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Opinião

Um Clube tão grande como os maiores da Europa

Por Miguel Braga
22 Set, 2021

O lema do Clube aplica-se a toda uma estrutura que respira e trabalha sentindo o peso da instituição e a responsabilidade de exibir o Leão ao peito.

Foi um feito notável. Vencer a Taça Continental. Outra vez.

Foi um feito notável, dos atletas, do staff, de todos os que acompanham a equipa, dos muitos que à sua maneira contribuíram para o 40.º título europeu do Sporting CP. João Almeida, Gonzalo Romero e João Souto foram os autores dos golos, Ângelo Girão o gigante que evitou vários. A todos, pela ambição e pela conquista, um enorme obrigado com a certeza de que são motivo de orgulho da nação Leonina.

Foi um feito notável porque a esta conquista devemos juntar outras duas – Campeão Nacional e Campeão Europeu –, no espaço de quatro meses. O lema do Clube aplica-se a toda uma estrutura que respira e trabalha sentindo o peso da instituição e a responsabilidade de exibir o Leão ao peito.

Depois de toda a Glória da época passada e de tantos feitos notáveis, a equipa de Nuno Dias tem já outra responsabilidade sob os ombros: no arranque desta temporada todos os Troféus Stromp ficaram em casa. Falta o futsal que se joga apenas em Outubro. Em caso de vitória, será um arranque em pleno, com a ilusão de novas conquistas, mas especialmente com o orgulho de Ser Sporting CP.

Notável foi também o apoio dos Sócios e adeptos depois do resultado não conseguido com o AFC Ajax, no primeiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões. Começaram logo depois do apito final e esse apoio transportou-se até ao Estoril, onde se fizeram ver e ouvir, dizendo “presente!” à equipa. O golo de Pedro Porro e a comunhão entre jogadores e adeptos nas celebrações é um daqueles momentos do desporto. O futebol com público tem outro encanto. Ainda para mais quando o público é verde e branco.

Na próxima sexta-feira segue-se o CS Marítimo e seria bonito continuar a onda de apoio à equipa com o público a preencher as bancadas de Alvalade. Para um futuro que esperamos que esteja cada vez mais próximo, só podemos imaginar como ficará o nosso estádio com a lotação a 100%. Esta sim, seria uma notícia notável.

Num Clube repleto de feitos e atletas notáveis, para a semana o convidado do nosso ADN de Leão é Jorge Fonseca, bicampeão do mundo e medalhado Olímpico, um dos grandes nomes do desporto português e um atleta que já gravou o seu nome na

História do Clube. Será emitido na próxima semana, um dia depois de novo jogo na Liga dos Campeões, desta vez contra o Borussia Dortmund de Haaland e companhia.

Teremos de ser notáveis.

Editorial da edição n.º 3838 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Sede de Títulos

Por Pedro Almeida Cabral
22 Set, 2021

O Sporting Clube de Portugal é um dos maiores Clubes europeus.

O Sporting Clube de Portugal é um dos maiores Clubes europeus. E não o digo por orgulho, vaidade ou aspiração. Afirmo-o porque o Sporting CP constantemente nos prova o seu estatuto e alarga o seu pecúlio de títulos continentais. No passado fim-de-semana soubemos, justamente, ganhar a Taça Continental em hóquei em patins. Levámos de vencida o Lleida por 3-1 num jogo em casa do adversário. Foi o 40.º título europeu do Sporting CP e o 10.º título europeu nesta modalidade. Depois das Ligas Europeias de 2019 e 2021, bisámos também na Taça Continental, repetindo a conquista de 2019. Em apenas dois anos de competição – em 2020 foi tudo cancelado – são quatro títulos europeus em hóquei em patins. Nunca nenhuma equipa portuguesa conquistou tanto na Europa em tão pouco tempo. Somos mesmo o único Clube do nosso país a conquistar a Taça Continental duas vezes seguidas.

Este jogo foi mais uma bela exibição da nossa equipa. Na baliza, Ângelo Girão provou, como se ainda fosse preciso, que é o melhor guarda-redes do mundo. Na primeira parte, foi crucial, defendendo um livre directo e uma grande penalidade, além da já habitual série de espectaculares defesas. Os dois reforços, Henrique Magalhães e João Almeida, ambos provenientes da UD Oliveirense, combinaram um primoroso contra-ataque para João Almeida marcar o primeiro golo do jogo e o primeiro com a camisola verde e branca. No segundo tempo, Gonzalo Romero e João Souto ampliaram a vantagem, reduzindo a equipa espanhola pertíssimo do final. Esta Taça Continental, disputada contra o vencedor da Taça WS Europa, antiga Taça CERS, foi bem mais tranquila que a anterior, contra o FC Porto. Nesse jogo, valeu Gonzalo Romero que marcou dois golos em grandes jogadas individuais, o segundo inesquecível, com uma portentosa stickada do meio da rua. Vitória mais tranquila, mas nem por isso menos saborosa.

Em 2021, depois de ganhar brilhantemente o campeonato nacional e a Liga Europeia, triunfamos agora na Taça Continental. Paulo Freitas comanda uma equipa que tudo quer ganhar, que disputa todos lances como se fossem o último e em que não há defesas impossíveis. E sempre com uma sede de títulos verdadeiramente insaciável.

É isto ser Sporting Clube de Portugal!

Um filme com guião exigente

Por Rodrigo Pais de Almeida
22 Set, 2021

Dificilmente um guião seria tão exigente como o que estava escrito antes do jogo de domingo no Estoril.

