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Foto D.R.

VARdade Desportiva

Por Jornal Sporting
31 Ago, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3639

A contragosto, com muitas resistências e desconfianças por parte de alguns, o VAR (vídeo-árbitro) foi introduzido esta época na Primeira Liga, tendo o nosso Clube sido um dos seus principais entusiastas e um dos que mais se bateu, e bate, pelo recurso às novas tecnologias que possam auxiliar o trabalho dos árbitros, contribuindo para a verdade desportiva.

Cada jornada que passa, e já vamos na quarta, é por de mais evidente o contributo do vídeo-árbitro, rectificando ou ratificando decisões, ou alertando as equipas de arbitragem para lances que estas não conseguem descortinar. O jogo do último domingo em Alvalade foi, com o contributo do VAR e no que respeita à emoção, electrizante, provocando “picos cardíacos”.

Aqueles que olham, cepticamente, para o VAR e o acusam de retirar emoção ao jogo e à festa do golo tiveram uma demonstração de que assim não é. A emoção existe e a incerteza também, só que agora de forma diferente. No entanto, não tão diferente assim, uma vez que não foram poucas as situações em que, sem tecnologias auxiliares, uma equipa e seus adeptos celebraram um golo e, segundos depois, o árbitro auxiliar chamou o árbitro principal pelo auricular e ele anulou o golo. O que agora temos acaba por ser o mesmo mas com recurso à tecnologia e com a redução do grau de erro. Por ter assistido à malfadada final da Supertaça de andebol (vitória justa do ABC), que teve lugar na cidade de Mêda, não pude assistir ao vivo à partida frente ao Estoril Praia pelo que o acompanhei através do relato na rádio, na viagem de regresso a Lisboa. A emoção, a incerteza, a frustração e o rejubilar foram condimentos que o VAR não roubou, antes pelo contrário, neste caso em concreto, até exacerbou.

Nos últimos minutos do jogo Sporting 2 – Estoril 1, Bast Dost converte um excelente golo de cabeça e mata o jogo, os jogadores celebram e os adeptos exaltam…não, não é golo, o VAR anula por posição irregular de Piccini no início da jogada, assinalando, e bem, o respectivo fora-de-jogo. Poucos instantes depois, contra-ataque do Estoril e balde de água fria em Alvalade, os canarinhos igualam nos segundos finais o marcador, no relvado os jogadores da “Linha” saltam e abraçam-se euforicamente enquanto que nas bancadas, no rosto dos nossos adeptos, e no relvado, no dos nossos jogadores, o ar de desalento não poderia ser maior. Jorge Jesus exprime gestual e energicamente no banco de suplentes todo o seu desagrado… morrer na praia com o Estoril. “Calma!” diz o relatador, “fizeram-me aqui sinal de que poderá ter existido fora-de-jogo…e há mesmo, o VAR anula o golo. É impressionante, grita-se em Alvalade como se se tivesse marcado um golo!!!”.

A VARdade é a verdade desportiva que aqui permitiu que a justiça do resultado fosse reposta, com duas situações, uma para cada lado, pela mesma irregularidade e ambas correctas. E se não houvesse VAR, como seria?

Se o vídeo-árbitro tem muitas virtudes, a sua utilização parece não aproveitar todo o seu potencial com algumas cores (será o VAR daltónico?), conseguindo ter uma visão de águia em lances dificílimos de escrutinar e de cegueira completa em lances à vista de toda a gente. Se já nos impressiona a equipa de arbitragem não assinalar esses lances, será que os competentes árbitros que estão em frente ao écran têm a tecnologia aVARiada?

Apenas uma simples coincidência, por certo, o apagão do VAR em quatro jogos consecutivos, relativamente a Eliseu. Eu, que também ando de moto, posso-vos assegurar que ele não joga de Vespa. Andei na tropa e sei bem que ele é um blindado e com lagartas, que passa por cima de tudo e de todos destruindo tudo à sua volta, e fica incólume porque…é blindado! Agora quem… deixo este quiz para os nossos leitores resolverem. E a agressão de Pizzi sobre Francisco Geraldes, o que dizer?

