Reviravolta encarnada dissipou forte início na Luz (3-1)

No primeiro jogo da final dos play-offs da Liga, a equipa masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal perdeu, esta sexta-feira, em casa do SL Benfica por 3-1, partindo em desvantagem na discussão pelo título.

Um duelo que podia ter tido uma história bem diferente, se os Leões de João Coelho tivessem aproveitado o excelente arranque para chegar ao 0-2 em sets, mas a reviravolta encarnada começou aí e mudou o jogo.

O próximo dérbi está agendado para o dia 26 de Abril, desta feita com o Pavilhão João Rocha como palco, onde os Leões vão à procura de empatar a série.

Até esta fase da temporada, o histórico dos dérbis sorria ao Sporting CP: três vitórias em quatro jogos eram bons indicadores, duas das quais valeram títulos (Supertaça e Supertaça Ibérica) e a outra conquistada na Luz. Por outro lado, o SL Benfica tinha vencido o último confronto, em Fevereiro, e chegava ao dérbi ainda sem qualquer derrota em 2025.

Na Luz, entraram por cima os Leões, mostrando de imediato o seu ‘poder de fogo’ e inteligência junto à rede – Edson Valencia e Martin Licek em destaque – para assumirem uma vantagem inicial de 3-8. Depois, emergiu também Jan Galabov e a diferença aumentou até aos sete pontos (9-16) – espelho da superioridade verde e branca a abrir.

Com persistência e algum sucesso, a réplica encarnada - com força no serviço – ainda apareceu para deixar tudo pela margem mínima (19-20), porém o Sporting CP manteve a solidez e não cedeu na liderança. Com Valencia e Galabov assumirem o protagonismo no ataque, os Leões voltaram a distanciar-se (19-22 e 20-23) e Licek permitiu o set point que Jonas Aguenier confirmou com o 21-25, lançando os comandados de João Coelho na Luz.

O SL Benfica chegou à vantagem pela primeira vez no jogo já no segundo parcial, graças à potência de Pablo no serviço (7-5), mas o Sporting CP lidou melhor com a fase errática – e com mais paragens – em que o dérbi entrou e voltou ao comando a partir do 11-13. E por lá se manteve, ora com um, ora com dois pontos de vantagem, até à recta final do parcial, onde chegou a liderar por 20-22 e 21-23, mas tudo ruiu.

Desta vez, os Leões não conseguiram dar o passo em frente, as águias cresceram e com uma reviravolta de ‘última hora’ conquistaram um set moralizador (25-23) para deixar tudo empatado.

Mudou, também, o ímpeto da partida, que passou a ser liderada pelo SL Benfica no terceiro parcial (10-7), mas sem que os Leões se ‘desligassem’ da discussão (16-14 e 20-18).

Mesmo quando parecia que as coisas não estavam a sair, foi com esforço constante que o Sporting CP respondeu, o que serviu para aumentar a incerteza final, mas não permitiu ir mais além. João Coelho mexeu – entraram Armando Velásquez e Vinícius Lersch – e Licek ainda acalentou a esperança verde e branca ao forçar dois empates consecutivos (21-21 e 22-22), porém novamente as águias levaram a melhor (25-22).

Uma nova ‘machadada’ que castigou e pesou na equipa Leonina, a qual voltou a ser obrigada a correr atrás do prejuízo no quarto parcial (11-6), diante de um SL Benfica cada vez mais confiante (15-9).

A equipa do Sporting CP, mesmo assim, entregou-se até ao fim, encurtando a diferença (19-17), mas de novo sem conseguir voltar a discutir a frente do marcador. Feito o 25-20 e respectivo 3-1, os Leões de João Coelho começam a final em desvantagem, mas agora a discussão segue para o Pavilhão João Rocha.

Sporting CP: Tiago Pereira [C], Jan Galabov (7), Vinícius Lersch (1), Kelton Tavares (11), Edson Valencia (18), Yurii Synytsia (1), Martin Licek (13), Gonçalo Sousa [L], Tiago Barth, Jonas Aguenier (9), Breno Nascimento, Armando Velásquez, Nicolas Perren [L], Alejandro Vigil

Sábado há dérbi de basquetebol no Pavilhão João Rocha

A equipa masculina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebe, este sábado (15h00), o SL Benfica para disputar a partida da 21.ª e penúltima jornada da fase regular da Liga.