Um filme vive da inspiração dos seus realizadores, produtores, actores e do brilho dos espectadores. Um filme segue o seu guião. Retrata acontecimentos que lá estão escritos numa sequência determinada para nos contar uma história. Enquadra cenas e factos. Sucedem-se momentos bons, menos bons para no final nos trazer uma conclusão ou simplesmente nos deixar a pensar…

Dificilmente um guião seria tão exigente como o que estava escrito antes do jogo de domingo no Estoril. O Campeão Nacional vinha de dois empates para a Liga Bwin com enquadramentos diferentes. Em Famalicão, num dia menos bom, e em casa com o FC Porto, numa exibição de enorme qualidade onde o empate deixou o sabor amargo de alguma injustiça. Mas, sobretudo, vinha de uma ressaca de derrota caseira para a Champions League. E tinha pela frente “somente” a grande surpresa da Liga até ao momento, com apenas um empate nos primeiros cinco jogos da temporada, e a jogar perante os seus associados.

Era necessário reagir a um preâmbulo tão difícil. Reescrever o guião pelo realizador e estar preparado para os “twists” próprios de Hollywood. Saber interpretar. Fechar a película com sucesso colocando uma pedra sobre aqueles que passam, mesmo depois de todas as “prequelas” do último ano e meio, do estado de histeria à depressão no mesmo mês. Na mesma semana. Ou, por vezes, no mesmo jogo!

Rúben Amorim assumiu que esta foi a semana mais difícil que este grupo de trabalho já viveu. Pudera. Um grupo que no último ano só falhou a conquista da Taça de Portugal a nível nacional. Um grupo muito jovem e que ainda passa pelas famosas “dores de crescimento”. Um grupo que tem vindo a ser alvo de algumas lesões traumáticas que têm afastado dos jogos alguns jogadores fundamentais. Um grupo que habituou os seus sedentos Sócios e adeptos a vitórias. A bom futebol. Agora a saber que tem a responsabilidade de assumir o momento e reagir.

A alegria natural e contagiante desta equipa não deve ter sido posta de lado, mas os sorrisos na cara que transbordam nos “Inside Sporting” e nos “Backstage Sporting” deram lugar a responsabilidade e compromisso para reagir com atitude e oferecer uma vitória para quem os saudou da forma reconfortante que saudou no final do jogo com o Ajax Amsterdam.

O Estoril entrou em campo com vontade de não deixar o Sporting CP reagir. Qualidade na posse e a sair em construção. Intensos com bola a procurar “ferir” entre os centrais e os laterais. À procura de espaços similares ao último jogo dos Leões, mas com mais simplicidade e rapidez a colocar a bola na frente depois de contornar a pressão da primeira linha defensiva Leonina. Os primeiros 15 minutos de jogo mostravam o “filme” que os pupilos de Bruno Pinheiro queriam protagonizar, mas ficaram-se por aí. Coincidiu a única defesa (e boa) de Adán com a reviravolta no sentido de jogo, que a partir daí foi único e sempre favorável à nossa jovem equipa.

Devia estar escrito no balneário pelo próprio Rúben Amorim que “depressa e bem não há quem”, e o Sporting CP começou então a reagir e a mostrar os seus intentos. Com o regresso do capitão Coates, promoveu-se a entrada de Matheus Reis a central canhoto e Sarabia no lugar de Jovane. Quando o Sporting CP recuperava a posse de bola o adversário recuava os dois médios

defensivos para junto da linha mais recuada, um na marcação individual a Paulinho e outro a tentar conter a influência da dupla Palhinha-Matheus Nunes. As marcações eram individuais, mas era em equipa que se ultrapassariam os desafios, e com a calma necessária para trabalhar a bola e esperar pelos momentos certos de atacar a baliza estorilista.

O Estoril recuava para tirar a profundidade e os espaços nas costas da sua defesa que os Leões tanto gostam de explorar formando uma linha de praticamente seis elementos. Rúben Amorim deu indicações claras para apostar na posse e na variação de corredores de jogo do Sporting CP. Com paciência, com qualidade no passe, e a fazê-lo cada vez com mais frequência e rapidez, começaram-se a abrir espaços e por três vezes na primeira parte só por milagre evitaram que o Sporting se adiantasse no marcador.

A astúcia do “realizador” Rúben Amorim mais uma vez viria a fazer a diferença. O ligeiro ajuste posicional da dupla de médios Matheus Nunes – Palhinha a adiantarem-se no terreno quando sem bola, e a abrirem como verdadeiros médios interiores quando a equipa tinha a posse de bola, permitiu as triangulações entre o central – ala – médio interior que fomentavam a posse de bola num dos corredores. Obrigavam o Estoril a bascular em torno do lado em posse de bola e libertavam espaço no corredor contrário onde após passe rápido de variação de flanco o ala e o médio interior estavam sempre em vantagem e com possibilidade de “galgarem” metros sobre a defensiva adversária.

Paulinho, sempre ele, a criar espaços e desequilíbrios posicionais na frente ou mais recuado em zonas de construção. Sarabia e Jovane a jogarem quase como dois avançados à espera das entradas dos alas, dos interiores e do Nº 9 que também é Nº 10. A lateralidade do irrequieto Nuno Santos e do pujante Pedro Porro. O verdadeiro cerco à baliza do Estoril estava montado, as oportunidades sucediam-se e, para além do 1-0, outros ficaram por marcar numa noite onde a eficácia voltou a estar de costas para a nossa equipa. A segurança do eixo defensivo com Matheus Reis e Neto em bom plano liderados pelo capitão Coates seguraram as ténues investidas do adversário nos minutos finais.