Boa leitura!

P.s. Em tempo de paragem para os trabalhos da Selecção Nacional é com agrado que mais uma vez registamos que somos o Clube que mais jogadores cede (seis) e aquele que mais jogadores formou (12). Ao fim das quatro primeiras jornadas, continuamos invictos e na liderança do campeonato, depois de termos assegurado o apuramento para a fase de grupos da Champions. Para quem está em crise e em guerrinha permanente, nada mau, pois não?

 

Melhor arranque dos últimos 27 anos em destaque

Por Jornal Sporting
30 Ago, 2017

Edição desta quinta-feira analisa ao pormenor o "diabólico" (mas positivo) mês de Agosto da equipa de Jorge Jesus

Esta história não se contava há 27 anos. Com a vitória por 2-1 frente ao Estoril, descrita por Hugo Alegre, o Sporting CP iguala o arranque de 1990/91 com Marinho Peres. Um início de temporada muito positivo e analisado ao pormenor pelo jornalista Frederico Bártolo nas páginas 12 e 13. A este trabalho, juntou ainda o 'Adeus aos remakes do Missão Impossível', que é como quem diz: olhar sem medos os adversários da Liga dos Campeões (Juventus, Barcelona e Olympiakos), pois defende que "estar entre os melhores do Mundo implica competir a um nível de excelência". Os 11 base, as principais dificuldades esperadas e os sistemas tácticos dos nossos adversários estrangeiros (página 5). 

Fechando o capítulo do futebol, entra em cena o Sporting Paralympics. Márcia Ferreira, directora-geral do departamento, explicou a passagem de duas para 12 modalidades em apenas três anos. A forte aposta do Clube nesta secção - mais de 150 atletas - faz com que os leões sejam a maior potência mundial, algo reconhecido por vários países. 
 
As chamadas de capa terminam com o bronze de Marta Onofre nas Universíadas de Taipé. A atleta leonina de 26 anos terminou a prova de salto em vara com a mesma marca da primeira classificada (4.40 metros), Iryna Zuk. No entanto, no factor de desempate, valeu o facto de Marta só ter conseguido atingir a marca à segunda tentativa, acabando assim por ocupar o terceiro lugar do pódio. As reacções foram escritas por Pedro Figueiredo na página 21. Estes e outros assuntos do universo verde e branco no semanário de 31 de Agosto de 2017.
 

Ninguém separará o que o Sporting uniu

Por Jornal Sporting
24 Ago, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3638

Já aqui o escrevi que o Presidente Bruno de Carvalho é um bom produto mediático, quer fale ou esteja calado. Mesmo estando em silêncio e sem aparições públicas, não há dia em que os media passem sem ele. Mas a questão não é apenas esta. Bruno de Carvalho não é de se vergar nem de se ficar, pensa pela sua cabeça, age e luta pelos ideais em que acredita, sobretudo pelos que entende serem os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.

Esta é uma postura que numa sociedade e numa indústria impregnada de videirinhos, com a frontalidade e estilo do Presidente do nosso Clube, fazem dele um alvo a abater. Para executar esta operação existe um exército de cartilheiros, de hipócritas, de avençados organizados e eficazes. Temos de reconhecer que também poderão existir no meio alguns ingénuos, chamemos-lhes assim.

Da “geração rasca” passamos para os “instalados à rasca”, que sobre o manto do seu puritanismo tudo fazem para atacar o nosso Clube e o seu Presidente. São aqueles que não lhe reconhecem méritos nem virtudes, em que tudo o que acontece de mal é culpa de Bruno de Carvalho e quando corre bem os méritos são dos outros. Estes são os mesmos que sem o rigor que as funções exigem, permitem, por exemplo, em artigos de opinião a partir de dados concretos, não lendo a ficha técnica, extrapolar e retirar conclusões que os próprios dados não permitem. Isto não os impede, contudo, de a partir de uma conclusão errada e abusiva suportarem as suas teses subversivas com um intuito bem claro e de revanche. No entanto, aparecem com um ar angélico, para do alto da cátedra quererem transparecer uma imagem de isenção e rigor quando a prática nos revela precisamente o contrário.

