Sporting consegue reviravolta e vence Lousada por 64-60

As seniores femininas de basquetebol venceram esta tarde o Lousada AC por 64-60, em encontro relativo à segunda jornada do Campeonato Nacional Liga Feminina, que representou o primeiro triunfo da formação ‘leonina’ no escalão máximo da modalidade.

Numa partida marcada pelo equilíbrio, as ‘leoas’ estiveram quase sempre em desvantagem no resultado, correndo atrás do prejuízo e recolhendo os merecidos frutos no último período, com uma recuperação e reviravolta no marcador dignas de registo. No final do primeiro período, o conjunto do Lousada AC vencia por 14-10 e a meio do segundo a desvantagem ‘leonina’ era de nove pontos (20-29). A exagerada diferença pontual fez soar o alarme do conjunto comandado por Luís Abreu, que se aplicou e iniciou uma esforçada recuperação, comandada por Khyra Conerly, que marcou 10 pontos na última metade do segundo período e ajudou o Sporting a chegar ao descanso com o parcial de 33-36.

O esforço realizado no final do segundo período quase foi por água abaixo no início do terceiro, com a formação do Lousada AC a aproveitar uma série de desatenções do lado ‘verde e branco’ para voltar a aumentar a vantagem para 35-45. O Sporting passava por um período onde atacava mal e defendia pior, mas, após um desconto de tempo pedido pelo técnico Luís Abreu, as ‘leoas’ voltaram a cair em si e aproximaram-se do adversário, que, ainda assim, conseguiu chegar ao final do terceiro período com um parcial de 43-51.

O último período chegou e trouxe consigo a reviravolta ‘leonina’. O Sporting acertou no processo defensivo (permitiu apenas nove pontos à formação do Lousada AC) e foi eficaz ofensivamente, com Arantxa Mallou em plano de destaque ao assinar oito pontos. A um minuto do final, Dora Duarte conseguiu um precioso triplo, colocando o resultado em 59-60. Meio minuto mais tarde, Arantxa Mallou consumou a reviravolta e colocou as ‘leoas’ a vencer por 62-60, antes de assistir Bineta N’doye para o 64-60 que carimbou a vitória do Sporting.

Bineta N’doye foi a melhor marcador ‘leonina’, com 22 pontos, seguida de Khyra Conerly, com 16, e Dora Duarte, com 12. 

'Leões' derrotados por 15-3, em jogo da terceira jornada do Campeonato

O râguebi ‘leonino’ sofreu, hoje, a segunda derrota no Campeonato Nacional da I Divisão, ao perder por 15-3 frente ao RC Santarém, no Campo da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém.

Num jogo com poucos pontos, a formação ‘verde e branca’ repetiu a derrota averbada no ‘playoff’ de acesso à Divisão de Honra da época passada e voltou a cair frente ao RC Santarém, com os seus três pontos a serem obtidos através de uma penalidade, contra dois ensaios, uma transformação e uma penalidade obtidos pelo conjunto da casa.

Na próxima jornada, os ‘leões’ vão receber o Benfica e procurarão nova vitória, depois da derrota na primeira jornada (CR Técnico, 28-16) e do triunfo da semana passada, frente ao Caldas RC, por 27-20.

Triunfo por por 4-2 sobre o Golpilheira

Declarações de Jorge Jesus após a vitória por 4-0 frente ao Vilafranquense

Depois da vitória frente ao Vilafranquense (4-0), Jorge Jesus era um treinador claramente satisfeito com a passagem à eliminatória seguinte e com a veia goleadora demonstrada pela equipa. Ainda assim, o técnico ‘leonino’ relembrou a diferença competitiva entre as duas formações, destacando a importância de ter chegado à vantagem cedo.

“Claro que, quando ganhamos, se pudermos fazê-lo por mais do que um golo de vantagem, ficamos mais satisfeitos. Jogámos contra uma equipa de escalões mais baixos que foi digna e fez o que pôde. Para eles, a nossa intensidade foi enorme e o ritmo de jogo foi totalmente diferente para as duas equipas” começou por afirmar Jorge Jesus, continuando: “Ter feito um golo cedo tornou mais fácil que os jogadores do Vilafranquense não alimentassem o sonho de passar, que é normal nestas equipas. Em termos emocionais e psicológicos, os golos cedo tiraram essa capacidade ao adversário e tornaram o jogo mais fácil. Fizemos quatro golos, mas podíamos ter feito mais”.