Em declarações aos meios de comunicação Leoninos, Cat Barber, base verde e branco, fez a antevisão do dérbi, dando conta da preparação que tem sido levada a cabo.

"Temos treinado bem e estamos preparados para um jogo físico", alertou, sem esconder as dificuldades esperadas frente às águias, que lideram a classificação com 39 pontos, enquanto o Sporting CP é terceiro com 34.

"É uma equipa difícil, sabemos do que são capazes, mas se entrarmos bem e concentrados temos boas hipóteses de ganhar", projectou Cat Barber, sem esquecer a importância de fazer valer o factor 'casa' e, por isso, deixou um apelo aos Sportinguistas.

"Venham apoiar-nos e ajudar-nos porque nós vamos dar o nosso melhor", sublinhou o norte-americano de 30 anos.

Treinador reagiu à conquista em conferência de imprensa

Após a vitória por 4-3 sobre o SL Benfica na final da Taça de Portugal e a festa na quadra partilhada com os adeptos, Nuno Dias, treinador a equipa de futsal do Sporting CP respondeu às perguntas dos jornalistas em conferência de imprensa.

Entre outros temas, o técnico abordou a exibição em crescendo da sua equipa, as dificuldades do início e a forma como conseguiram sair a vencer para o intervalo (2-1), a vontade intacta de continuar a vencer que norteia o grupo e, ainda, os elogios ao apoio sentido graças aos muitos Sportinguistas presentes em Matosinhos.

As dificuldades iniciais e a estratégia com os guarda-redes
“Nos primeiros dez minutos, o SL Benfica foi superior, criou perigo e não nos deixou jogar. Nós não tivemos muitas chances para subir com o Henrique e tínhamos falado com ele e o Bernardo que por estratégia e pelas suas características – um mais calmo e de passe, e outro mais agressivo a atacar o espaço – durante o jogo íamos alterando na baliza. Acabamos por ter conseguido, com essa alteração, que numa subida do Bernardo fizéssemos o 1-1. Depois, crescemos, criamos perigo, fomos mais agressivos e acabámos por melhorar bastante durante a primeira parte e, com alguma felicidade, passámos para a frente a dois segundos do fim”.

A importância (relativa) da reviravolta a fechar a primeira parte
“Foi importante ir a vencer para o intervalo, mas, no futsal, a emoção do jogo tem que ver com o perigo constante nas balizas. A probabilidade de o resultado alterar-se é grande. É sempre importante estar em vantagem, mas era curta”.

Um Sporting CP melhor na segunda parte e um “resultado justo”
“Sabíamos que o SL Benfica queria melhorar, mas nós entramos com a postura certa e acho que na segunda parte fomos melhores. O jogo continuou equilibrado, mas as melhores oportunidades foram nossas e soubemos entender melhor o que o jogo estava a pedir, e o SL Benfica travou-nos muitas vezes em falta, muitas mais do que as que foram assinaladas. Acho que o resultado é justo e é mais uma conquista brilhante de um grupo de trabalho extraordinário e de quem me orgulho muito de pertencer e liderar”.

As melhorias e o mérito em dar a volta ao dérbi
“O SL Benfica não nos deixou jogar e teve mérito. É uma equipa agressiva, rouba bolas e espaço e nós não conseguimos jogar. O nosso mérito foi dar a volta a uma situação que estava estranha para nós. Conseguimos, aos poucos, perceber o que era importante fazer: encurtar distâncias, jogar mais rápido, ser mais vertical quando a bola entrava no pivô. Tínhamos de andar para a frente. Melhorámos e acabamos por fazer um bom resultado e conquistar mais um troféu”.

Continuar a vencer apesar das adversidades
“A quantidade de lesões que temos tido, jogadores limitados, os reforços de Janeiro e um certificado que demorou a chegar, a saída do Tatinho… Dava uma série de categoria. É nas dificuldades que temos vivido que se fazem as grandes equipas. Muitas vezes cheguei ao treino e não sabia quantos elementos tinha para treinar. Felizmente a nossa equipa de sub-19 – e parabéns à selecção por ter conseguido o apuramento para o Europeu – com o Leonildo, o Renato e outros, têm-nos ajudado e feito com que os treinos rendam. Tem sido uma época extraordinária e as dificuldades só nos fazem crescer, estar mais unidos e estar mais fortes”.