Falamos de tudo isto para enquadrar o que neste momento se continua a passar. Desde a primeira hora em que se conheceu a contratação de Jorge Jesus para o nosso Clube que a relação com o Presidente do Sporting CP foi anunciada como impossível e que não duraria mais de três meses. A verdade é que já vamos para o terceiro ano!

Apesar de o tempo o demonstrar, a verdade é que não passa um dia em que não falem de uma guerrilha permanente, e que não queiram criar intrigas e divisões entre os dois. A escolha do Presidente, da Administração da SAD e da Direcção do Clube foi clara e o último sufrágio eleitoral de Março foi inequívoco sobre quem os Sócios queriam para Presidente e Treinador.

A harmonia existente entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, o que não obriga a que estejam sempre de acordo, pois cada um sabe bem o papel que lhe compete, continua a incomodar muita gente. A atitude, o compromisso e a união em torno do projecto é evidente, desde Presidente, Treinador, Jogadores e restante estrutura. Por mais que queiram destabilizar, não vão conseguir porque aquilo que o Sporting uniu, ninguém conseguirá separar.

Boa leitura!

P.S.: Duarte Gomes a propósito do caso Jorge Sousa escreve um artigo de opinião num diário desportivo em que questiona: “quais são os limites de alguém que vê a sua actividade diária, o seu quotidiano profissional e toda a sua vida pessoal sistematicamente afectado por desconfianças, pressões e ameaças? Qual é o seu ponto de ruptura? O ponto em que sucumbe, em que se desenquadra de quem é, do que faz e simplesmente tem uma reacção intempestiva, inesperada e quase sempre irrepetível? Pensem nisso”. Acrescentamos, pensem nisto, não só neste caso, mas também em outros, com outros protagonistas e que a tolerância que há para uns possa existir também para outros, porque o diabo está do outro lado.

Foto DR

Apuramento para a Champions em destaque no jornal Sporting

Por Jornal Sporting
24 Ago, 2017

Goleada em Guimarães, a terceira reviravolta da equipa B e a entrevista a Divanei marcam também a edição desta semana

"Cinco carimbos no passaporte milionário". É esta a manchete do Jornal Sporting desta semana, com o destaque principal a recair no apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, consumado com um 5-1 em Bucareste, quebrando o enguiço do terreno romeno. Também a mão-cheia de golos em Guimarães merece espaço, crónicas assinadas pelo jornalista Pedro Figueiredo.

Quanto à equipa B, poderá conhecer as incidências das últimas partidas (páginas 8 e 9), que permitiram aos leões igualar o melhor arranque de sempre na prova, pormenores contados pelas palavras de João Almeida Rosa e Sofia Oliveira.

O futsal tem um regresso há muito esperado. Divanei foi o convidado de gala de uma entrevista de Sofia Oliveira, em que o brasileiro realça a satisfação por “voltar a casa” (páginas 16 e 17).

Após a digna participação do Sporting-Tavira na Volta a Portugal, o jornalista Frederico Bártolo conversou com Vidal Fitas e Rinaldo Nocentini, ambos com declarações fortes sobre o pelotão nacional e futuro da modalidade em Portugal (páginas 12, 13 e 21).

Tudo isto e muito mais sobre o Universo Sporting a não perder, como habitualmente, esta quinta-feira numa banca perto de si.

Foto DR

Não VAR tudo!

