Hannah Seabert também lançou a final da Supertaça

Com a Supertaça em jogo, a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal enfrenta, esta sexta-feira (20h45), o SL Benfica na final, que será disputada no Estádio do Restelo, em Belém. Na véspera do dérbi que vai decidir o primeiro título em 2024/2025, a treinadora Mariana Cabral e a guarda-redes Hannah Seabert lançaram o jogo em conferência de imprensa no auditório da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.

“Vai ser uma final muitíssimo competitiva entre as duas melhores equipas em Portugal”, começou por dizer a técnica verde e branca, tendo em vista uma Supertaça que pela quarta edição consecutiva terá Leoas e águias frente-a-frente – Sporting CP venceu a prova em 2021, precisamente no Restelo, e em 2017.

Posto isto, Mariana Cabral não escondeu que “as duas equipas conhecem-se muito bem”, mas realçou também que há “novas dinâmicas” de parte a parte, além dos ingredientes já inerentes a uma final: “Acaba por ser não só a parte técnica e táctica, mas também a parte emocional, psicológica ou até casual, no sentido em que pode haver um penálti ou uma expulsão, situações que também temos de saber superar”.

De seguida, a treinadora das Leoas garantiu que a sua equipa está “muito bem e com muita vontade de ganhar um troféu”. “As jogadoras estão por dentro do que queremos fazer e, portanto, estamos completamente preparadas para ganhar”, apontou, realçando ainda o significado de poder iniciar a temporada regressando aos títulos.

“É muito importante, todos os troféus o são. Temos estado nas decisões, mas não temos conseguido conquistá-los. Há muita vontade”, reforçou, preferindo manter o foco sobre aquilo que as Leoas podem controlar, uma “lição da época passada”, acrescentou.

“O adversário do Sporting CP é o Sporting CP, isso é que tem de estar na nossa cabeça. Temos de fazer melhor aquilo que nós podemos fazer, independentemente do adversário”, sublinhou Mariana Cabral antes de abordar a chegada das sete caras novas do plantel Leonino: “Têm sido muito bem integradas e temos um grupo muito jovem e com muita vontade. O que mais querem é ganhar e queremos que todas sintam o que é levantar um troféu pelo Sporting CP”.

Além disso, a técnica considerou que “não faz sentido” a sobreposição da final da Supertaça com a partida da equipa masculina Leonina, para a Liga, no Algarve, também na sexta-feira, às 20h15.

“É uma enorme falta de respeito pelas jogadoras do Sporting CP, do SL Benfica e por todas as pessoas que trabalham no futebol feminino. As instituições têm de intervir nestes casos. Queremos promover o futebol feminino, que seja mais visto, por isso é uma pena”, referiu, acrescentando: “É importante que possamos crescer todas juntas por causa do investimento e da organização e não apesar do investimento e da organização”.

Ainda assim, Mariana Cabral frisou a ambição da sua equipa em voltar a dar alegrias aos adeptos. “Vamos dar o melhor para trazer um troféu para o Sporting CP e para os Sportinguistas, tendo pena que não poderemos ter o apoio de mais adeptos, porque ficarão divididos, mas de certeza que vão acompanhar ao longe também”, destacou, por fim.

Por sua vez, a guarda-redes Hannah Seabert, uma das capitãs para 2024/2025, também falou aos jornalistas presentes e deu conta da “confiança” que move as Leoas rumo à decisão.

“Fizemos uma boa pré-época e aprendemos muito. Temos uma identidade forte e jogadoras com personalidade, por isso sentimo-nos bem e entusiasmadas para amanhã”, apontou, acrescentando também que a final é encarada como uma “oportunidade de conseguir um título perante os adeptos”.

Sublinhando “a força e crença enquanto equipa” como principais pontos fortes das Leoas, a guardiã norte-americana considerou que, apesar do conhecimento mútuo, o dérbi “é sempre um novo desafio” e “um bom jogo de preparação para o nível da UEFA Women’s Champions League”, mas agora, sentenciou, o foco está “apenas na Supertaça”. “Um jogo e uma competição de cada vez”, acrescentou.