A vontade incessante de vencer títulos
“Estamos a ajudar o Sporting CP a ter mais troféus, isso é o mais importante. O que conta é a forma como ajudo um grupo que é de vencedores e não se cansa de ganhar. Com tantos troféus, esta equipa continua com fome de títulos. Para mim, este é como se fosse o primeiro e fico com a sensação que cada vez é mais duro e exigente. No fim, é um desabar de emoções por alcançar mais um objectivo”.

Elogios ao apoio dos Sportinguistas presentes
“Seja onde for, os nossos adeptos estão sempre presentes e a ajudar-nos. Muito. Às vezes parece um cliché e repetitivo, mas ajudam-nos muito. Transmitem uma alma para a equipa que ajuda a superar-nos”.

Reviravolta sobre o SL Benfica na final (4-3) deu décima Taça de Portugal

A equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal conquistou, este domingo à noite, a Taça de Portugal ao ter derrotado o SL Benfica por 4-3 na final, disputada num lotado Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Os golos foram apontados por Zicky Té, Tomás Paçó (dois) e Alex Merlim.

Depois de ter perdido as finais das últimas duas edições, à terceira tentativa foi de vez e voltou a ficar com a prova-rainha, a décima do seu palmarés – não a vencia desde 2021/2022, então tinha sido a quarta consecutiva. Desta forma, o Leão volta a reinar na prova-rainha, onde se destacou de novo como o clube mais titulado.

Neste terceiro dérbi da época, o primeiro com um título em discussão, Nuno Dias introduziu Rocha na ficha de jogo no lugar do suspenso Wesley (expulso na meia-final) e apostou de início em Henrique Rafagnin, Tomás Paçó, Alex Merlim, Taynan e Zicky Té - Gonçalo Portugal e Bruno Dias ficaram fora das opções, tal como o lesionado Allan Guilherme.

Mais pressionantes sem bola e objectivos com ela, as águias entraram por cima e deixaram várias e sérias ameaças logo nos primeiros minutos, mas Henrique Rafagnin brilhou e opôs-se a todas elas. Arthur, André Coelho e Jacaré foram os primeiros a testar os reflexos do brasileiro, que com duas ‘manchas’, mais tarde, ainda negou dois golos certos a Carlos Monteiro e Lúcio Rocha e prolongou o nulo.

Quase a meio do primeiro tempo, os Leões soltaram-se mais e esboçaram uma reacção ao conseguir algumas aproximações à área encarnada, mas nada saiu bem em termos de definição. Pouco depois, Merlim e Rocha, com remates de longe, colocaram Léo Gugiel em sentido, mas o SL Benfica aproveitou uma bola parada para inaugurar o marcador do dérbi. De livre directo, em zona frontal, André Coelho atirou a contar aos 14 minutos.

O empate Leonino até podia ter sido imediato, mas nem Tomás Paçó – falhou o desvio final a uma bola de Bernardo Paçó -, nem Zicky – atirou ligeiramente ao lado – tiveram pontaria. Ainda assim, quando a eficácia verde e branca chegou foi em força e para virar o dérbi de pernas para o ar com uma reviravolta a fechar a primeira parte.

Depois de Bernardo Paçó já ter levado a melhor num cara-a-cara com Lúcio Rocha, voltou a incorporar-se com qualidade ao ataque e, desta vez, a sua bola colocada na área encontrou resposta à altura: Zicky, com classe, desviou para o fundo das redes para o empate a pouco mais de um minuto para o intervalo.

Tempo suficiente para os Leões atearem de novo a festa na bancada Sportinguista ao tomarem conta da liderança do marcador. Novamente, tudo começou no jovem guardião e, sempre de bola no ar, Taynan e Sokolov desenharam a jogada que culminou no remate fulminante de Tomás Paçó na área para o golo do 2-1, conseguido a dois segundos da buzina.

Reatada a final, Bernardo Paçó fechou a baliza perante Arthur logo a abrir e o equilíbrio reinou, com o Sporting CP a conseguir contrariar as intenções adversárias e sendo progressivamente até mais ameaçador no ataque. E voltaram os golos – em catadupa – ao dérbi.