Por Jornal Sporting
17 Ago, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3637

Somos a favor das tecnologias que contribuam para o trabalho do árbitro, para uma maior transparência e verdade desportiva. É por isso natural que a introdução do VAR (Vídeo Assistant Referee), ou seja, o vídeo-árbitro, tenha merecido o nosso aplauso, tanto mais que o nosso Clube, através do seu Presidente, foi o principal rosto das instituições desportivas nacionais que se bateram por esta medida, tanto em Portugal como no estrangeiro. Nesta luta foi concebida e elaborada detalhada documentação e promovidas uma série de reuniões junto das mais altas instituições nacionais e internacionais, das áreas políticas, governativas e da tutela do futebol.

Pela primeira vez, esta época, foi introduzido no campeonato da primeira Liga o VAR. Decorridas as duas primeiras jornadas, pese ainda o estado inicial e a necessidade de alguns afinamentos, é com satisfação que vemos o VAR cumprir o seu papel no apoio às arbitragens, contribuindo para uma maior verdade desportiva.

No entanto, como qualquer outra tecnologia ou regra, se não for devidamente utilizada, de forma generalizada com acesso aos mesmos recursos ou não seguindo o mesmo livro de estilos, então aí a coisa pode ser desvirtuada. Tanto mais se aqueles que procedem à recolha de imagens e realizam as transmissões forem uma das partes interessadas nas situações a serem julgadas.

Já em devido tempo alertámos para o perigo de promiscuidade no que respeita à detenção exclusiva de direitos de imagens televisivas de um Clube face a outro, mesmo que jogando em divisões diferentes, para exibir no seu próprio canal de TV. Também por isto não é de estranhar, até pelas situações verificadas no último encontro na Luz com o Sp. Braga, que nos insurjamos contra o facto de uma entidade que fornece as imagens dos seus jogos em casa tenha a faculdade de selecionar as mesmas. Falamos aqui de alguém que fornece os meios de prova para uma decisão na qual é parte interessada. Mesmo sem entrar em desconfianças (legítimas), esta é uma situação no mínimo absurda, pois permite a faculdade de ser julgado através de algo cujas provas o próprio pode condicionar. Mais preocupante ainda é quando assistimos ao último jogo dos nossos rivais frente ao Sp. Braga, as imagens para análise de uma situação de fora de jogo ocultam, numa primeira exibição, o jogador defensivo mais atrasado e suprimem as habituais linhas de fora de jogo que vinham a ser utilizadas nas transmissões da BTV.

Sem colocar em causa a utilidade e bondade do VAR, não restam dúvidas de que a sua utilização e os princípios pelo qual se rege têm que ser afinados, não permitindo que, a quem é parte interessada numa decisão, possa ter a possibilidade de manipular o elemento de prova que a vai suportar. As regras têm que ser iguais para todos os intervenientes e, nas diversas situações, bem como o tipo de realização e de imagens que se disponibiliza ao VAR. Esta situação é tanto ou mais preocupante quando se trata dos suspeitos do costume e que os últimos acontecimentos com e-mails e SMS’s, depois do caso vouchers, vieram reforçar a dúvida e a suspeição. 

Por falarmos de alguém que parece ter um regime de excepção num Estado de Direito, o nosso receio pela prática que vimos assistindo é ainda maior. Quando se negam as evidências com a maior das latas e se goza com a situação, é porque alguém se coloca acima das leis e regulamentos e viva numa impunidade total. O caso das claques vermelhas, aquelas que se dizem inexistentes mas que os próprios reconhecem em documentação própria, como é o caso de recibos de bilhetes de época, é de bradar aos céus. Mesmo tratando-se de diabos e outros sem nome, facto que nem os torna invisíveis e muito menos inexistentes. 

Não deixaremos que nos tratem como papalvos quando está à vista de toda a gente a ilegalidade e violação de regulamentos a que vimos assistindo, com os seus infractores a rirem-se na cara de todos, sem que as autoridades façam aquilo que é o mais elementar e que todos esperam que é, tão só, que a lei seja cumprida. Pouco nos interessa se estes temas queimam nas mãos daqueles que têm poder nestes domínios. A aplicação da lei não se pode reger por calendários eleitorais ou de qualquer outra espécie.