O jogo era propício a alterações na equipa e Jorge Jesus lançou em campo um Sporting composto por muitos jovens e elementos mais experientes, mas com menos minutos de jogo. No final, o balanço foi extremamente positivo. “É um registo bom os quatro golos terem sido feitos por três miúdos. Este jogo foi bom e importante não só para eles como para os mais consagrados mas com menos minutos. Deu para melhorarem a qualidade técnica e física. Os objectivos foram alcançados”, explicou o técnico, que foi mais além na análise individual a alguns atletas: “Gostei da equipa em termos colectivos, mas estava curioso para ver o Bruno Paulista. Foi o primeiro jogo dele, está a adaptar-se e todos viram que, fisicamente, é um jogador fora do normal. Só lhe falta conhecer o jogo e as ideias da equipa para poder ser mais uma opção para mim. O Matheus Pereira, com os dois golos, também esteve bem, assim como o Gelson, que teve uma entrada convincente. Os jogadores mais novos estiveram mais motivados para o jogo, quiseram fazer as coisas bem e com velocidade e para eles foi importante poderem mostrar as suas capacidades. O Aquilani também é um jogador muito criativo e quis dar-lhe tempo de jogo e posicionamento mais perto da zona de golo. É muito experiente, tem qualidade no último passe e, ao longo do jogo, foi melhorando nas várias posições que acabou por fazer”.

À margem da vitória alcançada, Jorge Jesus comentou ainda um dos assuntos quentes do momento: o alegado processo instaurado pelo anterior clube do actual técnico ‘leonino’. “Em relação ao tema que está na moda, o que vale é o momento do Sporting e do Benfica e quem acha que estas questões possam ter influência na equipa do Sporting e no seu treinador engana-se. Este ar é o que gosto de respirar e fico de peito ainda mais cheio para poder trabalhar com cada vez mais rigor e vontade”, comentou Jorge Jesus, que revelou ainda não ter conhecimento de qualquer processo, já que nunca foi notificado para tal: “O que sei é pelos jornais, não posso falar muito disso. Não me preocupa nada, já estou habituado a estes temas e sinto-me como peixe na água. Vamos ver se aparece algo em minha casa para poder falar sobre isso porque ainda não fui chamado por ninguém, não sei se o processo é verdade ou se é para desestabilizar a equipa do Sporting, mas sei que vale zero. Gostava que se falasse mais de futebol e da qualidade dos jogadores e das equipas; era mais produtivo e melhor para o futebol”.

Sporting bateu Vilafranquense por 4-0 e está na quarta eliminatória da prova-rainha

O Sporting ultrapassou o Vilafranquense e apurou-se para a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Os ‘leões’ deslocaram-se até ao Estádio António Coimbra da Mota (casa emprestada ao conjunto das Distritais) e bateram a formação ribatejana por 4-0, com dois golos de Matheus Pereira, um de Bruno Paulista e outro de Gelson Martins.

O conjunto de Alvalade – no qual Bruno Paulista realizava a sua estreia absoluta e Ewerton, regressado de lesão, o primeiro encontro da temporada – entrou na partida a todo o gás e, logo aos quatro minutos, Matheus Pereira podia ter inaugurado o marcador a passe de Montero, mas o brasileiro falhou o desvio à boca da baliza e a oportunidade perdeu-se. Pouco tempo passaria até que Aquilani voltasse a ameaçar as redes defendidas por Nélson Pinhão com um forte remate que passou a poucos centímetros do alvo.

Com evidente pendor ofensivo, o Sporting procurava os melhores caminhos para chegar à baliza adversária e, aos 12 minutos, Matheus Pereira encontrou-os: depois de um passe largo de William Carvalho, o ‘leão’ recebeu a bola no interior da grande área e de pé esquerdo atirou a contar para o primeiro da tarde. A superioridade ‘leonina’ era indiscutível e, quatro minutos mais tarde, Matheus Pereira bisou no encontro e aumentou o resultado para 2-0, ao aproveitar um excelente cruzamento de Jonathan Silva para, ao segundo poste, bater Nélson Pinhão.