E, tal como a sua treinadora, Hannah Seabert foi clara ao traçar a ambição das jogadoras na ‘antecâmara’ de mais uma final. “A expectativa de alcançar troféus faz parte de estar no Sporting CP. Queremos começar em força esta época e amanhã queremos dar provas das nossas intenções. Estivemos muito perto [dos títulos] na época passada, ainda temos alguma dessa mágoa, mas agora é um novo início”, concluiu.

Jogo marcado para sexta-feira, às 20h45, frente ao SL Benfica

A equipa principal de futebol feminino do Sporting Clube de Portugal continua a preparação para a final da Supertaça, jogo que vai acontecer esta sexta-feira, frente ao SL Benfica, no Estádio do Restelo, a partir das 20h45. 

As Leoas orientadas por Mariana Cabral vão no encalço do terceiro troféu na competição, numa reedição da final da temporada passada, na altura disputada em Aveiro. 

Gabriela Vinhas, Mégane Sauvé e Joana Martins estão entregues ao departamento médico. Esta quinta-feira, a equipa Leonina cumpre treino a partir das 17h00 na Academia Cristiano Ronaldo, com 15 minutos abertos à comunicação social, e às 18h15 a treinadora Mariana Cabral e uma jogadora fazem a projecção da partida na sala de imprensa da Academia.

​Médio de 17 anos representava o SC Braga

​Dérbi com o SL Benfica marcado para sexta-feira no Estádio do Restelo

Os bilhetes para a final da Supertaça de futebol feminino entre o Sporting Clube de Portugal e o SL Benfica estarão disponíveis a partir das 14h00 desta segunda-feira.

A venda dos ingressos será feita nas bilheteiras do Estádio José Alvalade, de segunda-feira a quinta-feira entre as 10h e as 20h, e no Estádio do Restelo.

Os preços variam entre os 3 e os 7 euros.

O encontro está marcado para esta sexta-feira, às 20h45, no Estádio do Restelo.

Treinadora realçou que, agora, a equipa "quer ganhar o troféu"

Selada a passagem à final da Supertaça, com um vitória por 0-2 sobre o Racing Power FC, Mariana Cabral, treinadora da equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal, fez a leitura do encontro em declarações aos meios de comunicação Leoninos.

"Tivemos uma entrada muito boa, com muita vontade de fazer aquilo que treinámos, a mostrar que queríamos ganhar. Tivemos várias oportunidades de golo para chegar ao 0-1 mais cedo, até com três bolas aos ferros. Fomos muito dominadoras ofensivamente, mas também defensivamente", considerou, destacando também a forma como as Leoas conseguiram manter-se no controlo das operações, apesar da ineficácia no ataque.

"Na parte final da primeira parte deixámos que o adversário subisse mais no campo para nos criar dificuldades, porque é uma boa equipa, muito agressiva sobretudo nos esquemas tácticos, mas as nossas jogadoras foram muito maduras na forma como perceberam o que tínhamos de corrigir. Na segunda parte conseguimos concretizar e fomos claramente a melhor equipa", sublinhou a técnica, acrescentando: "Foi um jogo muito bom e passamos bem à final da Supertaça".

Mariana Cabral considerou que foi um arranque oficial em 2024/2025 "muito positivo", distribuindo méritos pelo plantel. "As jogadoras, não só as novas, mas também as que cá estavam, deram resposta, as que entraram na segunda parte também e isso é muito importante. Vai ser uma época longa, precisamos de todas as jogadoras e elas sabem isso", frisou.

Embora tenha reconhecido que na recta final do jogo, aquando da expulsão adversária, as Leoas podiam "ter marcado mais golos", Mariana Cabral enalteceu a postura insaciável das suas jogadoras até ao apito final: "O importante é manter até ao fim o mesmo ritmo e a mesma vontade para marcar mais. É o que nos vai levar para outros patamares".