Uma vitória festejada com os Sócios e adeptos presentes e que apoiaram do primeiro ao último instante. Na raça. Justa. Inquestionável. E uma reacção digna de um filme dos grandes lutadores. Como só dão os verdadeiros Campeões quando alguém os tenta encostar às cordas: Uníssona, Implacável… e Épica! Uma exibição segura, paciente, dominadora e que permite à equipa trabalhar confiante e com olhos no próximo adversário, o CS Marítimo.

40 TÍTULOS EUROPEUS!!!

Por Tito Arantes Fontes
22 Set, 2021

Já vamos nos 40 Títulos Europeus! O hóquei neste passado fim-de -semana, com a conquista de mais uma Taça Continental, fez-nos chegar a esse extraordinário número!

 

Pois… é verdade… já vamos nos 40 Títulos Europeus! O hóquei neste passado fim-de -semana, com a conquista de mais uma Taça Continental, fez-nos chegar a esse extraordinário número! Em várias modalidades… começou em 1964 no futebol (a aclamada Taça das Taças!) e foi passando por muitas outras modalidades… atletismo (desde 1977 na sua vertente de corta-mato e – mais tarde, a partir de 2000 – de pista), hóquei (desde 1977), andebol (desde 2010), goalball (desde 2018), judo (desde 2018) e futsal (desde 2019)! São sete modalidades diferentes! Creio que é único no Mundo!

Estes 40 Títulos são tanto masculinos (35 títulos, o primeiro em 1964), como femininos (cinco títulos, o primeiro em 2016)! Por si só essa é também uma enorme demonstração do poderio – em qualquer dos géneros humanos - da Maior Potência Desportiva Portuguesa!

As modalidades – sete como já indicámos – repartem estes 40 Títulos Europeus do seguinte modo: um título no futebol, 20 títulos no atletismo, dez títulos no hóquei, dois títulos no andebol, três no goalball, dois no judo e dois no futsal! Impressionante! Verdadeiramente espectacular!

É também de salientar o facto de − desde 2018 para cá − o SPORTING CP ter obtido 15 destes 40 Títulos Europeus! Uma máquina vencedora! Com acentuado protagonismo de vitória nos últimos anos: cinco títulos em 2018! sete títulos em 2019! três títulos em 2021! E em 2020 não houve títulos… pois houve o malfadado “covid”!

Se juntarmos a estes títulos as nossas medalhas Olímpicas… pois é arrasador! Temos de tudo… Ouro, Prata e Bronze! Só nestes últimos Jogos Olímpicos vieram mais duas medalhas: a Prata da nossa amada princesa Patrícia Mamona e o Bronze do nosso querido gigante Jorge Fonseca! Desde Carlos Lopes é assim… sempre a arrasar! E medalhas Olímpicas também em várias modalidades… desde o atletismo ao tiro, desde o judo ao futebol! E na canoagem! São 11 medalhas… duas de Ouro (Carlos Lopes e Amunike), sete de Prata (Armando Marques, Carlos Lopes, Juskowiak, Francis Obikwelu, Ionela Târlea, Emanuel Silva e Patricia Mamona) e duas de Bronze (Rui Silva e Jorge Fonseca)!

Não há paralelo com este nosso palmarés! Não há paralelo em Portugal… e não há nem na Europa, nem no Mundo! Definitivamente… o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL é mesmo A MAIOR POTÊNCIA DESPORTIVA!

No cenário português a comparação é mesmo arrasadora… pois, nem somando todos os nossos rivais, os seus números se aproximam sequer do nosso palmarés!

FUTEBOL

Depois do difícil jogo que tivemos com o Ajax e que nos deixou famintos de vitórias… vinha o Estoril, na Amoreira, a equipa sensação da presente temporada! A resposta da nossa equipa foi aquela que todos queríamos… garra, querer, ganas e o espírito vencedor que nos caracterizou no ano passado! Emblemático desse espírito o

pundonor do nosso Palhinha… é ver o modo como festejou um corte que fez junto da linha lateral já no final do jogo! Aquilo sim, aquilo é alma de Leão! Com todo este querer… mais uma vitória, merecida, limpinha, como mandam as regras… depois de termos encostado o Estoril, a tal equipa sensação, às cordas, nomeadamente na 1.ª meia hora da segunda parte… foi asfixiante!

A arbitragem a cargo do nosso “velho” conhecido Tiago Martins… que tanto já nos prejudicou… esteve (finalmente!) em bom nível… ainda que eu continue sem perceber o porquê dos minutos de desconto nesta temporada… quando o SPORTING CP está a ganhar “fora” pela margem mínima temos no mínimo seis ou sete minutos de “descontos” (como no Estoril)… quando queremos ainda chegar à vitória concedem-nos apenas quatro minutos (vidé jogo com o FCP!). E isso com situações similares de “paragens”… alguém explica “isto”? Eu não consigo “lá chegar”…

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!

Um exemplo de dedicação

Por Miguel Braga *
17 Set, 2021

A maior parte terá começado esta ligação ao Clube por via familiar. É assim com muitos de nós. Ainda em criança temos o privilégio de alguém zelar pelo nosso Sportinguismo. Com a maioridade, chega a responsabilidade de assumir por completo essa relação.

