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Opinião

Títulos, vitórias, força e ânimo!!!

Por Tito Arantes Fontes
04 Jun, 2021

Campeões Nacionais de basquetebol! (...) No último segundo… por um ponto… mesmo ao cair do pano! Jogo disputadíssimo! Impróprio para cardíacos! Mais um título para o SCP! E a “dobradinha”!

Basquetebol – Campeões Nacionais!!! Terminou agora mesmo o quinto jogo da final do Campeonato Nacional contra o azarado do costume… o FC Porto! Grande vitória! No último segundo… por um ponto… mesmo ao cair do pano! Jogo disputadíssimo! Impróprio para cardíacos (sim, já sabemos, desde logo pelos jogos da nossa equipa de futebol, que estamos óptimos quanto a questões cardíacas!)! Mais um título para o SCP! E a “dobradinha” no basquetebol! Campeões no primeiro campeonato terminado pós‑COVID‑19! É bom lembrar que já no ano passado estávamos lançadíssimos para ganhar o campeonato… mas a COVID‑19 obrigou a terminar com o mesmo… sem declaração de campeão! Mais uma derrota para os dragões e nomeadamente para o seu presidente (que esteve presente no quarto jogo no Dragão Caixa… a ver se festejava alguma coisa… e zero!)… é bom que se habituem… tantas e tantas vezes têm perdido este ano com o SCP! Em futebol (quer no Campeonato Nacional, quer na Taça da Liga), na final europeia do hóquei em patins, agora no Campeonato Nacional de basquetebol… são umas atrás das outras as derrotas que o FC Porto vai coleccionando contra o SCP… e o seu presidente a assistir, aziago… PARABÉNS BASQUETEBOL!!! PARABÉNS, EQUIPA!!! PARABÉNS, LUÍS MAGALHÃES!!! PARABÉNS, MIGUEL AFONSO!!! PARABÉNS, FREDERICO VARANDAS!!!

RÚBEN AMORIM – Absolvido “in totum” no famoso processo disciplinar que lhe tinha sido instaurado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Cláudia… com vista a suspender o nosso treinador por seis anos!!! Foram primeiras páginas colossais!!! Debates televisivos intermináveis!!! E agora… com a absolvição… onde está o mesmo destaque??? O mesmo frenesim??? PARABÉNS, RÚBEN!!! Afinal não praticaste nenhum acto de falsificação ou fraude!!! Afinal… até te deveriam mesmo pedir desculpa!!! Nesse mesmo processo, o SCP – tendo o CD passado por cima de matérias de clara inconstitucionalidade (como se lê na própria decisão desse mesmo CD!) – foi condenado a uma multa de nove mil euros e a um jogo de suspensão do seu estádio… ridículo CD! Falta de vergonha!!! Claro que o SCP – e bem – já anunciou que vai recorrer dessa decisão… e “cilindrar” a decisão do CD… comandado pela tal de Cláudia… que sim, assina o Acórdão da vergonha!!!

… AINDA O CD DA CLÁUDIA – então não é que o CD decidiu agora o processo disciplinar do treinador Sérgio Conceição referente aos factos perpetrados no jogo de Portimão… factos esses que, é bom recordar, escandalizaram o país inteiro!!! Pois… e então qual foi a decisão?... vá lá, não vale rir… uns míseros dez dias de suspensão… a cumprir agora, no defeso… mesmo durante as férias desse educado cidadão!!! Falta de vergonha total do CD!!! Só podem estar mesmo a gozar connosco!!! E a gozar despudoradamente!!!

E O “FURRIEL” E A ANTF… QUE DISSERAM SOBRE A ABSOLVIÇÃO DO NOSSO RÚBEN??? – … lá se pronunciaram através de um comunicado pífio e triste… a salientar o que não pode ser salientado… e a escamotear o que tem de ser repetido: Rúben Amorim foi absolvido “in totum” das acusações que lhe foram imputadas! A ANTF e o seu “Zé Pereira” ainda assim não conseguiram dar uma palavra sobre isso… a verdade é que preferiram premiar quem terminou a época derrotado em todas as provas em que participou (“torrando” centenas de milhões de euros!) e louvar quem foi agora punido nas férias com dez dias de suspensão… preferiram isso a pedir desculpas a quem foi absolvido e se sagrou Campeão Nacional de futebol!!! Pobre ANTF!!! Desgraçado “Furriel”!!!

FAIR PLAY – e adivinhem a quem pertence o Prémio Fair Play da época 2020/2021… pois, a esse mesmo… ao FC Porto!!! A equipa mais bem‑comportada do Campeonato Nacional!!! A tal equipe que teve mais penáltis a seu favor que o somatório dos seus três concorrentes mais directos!!! A tal equipa que bate recordes de faltas até ser possível e “autorizada” a exibição de cartão amarelo… são mais de oito faltas para se conseguir essa ousadia… já nós, SCP, somos sancionados com amarelo – em média – com pouco mais de cinco faltas!!! Tanta podridão!!! Tanta hipocrisia!!!

PALAVRA DE FORÇA E ÂNIMO – Deixou‑nos na sexta‑feira passada um jovem Leão de 17 anos num estúpido acidente de mota perto de Alcácer do Sal! Estúpido como todos os acidentes são… estúpidos! Foi uma notícia brutal! Um Pai Leão dos “4 costados”! Um Avô também Leão dos “4 costados”! Uma Família de Leões!!! Destroçada! E nós, os amigos, destroçados com ela! Um jovem Leão de 17 anos… um dos que nunca tinha visto o SCP Campeão!!! Mas sim, essa alegria imensa, o Pai conseguiu dar‑lhe… trabalhar para a dar ao seu filho… e aos nossos filhos e netos dessas idades! E deu‑lhe mesmo, ao seu próprio filho… o Titulo de Campeão!! No dia 11 de Maio este Leão de 17 anos foi Campeão… 17 dias depois deixou‑nos… foi comovente ver a bandeira do SCP a cobrir a sua urna… e cachecóis… muitos cachecóis do nosso SCP… e – no fim da Missa na Igreja de Santo Condestável, em Lisboa – tocou‑se em sua memória “O MUNDO SABE QUE”… cantado por centenas e centenas de pessoas, de todas as cores, a uma voz… a uma só voz… numa difícil e dolorosa homenagem ao nosso Leão de 17 anos! Abraço gigante, Pedro! Abraço comovido, Marta! Abraço imenso, Carlos!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Campeões

