clássico vai fazer com que pelo menos uma das formações perca pontos pela primeira vez e Tiago Rocha, pivô verde e branco, assegurou que o grupo orientado por Rui Silva está pronto para vencer "e para fazer um grande jogo".

"Estamos preparados. Vamos defrontar uma equipa que dispensa apresentações. Sabemos o nível que eles têm apresentado na Liga dos Campeões, mas também estamos bem na Liga Europeia. Estamos preparados para ganhar e para fazer um grande jogo", começou por dizer o internacional português aos meios de comunicação Sportinguistas.

"Todos os jogos têm importância. Não vale de nada ganhar ao FC Porto se depois perdermos com uma equipa supostamente inferior. Mas é em nossa casa e queremos ganhar para continuar nesta série de vitórias que temos alcançado", acrescentou.

Para Tiago Rocha, os dragões são uma equipa que, no passado recente, tem estado em destaque, mas isso não diminui a ambição Leonina. "O FC Porto tem atravessado, nos últimos tempos, uma excelente fase e tem demonstrado isso contra grandes equipas do andebol europeu. Nós também temos mostrado isso e sido competitivos. Por isso, queremos fazer um grande jogo no sábado e ganhar", garantiu.

Para o andebolista, Sporting CP e FC Porto são, provavelmente, os dois conjuntos mais poderosos em Portugal. "Acredito que, se calhar, são as duas equipas mais fortes. O SL Benfica também tem uma excelente equipa, assim como a AA Águas Santas. Mas, se calhar, as duas equipas que vão lutar pelo título vão ser o Sporting CP e o FC Porto", frisou.

Por fim, Tiago Rocha comentou a ausência dos adeptos e prometeu que a equipa vai trabalhar para lhes dedicar o triunfo. "Gostávamos de ter o pavilhão cheio com um ambiente de apoio enorme. Não o podendo ser devido às circunstâncias da pandemia, eles vão-nos apoiar desde casa e nós esperamos oferecer-lhes esta grande vitória", concluiu.

O Sporting CP vs. FC Porto tem início às 11h00 deste sábado, 21 de Novembro, no Pavilhão João Rocha. O duelo vai ter transmissão em directo na Sporting TV.

Rúben Amorim analisou o empate com o FC Porto

Terminado o desafio contra o FC Porto, que acabou com 2-2 no marcador, Rúben Amorim - que foi expulso nos instantes finais da primeira parte - esteve presente na conferência de imprensa e deixou críticas à arbitragem de Luís Godinho.

"Passa muito pela dualidade de critérios. Faço mea culpa porque não devia ter dito o que disse, mas ouço o mesmo todas as semanas e pouco antes ouviu-se pior de outro sítio. Fiquei revoltado com a dualidade de critérios. Aceito a punição, mas o que me revoltou foi a dualidade de critérios", começou por dizer aos jornalistas, comentando depois a exibição verde e branca.

"Foi claro que, tirando alguns minutos da primeira parte, o Sporting CP foi melhor equipa. Devíamos ter ganho o jogo. Falhámos algumas bolas na cara do guarda-redes. Em alguns momentos do jogo, o espaço estava claro e eles não conseguiram entender. Faz parte da inexperiência deles. Mas temos uma equipa de Leões. (...) Foi um empate contra o FC Porto e perdemos dois pontos", frisou Rúben Amorim no Auditório Artur Agostinho.

Sobre o lance em que Pedro Gonçalves sofre falta de Zaidu na área portista, e em que Luís Godinho considerou pontapé de penálti até à intervenção do VAR, Rúben Amorim não tem dúvidas de a decisão não devia ter sido revertida.