São os nossos Sócios mais antigos, sinal de vitalidade do Clube e de dedicação sem par. 75 anos são mais do que uma vida e, neste caso em particular, prova de uma ligação emocional sem paralelo. Num país onde tanta vez se critica a falta de cultura cívica e associativa da população, estes casos são verdadeiros exemplos a seguir. A maior parte terá começado esta ligação ao Clube por via familiar. É assim com muitos de nós. Ainda em criança temos o privilégio de alguém zelar pelo nosso Sportinguismo. Com a maioridade, chega também a responsabilidade de assumir por completo essa relação. Segundo os nossos estatutos, no artigo 16.º, “são Sócios efectivos os cidadãos que tenham, de acordo com a lei, atingido a maioridade”. E estes “integram, de modo permanente e directo, a vida do Clube, contribuindo, designadamente, para a sua manutenção e desenvolvimento”.

Neste particular, é uma construção de uma vida. Mês a mês, ano após ano e aqui, década após década. Mais do que as vitórias e as conquistas, o que está em causa são os valores que o Clube defende e representa. A todos, sem excepção, o nosso profundo reconhecimento e obrigado.

O Sporting CP realizou frente ao FC Porto uma exibição personalizada que merecia mais golos e um melhor resultado final. A (in)justiça do futebol tem destas coisas e, infelizmente, também continua a ter outras. Por essa razão, o Sporting CP enviou à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) um pedido para a elaboração de um auto de flagrante delito a Pepe. Em causa, um lance dentro da área do FC Porto, aos 32 minutos, que passou em claro à equipa de arbitragem de campo e também à equipa que está confortavelmente sentada na Cidade do Futebol e sem a pressão do público ou dos bancos no estádio. Não está em causa a qualidade do central azul e branco, internacional por Portugal. Está em causa uma agressão clara aos olhos de todos. Estes lances não devem fazer parte do “normal” do futebol português.

O regresso à Liga dos Campeões não correu como esperado. No entanto, apesar do resultado, a reacção que se pede à equipa – e que os próprios jogadores e treinador frisaram no final da partida – começou logo após o apito final. A forma como os Sportinguistas presentes em Alvalade se despediram dos jogadores representa um excelente sinal para que o grupo regresse aos triunfos já no domingo, na difícil deslocação ao reduto do GD Estoril Praia, uma das boas sensações do campeonato nestas primeiras jornadas. 

A dor de cada Sportinguista é partilhada por todos no balneário. Mas tal como disse Luís Neto no final da partida “como grupo vamos sair mais fortes. Fomos formados na vontade de fazer mais e melhor, somos muito unidos e um grupo que se conhece muito bem. Às vezes, estes golpes vêm pelo melhor motivo. Amanhã já todos estarão fortes no treino." Do lado de Paulinho, a receita para o futuro próximo: “O Sporting no ano passado também foi eliminado em casa por números desta natureza. Reagiu bem e é isso que vamos fazer: reagir”. Não nos esqueçamos que esta é a equipa campeã nacional, que venceu também a Taça da Liga e a Supertaça. Não nos esqueçamos que estes são os primeiros passos de uma longa e difícil caminhada. Não nos esqueçamos que os jogadores e equipa técnica merecem todo o nosso apoio. E ontem, no estádio, demos prova disso mesmo. Somos da raça que nunca se vergará. Que ninguém duvide.

Editorial da edição n.º 3837 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

ORGULHO LEONINO

Por Rodrigo Pais de Almeida
17 Set, 2021

Se há coisa que hoje sentimos é que voltámos a ter um treinador, jogadores e uma EQUIPA ao nível do melhor dos nossos Sócios e adeptos!

O futebol é como a vida. Feito de momentos. Momentos que mudam o curso de um encontro. Que condicionam uma substituição. Uma lesão. Uma decisão, seja ela de um jogador ou do árbitro. Uma jogada. Uma ideia para um jogo. Cada jogo é, por si só, um conjunto de múltiplos momentos sequenciais. Apenas uma pequena alteração num deles e tudo o resto será diferente e levará a um percurso e um final potencialmente diferenciado!

Na mesma semana assistimos a dois jogos completamente assimétricos.

No sábado o Sporting CP rubricou uma exibição de grande nível, com solidez e coesão no meio, a construir inúmeras oportunidades de golo. Só o guarda-redes adversário adiou o dilatar de uma vantagem tão curta que foi desfeita no único remate enquadrado do adversário em todo o jogo. Injusto e doloroso. Uma equipa empolgante. Sem medo de ter bola e de construir jogo em linhas baixas para chegar com espaço mais na frente. Com passes de rotura e longitudinais que criaram desequilíbrios na estrutura defensiva adversária. Uma equipa que mostrou ter crescido muito face aos duelos com o FC Porto da época passada e que nos deixa esperançosos de uma época condizente com as nossas ambições.

Na quarta-feira vimos uma equipa com uma entrada nervosa e que após o primeiro e segundo momentos do jogo se viu a perder por dois golos de diferença. Condicionou tudo e todos. Dos jogadores ao adepto. Das decisões ao treinador. Uma equipa sem a sua referência defensiva (o capitão e melhor jogador da Liga Portuguesa 2020/2021, Coates) num jogo em que era obrigatório ser sólido. Uma equipa sem o grande impulsionador da fase ofensiva (o melhor marcador da Liga 2020/2021, Pedro Gonçalves) quando precisávamos de agitar o jogo.