Por Pedro Almeida Cabral
27 maio, 2021

Quando se diz, e muitos disseram, que o Clube definhava quase irreversivelmente, a festa Sportinguista deixou ver inúmeros jovens que ou não se lembravam ou ainda não haviam nascido no último campeonato

Passam dias e dias, mas o sentimento de orgulho permanece. O Sporting Clube de Portugal foi o justo vencedor do Campeonato Nacional de futebol da época 2020‑2021. O país vestiu‑se de verde e branco como há muito não se via e celebrou, de forma algo contida devido à pandemia, o título que já nos escapava há quase vinte anos.

Ao que às celebrações diz respeito, dois factos chamam a atenção. O primeiro é a acentuada juventude de muitos daqueles que fizeram seu este título. Quando se diz, e muitos disseram, que o Clube definhava quase irreversivelmente, a festa Sportinguista deixou ver inúmeros jovens que ou não se lembravam ou ainda não haviam nascido no último campeonato. Nenhum Clube vive sem a renovação dos seus adeptos. Não somos excepção. Porém, pelo que se viu, o futuro do Sporting CP está mais do que garantido. O segundo facto, talvez surpreendente para muita gente, foi a dimensão dos festejos em Moçambique. Por obrigação profissional tenho viajado muitas vezes para esse país. E fiquei a conhecer a fabulosa história do Clube em terras moçambicanas, onde temos profundas raízes. Até há bem pouco tempo, a esmagadora maioria dos moçambicanos que seguem o futebol português eram do Sporting CP, deixando bem para trás os nossos rivais. Ainda hoje isso é visível, nos nossos núcleos em Maputo, no sul, e em Pemba, no extremo norte, que não têm igual dos nossos adversários. Não foi por acaso que no penúltimo jogo do campeonato, os nossos jogadores envergaram camisolas com Cabo Delgado nas costas. Forma de chamar a atenção para o drama vivido nessa província de Moçambique, mas também de homenagear a sólida ligação do país ao Sporting CP.

Arrumadas as canas, podemos dizer que a festa foi muito bonita. Não podemos é voltar a estar tanto tempo sem fazê‑la. A dimensão nacional do Sporting CP impõe que o campeonato seja verde e branco mais vezes. Desejar não chega. Pensar ainda menos. O sucesso não resulta da aspiração emocional ou da guerra permanente. Mas sim do trabalho afincado da estrutura de futebol, que tantas vezes foi maldita sem razão, de uma direcção estável e com o pensamento no Clube, de uma comunicação dirigida a Sócios e adeptos e da rejeição vincada de polémicas e discussões estéreis. Respeitando esta fórmula, estaremos sempre muito perto de ser aquilo que queremos: ser campeões novamente.

 

Somos da raça que nunca se vergará!

Por Juvenal Carvalho
27 maio, 2021

Estamos bem levantados. Desistir é para os fracos, não para o Leão rampante. Somos campeões e estamos estruturados para ter sucesso futuro

Ouvi e li, por parte de gente sapiente e por vários “tudólogos” da nossa praça, que o Sporting Clube de Portugal tinha perdido gerações de adeptos. Que os miúdos são de quem ganha. Que não tínhamos já tanta expressão como outrora. No fundo, e até para mim, que não sou o maior dos optimistas nem o pior dos pessimistas, prefiro antes ser pragmático, tudo isto não me parecia de todo descabido. Só que não. Não era verdade. Incrivelmente, qual caso de estudo, até a perto de duas décadas sem ganhar o Campeonato Nacional de futebol, embora se tivessem somado outros troféus nesta modalidade, e muitos outros, até europeus, em outras modalidades, o Sporting CP era um gigante adormecido, qual vulcão pronto a entrar em erupção.

Com a liderança, e com o aproximar do final da prova, foi despertando nos Sportinguistas uma crença inabalável. Todas as partidas e chegadas da nossa equipa eram um banho de multidão.

Era como que uma espécie de empurrão decisivo aquele rugir dos adeptos sempre presentes.

Com o título consumado com o golo de Paulinho frente ao Boavista FC, a noite do dia 11 de Maio de 2021 trouxe à saciedade a demonstração de força sem paralelo do Sporting Clube de Portugal. Da transmontana Parambos, a aldeia mais Sportinguista de Portugal, a Lisboa, passando por cidades, vilas e aldeias do país, e um pouco por todo o Mundo, foram aos milhares e milhares os Leões que, esquecendo momentaneamente a pandemia, deram largas a uma alegria incontida e indescritível pela emoção e fervor Leoninos.

Num país em que muitos querem só dois clubes grandes, numa política do dividir para reinar, serve para eles de aviso. O Sporting CP está vivo desportivamente e tem uma massa adepta com tanto e tanto jovem. No meu caso particular, festejei o feito na Rotunda da Boavista, no Porto. E festejei sem que não me emocionasse. Por mim, pelos Sportinguistas que viviam o mesmo que eu, mas sobretudo por tantos jovens desta cidade e de tantas outras localidades, que mesmo sem nunca antes terem visto o seu/nosso Clube ser campeão, nada os demoveu de amar o Enorme Sporting Clube de Portugal e provar que o Clube está vivo e recomenda‑se. Uma força e pujança que nos emocionou a nós, e que surpreendeu os adversários, verdadeiramente atónitos com a dimensão do Leão.

Decididamente somos enormes e da raça que nunca se vergará. Por cada Leão que cair, outro se levantará.

E estamos bem levantados. Desistir é para os fracos, não para o Leão rampante.