Já com os olhos postos na final, marcada para sexta-feira (20h45), no Estádio do Restelo, em Belém, a treinadora do Sporting CP começou por lamentar a sobreposição deste encontro decisivo com a partida da equipa masculina Leonina, para a Liga, no Algarve, no mesmo dia, às 20h15.

"É uma pena. Tenho a certeza de que os Sportinguistas iam querer estar nos dois jogos e assim não vão conseguir. Independentemente disso, sei que nos vão enviar muita força e nós precisamos dela porque uma final é sempre um jogo muito dividido", atentou, traçando de imediato a ambição verde e branca para a discussão do primeiro título da temporada: "Temos uma equipa muito boa e que quer ganhar o troféu. Vamos com muita vontade de conseguir um troféu para o Sporting CP, porque as jogadoras e o Clube merecem".

De seguida, Brittany Raphino, autora dos dois golos que decidiram o encontro - os primeiros das Leoas em 2024/2025 -, também analisou a meia-final. "Tivemos várias oportunidades na primeira parte, mas mantivemos a confiança e, assim, sabíamos que iríamos conseguir o resultado que queríamos", apontou, realçando: "Foi uma boa vitória e levamos coisas boas para esta próxima semana".

A avançada norte-americana virou também o foco para a final da Supertaça e 'lançou os dados' para mais um dérbi. "É sempre uma batalha, mas estamos prontas para o desafio. Vivemos para jogos desses e queremos ganhar para ficar com o troféu", sentenciou a goleadora das Leoas.

‘Bis’ de Brittany Raphino selou passagem frente ao Racing Power FC (0-2)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal voltou a apurar-se para a final da Supertaça, este sábado, ao ter batido o Racing Power FC por 0-2 na meia-final disputada no Estádio Nacional, no Jamor.

Desta forma, as Leoas de Mariana Cabral vão estar na decisão do primeiro troféu da temporada pela quarta edição consecutiva, procurando repetir o êxito alcançado em 2021 – 2017 foi a outra edição vencida pelo Sporting CP. E tal como nas últimas três finais, o SL Benfica volta a ser o último obstáculo até ao troféu. A final está marcada para as 20h45 da próxima sexta-feira, no Estádio do Restelo, em Belém, precisamente o palco onde as Leoas conquistaram a sua última Supertaça.

No Jamor, sem poder contar com Joana Martins, Gabriela Vinhas e a reforço Mégane Sauvé, todas lesionadas, Mariana Cabral incluiu duas caras novas das sete apresentadas para 2024/2025 neste primeiro onze da nova temporada: a central Georgia Eaton-Collins e a avançada Telma Encarnação foram titulares, juntamente à guarda-redes Hannah Seabert e às defesas Ana Borges, Andrea Norheim e Alícia Correia, enquanto Maiara Niehues e Brenda Pérez assumiram o meio-campo, Jacynta Galabadaarachchi e Diana Silva nos corredores e Brittany Raphino completou o ataque.

E foi de forma objectiva e muito produtiva que o Sporting CP entrou em campo, criando muito perigo com várias situações de golo nos instantes iniciais – ainda sob um calor muito intenso. Logo na primeira oportunidade, num livre directo frontal, Maiara acertou na trave e, a seguir, foi por muito pouco que Brittany Raphino não conseguiu superar a guardiã Michaely Bihima num cara-a-cara.

Depois, à boleia deste domínio total verde e branco, foi a vez de a reforço Telma Encarnação começar a mostrar as suas credenciais no ataque – foi sinónimo de perigo constante. De calcanhar, serviu Raphino, que atirou por cima, e até se cumprir o primeiro quarto de hora a madeirense teve três oportunidades nos pés: numa o remate saiu por cima, noutra, após fazer tudo bem na área, atirou à barra, e, pouco depois, não conseguiu o desvio nas melhores condições a um bom cruzamento rasteiro de Diana Silva.