Uma equipa que defrontou o poderio do campeão dos Países Baixos. Dotados de uma dupla de centrais que são os primeiros construtores de jogo ofensivo e que estudou muito bem a equipa de Rúben Amorim. Percebendo que a dinâmica da dupla Palhinha-Matheus tinha de ser contrariada, colocou Berghuis e especialmente Gravenberch (19 anos de puro talento deste já titular da sua selecção) entre linhas ofensivas por detrás da dupla leonina, e não a jogar de frente como é usual.

Sempre em superioridade numérica no meio-campo fruto desse “falso” posicionamento, Gravenberch apoiava os centrais e o trinco Alvarez na saída de jogo cuidada ora pelo corredor central ou em tabelas laterais. Mas ainda aparecia nas costas de Palhinha-Matheus na cabeça da área a apoiar Haller, Tadic e Antony criando quase que uma linha de cinco atacantes para cinco defensores e onde a rapidez e o sentido de jogo de quem tem bola dá a vantagem aos atacantes.

Quando o Sporting começava a tentar construir a partir de Adán e do trio defensivo (sempre demasiado fechado no corredor central ao invés da habitual abertura para criar espaço para o passe entrar), o peso de dois golos de desvantagem muito prematuros condicionaram o jogo. Alterou dinâmicas. Mexeu com a confiança dos nossos jovens e ainda pouco experientes jogadores nestas quentes noites europeias. Aglomerou homens onde devia haver espaço. Facilitou a pressão intensa do adversário em linhas avançadas, e raramente conseguiu passar essa primeira linha de pressão que poderia ter sido transposta (como se viu em alguns lances) com o apoio baixo de Paulinho ou com a profundidade de Jovane e Nuno Santos depois do apoio curto do nosso homem mais avançado.

A inexperiência da nossa jovem equipa também ficou bem patente num dado estatístico interessante: 11 vs 27 foram as faltas que cada equipa fez. Os jogadores do Ajax nunca hesitaram em travar as nossas transições com faltas que matavam a jogada antes ainda de ela se tornar perigosa.

A primeira parte da nossa estreia na Liga dos Campeões é feita de três momentos. Os únicos três remates à baliza do AFC Ajax. Os três resultaram em golo. Os três mudaram o curso do jogo. Sorte para uns. Eficácia para outros. São momentos marcantes porque dois deles abrem um jogo nos primeiros nove minutos em que o Sporting CP tinha de gerir para controlar a ansiedade natural, e o outro fecha (42’) a mesma primeira parte restabelecendo a vantagem de duas bolas.

Ao momento da possível viragem com o 2.º golo de Paulinho anulado milimetricamente pelo VAR sucede-se o 1-4. E ainda ao momento do derradeiro grito de revolta Leonino com a bola a embater milagrosamente no poste da baliza e a sair quando podia ter entrado, responde no remate seguinte com o 1-5. Sempre que mostrava que não se rendia, o Leão era impiedosamente abatido com mais um golpe de eficácia neerlandesa. Nunca se rendeu. Mas aos momentos de possível reacção, respondeu sempre o adversário com um momento de desequilíbrio e de golo.

Muitos dos melhores momentos da minha vida estão associados ao Sporting CP. Ao Estádio de Alvalade. Ao Jamor. Aos amigos e familiares nas romarias a acompanhar o Sporting CP. A percorrer estádios por esse mundo fora atrás do nosso grande amor. Momentos de alegria. Outros menos bons. Perdoem-me a sinceridade, mas houve momentos no passado em que a equipa não estava à altura dos Sócios que tinha. Infelizmente, no passado, num ou noutro dia menos bom, nós, os Sócios, esquecemo-nos da nossa verdadeira essência e pontualmente não estivemos nós à altura da equipa.

Mas poucos momentos se comparam ao que vivi na 4.ª feira no final do jogo após uma derrota pesada por 1-5 na nossa própria casa. O estádio, de norte a sul, de nascente a poente, em uníssono a despedir-se da equipa com uma salva de palmas arrebatadora e com cânticos de apoio, recordando o verdadeiro sentido leonino. Os valores inegociáveis do que é ser Sporting CP. De quem não tem memória curta. De quem sabe o que custou chegar até aqui e não quer dar um passo que seja atrás! De quem sabe que tem de fazer muito mais com muito menos que os outros. De quem sente que o Clube se reergue e precisa de todos ao seu lado empurrando-o com o que pode para influenciar positivamente a equipa, rumo às ambicionadas vitórias.

Rúben, não te surpreendas com este momento! Sei que ainda te estás a habituar a ter os Sócios e os adeptos no estádio atrás de ti. E, se tens esse orgulho imenso e genuíno nos teus jogadores, acredita que nós também e que nunca vos deixaremos cair! Porque por muito que nos tentem vergar, vocês lutam até à última gota de suor especialmente quando as coisas vos correm menos bem e isso mexe connosco. Porque se há coisa que hoje sentimos é que voltámos a ter um treinador, jogadores e uma EQUIPA ao nível do melhor dos nossos Sócios e adeptos!

Até Sempre, Leões

Por Juvenal Carvalho
17 Set, 2021

Por sermos um clube centenário, lei natural da vida, já vimos tantas e tantas figuras que partiram e que marcaram indelevelmente a História do Sporting Clube de Portugal e também do nosso País.