Somos campeões e estamos estruturados para ter sucesso futuro. Que chegue Agosto. Já estou ansioso!

Uma edição para mais tarde recordar

Por Miguel Braga*
27 maio, 2021

Em toda a Liga NOS, o Sporting CP conseguiu a proeza de ter mais 27 cartões amarelos do que o FC Porto, e isto apesar de ter feito menos 14 faltas. É muita cirurgia para um só clube

Terminada a Liga NOS, é altura de balanços, de olhar para o que foi conquistado nestes 34 jogos e de fazer um resumo dos números do Campeão. E é isso mesmo que nos propomos fazer nesta edição do Jornal Sporting – páginas 6 a 11 –, recordando dados estatísticos, frases marcantes do treinador ou pormenores que, dentro de campo, acabaram por garantir os 85 pontos do Campeão Nacional de futebol.

Um dia depois de acabar a Liga NOS, o Sporting CP foi recebido por Fernando Medina na Câmara Municipal de Lisboa (CML). Recordemos algumas palavras do presidente Frederico Varandas: “para uns, não venceram porque foram o único clube do Mundo a ter COVID-19, outro porque teve apenas 16 penáltis. Mas eles sabem, todos sabem, que o Sporting CP foi o clube mais competente”. E apesar de toda essa competência – mais pontos, menos golos sofridos, apenas uma derrota e já depois de conquistado o título, melhor diferença de golos ex aequo com FC Porto – há outros números da Liga que devemos ter presentes na memória.

Além dos penáltis referidos pelo presidente – nunca é tarde para recordar que sozinho, FC Porto teve mais pontapés de penálti a favor do que Sporting CP, SL Benfica e SC Braga juntos – há outros dados que apontam para a pressão incessante que a norte se faz aos homens da arbitragem, aos adversários, a tudo o que não vista azul e branco no futebol português.

Assim, e olhando para os três grandes do futebol português, finda a Liga e os seus 34 jogos, o Sporting CP fez 520 faltas, o FC Porto 534 e o SL Benfica 513, deixando assim as equipas com médias muito idênticas de faltas assinaladas por jogo: 15,3, 15,7 e 15,1, respectivamente. Por outro lado, o equilíbrio é desfeito quando contabilizamos os cartões amarelos mostrados às três equipas: o Sporting CP acabou com um total de 89 amarelos, o FC Porto com 62, o SL Benfica com 81. Mais uma vez, e para se perceber as diferenças: a média para o Sporting CP é de 2,6 amarelos/jogo, para o FC Porto apenas de 1,8, para o SL Benfica de 2,4. Ou dito de outra forma, o Sporting CP é brindado com um cartão amarelo ao fazer 5,84 faltas, o FC Porto ao fazer 8,61 e o SL Benfica 6,33.

Ou seja, em toda a Liga NOS, o Sporting CP conseguiu a proeza de ter mais 27 cartões amarelos do que o FC Porto, e isto apesar de ter feito menos 14 faltas. É muita cirurgia para um só clube. Dito de outra forma, o FC Porto precisou de fazer quase 50% mais faltas para levar um cartão amarelo do que o Sporting CP – 47,5% mais faltas, para ser preciso. Se juntarmos a totalidade dos cartões, a conclusão é que o FC Porto foi, ao longo da última época, a equipa mais bem-comportada dentro de campo, vencendo assim o prémio fair play – neste capítulo, o FC Porto foi a equipa com menos cartões e o SL Benfica a única que chegou ao final dos 34 jogos sem qualquer cartão vermelho. Ainda na disciplina, Fábio Pacheco e Otamendi foram os jogadores mais amarelados, com 13 cartões amarelos cada, sendo que nas épocas anteriores em que jogou em Portugal pelo FC Porto, o máximo que o internacional argentino conseguiu foram oito cartões/época.

Também nos treinadores, o destaque vai para a equipa fair play da Liga: Sérgio Conceição foi o mais indisciplinado com seis amarelos, três cartões vermelhos directos e mais um por acumulação. O último vermelho directo, recorde-se, deu direito a uma suspensão de 21 dias, castigo entretanto suspenso por alegadamente ser contrário ao direito de liberdade de expressão. E não, não estamos no capítulo da ficção.

Junte-se a estes episódios as várias declarações dos responsáveis máximos do FC Porto sobre a arbitragem, as cenas da entourage azul e branca em Moreira de Cónegos ou o comportamento no pós-jogo entre FC Porto e Sporting CP que valeu a condenação pública do Sindicato de Jornalista e do CNID (Associação dos Jornalista de Desporto). Recordemos, mais uma vez, o que disseram uns e outros. Segundo o Sindicato, “o jornalista do site zerozero.pt foi tratado com pouca elegância por parte do treinador do FC Porto na conferência de imprensa após o jogo e depois insultado repetidamente pelo assessor de imprensa”; e concluiu o CNID: “a tolerância e o respeito são pilares da sociedade democrática e de um desporto são. No desporto, ser mais forte nunca deve ser sinónimo de ser mais bruto”.

No desporto e na vida, não pode valer tudo para atingir os nossos objectivos e sobre a temática, o presidente do Sporting CP foi bastante claro no seu discurso na CML: “Quando acordamos e vemos mais notícias de suspeição, de corrupção, esta vitória para nós é uma luz ao fundo do túnel. E é acima de tudo um alento e uma esperança para muita gente. Hoje é um daqueles dias em que os avós podem chegar a casa e dizer aos netos que os do bem também têm força, também têm coragem, também têm resiliência e, sobretudo, também ganham. Hoje é o dia em que netos, filhos e pais podem dizer que se vence e que é possível vencer sem abdicar da honra, da decência, da integridade e da transparência do desportivismo”. Este é o caminho.


Editorial da edição n.º 3821 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Rúben Amorim… “E se corre bem?”… Obrigado!!!