O Racing Power FC, entretanto, conseguiu dividir um pouco mais a partida, mas as melhores oportunidades continuaram a ser do Sporting CP. Telma Encarnação até tentou a sua sorte com um remate do meio-campo, mas, apesar das dificuldades, Michaely Bihima recuou a tempo e evitou um grande golo.

À meia hora de jogo, a equipa da casa respondeu com a sua primeira ocasião, na sequência de uma bola parada, mas defendida por Seabert, sendo que no contra-ataque que se seguiu Brittany Raphino teve tudo para inaugurar o marcador para as Leoas, mas novamente sem sucesso.

Até ao intervalo, o Racing Power FC procurou subir mais no terreno e incomodar a defesa verde e branca com algumas bolas paradas e cruzamentos, mas a fechar o primeiro tempo voltou a ser o Sporting CP a ficar muito perto do golo. Lançada em profundidade, Telma Encarnação encheu o pé, porém a guarda-redes adversária – a meias com o poste – levou de novo a melhor.

Apesar das claras e inúmeras oportunidades criadas pelas Leoas, o nulo seguiu teimosamente inalterado para a segunda parte, mas não por muito tempo. Finalmente, aos 53 minutos, Brittany Raphino assinou o já merecido 0-1 e o primeiro golo Leonino em 2024/2025. Tudo começou num excelente passe vertical da reforço Georgia Eaton-Collins para Diana Silva, que à saída da guarda-redes picou a bola para a pequena área, onde a avançada norte-americana fez o desvio, de cabeça, para o fundo das redes.

Com mais justiça no marcador, a formação de Mariana Cabral continuou a gerir os tempos do jogo e quase chegou ao 0-2, contudo o pontapé de fora da área de Jacynta Gala, que cortou da esquerda para dentro, saiu ligeiramente ao lado. Pouco depois, aos 64 minutos, a técnica verde e branca lançou Fátima Pinto e Maísa Correia para os lugares de Brenda Pérez e Telma Encarnação.

O golo da tranquilidade, no entanto, chegaria mesmo, já à passagem dos 72 minutos e novamente por Brittany Raphino. Servida na perfeição por um passe de Jacynta Gala sobre a linha defensiva, a avançada teve a frieza para dominar e finalizar, ‘matando’ o jogo e carimbando a passagem do Sporting CP para a final.

À entrada para os últimos dez minutos, a esperança de uma reacção por parte do Racing Power FC ruiu com a expulsão de Ana Nogueira, que com um agarrão evitou que a veloz Maísa Correia se isolasse na cara do golo. Até ao fim, as Leoas, que ainda contaram com as entradas de Cláudia Neto, Ana Capeta e Rita Fontemanha, geriram o resto do encontro sem sobressaltos e entraram a vencer na nova época.

Na sexta-feira, a equipa verde e branca vai em busca da terceira Supertaça do palmarés, o que faria do Sporting CP - juntamente com o SL Benfica - o emblemas que mais vezes levantou o primeiro troféu da época.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C], Georgia Eaton-Collins, Andrea Norheim (Rita Fontemanha, 85’), Alícia Correia, Maiara Niehues, Brenda Pérez (Fátima Pinto, 64’), Diana Silva (Cláudia Neto, 76’), Jacynta Galabadaarachchi, Telma Encarnação (Maísa Correia, 64’) e Brittany Raphino (Ana Capeta, 76’).

​Época arranca com as meias-finais da Supertaça frente ao Racing Power FC

Depois de mais de um mês de preparação, a equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal estreia-se oficialmente em 2024/2025 já este sábado (17h30), no Jamor, com a disputa das meias-finais da Supertaça frente ao Racing Power FC.

Na antevisão à partida, a treinadora Mariana Cabral começou por deixar elogios ao trabalho que as Leoas realizaram nas últimas semanas e garantiu que todas as jogadoras estão preparadas para enfrentar da melhor forma a época que aí vem.