O Sporting Clube de Portugal é Desporto, e como digo repetida e invariavelmente, feito de um historial ímpar e de um eclectismo único no nosso País, que é igualmente reconhecido, e de que maneira, no plano internacional. Mas é - tem sido sempre assim - feito por homens e mulheres de uma dedicação e amor únicos ao nosso símbolo.

Sem eles não haveria um Clube desta dimensão, desta grandeza. Todas as semanas o Sporting CP tem competições nas mais diversas modalidades. Todos os dias o nosso Clube é vivido com intensidade. E por sermos um clube centenário, lei natural da vida, já vimos tantas e tantas figuras que partiram e que marcaram indelevelmente a História do Sporting Clube de Portugal e também do nosso País.

Entre as que marcaram a história de Portugal, e que nunca escondeu o seu amor incondicional ao Sporting CP, foi Jorge Sampaio. De um passado político conhecido por todos nós, e uma figura altamente reconhecida... um Presidente da República que foi um verdadeiro Senhor. Mas aqui neste espaço, e porque o nosso Clube, pela sua grandeza alberga as mais diversas raças, credos e ideologias, tendo como denominador comum a mesma paixão, o mesmo ideal, quero falar apenas do nosso consócio que partiu.

E a Jorge Sampaio, um socialista, mas também um Leão de longa data, bem como a sua família, sempre foi reconhecido um Sportinguismo imaculado. Lembro mesmo, entre outras declarações de amor ao clube, quando após uma cirurgia a que foi sujeito enquanto Presidente, ter perguntado, mal acordou da anestesia, o resultado do futebol do seu/nosso Clube. Dizia quem o conhecia, infelizmente não tive esse privilégio, que sofria como poucos pelo Leão rampante. Partiu aos 81 anos, este imenso Leão, que em 1996, aquando do discurso da tomada de posse como PR afirmou "Não há portugueses dispensáveis", e a quem elogiosamente, na hora do adeus, o rotularam de " O Herói Doce", ou "Um Compositor de Interesses". Ficámos mais pobres pela partida de alguém que nunca cedeu à demagogia ou a populismos. O País e o Sporting CP.

Mais pobres ficámos também, e com a ironia do destino de ter sido no mesmo dia, 10 de Setembro, com a morte de Jorge Sousa. Também ele uma vida de Sporting CP, mais concretamente 38 dos 60 anos que viveu. Cruzei-me com ele anos a fio nos corredores de Alvalade. Respirava o clube por todos os poros, desempenhou diversos cargos. Partiu cedo do mundo dos vivos, fica uma dedicação como só ele.

Não era esta a coluna de opinião que decididamente quereria escrever. Gosto de falar de futuro, de vida e de Sporting CP, pela positiva.

Hoje não foi possível, infelizmente. Estes dois Leões caíram, outros Leões se levantarão. Tem sido assim. Assim continuará a ser, até porque somos enormes. Jorge Sampaio foi o "pai" do célebre e eternizado “25 de Abril Sempre”. Para ele e para nós, será igualmente Sporting Sempre... e para sempre. Onde ele estiver. Onde nós estivermos!

O Caso do VAR

Por Pedro Almeida Cabral
17 Set, 2021

Na grande área portista, na sequência de uma jogada de envolvimento com Coates, Pepe dá um soco no queixo do nosso central.

O campeonato ficou indelevelmente marcado pelo que se passou na última jornada. Deu-se um grave ocaso do VAR. Trocadilhos à parte, o que se passou no jogo em que recebemos o FC Porto foi preocupante. Erros a mais e com demasiada influência no resultado para passarem em claro.

Começando pelo futebol jogado, o Sporting CP fez uma das melhores primeiras partes contra a equipa portista dos últimos anos. Enquanto o FC Porto mal conseguiu esboçar uma jogada de ataque, o Sporting CP não apenas marcou o seu golo, como podia ter encostado a bola nas redes adversárias mais uma ou duas vezes. No segundo tempo, o ritmo diminuiu, mas continuou a ser o Sporting CP a dominar as dinâmicas do jogo. Os portistas acabaram por marcar o golo do empate no único remate enquadrado que fizeram à baliza, o que resume na perfeição o ascendente leonino.   

Onde o jogo torceu o resultado foi nas desastradas intervenções arbitrais. Podia falar da chuva de cartões amarelos: antes de cinco minutos de jogo, já havia três. Também podia descrever a mudança de critério nesta febre amarela: se o árbitro Nuno Almeida o mantivesse, teria que ter mostrado o segundo amarelo e expulsado Marcano por rasteira fora de tempo a Paulinho, aí pelos 20 minutos. Igualmente podia mencionar o cartão amarelo que ficou por mostrar a Otávio, já perto do intervalo, por ter causado enorme confusão. Ou então, o vermelho que ficou por exibir a Toni Martinez por agarrões a camisolas de dois jogadores do Sporting CP, só tendo levado um amarelo. Como se vê, não foi uma noite feliz para a arbitragem.

Porém, o que foi mesmo incompreensível foi como o VAR falhou por omissão de forma pornográfica, tal a evidência do lance. Na grande área portista, na sequência de uma jogada de envolvimento com Coates, Pepe dá um soco no queixo do nosso central. Foi um soco porque Pepe fecha o punho e até cerra os dentes, demonstrando a sua intencionalidade. Nas sempre férteis teorias de alguns comentadores, inventou-se (não há outro verbo possível, foi mesmo uma invenção) que Coates quase fez com que Pepe tivesse que lhe dar um soco para se libertar. Semelhante delírio mereceria uma distinção honorífica pela criatividade. Foi, simplesmente, uma agressão que ficou por punir com expulsão e grande penalidade e que falseou o resultado do jogo. Num campeonato ainda no início, este lance deve ser exibido à exaustão para demonstrar como não deve o VAR actuar. Sobra muita preocupação se assim não for. 