Afonso Jesus, primeiro, ainda tirou à última hora um golo certo a Taynan, mas no canto que se seguiu Tomás Paçó confirmou o 3-1 de cabeça. A resposta das águias até foi imediata, graças a um simples desvio de Arthur na área para reduzir a desvantagem, mas com igual eficácia e prontidão - e um toque de magia - reagiu também o Sporting CP.

A partir da esquerda, o ‘mago’ Merlim atirou rematou cruzado e em força para o 4-2 que deixou os Leões mais perto do troféu e obrigou o rival a esforços redobrados.

O SL Benfica apostou em Diego Nunes como guarda-redes avançado para os derradeiros minutos e essa foi a receita que valeu o 4-3, que, no entanto, chegou a escassos quatro segundos do fim. Foi férrea a fortaleza defensiva Leonina e, soada a buzina, a festa em Matosinhos pintou-se de verde e branco.

Pouco mais de um mês depois da conquista da Taça da Liga, os Leões de Nuno Dias juntam mais uma Taça de Portugal ao palmarés e continuam a só saber vencer nos últimos 14 jogos.

Sporting CP: Tomás Paçó, Zicky Té, Diogo Santos, João Matos [C], Pauleta, Anton Sokolov, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Alex Merlim, Taynan, Rocha, Rúben Freire, Henrique Rafagnin [GR]

João Matos também lançou o dérbi na final da Taça de Portugal

Domingo é dia de decisões. No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal enfrenta o SL Benfica para discutir a final da Taça de Portugal. O pontapé de saída está marcado para as 20h00.

Na véspera, o treinador Nuno Dias e o capitão João Matos fizeram a antevisão do lado Leonino para lançar o terceiro dérbi da época, o primeiro com um título em discussão.

Questionado inicialmente sobre a polémica expulsão de Wesley na meia-final, que o retira do jogo decisivo, o treinador verde e branco referiu que não ia "voltar a mexer no tema" e apontou o foco para os jogadores disponíveis. "Os que jogarem vão estar prontos para dar o máximo, como o jogo exige", assegurou Nuno Dias.

Depois, instado a recordar o último dérbi, vencido pelos Leões na meia-final da Taça da Liga (1-5), considerou que "em grande parte do tempo" o Sporting CP conseguiu contrariar as subidas do guarda-redes Léo Gugiel, mas não ficam por aí os pontos fortes das águias, alertou também.

"Com tanta qualidade que o SL Benfica tem, individual e colectiva, há muitos aspectos fortes e não conseguiremos anular todos", realçou, indo de seguida ao detalhe. "O SL Benfica está a fazer muito bem o jogo dos pivôs, que têm feito a diferença quase sempre, ainda no último jogo, principalmente com o Higor", destacou, além de sublinhar "as situações de 1v1 com o Diego ou o Arthur nas alas e o Lúcio na outra".

E João Matos, que perspectivou um jogo "intenso, competitivo e extremamente difícil", também frisou a qualidade do adversário. "O SL Benfica tem feito uma excelente campanha na Taça de Portugal, já eliminou as equipas que estão em terceiro [SC Braga] e quarto [CR Leões de Porto Salvo] na Liga e está em boa forma", elogiou.

Apesar disso, o experiente fixo do Sporting CP garantiu que a equipa identificou "perfeitamente" os aspectos "em que o SL Benfica está forte". "Agora, estamos focados nos 40 minutos. Sabemos que, ao mínimo erro, o adversário pode aproveitar e pode sair caro num jogo com esta importância", acrescentou.

Além disso, João Matos realçou que mais importante do que o sucesso Leonino nos últimos dérbis, "o que importa é estar concentrado, com melhor atitude, mais competitivos", enumerou, porque "cada jogo tem a sua história", e em especial um dérbi.

"Mexe com emoções diferentes, é uma rivalidade, isso é inevitável, mas o que está para trás fica lá. Quem vem de maus momentos pode motivar-se para demonstrar valor e quem está bem quer continuar assim", apontou.

Dérbi em casa inicia fase final do Campeonato (sábado, 15h00)

Avizinha-se a fase de todas as decisões. A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebe o SL Benfica, este sábado (15h00), para disputar a primeira jornada do grupo A da fase final do Campeonato Nacional.