“Tivemos jogos de dificuldades variadas e experimentámos coisas diferentes que eram importantes para nós em termos de dinâmicas e relacionamento com as novas jogadoras que chegaram. Todas elas tiveram oportunidade de jogar contra vários adversários, de experimentar e de jogar com colegas diferentes, isso foi o mais importante para nós. Tentámos passar a forma como queremos que a equipa se comporte ofensivamente e defensivamente, além de integrar todas no grupo. O mais importante de tudo é elas entenderem que a equipa está sempre acima do individual e isso correu muito bem”, considerou a treinadora à Sporting TV, antecipando uma época competitiva.  

“O futebol feminino está a evoluir imenso, há cada vez mais equipas e jogadoras competitivas e mais investimento, o que é necessário porque o patamar de qualidade em Portugal ainda precisa de subir. Também fazemos o nosso papel na formação e na equipa A e sabemos que esta época será mais competitiva do que a anterior, mas estamos preparadas pois temos mais soluções, qualidade e vontade. Queremos dar alegrias aos adeptos e, independentemente da competição, queremos competir até ao fim e estar nas decisões. Isto, claro, além de ganhar troféus porque o Sporting CP é um clube que tem de conquistar títulos”, destacou.

Mariana Cabral abordou depois a adaptação das sete jogadoras que chegaram ao plantel esta temporada, garantindo que todas se integraram “muito facilmente”.

“Algumas já eram conhecidas da equipa, como a Telma [Encarnação] e a Beatriz [Fonseca]. As estrangeiras não eram tão conhecidas, mas temos um grupo muito acolhedor e alargado não só de estrangeiras mas também de portuguesas. O grupo de capitãs, composto pela [Ana] Borges, a Rita [Fontemanha], a Brenda [Pérez] e a Hannah Seabert, esteve muito bem a agrupar toda esta gente nova para que elas percebam o que é o Sporting CP, para quem vem de fora, bem como a forma como pretendemos que elas se apresentem tanto dentro como fora de campo”, frisou.

A líder da turma verde e branca mostrou-se também entusiasmada com o regresso do Clube à UEFA Women’s Champions League, prova que Sporting CP disputou pela última vez em 2018/2019 e na qual defrontará as alemãs do Eintracht Frankfurt.

“Temos uma equipa muito jovem, a média de idades é muito baixa, mas há algumas jogadoras que já têm experiência de Champions como a [Ana] Borges, a [Hannah] Seabert ou a Brenda [Pérez]. São jogadoras que trazem experiência e aprendizagem para as outras, o que é importante porque é uma competição completamente diferente na qual o Sporting CP não estava há muitos anos. É bom voltar e tem de ser algo normal e regular pois é uma competição em que o Sporting CP quer sempre estar e que tem evoluído muito de ano para ano”, realçou, lembrando depois que ela própria, quando ainda era jogadora, também disputou esta mesma competição.

“Também joguei na Liga dos Campeões há dez anos e era completamente diferente, a competitividade era outra e as equipas portuguesas eram completamente diferentes. Agora está tudo mais evoluído e é para aí que temos para caminhar, investir e evoluir mais para conseguirmos chegar mais à frente nesta competição”.

Quanto ao jogo inaugural da temporada diante do Racing Power FC, para as meias-finais da Supertaça, Mariana Cabral - que não vai poder contar com as lesionadas Joana Martins, Mégane Sauvé e Gabriela Vinhas – salientou a importância de começar bem, com uma vitória, até para que a equipa possa garantir uma vaga na final. Apesar de destacar a qualidade do oponente, a treinadora mostrou confiança.

“Queremos ter um primeiro jogo dentro do que temos treinado e do processo da equipa. Temos crescido e feito coisas muito boas, tanto ofensivamente como defensivamente, e é isso que queremos continuar a fazer. Queremos ver a equipa a entrar com muita vontade, crer e fome de ganhar o jogo, isso é muito importante porque é um jogo decisivo. Não vai ser, de todo, um jogo fácil, pelo contrário, temos de trabalhar muito para conseguir ganhar e é isso que elas têm de meter na cabeça. Nada nos vai ser dado, temos de trabalhar muito e vai ser difícil, mas temos todas as competências e qualidades para isso. Temos de colocar isso em campo num jogo de cada vez, vamos pensar neste primeiro adversário e tentar ganhar”, atirou.