UM HOMEM DECENTE… e UM MUNDO INDECENTE!!

Por Tito Arantes Fontes
17 Set, 2021

Jorge Sampaio, Presidente da Republica durante 10 anos, de 1996 a 2006, mas – para nós, Sportinguistas – um Sócio de toda a vida do nosso Clube

No passado fim-de-semana foi recebida com geral consternação no país a notícia da morte de Jorge Sampaio, Presidente da Republica durante 10 anos, de 1996 a 2006, mas – para nós, Sportinguistas – um Sócio de toda a vida do nosso Clube, ilustre, muito ilustre, advogado de profissão (com quem, em cujo exercício, tive o gosto de me cruzar), que nunca escondeu a sua filiação clubística e que – com garbo – sempre mostrou e exibiu o seu amor ao Sporting CP! Como político que foi, e político assumido na 1.ª linha, aquela que mais desgasta, terá – certamente – tido atitudes e decisões que agradaram a uns e desagradaram a outros. É a vida de quem tem de decidir. Mas foi sempre – como e bem sintetizou Manuel Alegre quando, em intervenção aos meios de comunicação social, deu nota que a sua geração – em variadas situações, incluindo no exílio – se perguntava a si própria… “e o Jorge Sampaio, o que pensa”? É o que sucede com poucas pessoas e só sucede mesmo aos que – naturalmente, por força da sua qualidade intelectual e de princípios e valores - têm o respeito e consideração dos seus pares. Jorge Sampaio deixou obra. Mas deixou sobretudo, mesmo nos que não eram da sua área politica, como é o meu caso, a ideia de que nos deixou um homem bom! Um homem por quem nutríamos genuíno respeito e consideração! Porque era, hélas, um homem decente! Coisa rara, mesmo rara… um Homem Decente! Paz à alma deste grande Leão! E sinceras condolências à sua família, nomeadamente aos Leões de têmpera como são Daniel e João Sampaio. E ao nosso Sporting CP que fica mais pobre sem este verdadeiro referente de decência!

E com o futebol passamos rapidamente deste homem decente para o mundo da indecência! Com efeito, a ultima jornada foi um momento alto da pouca vergonha que grassa no futebol português! O zénite foi atingido no ultimo sábado… em pouco mais de quatro horas, entre as 18h e as 22h… nos Açores e em Lisboa, no Estádio José Alvalade! Mas, afinal, o que aconteceu? Pois… mais uma despudorada e torpe exibição do conhecido e vil “poder bicolor”… o tal que vai das “infernais cores” até aos “celestiais azuis”… foi um fartar vilanagem! Nos Açores, valeu de tudo… desde agressões a jogadores que não são punidas com a devida expulsão até descarado penálti não assinalado por evidente pontapé na cara de um desgraçado avançado açoriano! Vergonha total… e depois marcam cinco golos e ainda festejam… manchados com o opróbrio da infâmia! No Estádio José Alvalade assistiu-se a mais um jogo do Sporting CP com o seu “celestial e azul adversário”… e – tal como no ano passado – o Sporting CP foi espoliado por tudo quanto podia ser por uma inenarrável “pseudo” arbitragem de Nuno Almeida, coadjuvado pelo seu amigo João Pinheiro no VAR! Esta dupla fez de tudo para prejudicar o Sporting CP … máxime os dois penátis que não assinalou a nosso favor, em claro benefício do nosso adversário. Um por manifesto soco de Pepe no nosso Coates… um “uppercut” de nível mundial! E outro, já no fim do jogo, por pisão evidente do guarda redes do FCP no Matheus Nunes!!! Dois evidentes penáltis!!! O primeiro com evidente expulsão… nem amarelo foi… ao Pepe do FCP tudo a servil arbitragem nacional perdoa!!!

Última nota: o jogo de ontem do Ajax… pois, custou-nos o resultado, custou-nos esta primeira experiência “Champions” desta nossa equipa que tantas alegrias nos tem dado… há que recuperar e aprender! Sofremos e ansiámos pelo fim do jogo! Bonito foi ver o apoio que os Sócios – no final do jogo – tributaram aos nossos jogadores, apesar do resultado! Aliás, o comportamento do público foi fantástico em toda a partida!

Agora é fazer desta derrota uma vitória… a exemplo do que sucedeu na época passada… após o jogo do Lask Linz! Curiosamente também na mesma altura fomos roubados no jogo com o FCP na 4.ª jornada do campeonato passado, em Alvalade… o resultado foi o mesmo deste ano, um empate! Aproveitemos, pois, esse bom exemplo do ano passado e partamos agora para uma Grande Época… a Época que todos ambicionamos!

VIVA o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Três anos depois, um Novo Sporting

Por Frederico Varandas
09 Set, 2021

Afastámos as nuvens que pairavam sobre nós, resistimos à tempestade da COVID e construímos as bases para um futuro vencedor.

Caros Consócios,

Escrevo-vos hoje, no exacto dia em que se cumprem três anos desde que assumimos a Presidência do Sporting Clube de Portugal.