Novamente no Pavilhão João Rocha, Leões e águias voltam a medir forças apenas uma semana depois do dérbi da Taça de Portugal vencido pelos comandados de Ricardo Costa (41-36).

"O SL Benfica está a jogar melhor, tem jogadores muito bons, sabemos isso, mas também nos conhecemos bem. Temos de enfrentar o jogo ainda melhor do que fizemos na Taça", começou por dizer o central Natán Suárez, em antevisão feita aos meios de comunicação Leoninos.

"Queremos voltar a ser campeões e precisamos do apoio de todos os adeptos para continuar no primeiro lugar que conseguimos na primeira fase", acrescentou o espanhol de 27 anos. Para esta nova fase, o Sporting CP parte na liderança com 32 pontos, os mesmos que o FC Porto, seguindo-se SL Benfica (30) e CS Marítimo (26) – as quatro equipas que vão discutir o título.

De seguida, Natán Suárez não escondeu que, nesta semana de trabalho, o grupo olhou para o último dérbi, embora tenha realçado que "faltaram alguns jogadores importantes do SL Benfica, como o central [Egon] Hanusz”. “Nós temos de trabalhar o ataque da mesma maneira", apontou, porque os Leões só têm uma coisa no pensamento: "Acima de tudo, ganhar".

"O jogo pode ser difícil, dentro de cada jogo há muitos jogos e nós temos de controlar e ganhar, seja de um, de dois ou de dez, porque é igual. O importante é ficar com os três pontos em casa", reforçou.

E o factor casa tem sido uma mais-valia constante para a equipa verde e branca. "É uma motivação extra", destacou o central, reconhecendo que quando o Pavilhão João Rocha esgota é sempre motivo de conversa entre o plantel. "Oxalá o Pavilhão esteja cheio outra vez", apelou, por fim, já com os olhos postos na primeira jornada da fase final.

Dérbi de sub-15 na Academia este sábado (11h00)

A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, este sábado de manhã, o SL Benfica no jogo da quarta jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional do escalão.

Os jovens Leões chegam ao dérbi após a primeira derrota nesta nova fase (FC Alverca 3-2), depois de duas vitórias a abrir, e agora a vontade da equipa passa por voltar a “elevar” o nível, garantiu o treinador António Cruz na antevisão.

"Iniciamos esta nova fase com duas boas exibições, mas na terceira [jornada] realmente não estivemos no nosso melhor", considerou, acrescentando: "Temos de voltar a jogar com os nossos princípios, a nossa intensidade e uma mentalidade de querer sempre mais, sair por cima e vencer os duelos". 

Sporting CP e SL Benfica chegam a este confronto – o terceiro no campeonato – em igualdade pontual (seis) e com muito conhecimento mútuo, reconheceu também o técnico. "É um adversário que conhecemos, jogamos duas vezes na fase regular [vitória por 1-2 no Seixal e 2-2 em Alcochete] e outras duas em torneios. É uma equipa física, muito directa, de ataques rápidos e contra-ataque", detalhou António Cruz, que reforçou a importância de os seus jogadores responderem "elevando as qualidades individuais e colectivas".

Para fazer valer também o factor casa, o técnico da equipa sub-15 verde e branca deixou um apelo aos Sportinguistas: "Venham ao estádio, porque são duas equipas com muito talento e os nossos jogadores estão cada vez melhores, muito comprometidos com o Clube e com aquilo que procuramos a cada semana".

O avançado Martim Ribeiro, de seguida, também lançou a partida e corroborou a análise do seu treinador. "Conhecemos bem o SL Benfica. É uma equipa que vai muito no contra-ataque, com um jogo mais físico, por isso é algo a ter em conta", apontou, além de destacar a importância de encarar o dérbi com “’cabeça fria’”.

"Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance e estar concentrados até ao fim", sublinhou o jogador de 14 anos, que leva 14 golos em 14 jogos esta temporada.

Nesta nova fase, "o nível aumenta e todos os jogos vão ser complicados", reconheceu ainda Martim Ribeiro e, por isso, também enalteceu a importância de contar mais uma vez com a ajuda das bancadas. "Vamos jogar em casa e espero que os nossos adeptos, pais e amigos venham e nos apoiem ao máximo", concluiu.