​Ana Borges, Hannah Seabert e Telma Encarnação perspectivaram a nova época

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal vai dar o pontapé de saída oficial na temporada 2024/2025 já este sábado (17h30), em pleno Jamor, com a disputa das meias-finais da Supertaça diante do Racing Power FC.

Dois dias antes de a bola começar a rolar, as jogadoras Ana Borges, Hannah Seabert e Telma Encarnação marcaram presença na Loja Verde do Estádio José Alvalade para perspectivar a nova época, tendo abordado temas como a ambição de serem Campeãs Nacionais, a integração dos reforços ou o tão aguardado regresso à UEFA Women's Champions League.

A capitã Ana Borges deu conta do trabalho realizado pelas Leoas na pré-temporada, considerando que foi importante para testar novas dinâmicas e afinar detalhes para os jogos a doer.

“Tivemos jogos exigentes contra Sevilla FC, SL Benfica, RC Deportivo de la Coruña e SCU Torreense que nos prepararam para a época. Este ano temos a Liga dos Campeões e vamos começar na Supertaça contra o Racing Power FC, que fez uma campanha muito boa na época passada. Queremos começar da melhor maneira”, começou por dizer aos jornalistas a experiente jogadora, que está entusiasmada pelo início daquela que será a sua nona temporada no Clube.

“Sabemos que vai ser uma época muito exigente e longa e que vamos ter momentos menos bons, como é normal, mas temos de nos agarrar umas às outras e esperar que seja este o ano em que conseguimos títulos, que é o que nos tem faltado”.

Ana Borges, que é a jogadora mais internacional de sempre pela selecção portuguesa, não escondeu que vencer a Supertaça seria a melhor forma de começar a época, pela confiança que traria à equipa.

“Começar a temporada com um título dá outro alento para o resto da época, mas se as coisas não correrem como queremos a temporada não acaba aí e temos de pensar mais à frente. Cada vez há mais competitividade e equipas capazes de lutar por títulos, sendo que quem cometer menos erros vai é que vai conquistá-los. Nós temos esse espírito e a nossa união por vezes leva-nos a coisas boas. Conquistar a Supertaça seria óptimo pois é o que que queremos e o Clube e adeptos merecem”, frisou, antes de se mostrar feliz pelo regresso à UEFA Women’s Champions League.

“O Sporting CP é um clube grande e tem de estar nestas competições. É uma mais-valia para nós enquanto jogadoras poder desfrutar da experiência da Liga dos Campeões. Há muitas jogadoras que vão disputá-la pela primeira vez e outras que já o fizeram, mas sabemos da exigência que é. Vamos jogar contra um Eintracht Frankfurt muito mais experimentado e com jogadoras muito experientes, mas dentro de campo se conseguirmos impor o nosso futebol podemos passar à próxima fase da prova, que é algo que ainda não conseguimos fazer”, lamentou.

Já Hannah Seabert, guarda-redes norte-americana, mostrou-se ciente de que o duelo com o Racing Power FC não será fácil, mas expressou toda a sua confiança.

“Sabemos que o Racing Power FC vai entrar com tudo, é uma equipa muito agressiva e difícil de bater, mas estamos preparadas. Queremos ganhar e estamos muito felizes por estar de volta às competições oficiais, sentimo-nos prontas para o início da época. Sabemos que, independentemente do que o adversário fizer, podemos dar boa resposta e temos confiança na nossa equipa”, frisou, antes de perspectivar a edição 2024/2025 da Liga, que está cada vez mais competitiva.