Em 15 minutos, o Sporting parecia ter o jogo resolvido, mas nem por isso tirava o pé do acelerador. Aquilani procurava o primeiro tento de ‘leão’ ao peito e esteve perto de o fazer aos 19’, com um remate de belo efeito que por pouco não surpreendeu o guardião ribatejano, e aos 21’, com um desvio que não levou a força desejada e acabou nas mãos de Nélson Pinhão. Pouco se via de um Vilafranquense que teve num cruzamento venenoso de Lucas Linhares – agarrado com segurança por Marcelo Boeck – o seu lance mais perigoso do primeiro tempo. Aos 29’, Aquilani voltou a ficar muito perto do golo, mas o cabeceamento do médio italiano em resposta ao cruzamento de Jonathan Silva saiu a centímetros do poste ribatejano.

Já perto do descanso, Carlos Mané tentou surpreender Nélson Pinhão com um largo ‘chapéu’ saído do meio-campo, mas o guardião esticou-se e desviou para canto. Na sequência da bola parada, Aquilani cruzou e Bruno Paulista ganhou nas alturas para o terceiro ‘leonino’. Ao intervalo, 3-0, uma exibição segura da formação de Alvalade e a sensação de que dificilmente a vitória fugiria após o descanso.

O segundo tempo trouxe os primeiros minutos de Tanaka na temporada (entrou para o lugar de William Carvalho, ao intervalo) e novo remate de Aquilani, novamente por cima do alvo. O jogo, tal como no primeiro tempo, era de sentido único e, já depois de Montero atirar de longe para defesa segura de Nélson Pinhão, Gelson Martins entrou na área lançado por Tanaka e obrigou o guardião vila-franquense a intervenção apertada para evitar o quarto golo ‘leonino’.

O encontro era disputado totalmente no meio-campo defensivo do VIlafranquense e as oportunidades de golo sucediam-se para o Sporting: Montero, de longe, fez a bola passar muito perto do poste direito adversário, antes de Gelson Martins, superiormente desmarcado por Aquilani, ver o seu remate ser travado por uma excelente defesa de Nélson Pinhão. Dois minutos mais tarde, o Vilafranquense conseguiu sair do seu meio-campo e, aproveitando uma falha defensiva de Jonathan Silva, Bernardo Carlos entrou na área ‘leonina’ e obrigou Marcelo Boeck a aplicar-se, naquela que foi a melhor oportunidade da formação ribatejana em todo o encontro. Os jogadores de campo do Vilafranquense pouco faziam, mas o seu guarda-redes regressou dos balneários inspirado e decidido a impedir que os ‘leões’ alargassem a vantagem, algo que voltou a fazer aos 66’, ao defender mais um forte remate de Montero, e aos 70’, parando o cabeceamento de Ewerton, na sequência de um canto.

Montero ainda desperdiçou nova oportunidade a passe de João Pereira com mais um remate por cima do alvo, antes de José Lúcio assustar Marcelo Boeck com um forte remate de longe, que passou ao lado da baliza ‘leonina’. Os ‘verde e brancos’ tanto tentaram que finalmente conseguiram chegar ao 4-0, com Gelson Martins, no interior da área, a não dar hipóteses a Nélson Pinhão e a terminar com a resistência ribatejana no segundo tempo.

Até final, Carlos Mané ainda dispôs de nova oportunidade, lançado por Montero, mas atirou ao lado, e Tanaka viu o seu cabeceamento ter o mesmo destino, após cruzamento para a área, no entanto os ‘leões’ não mais marcaram. Lucas Linhares, num dos últimos lances do encontro, apareceu isolado na cara de Marcelo Boeck, mas permitiu a defesa ao guardião ‘leonino’ e o resultado não mais se alterou, com o 4-0 final a colocar o Sporting na quarta eliminatória da Taça de Portugal. 