"A arbitragem teve influência no resultado. Para mim, é óbvio que é penálti. Temos tido azar com o VAR. No ano passado, houve um lance em Moreira de Cónegos que o Seba [Coates] é agarrado e não há nada. Agora, está um jogador está no ar com um braço nas costas. Vamos falar de intensidade? Para mim, é penálti. Obviamente que fiquei revoltado porque era um momento para a equipa. Era um momento importante no jogo. Mas o jogo foi sempre nosso e os jogadores estão de parabéns", reforçou

Confrontado com as declarações de Sérgio Conceição, que alegou que o Sporting CP devia estar mais feliz com o empate do FC Porto, Rúben Amorim, desvalorizou. "É melhor para toda a gente olhar para o jogo e não para o que se diz à volta. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Parabéns a eles. Perdemos dois pontos, mas senti o grupo desiludido no balneário, o que é bom sinal", contou,

Assegurando que a ausência do banco de suplentes não foi determinante para o desfecho final ("A equipa técnica sabe o que fazer e isso não teve qualquer influência no jogo"), Rúben Amorim explicou ainda que as mudanças de posições durante o desafio foram pensadas.

"Foi trabalhado e, pelo resultado do jogo e pela forma como encostámos o FC Porto à área, viu-se que todos sabiam o que fazer. (...) Mudamos as posições deles nos treinos e não estavam perdidos. Muito pelo contrário", garantiu.

Por fim, Rúben Amorim falou da pressão inerente ao facto de ser treinador do Sporting CP. "Temos de ganhar o próximo jogo porque estamos num Clube de exigência máxima. (...) Sinto uma pressão muito grande porque é assim que temos de viver a nossa profissão. Escolhi o Sporting CP e tenho de estar preparado para isso", afirmou o técnico.

Frederico Varandas depois do empate com o FC Porto

No final do empate (2-2) com o FC Porto, Frederico Varandas criticou fortemente a arbitragem liderada por Luís Godinho, lembrando os erros clamorosos no vermelho directo não mostrado a Zaidu e no penálti - e consequentemente expulsão de Zaidu - por falta sobre Pedro Gonçalves no final da primeira parte.

"Hoje, o Sporting CP está triste porque perdeu dois pontos e acho que o futebol português também deve estar triste porque teima em não mudar. Já vi o lance [do penálti não assinalado por falta sobre Pedro Gonçalves] várias vezes. Este lance nunca seria revertido no Estádio do Dragão ou no Estádio da Luz. O árbitro vê um empurrão nas costas, assinala penálti e depois o VAR começa a analisar se há intensidade suficiente, se é dentro ou fora. O árbitro assinalou penálti. O VAR deve intervir num lance com um erro clamoroso. É subjectivo? É. Para mim, é penálti? É. O jogador está no ar, leva um encosto. Se é pouco ou grande, não sei. É o suficiente, é penálti. Foi marcado, em Alvalade é revertido. Em Tondela, o Doumbia foi pisado, o árbitro, e bem, mostrou cartão directo e o VAR reverteu para amarelo. Em Moreira de Cónegos, um penálti claríssimo que também não foi marcado. São estas coisas que acontecem no futebol português, mas sobretudo ao Sporting CP. Já nem falo da expulsão inerente da falta da grande penalidade. O Zaidu tem de ir para a rua com um pisão que é vermelho directo. É por isto que o futebol português devia estar triste. Portugal tem tudo para ser um país fantástico. Mas infelizmente, para triunfar e vencer só por mérito e trabalho é muito difícil. No futebol, ainda mais. Não interessa se a pessoa foi apanhada em escutas ou se há processos judiciais. Interessa se tem poder, se ganhou ou se venceu. E aí, todos prestam vassalagem. O Sporting CP dá todo o apoio ao presidente da arbitragem, mas já disse que se os soldados não prestam, encostam-se. Muitas vezes, há um denominador comum. O Sporting CP tem valores de que não abdica. Não vamos fazer o que se fazia nem jogar sujo. Se tivermos de gritar alto, gritamos bem alto. Queremos acreditar, vamos continuar e é com estes valores que vamos vencer. Custe o que custar, vamos vencer", disse o presidente Leonino aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho.