Faremos ouvir a nossa voz sempre, em defesa do Estado de Direito, da transparência e da verdade desportiva, e continuaremos a denunciar todas estas situações com as quais não podemos nem vamos compactuar.

Boa leitura!

Foto D.R.

Nulo frente ao Steua em destaque no Jornal Sporting

Por Jornal Sporting
17 Ago, 2017

A medalha de bronze conquistada por Nelson Évora nos mundiais de atletismo e a vitória pela margem mínima frente ao V. Setúbal também merecem atenção

"Ultrapassagem em Bucareste". É esta a manchete do Jornal Sporting desta semana, com o destaque principal a ir, como não poderia deixar de ser, para o empate frente ao Steaua de Bucareste na primeira mão do play-off de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, que deixa tudo em aberto para a segunda mão na Roménia. Para saber mais sobre o encontro, leia a crónica assinada pelo jornalista Hugo Alegre na página sete.

Outro dos grandes destaques desta edição vai para a medalha de bronze conquistada por Nelson Évora nos mundiais de atletismo, que decorreram em Londres. Além do atleta de triplo salto, estiveram ainda em prova vários leões, com o jornalista Hugo Alegre a fazer o balanço da participação verde e branca na competição (página 15).

Realce ainda para o magro, mas justo triunfo leonino na partida frente ao V. Setúbal, a contar para a segunda jornada da Liga NOS, naquele que foi o primeiro jogo oficial da temporada em Alvalade. 1-0 foi o resultado final, com um golo de Bas Dost, perto do fim, a fazer a diferença, com o jornalista Pedro Figueiredo a contar-lhe todas as incidências (página 3). 

Já sabe, não perca todas as novidades sobre o mundo Sporting na edição desta semana, que vai estar nas bancas, como habitualmente, esta quinta-feira.

 

 

Foto Mário Vasa

"Jogar no João Rocha vai dar um friozinho na barriga"

Por Jornal Sporting
10 Ago, 2017

Em entrevista ao Jornal Sporting, Felipe Borges mostrou-se ansioso por vestir a Listada verde e branca na nova casa das modalidades

JORNAL SPORTING – Sendo brasileiro, e tendo em conta que o futebol é o desporto rei, o que o levou a escolher o andebol?
FELIPE BORGES – [Risos] Como qualquer brasileiro, comecei por jogar futebol e também experimentei o futsal na escola – o meu pai queria era que eu jogasse à bola. Só depois apareceu o andebol. O meu professor de educação física disse-me uma vez numa aula: ‘Borges, vem jogar’. Fui e ganhei o gosto. Destaquei-me de tal forma que num torneio um treinador de uma equipa da zona me convidou para fazer testes.

Como foi essa primeira experiência com a bola na mão e não nos pés?
Tinha 10 anos e foi uma grande diversão. Muito divertido mesmo. Comecei a ver que poderia ter futuro.

O bichinho do futebol não voltou a morder-lhe os calcanhares?
Cheguei a jogar nas camadas jovens do Corinthians. Era médio, uma vez que adorava correr. Treinava muito, mas acabei por deixar, até porque o treinador não me dava muita atenção. Como era forte e dinâmico, acabei por encaixar perfeitamente no andebol.

Hoje, já com 32 anos, conta com mais de 100 internacionalizações pela selecção do Brasil, tendo ainda no currículo sete participações em Mundiais e uma nos Jogos Olímpicos…
Sabia que um dia ia alcançar estes feitos. Ainda tenho o sonho de continuar e conquistar cada vez mais coisas. Estou muito orgulhoso do meu percurso e por ter um papel principal na selecção brasileira – fui dos primeiros a chegar à Europa.