Por Tito Arantes Fontes
27 maio, 2021

Rúben Amorim… não nasceste ‘nosso’… mas és ETERNAMENTE NOSSO!!! E nós – NÓS, SPORTINGUISTAS – estamos GRATOS!!! ETERNAMENTE GRATOS!!! OBRIGADO, RÚBEN AMORIM!!!

Sempre o título!!! Eterno título 2020/2021!!! Uma extraordinária vitória... quando quase ninguém dava nada por nós... e o Sporting CP apostou no trabalho, na competência, na preparação exemplar de uma ‘especial’ época!!!

Para tudo isso... recordando como foi: Frederico Varandas foi buscar Rúben Amorim no início de Março de 2020!!! O SCP teve de resgatar este treinador ao SC Braga... pagou dez milhões (mais as vicissitudes posteriores)... e começou – logo aí – a perseguição ao Rúben!!! Era muito caro, uma loucura, um dos valores mais caros de sempre para obter um treinador... ouvimos horas de painéis na televisão, ‘infindáveis inteligentes’ a perorarem sobre o que iria ser o SCP, o anunciado descalabro, infelizmente alimentado também por alguns que se apresentam como ‘nossos’ e que até ajudavam a esse ‘festim’…

A verdade é que – nesse Março, a tempo e horas – começou a preparação da época 2020/2021!!!

Rúben Amorim veio... e disse logo ao que vinha... ‘E se corre bem?’... atirou logo na sua apresentação, no dia 5 de Março de 2020, na sua primeira conferência de imprensa!!! Mudou tudo logo aí!!! O ‘fatalismo’ deu lugar à esperança!!! O discurso entrou logo a marcar o ‘novo tempo’!!! Apesar de muitos dos ‘cavaleiros do apocalipse’ nem nisso terem reparado… nem nisso terem estado interessados…

E assim continuou Rúben Amorim… um discurso ‘moderno’, uma forma positiva de abordar as questões, uma enorme capacidade de não fugir a nenhum tema, uma maneira rápida e humorada de responder, um modo inteligente de esclarecer as dúvidas e questões que lhe eram colocadas… e sentia-se a cada frase de Rúben Amorim uma vontade indómita de vencer, um querer total, uma fé imensa… tudo isso alicerçado em trabalho, em qualidade, em exigência!

Vieram, depois, os icónicos e rapidamente ‘virais’ vídeos de ‘BackStage’ e outros do mesmo género… e aí pudemos apreciar o modo mais ‘intimista’ como – com profundo conhecimento de ‘balneário’ – Rúben Amorim motivava e interagia com os jogadores, dos mais novos até aos mais velhos, como ‘usava’ todos e cada um para o ‘bem comum’… e vimos também o modo como Rúben funcionava com toda a demais equipa de trabalho (treinadores, médicos, fisioterapeutas, preparadores físicos, roupeiros… o ‘nosso’ Paulinho… todos!). Sempre a mesma postura, sempre a mesma ‘boa onda’, sempre o mesmo comportamento positivo e bem-humorado… e – simultaneamente – de exigência e rigor máximo!

E sempre com o foco desde sempre enunciado e repetido à exaustão… ‘jogo a jogo’ era para ser mesmo ‘jogo a jogo’!

Veio o jogo do SCP em Famalicão… e a bárbara injustiça que – mais uma vez perpetrada por esse ‘às do apito’ que dá pelo nome de Luís Godinho – nos foi infligida nesse jogo… e aí nasceu o ‘grito de guerra’… que se tornou lema da época… “Onde Vai Um, Vão Todos”!!! Rúben disse que ia ser assim… ia ser sempre assim… e foi!!! Com garra!!! Com fé!!! Com querer!!!

O SCP ia mesmo lutar contra tudo e contra Todos!!! Os ataques foram totais e de todas as formas… foram aviões a aterrar na Madeira (enorme jogo no ‘batatal’ do CD Nacional!!!), foram ‘testes COVID’, foram punições atrás de punições em cima do Rúben Amorim (suspenso sozinho durante mais jogos que o somatório de todos os restantes treinadores do Campeonato, incluindo o ‘bem--comportado’ moço que dá pelo nome de Sérgio Conceição!), foram ‘falsos’ quintos amarelos em cima do Palhinha, foram ‘ataques’ à defesa de elementares princípios constitucionais, foram arbitragens inenarráveis de que o SCP foi vítima (o ‘Top 3’ desses ‘monumentos à falácia da arbitragem portuguesa’ estão nos jogos de SCP com FC Porto em Alvalade, em Famalicão e com o CD Nacional também em Alvalade!!!).

A tudo isto Rúben Amorim respondeu sempre… com qualidade!!! Com classe!!! Com categoria!!! Com excelência!!! Com trabalho!!! Com exigência!!! Com foco!!! Com querer imenso!!!

Rúben Amorim… não nasceste ‘nosso’… mas és ETERNAMENTE NOSSO!!! E nós – NÓS, SPORTINGUISTAS – estamos GRATOS!!! ETERNAMENTE GRATOS!!! OBRIGADO, RÚBEN AMORIM!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Uma época Histórica

Por Miguel Braga*
21 maio, 2021

Como frisou o presidente Frederico Varandas na recepção que se realizou nos Paços do Concelho, em Lisboa “é possível vencer com honra e decência”

Chegou ao fim a edição 2020/2021 da Liga NOS e o Sporting Clube de Portugal é o justo vencedor. Como frisou o presidente Frederico Varandas na recepção que se realizou nos Paços do Concelho, em Lisboa “é possível vencer com honra e decência”. É possível vencer os poderes e os interesses instalados, é necessário continuar esta luta em prol do desporto e do futebol em Portugal.