Treinador elogiou "personalidade" no dérbi

Dado o apito final na Luz, Micael Sequeira, treinador da equipa feminina de futebol do Sporting CP, fez o rescaldo do empate com o SL Benfica em conferência de imprensa.

"Foi um grande espectáculo de futebol entre duas grandes equipas. Foi um jogo em que começamos muito bem, com pressão alta, a condicionar o SL Benfica e fizemos o golo. Depois, o SL Benfica reagiu de forma positiva e acabou por empatar. Foi uma primeira parte muito equilibrada, mas na segunda parte fomos claramente melhores”, considerou o técnico.

"Fomos mais agressivos e tivemos três situações claras de golo. Controlamos também muito bem o jogo directo do SL Benfica. O trio defensivo fez uma excelente segunda parte", detalhou Micael Sequeira, sem esconder que "fica o sentimento de injustiça no resultado". “Se tivéssemos concretizado, podíamos ter saído com os três pontos”, acrescentou.

De seguida, questionado sobre o posicionamento de Telma Encarnação, que jogou sobre o lado esquerdo do ataque, o treinador verde e branco explicou a opção. “Queríamos tê-la entrelinhas para apoiar a Cláudia [Neto] e a Diana [Silva]. Tem também uma grande capacidade de finalização e queríamos surpreender com as entradas dela no espaço", referiu, além de reforçar como as jogadoras cumpriram “na perfeição” o “plano estratégico”.

"Faltou ser mais eficiente nas oportunidades que criamos. É o único aspecto que posso apontar as jogadoras perante este ambiente e contra uma equipa moralizada. Chegamos aqui com esta personalidade porque queríamos muito igualar [a classificação]", realçou Micael Sequeira, embora tenha reafirmado a sua confiança que “isto não está fechado”.

"Vai ser até ao final", atirou, admitindo que espera “um campeonato mais equilibrado nesta segunda volta”. Já ambição verde e branca é clara. “Vamos procurar fazer aquilo que temos feito. Somos a melhor equipa em termos ofensivos e defensivos e isso é demonstrativo da qualidade da equipa”, sublinhou.

 Por fim, Micael Sequeira agradeceu o apoio dos adeptos e enalteceu a importância de ter palcos como o Estádio da Luz nestes jogos. "Para quem está a chegar ao futebol feminino, como eu, isto deve repetir-se mais vezes”, disse a fechar o técnico.

Superioridade no segundo tempo não desfez empate (1-1)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se ao Estádio da Luz e empatou 1-1 com o SL Benfica, este sábado à tarde, no duelo de cartaz da 15.ª jornada da Liga.

Um penálti de Maiara Niehues abriu muito cedo as hostilidades no dérbi, mas numa primeira parte frenética as águias conseguiram responder com o empate e este não mais se desfez, apesar das várias oportunidades e de as Leoas terem sido mais controladoras e perigosas na segunda parte.

Assim, tudo ficou na mesma no topo da tabela, ou seja, o Sporting CP segue em segundo na perseguição à liderança do SL Benfica (ainda invicto), que continua com os mesmos três pontos de vantagem – 38 e 41, respectivamente.

O Sporting CP vinha não só da maior goleada da época (0-9 ao Vilaverdense FC) como de uma sequência de três jogos a marcar muito (20 golos no total) e sem sofrer qualquer golo e, por isso, neste seu primeiro dérbi o treinador Micael Sequeira fez apenas duas alterações relativamente ao último ‘onze’: Maiara Niehues e Telma Encarnação foram titulares em detrimento de Joana Martins e Brenda Pérez.

E o início foi de sonho para as Leoas. Cumpridos apenas quatro minutos de jogo, Cláudia Neto usou toda a sua experiência para capitalizar um erro grosseiro das encarnadas na saída de bola e só com a baliza pela frente foi rasteirada para penálti. A encarregada de o converter foi Maiara Niehues, que com muita frieza fez balançar as redes e, assim, o primeiro ataque verde e branco significou também o 0-1 na Luz – nono golo da centrocampista brasileira em 2024/2025.

Com 19894 espectadores nas bancadas, estava aberto um dérbi recheado de acção inicial em que não haveria tempo nem para respirar.