Apesar de ter um nome consagrado na modalidade, é verdade que não gosta de ser chamado de Felipe Borges?
[Risos] Quando cheguei a Espanha, onde joguei no Balonmano Aragon, todos me chamavam “Borges”. Só que uma vez, num jantar, um colega de equipa egípcio apelidou-me de Samba. Perguntei-lhe: “Porquê Samba?”. E ele dizia-me que era por ser brasileiro. O que é certo é que a alcunha pegou. E até prefiro [risos].

Samba [risos], o que sentiu quando o telefone tocou e do outro lado estava o Sporting?
Fiquei bastante feliz. O Sporting tem um excelente projecto e foi bastante claro nas suas ideias. Aceitei logo. Espero corresponder e ajudar a equipa a atingir os seus objectivos, demonstrando toda a minha qualidade.

As impressões têm sido positivas?
Já tinha acompanhado alguns jogos na última época. O plantel é bastante bem estruturado. Nota-se que tem uma disciplina táctica muito boa. Estou a gostar bastante. É muito interessante jogar num clube onde nos cruzamos com outras modalidades. Trocamos experiências e acompanhamos os jogos uns dos outros.

E como foi o primeiro contacto com a equipa técnica liderada pelo técnico Hugo Canela?
Muito boa. Apesar de serem novos nestas funções, estão a dar-se muito bem. A primeira experiência é sempre complicada, mas já têm conceitos técnicos e tácticos definidos. Se seguirmos as suas ideias, vamos ter bons resultados.

Ficou surpreendido com este forte apoio do Clube às modalidades?
Claro, basta aceder ao site do Sporting e ver as notícias actualizadas todos os dias sobre as modalidades: se estão viajando, se estão treinando… Essa informação não é só boa para nós, como também para todos os adeptos.

Disse recentemente numa entrevista que tinha assistido ao jogo do título frente ao Benfica, na última temporada. Sentiu o apoio incondicional dos Sportinguistas?
São espectaculares. Estão sempre presentes, a empurrar a equipa para a frente, até ao último minuto. É quase como se estivessem a jogar connosco.

Além do sotaque, que características acrescenta à equipa?
Era mais fácil perguntar aos meus colegas [risos]. Sou um jogador de grupo, que gosta de ajudar e que luta até ao fim e nunca desiste.

Podemos dizer que dá um toque de ‘samba’ ao plantel?
[Risos] Um pouco de sangue latino, sim.

Será colega de posição de outros nomes fortes como Nikcevik e Pedro Solha. Acredita que a concorrência interna seja favorável à vossa evolução?
Será uma rivalidade saudável. Todos têm a sua qualidade. Quero é que eles melhorem, que joguem cada vez mais, de forma a fazerem-me esforçar por ser melhor.

Até onde pode ir esta equipa?
O maior objectivo é conquistar o campeonato outra vez. Não só para nós, como para o Clube. O ano passado muitos disseram que tivemos sorte, por isso esta época queremos provar que foi fruto do nosso trabalho, da nossa dedicação e da nossa qualidade.

Ansioso por jogar no Pavilhão João Rocha?
Vai ser top! Um ambiente totalmente diferente. Vai dar um friozinho na barriga.

Por último, quer deixar uma mensagem a todos os Sócios e adeptos do Clube?
Que venham a todos os jogos, como sempre fazem. E que saibam que têm aqui um amigo a lutar por todos os Sportinguistas durante 60 minutos.

Foto D.R.

Cruz pesada

Por Jornal Sporting
10 Ago, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3636

A liberdade de expressão é um direito inalienável com que todos nos devemos congratular. Assim a opinião é, e deve ser, livre podendo cada um expressá-la independentemente da sua cor, credo, religião, opção política ou clubística. No entanto, uma opinião livre de ser manifestada de acordo com o mesmo princípio está sujeita a eventual contraditório, podendo ser objecto de discórdia, não pelo direito de ser proferida mas sim pelo seu conteúdo.