São feitos que irão perdurar na história e que não se resumem ao primeiro lugar na Liga NOS e à conquista da Taça da Liga. Esta foi uma época onde o Sporting CP, para além destas vitórias, conseguiu outras conquistas que devem ser recordadas:

- A começar pela recuperação da nossa formação. Com um total de 11 jogadores formados de Leão ao peito campeões nacionais em 2020/2021 (Luís Maximiano, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, João Palhinha, Tomás Silva, Daniel Bragança, João Mário, Dário Essugo, Jovane Cabral e Tiago Tomás). Foi superado o máximo anterior de dez jogadores formados em Alvalade campeões nacionais em 1981/1982 (Carlos Xavier, Virgílio Lopes, Vitorino Bastos, Zezinho, Augusto Inácio, Francisco Barão, Ademar, Freire, Alberto e Mário Jorge);

- Percorremos um longo caminho de 32 jornadas sem conhecer a derrota, um registo inédito na história dos Campeonatos Nacionais com 34 jornadas;

- Somos a equipa com menos golos sofridos nos dez principais campeonatos europeus. Só viajando até ao 11.º país do ranking UEFA (Escócia) podemos encontrar o campeão Rangers FC com apenas 13 golos sofridos;

- E também somos a defesa menos batida com o melhor marcador da competição. Acontece na história do Sporting CP pela quinta vez, mas em 2020/2021 com a particularidade de Pedro Gonçalves não ser avançado como eram Manuel Vasques (1950/1951), João Martins (1953/1954), Hector Yazalde (1973/1974) e Liedson (2006/2007);

- É Leão o mais jovem campeão na história dos Campeonatos Nacionais – Dário Essugo. Realizou a sua estreia com apenas 16 anos e seis dias frente ao Vitória SC a contar para a 24.ª jornada;

- Outro Leão a destacar é João Pereira, o mais velho campeão nacional da história do Sporting CP com 37 anos, dois meses e 23 dias, bateu o anterior máximo de João Azevedo (mítico guarda-redes dos “Cinco Violinos”) de 36 anos de idade, oito meses e 24 dias;

- Luís Maximiano é o primeiro jogador da história do Sporting CP a ser campeão nacional nos iniciados (2013), juvenis (2016), juniores (2017) e equipa principal (2021);

- Tiago Tomás tornou-se, aos 18 anos, no mais jovem jogador nos 114 anos de história verde e branca, a somar o maior número de jogos numa época, com um total de 37 partidas, superando os 36 desafios acumulados por Litos em 1984/1985, jogador que detinha um recorde batido ao fim de 36 anos. 

De salientar que o hóquei em patins voltou a vencer a Liga Europeia e o Sporting CP alcançou os 39 títulos continentais!

Para todos os Sportinguistas esta será uma época histórica.

A história vive-se hoje, amanhã e sempre!


Editorial da edição n.º 3820 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

... A propósito de... FREDERICO VARANDAS!!!

Por Tito Arantes Fontes
21 maio, 2021

Obrigado, Frederico Varandas!!! Trouxeste o SCP para onde ele tem de estar... no patamar da Glória!!! No fundo... conseguiste – tu e as tuas gentes – o reencontro do SCP com a sua própria História!!!

Época notável Campeões Nacionais (23.º título)! Vencedores da Taça da Liga! Campeões Europeus de futsal! Campeões Europeus de hóquei em patins (fantástica vitória neste domingo! Parabéns, Gilberto! Parabéns, Paulo Freitas! Parabéns, Equipa!)! E mais, muitos mais títulos nacionais... muitos já conquistados (atletismo, ténis de mesa) e outros a caminho (basquetebol e futsal)... época memorável!

É altura de agradecer! Agradecer a quem trouxe, três anos depois de Alcochete (“só” três anos depois...), o Sporting CP até este patamar de excelência. Frederico Varandas! O presidente do SCP!

Recordando e confessando... em Maio de 2018 estávamos todos desfeitos com os inenarráveis acontecimentos de Alcochete. O Clube mobilizou‑se. Os Sócios – a quem, depois de muita luta, se conseguiu dar voz – entenderam mudar! E apareceu a concorrer às eleições de Setembro de 2018 o médico do SCP, Frederico Varandas.

Nós não nos conhecíamos. Nunca nos tínhamos encontrado, nunca tínhamos falado um com o outro. Eu sabia, claro, que Frederico Varandas era o médico do futebol do SCP. Duvido muito que o actual presidente soubesse quem eu era.

Recordo‑me bem que estava em Madrid quando, nos “sites” desportivos em que incessantemente busco notícias do nosso SCP, caiu a notícia da carta em que Frederico Varandas anunciava a sua candidatura à presidência do SCP. Estávamos nessa altura, Verão de 2018, depois da destituição dos Órgãos Sociais, num período transitório de “orfandade”, sem percebermos bem que candidatos apareceriam para gerir os destinos do Clube.

Li com avidez esse manifesto inicial do Frederico Varandas. Senti – ao lê‑lo – um genuíno amor pelo SCP. Correu‑me, por isso, uma discreta lágrima pela cara... e telefonei para Lisboa, para o irmão do Frederico, o advogado João Pedro Varandas, que – esse sim – eu conhecia há muitos anos das vivências do nosso Clube e da profissão que ambos abraçámos. Queria saber quem era o irmão Frederico, se a candidatura era mesmo “a sério”... o João Pedro confirmou‑me tudo quanto tinha sido divulgado! E – muito importante – deu‑me nota do eterno e “louco” amor do Frederico pelo SCP! Falámos também do extraordinário episódio do Frederico a ouvir relatos de futebol em ondas curtas na Guerra do Afeganistão e a festejar golos do SCP no meio do deserto! Esse episódio fez‑me, desde sempre, pensar que o Frederico conseguia ser mais “louco” do que eu... o que, confesso, eu achava quase ou mesmo impossível!

Depois, depois resolvi apoiar o Frederico e estive presente nalguns eventos da sua campanha às eleições de 8 de Setembro de 2018. Numa dessas ocasiões fui‑lhe apresentado. Trocámos na altura palavras de circunstância e reiterei‑lhe o meu apoio. Tudo de modo educado e até algo cerimonioso, pois o nosso presidente é pessoa – pelo menos para estranhos e numa fase inicial – circunspecta.