O SL Benfica tentou responder através de Nycole Raysla, mas um carrinho de Ana Borges bloqueou o remate e facilitou a tarefa de Hannah Seabert, que pouco depois viu como Cristina Martín-Prieto surgiu no cara-a-cara e atirou ligeiramente ao lado do poste. Pelo meio, um cabeceamento de Maiara Niehues ainda ameaçou o segundo do Sporting CP, porém a guardiã Lena Pauels sacudiu para canto.

Com este frenesim no relvado, a forte réplica da equipa da casa valeu para reestabelecer o empate pouco depois do quarto de hora: na sequência de um canto, Cristina Martín-Prieto apareceu no sítio certo para fazer, de cabeça, o 1-1. E, logo a seguir, só a barra impediu que Andreia Faria desse a volta ao marcador para as águias.

Ainda assim, as Leoas – com Cláudia Neto como ‘farol’ no ataque - não se encolheram e com uma jogada rápida ficaram perto também do 1-2, mas Lena Pauels, além de ter interceptado uma bola de golo certo que tinha Telma Encarnação como destinatária, ainda se lançou de imediato com uma ‘mancha’ sobre a recarga de Diana Silva.

Depois de um ascendente mais contínuo do SL Benfica, que ainda teve nos pés de Lúcia Alves um remate muito perigoso ao lado do poste, o dérbi dividiu-se mais a meio-campo com mais duelos e reequilibrou-se até ao intervalo, prevalecendo o empate.

Já no reatamento da segunda parte, o conjunto orientado por Micael Sequeira apresentou-se mais agressivo e conseguiu levar o jogo e mantê-lo mais no meio-campo encarnado. Telma Encarnação teve na cabeça duas chances – uma saiu à figura e outra por cima – e Maiara Niehues, com espaço, usou o seu potente pontapé de meia-distância para obrigar Lena Pauels a uma defesa apertada. Houve sinal mais a verde e branco, mas sem prémio.

Com as Leoas em busca de mais na Luz e na classificação da Liga, Brittany Raphino e Miri O’Donnell foram as primeiras a ‘saltar’ do banco para refrescar a equipa – saíram Diana Silva e a amarelada Jacynta Gala. E a avançada norte-americana podia ter tido impacto imediato no dérbi, mas depois de ter recebido um excelente passe de Ana Borges na profundidade, não conseguiu concluir a sua arrancada da melhor maneira e, já na área, não acertou no alvo.

Foi já à entrada para o último quarto de hora que o SL Benfica se voltou a aproximar da baliza verde e branca, graças a um remate cruzado de Lúcia Alves, mas o controlo continuou a pertencer ao Sporting CP, que passou a contar para o esforço final com Joana Martins e Brenda Pérez em campo – e, mais tarde, com Ana Capeta.

Com as forças a faltar e o ‘coração’ a falar mais alto, o dérbi partiu-se muito nos últimos instantes, mas sem qualquer efeito no marcador, que não voltou a mexer depois da electrizante meia hora inicial. Fica o sabor amargo do lado da equipa verde e branca, que se impôs de forma clara no segundo tempo para conseguir algo mais.

As Leoas até saem da Luz com os melhores registos ofensivos (50 golos marcados) e defensivos (seis sofridos) da Liga, mas sem conseguir igualar as contas na liderança da tabela. Na próxima jornada segue-se a recepção ao SCU Torreense.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Beatriz Fonseca, Ana Borges [C], Fátima Pinto, Georgia Eaton-Collins, Jacynta Gala (Miri O’Donnell, 68’), Andreia Bravo (Joana Martins, 77’), Maiara Niehues (Ana Capeta, 89’), Cláudia Neto (Brenda Pérez, 77’), Telma Encarnação, Diana Silva (Brittany Raphino, 68’)

Leoas visitam rival SL Benfica em jogo da 15.ª jornada da Liga

A equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal visita o SL Benfica este sábado, a partir das 17h00, em jogo grande do Campeonato Nacional. No Estádio da Luz, e envolvidos pelo sempre entusiasmante ambiente de um dérbi, estarão frente a frente o primeiro e o segundo classificados da Liga.

À entrada para a 15.ª jornada, as águias lideram com mais três pontos, mas as Leoas surgem logo atrás, com a ambição de encurtar distâncias para o topo da tabela. Apesar do excelente momento de forma das suas pupilas, Micael Sequeira acredita que o jogo será decidido "nos detalhes", recusando a ideia de o favoritismo assentar bem a qualquer equipa.