Clássico com FC Porto termina com 2-2 no marcador

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu este sábado o FC Porto para a quarta jornada da Liga NOS, tendo empatado a dois golos no Estádio José Alvalade. Nuno Santos, na primeira parte, e Luciano Vietto, já nos minutos finais, foram os autores dos golos Leoninos, com o jogo a ficar marcado por uma decisão de Luís Godinho que pode ter impedido o Sporting CP de vencer o clássico.

Depois de os jogadores do Sporting CP terem entrado em campo com a nova réplica da camisola de Rui Jordão de 1979/1980 que pode ser adquirida na Loja Verde, foi o FC Porto a criar a primeira ocasião de perigo logo no minuto inicial, mas Adán foi o autor de uma boa intervenção. Pouco depois, grande oportunidade de golo para os Leões: bela jogada entre João Palhinha e Jovane Cabral com a bola a acabar nos pés de Matheus Nunes, que, na cara de Marchesín, permitiu a defesa ao guarda-redes adversário.

A ameaça foi um aviso para o que aconteceria logo a seguir, aos nove minutos. A defesa portista aliviou mal um cruzamento de Pedro Porro e a bola sobrou para Nuno Santos. O extremo, de primeira, rematou forte com o pé esquerdo para um grande golo. Desta vez, Marchesín, que ainda tentou, não teve hipótese de evitar o 1-0 para o Sporting CP.

A resposta azul e branca não tardou, com os visitantes a criarem situações perigosas aos 13 e 22 minutos e a empatarem o marcador por intermédio de Uribe aos 25 minutos. O Sporting CP queria voltar a liderar e espalhou mais uma vez o terror pela defesa do FC Porto aos 38 e 43 minutos graças às investidas de Pedro Gonçalves e Nuno Santos, respectivamente, sendo que Pedro Gonçalves voltou a ter uma enorme oportunidade de golo em cima do intervalo, com a bola a passar pouco ao lado.

Ainda assim, foi o FC Porto a consumar a reviravolta no marcador no último minuto do tempo regulamentar com Corona a facturar para o 1-2. Já em tempo de compensação, Pedro Gonçalves foi derrubado por Zaidu na área adversária e o árbitro Luís Godinho assinalou pontapé de penálti e mostrou o segundo cartão amarelo ao jogador dos dragões. Contudo, após consultar as imagens do vídeo-árbitro, o juiz reverteu a decisão de forma errada. No seguimento do lance, Rúben Amorim foi expulso.

O ritmo baixou na segunda parte, assim como as oportunidades de golo. Nuno Mendes e Pedro Gonçalves foram os primeiros a tentar voltar a empatar o resultado, mas os remates efectuados nos primeiros minutos do segundo tempo falharam o alvo. Aos 64 minutos, Adán defendeu com segurança um livre directo do FC Porto.

Pedro Porro assustou o adversário a cerca de 15 minutos do final quando, com um remate cruzado, fez a bola passar a centímetros do poste da baliza de Marchesín. Pouco depois, entrou em campo João Mário para o lugar de Matheus Nunes, realizando assim o primeiro jogo desde o regresso ao Sporting CP. Já nos dez minutos finais, João Palhinha atirou ao lado.

O Sporting CP era a única equipa a tentar voltar a marcar e acabou por consegui-lo aos 88 minutos. Na raça, a bola foi ter com Pedro Gonçalves, que por sua vez assistiu Andraž Šporar na perfeição. O avançado, que havia entrado para o lugar de Pedro Porro, atirou de forma habilidosa para defesa de Marchesín, mas Luciano Vietto - que tinha entrado aos 56 minutos para o posto de Jovane Cabral - estava lá para a recarga, colocando a bola no fundo das redes. 2-2 e mais justiça no marcador.

Até ao final, destaque para o cabeceamento de Vietto que podia ter significado o triunfo Leonino, para o livre perigoso de João Mário já em tempo adicional e para uma ocasião perigosa do FC Porto. No entanto, o 2-2 prevaleceu e as duas equipas dividiram os pontos em Alvalade.

Na próxima jornada, o Sporting CP visita o CD Santa Clara.