Frederico Varandas ganhou as eleições! E começou a “aventura”. Uma época de 2018/2019 indiscutivelmente positiva no futebol e com vários títulos europeus nas modalidades. Uma temporada de 2019/2020 muito má e difícil, com várias vicissitudes. E – finalmente – uma época de 2020/2021 de Glória do SCP!

Frederico Varandas conseguiu obter a Glória para o nosso SCP à custa – eu sei! – de muito Esforço, de muita Dedicação e de muita Devoção! De muita resiliência! De uma vontade indómita! De um querer imenso! De um aprender contínuo! De uma fé inquebrantável! De uma confiança alicerçada no trabalho! Na competência! Na exigência! Na qualidade!

Frederico Varandas é o grande responsável pela vinda para o SCP de Rúben Amorim! Uma aposta sua! Frederico Varandas “aguentou” (no bom sentido) Hugo Viana... quando tantos pediam já a sua cabeça!

Frederico Varandas tem uma Direcção coesa e constituída por gente de indiscutível qualidade e Sportinguista! Uma palavra especial para Salgado Zenha (isto das “contas” tem mesmo muito que se lhe diga!), para André Bernardo (a comunicação do SCP dá cartas e é hoje motivo de orgulho dos Sportinguistas!), para João Sampaio (ui, o jurídico, como ele foi e tem sido importante e fundamental nesta época!) e para o Miguel Afonso (grande “monstro” das modalidades!). E todos, todos os demais! Também nos demais Órgãos Sociais! Equipa coesa! Equipas coesas!

Não tenho espaço para mais... (as gentes do Jornal Sporting “matam‑me”!)... por isso, terminando: Obrigado, Frederico Varandas!!! Trouxeste o SCP para onde ele tem de estar... no patamar da Glória!!! No fundo... conseguiste – tu e as tuas gentes – o reencontro do SCP com a sua própria História!!! E isso é uma “dívida” imensa e eterna que temos para contigo!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

 

P.S. 1 – Cabo Delgado nas camisolas na Luz... que ideia mais genial!!! Que impacto, desde logo em Moçambique!!!

P.S. 2 – Pote!!! Melhor marcador da Liga!!! Genial!!!

Nada será como Antes, Amanhã

Por André Bernardo
14 maio, 2021

Esse caminho hoje venceu contra todas as probabilidades. Alteremos as probabilidades e não o caminho

01 Foi sem mais nem menos que o telefone tocou.

Eu estava numa varanda madrilena, em casa de uns amigos, a celebrar um aniversário quando a notícia chegou. O céu não caiu, a terra não se abriu sobre os pés porque, na verdade, não há tempo para isso e também não há palavras que o consigam descrever. A morte bateu à porta pela voz de quem mais estava a sofrer com ela.

Não são momentos que se consigam esquecer porque mesmo querendo eles voltam sem avisar. Porque, quando menos se espera, o mais pequeno detalhe nos faz recordar. Nesse momento sabemos que o Acaso nos tirou o tapete e só ele “tem os que mais ama”1. E desde então todos os momentos felizes se tornam diferentes, porque aquilo que desejamos é que essa pessoa cá estivesse. Mas ela não está.

E, num qualquer momento vago, a memória recupera do baú a mais improvável lembrança de uma música esquecida. Ouço o som de um dos discos de vinil dos meus pais a tocar a inesquecível voz de Elis Regina cantando “Nada será como Antes, Amanhã”.
 

02 Foi sem mais nem menos que o telefone tocou.

Eu vivia naquela que me parecia ser uma fase normal da minha vida e, no preciso momento que o telefone tocou, repetia religiosamente a minha rotina, tomava o mesmo pequeno-almoço de sempre, no mesmo sítio de sempre. Do outro lado da linha, um amigo tinha tomado uma decisão e dizia-me que “em Nome do Sporting” ou fazíamos isto ou Nada seria como Antes. Não veio em tom de convite e também não teve resposta. O telefone desligou.

E, num qualquer momento vago, inadvertidamente, a memória traz-me um livro, o primeiro que li (que não de banda desenhada) quando era criança e que pousava entre muitos outros numa das prateleiras cheia de livros que existiam lá por casa. Na altura, o título chamou-me a atenção e decidi aventurar-me a lê-lo. Chamava-se “As aventuras de João Sem Medo”2. E nada foi como Antes, porque a partir dali a leitura ganhou para mim um lugar onde antes encontrava resistência.

O Acaso tem coincidências que a razão desconhece e sei hoje que os contos que deram origem ao livro foram inicialmente publicados em 1933 na gazeta infantil de nome “O Senhor Doutor”.

Na terra de “Chora-Que-Logo-Bebes” houve alguém que decidiu subir o Muro e entrar na “Floresta dos Entes Fantásticos.”

Não posso deixar de assinalar esta passagem do livro:

“- Bem… Os homens nunca se contentam... E eu a falar franco, fartei-me deste Imprevisto-Anárquico do Sonho em que vivi e agora apetece-me voltar a provar aquilo a que chamamos Realidade... Além disso... Ouve: vou dizer-te um segredo... mas promete-me que não o revelas a ninguém… Prometes? … Na verdade, o fito principal do meu regresso talvez seja o de tentar revolucionar Chora-Que-Logo-Bebes... endireitar as espinhas dorsais das pessoas... secar as lamentações covardes dos choraquelogobebenses... pregar a reorganização viril da vida em novas bases…”.

E foi assim que soube que a partir daquele dia, no momento em que o telefone tocou, “Nada será como Antes, Amanhã”.
 

03 Foi sem mais nem menos que o telefone tocou.

Era a voz preocupada de quem tem laços de sangue e tinha acabado de ouvir nas notícias que membros do Conselho Directivo do Sporting CP tinham sido agredidos. Tranquilizei os meus pais, mas não consegui convencê-los nesse momento do porquê de continuarmos nisto sem necessidade.

Às vezes a memória é curta e o extraordinário parece tornar-se ordinário até que o pior acontece e Nada passa a ser igual ao que era Antes.