Análise do treinador Tiago Fernandes à vitória sobre o Belenenses (2-1)

No final do encontro que colocou o Sporting na liderança isolada da Zona Sul do Campeonato Nacional de juniores, o treinador Tiago Fernandes não tinha dúvidas sobre a justiça da vitória do Sporting sobre o Belenenses (2-1).

“Vencemos de forma justa. Se houvesse alguém a sair vencedor deste jogo seria o Sporting, pelas oportunidades que criou. Foi a equipa que entrou para ganhar e mereceu a vitória que foi difícil, contra um adversário que estava motivado porque ainda não tinha perdido”, destacou o técnico, contente com a liderança isolada, mas ciente do que ainda há para fazer. “O nosso objectivo é ir sempre à frente e mantermo-nos lá até ao final da primeira fase. Temos trabalhado jogo a jogo, sempre confiantes no nosso processo e no nosso caminho. Temos muito para evoluir e para crescer, ainda não fizemos nada”.

“Procurámos assumir o jogo, desequilibrar com jogadas trabalhadas, assimilar as processos, manter o máximo de posse possível e ter qualidade no passe, na recepção e no remate, que é isso que define os melhores jogadores dos outros”, acrescentou ainda o técnico.

Tiago Fernandes sublinhou também o facto de terem sido utilizados no jogo de hoje três juvenis (Tipote, Luís Maximiano e David Tavares) e seis juniores de primeiro ano. “Isto é que me dá gozo: vê-los crescer e apostar na formação. Porque apostar na formação é isto; não é falar, é pôr estes miúdos sem medo e mostrar que eles têm qualidade. O processo tem de ser mesmo este, trabalhar para colocar jogadores na equipa B e na equipa A”.

Análise de Nuno Dias e Miguel Ângelo à derrota com Benfica (2-1)

No final do ‘derby’ da 7.ª jornada da Liga SportZone, que terminou com a derrota do Sporting na Luz por 2-1, Nuno Dias foi peremptório: O Sporting foi melhor equipa que o eterno rival.

“Fizemos mais do que o suficiente para que o resultado não tivesse sido este. Na minha opinião, o Sporting foi melhor e perdeu. Faltou finalizar da nossa parte, houve mérito do Benfica pela forma como defendeu e mérito para o guarda-redes, que hoje, mais uma vez, foi anulando as nossas situações de golo. O futsal é isto mesmo”, disse o treinador do Sporting numa curta intervenção na zona de entrevistas rápidas.

Miguel Ângelo, autor do único golos dos ‘leões’, concordou com o técnico ‘verde e branco’. “Quem viu o jogo teve a mesma sensação que nós: o resultado não é justo. Pelas oportunidades que tivemos, tínhamos de fazer golo. Faltou finalizar, toda a gente viu isso”.

Sporting perdeu por 2-1 contra o eterno rival

O Sporting saiu derrotado do primeiro ‘derby’ do ano na Liga SportZone (2-1), a contar para a 7.ª jornada, numa partida em que foi melhor mas perdeu, graças não só ao seu próprio desacerto, mas também às intervenções decisivas do guarda-redes Juanjo.

Depois de uma fase inicial em que as equipas estavam encaixadas, apostadas em não deixar o adversário construir jogo usando linhas defensivas avançadas e pressão alta, o Sporting foi-se impondo naturalmente na partida, circulando melhor a bola e criando oportunidades claras para se adiantar no marcador. Logo aos 2’, Djô pôs à prova Juanjo depois de trabalho pela esquerda; aos 5’, Cary atirou uma bomba para mais uma defesa do guardião ‘encarnado’ e, no mesmo minuto, na conversão de um canto, o mesmo Juanjo tirou com o pé um bom remate de primeira de Cary. A seguir foi Cavinato que atirou ao poste num remate de meia distância, a dar sequência ao livre de Merlim pela esquerda.

O Benfica continuava em branco nos golos mas também nas oportunidades e a primeira de que dispôs foi através de um livre de Patias, que bateu para Bruno Coelho, a atirar ao lado, no mesmo minuto em que o Sporting atingiu a quinta falta, num lance em que Ré simula o contacto de Djô e a equipa de arbitragem acaba por penalizar os ‘leões’, como aconteceu aos 9’, quando Juanjo tocou Miguel Ângelo dentro da área mas foi marcado... canto.