Sporting CP: António Adán [GR], Pedro Porro (Andraž Šporar, 77'), Luís Neto (Gonzalo Plata, 62'), Sebastián Coates [C], Zouhair Feddal, João Palhinha, Matheus Nunes (João Mário, 77'), Pedro Gonçalves, Nuno Santos (Tiago Tomás, 62') e Jovane Cabral (Luciano Vietto, 56').

Declarações de Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo

Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal, esteve presente no Pavilhão Multiusos de Odivelas e acompanhou a conquista da Taça de Portugal 2019/2020 de basquetebol graças à vitória sobre o FC Porto por 78-87. No final, e com alguma emoção, o dirigente começou por congratular os jogadores que deixaram Alvalade, mas que foram importantes para esta conquista.

"Estamos todos de parabéns 40 anos depois. Tinha nove anos quando ganhámos a última Taça. Ainda vinha de mão dada com o meu pai assistir aos jogos. Este momento é maravilhoso, assim como esta equipa. Dou os parabéns ao Ty Toney, ao Brandon Nazione, ao Abdul-Malik Abu e ao André Cruz, que já não estão aqui connosco, mas que foram fundamentais [para a conquista da Taça de Portugal] Também eles estão de parabéns", começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos, continuando com elogios à estrutura e ao plantel.

"Tenho de dar os parabéns à estrutura do basquetebol. Desde que entraram que têm tido dedicação, ambição, crer, intensidade e, acima de tudo, paixão pelo Clube. Nem todos temos o orgulho de nascer do Sporting CP, mas a partir do momento em que se entra neste Clube tem de se sentir Sporting CP. Aqui temos a vantagem de ter uma estrutura que já sentia o Sporting CP. Merecem tudo. Depois, a atitude da equipa é impressionante. Têm uma grande vontade de vencer", garantiu.

Miguel Afonso não esqueceu também nomes importantes para o regresso do basquetebol sénior masculino ao Sporting CP. "Aproveito para dar uma palavra a Juvenal Carvalho e Edgar Vital. São exemplos claros de que vale a pena acreditar e sonhar. Foram homens que, durante décadas, sonharam e lutaram por este regresso. Um grande abraço para ambos. São Leões de que todos nos orgulhamos e foram muito importantes para estarmos hoje aqui. Depois, penso também no professor Hermínio Barreto. Para ele, um grande abraço sentido", enviou.

"As gerações abaixo da minha viram hoje pela primeira vez o Sporting CP ganhar no basquetebol e estão, seguramente felizes. As gerações a partir da minha tiveram, hoje, um dia de enorme nostalgia. Voltámos todos ao nosso tempo de meninos em que víamos o Sporting CP a ganhar títulos de basquetebol. É um momento fantástico, estou muito feliz pelo Sporting CP", disse ainda.

Por fim, Miguel Afonso dirigiu-se aos Sócios e adeptos do Sporting CP. "Dedico esta vitória a toda a família Sportinguista, a todos os verdadeiros Sportinguistas. Independentemente daquilo que defendemos, das nossas convicções e da forma como pensamos, os verdadeiros Sportinguistas querem é isto: um Sporting CP feliz e vitorioso. (...) Uma nota final para todos aqueles que na época passada acompanharam o Sporting CP sentindo que a equipa podia chegar lá. Só não chegou pelas razões que nós sabemos. E a todos aqueles que, semanalmente, vão ao Pavilhão João Rocha apoiar esta equipa. Merecem tudo e é uma dor não terem podido estar aqui hoje, mas a equipa soube que estavam todos em casa a torcer pela vitória. Viva o Sporting CP, que é o que mais importa", concluiu.

Luís Magalhães feliz após a conquista da Taça de Portugal

No final do triunfo por 78-87 sobre o FC Porto na final da Taça de Portugal, Luís Magalhães era um treinador feliz com a prestação da equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal. O técnico deixou vários agradecimentos, incluindo a Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo dos Leões, e dedicatórias.