“Sabemos que várias equipas se reforçaram, mas é isso que desejamos porque queremos jogar uma Liga competitiva. Adoro estar em Portugal porque há investimento nos diferentes clubes e isso é muito importante, quero sentir-me desafiada. Adoramos os jogos em que isso acontece porque faz sobressair o melhor de nós. Estamos à espera de uma época desafiante, mas também do título. Se olharmos para a última época, tudo ficou decidido apenas no último minuto e isso é fantástico. É entusiasmante para nós e para os adeptos, significa que todos os momentos contam e é isso que vamos ver esta época. Todos os detalhes contam”.

A jogadora de 29 anos, que está já na quarta temporada de Leão ao peito e na campanha passada foi considerada a melhor guarda-redes da Liga, abordou ainda a adaptação das novas jogadoras do plantel, considerando que estas já se encontram integradas.

“Adoro estar numa equipa em que há jogadoras de diferentes sítios, todas trazem experiências distintas. É muito importante para nós juntar isso e ver o que conseguimos criar todas juntas. As novas jogadoras já começaram a aprender o que é  o ADN do Clube e a forma como jogamos, estamos a criar boas relações dentro e fora de campo”.

Por sua vez, a avançada Telma Encarnação, que chegou este Verão ao plantel vinda do CS Marítimo, revelou que a adaptação ao grupo não podia estar a correr melhor.  

“Já conhecia muitas das minhas novas colegas, mas todas me têm acolhido muito bem. Elas ajudam-me, tal como eu a elas, e a equipa está a ser muito importante para mim. O objectivo neste momento é dar-me bem com todas”, atirou, fazendo também um balanço positivo da pré-temporada que está prestes a chegar ao fim.

“A pré-época tem corrido muito bem, temos treinado bem e o estágio em Santo Tirso foi fundamental, tal como os jogos particulares. Estamos focadas nos objectivos, sendo que o principal esta época é ganhar todos os jogos, pensando jogo a jogo, e tentar conquistar o campeonato”, referiu, ela que já se estreou a marcar de Leão ao peito.

“Marquei mas foi nos jogos de preparação. Claro que são os primeiros golos e foram importantes, mas o que vai ser mesmo marcante vai ser quando acontecer nos jogos oficiais”, lembrou, garantindo que a equipa está mais do que pronta para enfrentar o Racing Power FC.

“O Racing Power FC teve bons resultados na época passada e foi uma das equipas com mais golos marcados, mas estamos a preparar muito bem o jogo já há algum tempo. Esperamos que corra bem porque queremos estar na final e ganhar a Supertaça”, exclamou, antes de concluir com uma mensagem aos Sportinguistas.

“Quero pedir aos adeptos que estejam sempre connosco nesta Supertaça, na meia-final e na final, e depois no campeonato. O apoio deles é muito importante, especialmente no primeiro jogo oficial da época, e talvez nos ajude no resultado”.

​Extremo de 18 anos quer "vencer o máximo de troféus possível"

Miri O'Donnell é Leoa. A extremo de 18 anos, que tem nacionalidade japonesa e norte-americana, chega proveniente do MVLA Soccer Club, emblema do Estado da Califórnia, para reforçar a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, tendo assinado contrato até 2027.

Nas primeiras declarações com a listada verde e branca, a jovem jogadora, que passa agora a fazer parte das opções da treinadora Mariana Cabral, não escondeu a felicidade por chegar ao Sporting CP, mostrando-se ansiosa por começar.

“Estou muito entusiasmada por estar aqui. Entrar no balneário e ver jogadoras que costumava ver na televisão deixou-me fascinada. É tudo fantástico, os treinadores são incríveis e as jogadoras foram muito acolhedoras e amáveis. Sinto-me abençoada”, começou por dizer aos meios de comunicação do Clube, explicando a razão pela qual escolheu o Sporting CP.

“Para mim o mais importante é a evolução, principalmente agora que estou a iniciar a vida adulta. Ao falar com os treinadores, o que mais se destacou foi o facto de valorizarem o desenvolvimento das jogadoras, assim como da equipa. Acho que esse foi mesmo o principal motivo que me fez juntar-me ao Sporting CP”, sublinhou.