Aos 12’, foi assinalada a sexta falta aos ‘verde e brancos’ mas, na conversão do livre, Marcão defendeu de forma exímia. A partida estava numa fase mais desinteressante, com as duas equipas a apostarem mais no jogo directo, mas mesmo assim continuou a ser o Sporting a criar mais ocasiões de golo: aos 14’, Cavinato falhou ao segundo poste depois de uma transição de Diogo pela direita; aos 16’, Juanjo defendeu o remate de Fábio Lima e a recarga de Cavinato, assim como, aos 17’, tirou para fora o pontapé de Diogo, de primeira, na sequência do canto de Merlim – e já depois de Gonçalo Alves ter atingido Diogo na face sem qualquer sanção por parte da equipa de arbitragem.

A dez segundos do intervalo, o inesperado aconteceu: na sequência de um canto pela esquerda de Bruno Coelho, Alan Brandi recebeu fora da área e soltou para Fábio Cecílio que, em posição frontal, rodou e fez o golo ‘encarnado’ contra a corrente de jogo. O encontro seguiu para intervalo com o Sporting a fazer o dobro dos remates do seu rival (24 para 12) e com o Benfica a criar perigo apenas em lances de bola parada.

O segundo tempo começou com algum equilíbrio por parte dos dois conjuntos e com a melhor oportunidade a pertencer aos ‘leões’, num remate cruzado de Diogo que passou perto do poste. Na resposta, Ré podia ter marcado mas Marcão fez bem a mancha e, pouco depois, fez mais uma boa defesa a remate de Mário Freitas.

Depois de mais duas oportunidades dos ‘leões’ – na primeira, Bruno Coelho tirou em cima do poste depois de um livre apontado por Diogo e, na segunda, Juanjo fez mais uma grande intervenção depois do remate de Cavinato – o Sporting chegou ao golo por Miguel Ângelo, aos 28’, num remate colocadíssimo pela ala esquerda, que surpreendeu a defensiva ‘encarnada’.

O Sporting estava por cima, com mais remates, mais ocasiões de golo e mais ataques organizados. Aos 32’, Merlim picou para Diogo na direita e o ex-jogador do Sporting de Paris passou por dois adversários, isolando João Matos na esquerda – que atirou ao poste. O Benfica estava em claras dificuldades defensivas, que se agravaram com a expulsão de Patias, a ver o segundo amarelo depois de falta sobre João Matos.

Em superioridade numérica, o Sporting falhou duas oportunidades clamorosas por Fábio Lima e Cavinato (esta última com mérito de Juanjo, que fez mais uma grande defesa) e foi quando o Benfica colocou o seu quinto jogador que uma arrancada de Ré permitiu a Gonçalo Alves fazer o 2-1.

A quatro minutos do fim, o Sporting lançou Cary como guarda-redes avançado e logo no primeiro ataque em superioridade numérica, Fábio Lima falhou o alvo ao segundo poste. Logo depois, Ré desviou um remate perigoso de Merlim para a trave e, no mesmo minuto, Fernando Wilhelm fez a sexta falta para os ‘encarnados’ – mas na conversão do livre, Diogo permitiu a defesa de Juanjo com o braço esquerdo.

Ainda haveria tempo para Cavinato ser expulso por acumulação de amarelos a sete segundos do fim (tocou a bola com o braço dentro da área), mas não para o Sporting desfazer a vantagem do rival, que assim assume a liderança isolada da Liga SportZone.

‘Leões’ criam secção de atletismo adaptado

O Sporting Clube de Portugal apresentou esta noite a mais recente modalidade que vai reforçar o Gabinete de Desporto Adaptado do Clube, o atletismo adaptado, o nono desporto para pessoas com deficiência lançado pelos ‘leões’.

Na apresentação estiveram presentes, além do vice-presidente para as modalidades ‘leoninas’, Vicente Moura, o presidente da Federação Portuguesa do Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD), Mário Lopes, e o presidente do Comité Paralímpico de Portugal, Humberto Santos, que destacou o exemplo do Sporting como potenciador das modalidades adaptadas. “Não precisávamos que todos os clubes tivessem nove modalidades. Bastava que todos tivessem uma. O Sporting está a fazer um trabalho exemplar, histórico. É uma referência no desporto adaptado em Portugal”, salientou o responsável.