"A organização desta final four da Taça de Portugal correu muito bem. Todo o staff foi excelente. Estava sempre disponível para ajudar as equipas. Agradeço ainda ao presidente Frederico Varandas e dedico-lhe a vitória pelo facto de, quer ontem, quer hoje, ter estado connosco e ter dado a força que nos ajudou a vencer a Taça de Portugal. Dedico também a todos os Sportinguistas, naturalmente, que há muitas anos que não tinham basquetebol. Agradeço todo o apoio dos Sportinguistas, que me deram a maior força quando estive doente e, agora, na final da Taça. E, principalmente, aos jogadores, que são excelentes profissionais e, mais do que ninguém, mereceram esta vitória", começou por dizer aos jornalistas na conferência de imprensa, continuando.

"É um sentimento de alegria, de concretização de um objectivo. É a minha quarta ou quinta Taça como treinador e o quarto clube onde a ganho. A equipa do FC Porto é muito forte e dignifica muito a vitória do Sporting CP. E ontem o Vitória SC também nos criou problemas", explicou.

Luís Magalhães fez ainda a análise ao encontro. "Optámos por uma defesa mista porque o que tínhamos preparado não estava a resultar. Arriscámos e fomos felizes. A vida dos treinadores é assim: por vezes têm sucesso, outras não. Em termos defensivos, atrapalhámos o FC Porto e, em termos ofensivos, fomo-nos soltando. Os jogadores souberam gerir o jogo e são uns dignos vencedores, trabalham que se fartam e são excelentes profissionais", referiu o treinador que destacou "o desempenho do colectivo".

Por fim, Luís Magalhães comentou a ausência de público. "Este jogo merece público e televisão porque foi um jogo bem jogado. Duas equipas que apresentaram um bom basquetebol com boas defesas, boas jogadas vistosas e grandes lances tácticos. Isso enriquece o jogo. Se o público pode ir a um concerto, porque não pode ir ao basquetebol? Vamos esperar que isto passe depressa", finalizou antes de ser surpreendido pelos jogadores na sala de conferências de imprensa.

John Fields, eleito o MVP (jogador mais valioso) da final, também falou e admitiu que podia partilhar o galardão com dois colegas de equipa. "O mais importante foi ganhar o troféu. A equipa acertou vários lançamentos importantes. Podia partilhar o prémio de MVP com o James [Ellisor] e com o [Francisco] Amiel, que estiveram em grande nível. Somos como uma família, adoro", contou em declarações aos meios de comunicação do Sporting CP.

O poste norte-americano, que somou 18 pontos e 13 ressaltos contra o FC Porto, não escondeu também o orgulho por pertencer à equipa Leonina que conquistou a primeira Taça de Portugal desde 1979/1980. "O sentimento de ser a primeira equipa do Sporting CP vencer este troféu em 40 anos é muito bom. É especial porque entrámos na história", lembrou.

Basquetebol conquista primeiro título desde o regresso

A equipa de basquetebol conquistou esta quinta-feira a Taça de Portugal referente a 2019/2020 ao derrotar o FC Porto por 78-87 na final que se realizou no Pavilhão Multiusos de Odivelas. Foi a sexta Taça de Portugal dos Leões na modalidade e o primeiro troféu desde o regresso do escalão sénior masculino em 2019.

Shakir Smith, James Ellisor, Travante Williams, João Fernandes e John Fields iniciaram a partida de verde e branco, mas foi o FC Porto a entrar melhor e a conseguir uma vantagem de sete pontos (11-4). Muito fortes da linha dos três pontos, os dragões, não conseguiram, contudo, evitar uma boa recuperação Leonina, com o Sporting CP a reduzir a diferença para apenas um ponto (25-24). Ainda assim, o resultado era 27-24 no final dos dez minutos iniciais.