Ex nihilo nihil
(Nada vem do Nada)

Não foi sem mais nem menos que chegámos até aqui.

Quando abraçámos este desafio não o fizemos porque era fácil, mas sim porque era difícil.

Campeões ou não, acreditamos que o caminho que escolhemos desde 2018 é o correcto e consistente com o ADN do Sporting CP.

Não acertámos em todas as decisões, como aliás ninguém acerta.

Não escolhemos o caminho das pedras, mas escolhemos não seguir o caminho das panaceias, recusando “que nos cortem a cabeça para não pensar, não ter opinião nem criar piolhos ou ideias perigosas”3.

E também não cortamos a cabeça a quem pensa diferente.

O custo de outros caminhos sempre veio a um preço demasiado alto, às vezes quase insustentável.

“Todas as famílias felizes se parecem, todas as infelizes são infelizes à sua maneira”.

Esta é a célebre frase que dá início ao romance Anna Karenina, de Tolstói. Com base nela surgiu o princípio de Anna Karenina, que dita que uma falha num qualquer factor determina que um evento ou sistema falhe. E que, por consequência, para que um evento seja exitoso nenhum dos vários factores pode falhar.

Todos os caminhos estão sujeitos às incidências do Acaso. Encontrámos vários neste percurso, inclusive a maior pandemia mundial dos últimos 100 anos.

Para que o Sporting CP fosse campeão todos os factores tiveram de contribuir. Há factores que nós controlamos e outros que não. Tivemos que lidar com todos eles.

Esta vitória deve fazer-nos a todos parar, reflectir e efectuar um exame de consciência.

A força do Sporting CP como um todo diminui sempre que haja apenas um de nós que coloca os seus interesses pessoais acima do Clube e tenta dividir para reinar.

O Sporting CP foi Campeão dentro de campo porque soube primeiro ser Campeão fora dele.

Que o nosso caminho continue a ser o de dar um passo à frente sem ter que dar dois atrás.

Que o nosso caminho, que terá momentos altos, mas também outros menos altos, seja de união e, no seu equilíbrio, de crescendo contínuo.

Que o nosso caminho seja o de motivar pela persuasão e pelo exemplo e nunca pelo medo.

Porque o último inevitavelmente capitula e o primeiro perdura.

Numa realidade paralela, algum factor podia ter falhado e podíamos não ter sido Campeões. Porém, a vitória do caminho já estava assegurada.

Esse caminho hoje venceu contra todas as probabilidades. Alteremos as probabilidades e não o caminho.

Não esqueçamos nunca que o caminho até aqui foi longo.

O desafio era exigente e, por isso, é altíssima a recompensa que todos os Sportinguistas merecem e conquistaram.

E que fique evidente para todos três coisas que deviam ser óbvias:

I. União não surge nos momentos bons, os momentos bons surgem porque existe União;

II. aqueles que em qualquer vitória sorriem sempre são a maioria;

III. apenas a nossa força interna nos vai permitir superar os factores que nós não controlamos, para não serem eles a controlar-nos a nós.
 

04 Foi sem mais nem menos que o telefone tocou.

A voz, antes preocupada, era agora de alegria e orgulho. O Sporting CP era campeão.

E a memória trouxe-me todos os momentos que aqui refiro e outros marcantes de uma caminhada cheia deles. Mais do que deveria ter tido...

Cada um terá vivido a felicidade desta vitória à sua maneira. Eu hoje partilho um pouco da minha, com aqueles que queria que cá estivessem, com aqueles que me fizeram cá estar, com aqueles que viveram comigo esta travessia, e com os que não conheço, mas que têm em comum comigo o Sporting CP. Na certeza, mas também na esperança, de que “Nada será como Antes, Amanhã ou Depois de Amanhã”.

1. Referência à letra da música “125 Azul”, dos Trovante; 2. Obra literária de autoria de José Gomes Ferreira; 3. Citação do livro “As aventuras de João Sem Medo”.
 

Editorial da edição n.º 3819 do Jornal Sporting

Somos campeões!

Por Miguel Braga*
14 maio, 2021

Obrigado a todos os que contribuíram de qualquer forma para este passo de gigante. E todos temos também de saber que o caminho continua e que são precisos mais passos. Um e depois outro. Obrigado e parabéns, Sporting Clube de Portugal!

32 jogos completos, nenhuma derrota e o título de Campeão Nacional. 18 épocas depois, o Sporting Clube de Portugal voltou ao lugar que merece no futebol português. Parabéns a todos os Sportinguistas, parabéns a toda a equipa no sentido maior da palavra, parabéns a todos os que contribuíram para a construção deste caminho e para a execução de uma estratégia escolhida e parabéns também para quem teve esta visão e projectou este presente, desejado por todos aqueles que se orgulham de ser e pertencer à família do Sporting Clube de Portugal.

Os heróis desta saga começaram dentro de campo. Foram eles os obreiros da conquista do Leão. Semana após semana, em Alcochete, Alvalade ou fora de portas, provaram ser a defesa mais sólida, a melhor equipa, os mais solidários, os mais decisivos, os mais trabalhadores. Da juventude de uns, à experiência de outros. Da técnica à raça, da entrega e da dedicação, atingiram este patamar na carreira que deve orgulhar cada um de nós. Os heróis de campo foram sempre acompanhados pelos heróis do banco, de quando em vez remetidos para a bancada, mas que provaram ter espírito Leonino para lutar, treinar, acompanhar, cuidar, aperfeiçoar, trabalhar mais e fazer acreditar não só os heróis no campo, mas toda a nação Leonina.

Nesta história existiram tantos heróis. A começar por cada Sportinguista que acreditou nos heróis e exultou a sua façanha, que se sentiu orgulhoso por vencer a Liga NOS. A começar também em cada Sportinguista que viu o seu Clube ser campeão de futebol pela primeira vez na vida. Toda uma geração que merecida sentir esta sensação. E todos os outros, todos os Leões do Sporting Clube de Portugal.