É com enorme orgulho que o faço no nosso Jornal Sporting, também no exacto dia em que damos destaque a um dos maiores reconhecimentos do nosso trabalho nestes 36 meses – o prémio de ECA de Youth Football Award pelo Modelo Centrado no Jogador.

Há três anos, no dia de 9 de Setembro 2018, quando tivemos a honra de assumir a Direcção do Sporting CP, a situação do Clube era bastante diferente.

A sombra do cepticismo pairava sobre nós, a possibilidades de reerguer o Clube num futuro próximo parecia uma quimera e a alteração do ciclo vicioso dos últimos 40 anos afigurava-se uma ilusão.  

O Sporting CP de hoje é um Novo Sporting.

Afastámos as nuvens que pairavam sobre nós, resistimos à tempestade da COVID e construímos as bases para um futuro vencedor.

1096 dias passados e:

ADN Sporting

Resgatámos das nossas origens aquilo que nos faz Ser Sporting e nos distingue dos demais: os nossos princípios e valores. O Sporting CP foi construído por aqueles que olham para a frente com esperança, encarando as situações frontalmente e com realismo, e que visionam um Sporting CP à frente no seu tempo. E fazem-no sem contornar as regras ou quebrar os seus princípios. Se o sistema está mal, lutamos contra o sistema, mesmo que em contracorrente.

Formação

Fomos ao nosso código genético de melhor Clube formador e definimos a formação como um pilar mestre do nosso modelo de sustentabilidade.

O Sporting CP de ontem tinha abandonado a formação, a equipa B e o investimento nos recursos humanos e infraestruturas que lhe dão suporte.

O Sporting CP de hoje é reconhecido novamente como uma referência mundial, como atesta o prémio da ECA.

Hoje a formação do Sporting tem um modelo - o Modelo Centrado no Jogador.

Um novo modelo, Made in Sporting, que tem apenas três anos de vida e cujos melhores frutos virão da sua consolidação no médio-longo prazo.  

Hoje a formação do Sporting tem de novo equipa B, parte fundamental na pirâmide de evolução dos jogadores neste modelo.

Hoje a formação do Sporting tem de novo investimento, que não tinha desde a construção da Academia em 2002.

Requalificámos ainda as instalações do Pólo do Estádio Universitário de Lisboa.

Houve investimento na captação de recursos humanos altamente qualificados para os vários departamentos.

Há uma Unidade de Performance, criação nova que arrancou logo em Novembro de 2018.

Temos uma nova ala de formação e uma nova ala profissional, ambas remodeladas este ano.

Todos os relvados são novos. E temos um novo projecto que desenhámos e submetemos a aprovação em 2019, entretanto já aprovado, para expansão da Academia com novos campos, novos edifícios e novos espaços – uma Nova Academia.

Uma nova Academia que tem uma nova marca à imagem da sua ambição - Academia Cristiano Ronaldo.

Marca Sporting

Iniciámos uma nova era na criação de valor de marca no ecossistema desportivo português.

Eliminámos o muro que separava atletas dos Sócios e adeptos e construímos no seu lugar várias pontes com a criação de conteúdos inéditos.

Pontes que dão a conhecer o lado humano daqueles que tomamos por heróis.  

Lançámos um novo formato de Jornal Sporting.

Criámos a Cidade Sporting sob um novo conceito pioneiro de cidade-museu para atrairmos cada vez mais pessoas, contando com um singular projecto que combina desporto e arte urbana.    

Estabelecemos uma parceria com uma nova marca – a Nike.

Abrimos uma nova Loja, a maior de sempre e de novo no Estádio – a primeira Megastore do Sporting CP. 

Lançámos uma nova Loja Verde Online.

Colocámos novas cadeiras no estádio e verdes, numa consolidação da nossa identidade e do nosso compromisso de melhorar a experiência do Sócio e adepto em todos os pontos de contacto com o Sporting.

Do melhor Sporting Ecléctico em 115 anos

E é assim que em 1096 dias o Sporting CP se reergueu das cinzas, sacudiu a poeira do velho e se libertou do status quo para criar um Novo Sporting. E o epílogo destes três anos resultou numa das melhores épocas dos seus 115 anos de História, numa demonstração de pujança do nosso Eclectismo.

Conquistámos em três anos tantos títulos no futebol como os nossos rivais somam em conjunto.

Passados 19 anos fomos de novo campeões nacionais de futebol.

Em três anos conquistámos variadíssimos títulos nas modalidades, dos quais dez europeus, o que representa mais de ¼ da totalidade (dez em 39 totais).

Erguemos duas Champions League no futsal e conquistámos todos os títulos possíveis.

Fomos bicampeões europeus em hóquei.

Trouxemos o basquetebol sénior masculino de novo ao Sporting passados 24 anos, fomos campeões nacionais e conquistámos duas Taças de Portugal.

Temos ainda um longo caminho pela frente, com enormes desafios recentes causados pela COVID, e somos todos, sem excepção, responsáveis pelo futuro que desenhamos, pela estabilidade que garantimos ao nosso Clube e pelo legado que deixamos. 

Daqui a seis dias disfrutemos de novo da música oficial da Champions League em Alvalade, de novo (quase) todos juntos.

Quero agradecer a todos os atletas, treinadores, elementos de staff e colaboradores por três anos de um Sporting digno, com valores, corajoso e…vencedor.

Viva o Sporting!


Editorial da edição n.º 3836 do Jornal Sporting

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