Segundo período e nova boa entrada do FC Porto, que, mais uma vez com vários triplos, chegou aos 34-28. O emblema de Alvalade, com John Fields em grande plano - foi o autor de um afundanço fenomenal para o 39-35 -, voltou a recuperar até chegar ao empate graças ao lançamento triplo bem sucedido de Jalen Henry (41-41). Mas, mais uma vez, o FC Porto adiantou-se nos instantes finais e chegou ao intervalo a vencer por 44-42.

O terceiro quarto foi decisivo, com o Sporting CP a apresentar-se em grande nível e a exibir toda a sua qualidade. Com um James Ellisor inspirado, o conjunto de Luís Magalhães passou para a frente do marcador aos 48-50.

Melhor na defesa, com muitas bolas conquistadas ao FC Porto, e no ataque, com maior sabedoria e eficácia, o Sporting CP chegou aos sete pontos de vantagem (51-58) depois dos triplos de James Ellisor e João Fernandes. O norte-americano fechou mesmo o período em 53-60 (9-18 nos dez minutos).

Quarto período e novamente o Sporting CP muito bem. James Ellisor e Francisco Amiel iam aterrorizando a defesa adversária e a vantagem foi aumentando até aos 12 pontos (64-76), a maior da partida. O FC Porto não entregou a Taça de Portugal de bandeja e ainda lutou, mas a vitória sorriu mesmo à turma verde e branca por 78-87. Com 24 pontos, James Ellisor foi o melhor marcador do desafio, sendo que John Fields (18 pontos e 13 ressaltos) foi eleito MVP.

No final, grande festa em Odivelas por parte do Sporting CP, justo vencedor da Taça de Portugal. Várias décadas depois, o basquetebol sénior masculino do Clube volta a adicionar títulos ao palmarés da maior potência desportiva nacional.

Sporting CP: Travante Williams (11), Francisco Amiel (10), John Fields (18), Shakir Smith (1), Jeremias Manjate, Diogo Ventura (6), João Fernandes (8), Cláudio Fonseca, Diogo Araújo (2), Pedro Catarino (2), Jalen Henry (5) e James Ellisor [C] (24).

Reacção à partida frente ao FC Porto

No rescaldo do encontro frente ao FC Porto, o treinador da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal, Thierry Anti, mostrou-se insatisfeito com a exibição dos Leões.

“Neste momento da época não estamos tão bem, estamos a ter alguns problemas. Muitos jogadores estão cansados. Nos últimos 15 minutos não encontrámos boas soluções no ataque e talvez tenha sido por esse motivo. Não estamos a jogar ao nosso melhor nível e, por vezes, os movimentos que treinamos há muito tempo não saem. Para vencermos o FC Porto temos de nos mexer mais na defesa”, começou por dizer.

“Alguns dos remates que fizemos não deviam ter acontecido. Começámos bem a partida, com uma boa intensidade. Claro que fizemos alguns golos no contra-ataque, mas não sei porque no final da primeira parte alguns jogadores mudaram as suas decisões. Fiquei um pouco chateado porque nos momentos decisivos dos grandes jogos alguns jogadores não conseguem seguir a estratégia que estava delineada. Cometer tantos erros neste momento não é normal. (…) Espero que possamos voltar a ter uma boa dinâmica”, afirmou.

Por fim, Thierry Anti admitiu que “o FC Porto foi a equipa mais forte” e recordou a exigência dos dois jogos frente ao CS Dinamo Bucareste.

“Não podemos marcar em todos os ataques, mas não estávamos assim tão mal. Perdemos muitas bolas, mas numa época tens alguns momentos bons e outros maus. Tivemos dois jogos muito difíceis em pouco tempo e apenas um dia para preparar este jogo. Não temos o Pedro Valdés, não sabia se o Luís Frade estaria apto para jogar até esta tarde e ele consegue colocar muita pressão na defesa adversária. Precisamos de mais soluções na defesa e o Carlos Ruesga, tal como outros, não está num bom momento. Ainda assim, foi apenas um jogo contra uma equipa bastante sólida. Têm maior rotação e uma defesa muito forte nos duelos individuais”, concluiu.