Nos últimos dias temos assistido à tomada de posição através de comunicados ou por escritos por parte de responsáveis do nosso Clube a propósito de opiniões manifestadas em órgãos de comunicação social, por colunistas afectos ao Sporting, com temas relacionados sobre a época desportiva que agora se iniciou, e bem, com a conquista dos primeiros três pontos em disputa.

Nas opiniões manifestadas há que distinguir aquelas que são o traduzir de uma visão e com as quais podemos ou não concordar, assistindo-nos igualmente o direito de sobre ela nos manifestarmos, tendo sempre como objectivo a defesa dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal. Outro tipo bem diferente é a maledicência, a mentira e a calúnia a par da criação de um clima de suspeição sobre o capote de opinião. Aqui por não se tratar apenas de mera opinião, há que tomar medidas firmes face às insinuações maldosas e continuadas que têm como único objectivo desestabilizar o Clube, por interesse pessoal e do grupo de interesses onde se inserem, alinhando no jogo de terrorismo comunicacional dos rivais.

Esta situação é tanto mais grave quanto se trata de um antigo dirigente que vem agora criticar e lançar insinuações maldosas sobre a informação divulgada pelo Clube sobre as contratações, quando nunca ouvimos durante o mandato de outras Direcções a sua preocupação com situações aí bastante preocupantes. Curioso também é o facto de no tempo em que esteve nos órgãos sociais do Clube nunca ter sido divulgada tanta informação e detalhada sobre as contratações como é actualmente.

Toda esta situação ainda nos toca mais porque desde que actual Direcção tomou posse, um dos pontos em que sempre se destacou foi a política de transparência e rigor da informação relativa a transferências, contratos e comissões – quando existem – e outros negócios de activos da Sporting SAD que, além da CMVM, são publicadas em primeira mão e em exclusivo precisamente aqui, no jornal oficial do Sporting Clube de Portugal.

Iremos uma vez mais, no final desta janela de mercado, publicar toda a informação, à semelhança do que temos vindo a fazer, sobre as transacções efectuadas, numa prática de informação contínua, rigorosa e transparente, para que tal como nos comprometemos, a cada instante, os Sócios tenham o máximo de conteúdo para conhecerem a real situação do Clube.

Assim, em vez de andar com maledicência crónica e a propagandear um clima de suspeição seria bom que o referido colunista se preocupasse mais com a agressão que nós vivamente repudiamos ao jornalista Pedro Neves de Sousa, profissional do grupo editorial onde escreve, por parte de adeptos do nosso rival. Aqueles que não têm claques mas que me obrigaram a fazer a viagem que nunca deveria ter feito em representação do nosso Clube, falo da deslocação a Orentano para as cerimónias fúnebres de Marco Ficcini, assassinado barbaramente nas imediações da Luz.

Gostaria que se manifestasse pelo apagão mediático da agressão ao jornalista Neves de Sousa, nomeadamente no grupo onde escreve, e se interrogasse e nos esclarecesse o porquê dessa situação.

A preocupação máxima deve estar no estado de direito que parece não funcionar de igual para todos, onde leis e regulamento parecem não ser aplicados da mesma forma, nem com a mesma celeridade.

O que temos vindo a assistir é de facto preocupante pois parece que vivemos num regime de excepção dentro do estado de direito quando os interesses avermelhados estão em questão e aqui nada tem a ver com as cores políticas. De qualquer forma, sabemos que para os políticos, os dossiers relacionados com o desporto em geral e o futebol em particular “queimam-lhes as mãos”.

Terminamos com uma pergunta: até quando vão os dirigentes com responsabilidades nestas áreas continuar a assobiar para o lado e a manter este clima de impunidade para com os nossos rivais?

Boa leitura!

Foto D.R.