Miri O'Donnell explicou depois como se iniciou o seu percurso no futebol. “Comecei a jogar quando tinha quatro anos. Os meus irmãos mais velhos jogavam e eu sempre fui muito competitiva, por isso também comecei a jogar. Apaixonei-me imediatamente e nunca mais parei”, recordou, revelando ter nascido no Japão.

“O meu pai estava no exército, por isso mudámo-nos muitas vezes. Joguei em muitos Estados no Japão e nos Estados Unidos e foi óptimo, adorei”, considerou, descrevendo-se como uma jogadora tecnicista.

“No Japão, valorizam muito o aspecto técnico e acho que apanhei isso bastante cedo. Considero-me uma jogadora muito técnica e adoro bater as adversárias no um contra um. Marcar golos, obviamente, é uma das melhores partes do jogo, e também gosto de me envolver no ataque e criar oportunidades de golo, além de ser uma jogadora desafiante. Gosto de me ver como uma jogadora perigosa”, realçou.

Apesar de ter acabado de chegar, Miri O'Donnell tem objectivos bem definidos.

“Um dos meus antigos treinadores disse-me “onde quer que vás há a magia da Miri”. Tenho de acreditar nisso e trazer essa magia para aqui. Gosto de trazer entusiasmo para o jogo e de entreter as pessoas. Colectivamente, quero vencer o máximo de troféus possível. Além disso, quero ser uma jogadora em que todos podem confiar, as minhas colegas, os treinadores e quem vem assistir aos jogos”.

A internacional sub-17 e sub-19 pelos Estados Unidos vai utilizar a camisola 78, número bastante especial para a jogadora. “Numa das minhas equipas favoritas no Japão, o Lions FC, na qual joguei, os números eram atribuídos com base na ordem alfabética do nosso apelido. Eu queria ser o número 77, mas estava a uma letra de distância e fiquei com o 78. Fiquei um pouco chateada, mas comecei a jogar e assentou-me muito bem. Joguei bem com esse número e desde aí tenho jogado com ele, tem sido fantástico”, frisou.

A fechar, Miri O'Donnell prometeu muito trabalho e dedicação com as cores do Sporting CP. “Prometo dar 110% de mim, dentro e fora do campo, e ser uma jogadora que todos possam desfrutar ver jogar. Quero também ser uma jogadora que traz força e eleva a equipa, além de continuar a crescer”, sublinhou.

Internacional sub-17 tem Ana Borges como referência

Matilde Sousa é a mais recente jovem jogadora a renovar o seu contrato de formação com o Sporting Clube de Portugal. Nas últimas temporadas, a centrocampista de 17 anos tem dividido a sua participação entre a equipa de juniores e a equipa B Leoninas e, em Maio deste ano, representou Portugal no Campeonato da Europa de sub-17. Matilde Sousa está no Sporting CP desde 2020/2021 e é de Leão ao peito que vai continuar a evoluir.

No momento de assinatura da sua renovação, a jovem Leoa definiu-se como uma jogadora com “garra e ambição”, preparada para continuar “à procura de mais”. E neste caminho ascendente, onde já se sagrou Campeã Nacional de sub-19 (2022/2023), Matilde Sousa confessou também que Ana Borges, capitã da equipa principal do Sporting CP, é o seu principal exemplo a seguir.

“Pelo seu percurso, pelo exemplo que dá às jogadoras mais novas e pelas suas características em campo”, justificou a centrocampista, acrescentando: “É rápida e gosto dos seus carrinhos, principalmente”.

Já com festejo próprio - criado a pedido da irmã - e uma paixão pelo futebol nascida no Colégio São João de Brito, Matilde Sousa deixou uma mensagem final aos Sportinguistas: “Confiem em nós, queremos dar muitas alegrias a quem nos acompanha”.