"São duas equipas muito fortes a atravessar um bom momento. Sendo um dérbi, tudo pode acontecer. Acredito que será um jogo muito equilibrado e decidido na consistência: a equipa que se mantiver concentrada mais tempo estará mais perto de vencer. Depois, as individualidades podem fazer a diferença", começou por analisar o técnico verde e branco em conferência de imprensa, a qual teve lugar esta sexta-feira no auditório da Academia Cristiano Ronaldo.

Desejando que a as Leoas possam "errar menos e acertar mais" do que as adversárias, Micael Sequeira deixou elogios às encarnadas: "Vamos jogar perante o campeão em título, em sua casa e perante os seus adeptos. Teremos de nos superar e acredito que o faremos. Sabemos que é um adversário que nos vai criar mais problemas e que vai ser um jogo mais equilibrado. Ganhará a equipa mais próxima da perfeição e espero que sejamos nós", disse.

De caras para o encontro, as Leoas somam 37 pontos, alcançados após 12 vitórias, um empate e uma derrota, precisamente perante o SL Benfica. O técnico sublinha, ainda assim, que "o resultado de amanhã não é decisivo", lembrando que "faltam muitas jornadas" e que qualquer candidato pode ter "dias menos bons".

"Nesta casa é sempre proibido perder. Quando preparamos um jogo, seja ele qual for, é essa a exigência e o desafio que temos: superarmo-nos para ganhar. Este tem uma importância grande no campeonato, mas estamos a encará-lo tal como encaramos qualquer outro. Preparámos a equipa da mesma forma. O Sporting CP vai tentar ganhar o jogo do primeiro ao último minuto", atirou ainda.

Micael Sequeira considera "um factor muito positivo para a evolução do futebol feminino" que os jogos entre os grandes lisboetas aconteçam em palcos mais "convidativos" como o Estádio da Luz, à imagem do que aconteceu na primeira volta, quando o jogo entre Sporting CP e SL Benfica foi disputado no Estádio José Alvalade. “É fantástico para as jogadoras, para a sua motivação”, garantiu.

A finalizar, o técnico explicou que não encara este dérbi como um desafio pessoal, mas que teria "um peso especial" vencer o primeiro que disputa de Leão ao peito.

Também a guarda-redes Hannah Seabert falou aos jornalistas e garantiu que a equipa "está tranquila, confiante e entusiasmada" por jogar num estádio com outras condições. Relembrando a vitória do Sporting CP na casa das rivais em 2023 (0-1), a americana destacou a importância do encontro para o grupo.

"Uma das minhas memórias mais felizes deste tempo no Sporting CP é a vitória no Estádio da Luz em 2023. Estabelecemos um recorde de assistência nesse dia [então, estiveram presentes cerca de 27 mil espectadores] e ganhámos em casa dos nossos rivais. Foi um momento incrível porque, como mulheres, não temos tanto acesso a este tipo de espaços. Esse é um dos motivos pelos quais estamos entusiasmadas: é algo que merecemos e que não recebemos de forma regular. Como futebolistas, trabalhamos arduamente todos os dias e nestes jogos temos oportunidade de o mostrar às pessoas", argumentou.

A guardiã Leonina concorda com o seu técnico e garante que o jogo de amanhã não é decisivo. "Estamos a meio da época. Três pontos são três pontos. Na última época, o jogo decisivo foi precisamente o último, e não jogávamos contra o SL Benfica e sim com outras equipas. É assim que abordamos o jogo: não vamos com nenhuma pressão extra, nem pensamos que a época pode ficar resolvida amanhã", considerou.

O Sporting CP é atualmente a melhor defesa do campeonato e, para Hannah Seabert, o segredo está “na atitude do grupo”. "Para mim, o ambiente de treino é muito importante e nós trabalhamos bem juntas, encorajamo-nos muito umas às outras. O grupo de guarda-redes comunica bem com a linha defensiva; somos muito abertas umas com as outras, falamos sobre os problemas e não os ignoramos. Trabalhamos juntas para melhorar pequenos detalhes e chegámos a um momento onde os processos fluem de tal forma que já não precisamos de falar para saber aquilo que a colega fará", explicou.