'Bis' de Gelson em destaque no Jornal Sporting

Por Jornal Sporting
09 Ago, 2017

Além da vitória frente ao Des. Aves (2-0), destaque para o triunfo do Sporting B e Volta a Portugal

São muitos os motivos de interesse do Jornal Sporting desta semana. Ou não estivéssemos a falar do (bom) regresso de duas competições futebolísticas: Liga NOS e Ledman Liga Pro. Em ambas, as equipas verdes e brancas entraram com o pé direito, com a vitória do conjunto de Jorge Jesus no terreno do Desp. Aves (2-0) em evidência. O 'bis' de Gelson Martins deu o mote à manchete do semanário leonino, sendo que todos os contornos do que aconteceu dentro e fora do relvado foram contados nas páginas 3 e 5. 

Quanto aos comandados de Luís Martins, operaram uma reviravolta categórica na casa do Sp. Covilhã (2-1), isto depois de estarem em desvantagem durante a maior parte do encontro. Nos últimos minutos, Pedro Delgado e Miguel Luís (um dos seis 'juniores' utilizado pelo técnico português - Pedro Marques, Demiral, Jovane Cabral, Rafael Leão, Bruno Paz) marcaram a favor dos leões, permitindo entrar a ganhar na II Liga. 
 
Destaque, ainda, para a Volta a Portugal, uma prova que está a ser seguida a par e passo pelo jornalista Frederico Bártolo e pelo fotógrafo César Santos. Também por causa da Volta, o Jornal conta com mais quatro páginas do que o habitual, todas elas dedicadas ao dia-a-dia dos ciclistas do Sporting/Tavira. 
 
Além das chamadas de primeira página, existem vários outros temas que poderá descobrir no interior, sendo que as duas entrevistas realizadas (Carlos Bruno, membro da equipa técnica de futebol - realizada por João Rosa, e Felipe Borges, reforço do andebol - realizada por Hugo Alegre) merecem maior atenção neste mini-resumo. 
Foto José Cruz

"Primeira reacção ao saber do interesse foi dizer '"sim'"

Por Jornal Sporting
03 Ago, 2017

Bruno Fernandes falou em exclusivo ao Jornal Sporting, admitiu sonhar alto antes dos grandes jogos e que este era o projecto desportivo que lhe faltava

Jornal Sporting - Qual foi a primeira reacção quando recebeu a proposta do Sporting?

Bruno Fernandes - Dizer “sim”. Ter a possibilidade de jogar num Clube com esta grandeza era o que me faltava. O projecto desportivo do Sporting passa por ganhar tudo aquilo em que está inserido, qualquer coisa de incrível para um jogador. Voltando ao ‘tema comodismo’: nos clubes italianos, chegava a uma certa alguma em que sabíamos que dificilmente descíamos, mas também não conseguiríamos chegar mais longe. O comodismo também vinha daí. Com esta camisola não há espaço para tal.

Pediu conselhos antes da decisão?

Troco sempre ideias com a minha família. No mundo do futebol, as respostas dos amigos ou de gente do meio nem sempre são as mais sinceras possíveis. Pode não dar jeito falar mal ou bem de um determinado clube. Claro que também recorri ao mister Rui porque passou pelo Sporting. Falou-me muito bem do Clube e defendeu que seria um grande salto na minha carreira.

O facto de já conhecer vários jogadores do plantel também pesou?

Viria para o Sporting de qualquer maneira. É agradável chegar a um ambiente familiar, mas todos os outros me receberam muito bem. Foi o grupo onde me integrei mais facilmente. Deu para perceber que estamos todos focados num objectivo independentemente de jogar A, B ou C.

Quem lhe surpreendeu mais até agora?

O Bas Dost marca logo a diferença pela facilidade com que faz golos. O Fábio, que chegou agora, esteve no Real Madrid. O Adrien e o William são jogadores afirmados na nossa Selecção. O Acuña tem grande qualidade e o próprio Mathieu, Coates ou Rui Patrício. Todos se distinguem por uma ou outra particularidade.

Leia mais na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas.

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