Da equipa farão parte Gabriel Potra, Hugo Cavaco e Luís Gonçalves (ex-Benfica) e ainda Eduardo Sanca (ex-ACDEA), que integram a comitiva portuguesa que amanhã parte para Doha, no Qatar, para disputar os Campeonatos do Mundo de atletismo IPC, entre 21 e 31 de Outubro.

“Sempre tive uma grande admiração pelo Sporting a nível de atletismo. Cada vez mais o desporto paralímpico está a ser profissionalizado pelo Mundo e tendo este apoio por parte do Sporting, esta almofada, esta ajuda, isso permite aproximarmo-nos das condições ideais para estarmos nas grandes provas”, referiu Gabriel Potra, o mais medalhado dos quatro reforços: conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Sydney (200m e 4x400m) e soma já quatro participações na mais importante prova mundial do desporto adaptado, além de várias medalhas em Mundiais e Europeus da modalidade.

Luís Gonçalves, medalha de prata em 400m no Campeonato do Mundo IPC de 2014, acredita que está a fazer parte de um momento histórico. “O que me levou a aceitar o convite é que é o Sporting, o grande Clube Sporting. Acredito que isto é o início de algo que se pode tornar muito grande e é um orgulho fazer parte deste arranque”, concluiu. Hugo Cavaco, o mais novo dos quatro – tem 22 anos e participou nos Jogos Paralímpicos de Londres com apenas 18 – encara a mudança da Luz para Alvalade como uma evolução. “Foi uma grande oportunidade e todos os atletas querem progredir. O exemplo que o Sporting está a dar aos outros clubes é de louvar e é fundamental para motivá-los a fazerem o mesmo”.

Eduardo Sanca é o único lançador do grupo – é recordista nacional tanto de peso como de dardo. E confessa que assinar pelos ‘leões’ é uma meta realizada. “Representar o Sporting era um sonho antigo. Sou um Sportinguista ferrenho e foi o meu sportinguismo que falou mais alto. Estou muito contente. É muito importante a aposta do Clube nas modalidades adaptadas e penso que, com a força que tem, vai servir de modelo e impulso para outros clubes. Quem ganha com isso é o desporto, é a modalidade do atletismo adaptado”, sublinha.

Leia a reportagem completa na próxima edição do Jornal Sporting.

Declarações de Nuno Dias e Marcão no final da partida

No final da partida que terminou com a vitória ‘leonina’ sobre o Fundão por 4-1, Nuno Dias congratulou a sua equipa pelo triunfo merecido, mas sofrido, recusando-se a comentar as várias situações polémicas que decorreram ao longo do jogo, principalmente a que resultou na expulsão e consequente ausência da próxima partida de Fortino.

“Foi um jogo difícil. Tivemos de trabalhar muito para conseguir ganhar num campo difícil, contra uma equipa extremamente organizada que nos criou imensas dificuldades. Só um Sporting que, por vezes, teve de se sacrificar e de jogar menos bonito e mais pragmaticamente é que conseguiria vencer. Houve momentos em que tivemos de ser mais pragmáticos, soubremos quando o devíamos fazer e os nossos jogadores estão de parabéns por isso”, começou por dizer, concluindo: “Por mais que me custe, às vezes, não comento a arbitragem como nunca o fiz. Mas perdemos o Fortino por uma falta originada por um atraso rídiculo que não existe, mas não havendo o Fortino para o próximo encontro, haverá outros”.

O quarto golo ‘leonino’ foi apontado pelo guarda-redes Marcão, que admitiu ser fruto do trabalho, assim como a conquista dos três pontos. “Costumo treinar aquelas bolas, desta vez veio parar à minha mão e acertei bem o pontapé. O que interessa é que fizemos um grande jogo, saímos vitoriosos de um campo muito difícil, contra uma grande equipa, e é muito bom sair daqui com os três pontos”, confessou o guardião ‘verde e branco’.