Os mass media – todos incluídos – foram veículos de histórias únicas, vividas por cada um de nós que teve o privilégio de acompanhar o renascer de um Clube que teve um passado. A social media permitiu que o conteúdo produzido seja de uma extensão ainda difícil de medir. Seria um estudo interessante, perceber quantas fotografias, quantos vídeos, quantas stories, quantos lives, quantas transmissões de rádio, de televisão, directos ou comentários, se produziram com esta conquista.

Obrigado a todos os que contribuíram de qualquer forma para este passo de gigante. E todos temos também de saber que o caminho continua e que são precisos mais passos. Um e depois outro. Obrigado e parabéns, Sporting Clube de Portugal!


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Carta aberta a João “Mágico” Eduardo

Por Rodrigo Pais de Almeida
21 maio, 2021

João, eu também tenho um sonho. Continuar a ver um dos nossos a ser feliz. Continuar a ver-te jogar de verde e branco e com o Leão rampante na camisola. A espalhar magia em Alvalade e por esse mundo fora

Caro João “Mágico” Eduardo,

Começo como tenho obrigatoriamente de acabar: Obrigado, Campeão! A tua vontade conjugada com a do Clube, o forcing final naqueles dias 5 e 6 de Outubro do presidente Frederico Varandas para que fosse possível o regresso do “filho pródigo” e a validação do míster Rúben Amorim para completar com uma pedra basilar de experiência e de qualidade inquestionável o plantel 2020/2021 foi um factor que considero ter sido essencial para a conquista deste 23.º Campeonato Nacional e da Taça da Liga.

E tanto que tu trouxeste, João! Os posicionamentos, as dinâmicas e a ideia de jogo do nosso jovem treinador parecem ter sido desenhados para ti, mesmo sem saber se podia contar contigo. A dupla de meio-campo com um ‘6’ que fecha espaços e impede a progressão dos adversários, gerindo os timings da transição ataque‑defesa, pedia um jogador que cada vez mais escasseia no futebol mundial. Alguém com a capacidade física para carregar o jogo como um ‘8’, mas que saiba pensar e pautar o jogo como um verdadeiro ‘10’. Alguém que brilhe no passe que define o sucesso de uma jogada ofensiva (seja o último ou o de ruptura), mas que seja o mais altruísta de todos os génios e corra por todos no momento da perda de bola. Alguém que paute o jogo ofensivo, acelerando ao perceber que o adversário está em inferioridade ou mal posicionado, mas que saiba suster a posse de bola, aguentar a pressão de múltiplos adversários sem a perder, e libertá-la para um colega quando todos achavam que já estava perdida. Esse alguém só podias ser tu, João “Mágico” Eduardo.

A arte de tornar o complexo no mais simples dos processos de jogo. A saída de bola na construção do jogo ofensivo, seja entre linhas, dando opção de passe, ou a libertar espaço para jogar nos corredores laterais. O jogo com o tempo de ter e não ter a bola, usando os parcos espaços que existem e que se querem criar. A segurança que deste à equipa com bola, mas também a ocupação de espaços sem bola que tão bem fizeste. O domínio do terreno de jogo sobre “pantufas”, mesmo quando a bola pede um pontapé na frente e tu “investiste” tempo a acarinhá-la como o farias à tua linda recém-nascida Leoa, não cedendo à tentação de te livrares dela mesmo perante superioridades numéricas do adversário. Que me perdoe o Adán, o Gonçalo Inácio, o Pote, o mini-Modric (AKA Daniel Bragança) ou o Paulinho, mas ninguém “fala” com a bola como tu. A verdadeira “insustentável leveza” de carregar às costas e nos pés o jogo do Sporting Clube de Portugal! Classe! Só ao alcance de um jogador de topo Mundial!

Sem legendas talvez possa passar despercebido aos leigos, mas trouxeste muito mais. Fizeste crescer para níveis como o teu o João Palhinha, o Pedro Gonçalves ou os laterais Nuno Mendes e Pedro Porro. O equilíbrio táctico entre a linha defensiva e ofensiva, e a indefinição do corredor preferencial em cada momento (lateral ou central) fizeram aparecer um João Palhinha mais completo e que o fez crescer na construção e no passe (especialmente no longo), libertou o Pedro Gonçalves para deambular no ataque ao lado do avançado, nas suas costas ou em qualquer um dos corredores, aproximando-o da baliza adversária e do golo, e permitiu ainda o crescimento na profundidade dos alas que assim conseguiram brilhar no duelo individual a romper nas defesas contrárias e no cruzamento, criando oportunidades de golo. E sim, o jovem central Gonçalo Inácio e a sua qualidade indiscutível com bola tão inabitual para um central… Eu sei que sabias, mas… foste sempre o seu alvo preferencial no primeiro passe… Porque será?

O belíssimo golo com o Boavista FC na 32.ª jornada, que culminou o trajecto de uma equipa que chega a Campeã Nacional sem derrotas, é um guião perfeito da importância de existires nesta equipa e demonstra a raridade de aparecerem jogadores cerebrais como tu. A forma como apareces entre linhas longitudinais, permitindo ao Feddal encontrar-te no passe. A recepção orientada na latitude com a cabeça já a procurar a movimentação dinâmica dos colegas. A temporização com bola, valorizando o timing da posse e permitindo chamar a ti o “engodo” da marcação dos adversários (e foram quatro), permitiram ao Paulinho ficar 1x1 na área e ao Nuno Santos ficar disponível para receber na esquerda a bola redondinha dos teus pés e centrá-la com conta, peso e medida para o Paulinho facturar. Este golo foi um verdadeiro compêndio do futebol de Rúben Amorim. És a verdadeira personificação deste treinador dentro de campo!

Eu vejo o brilho nos olhos do presidente Frederico Varandas quando fala de ti. Faz por esta altura nove anos daquele título de Campeão Nacional de juniores que conquistaram lado a lado. Conseguirem repetir essa façanha é recordar do que é feito o ADN e o propósito de todo o projecto do Clube. É para isto que dezenas de afortunados jovens são escolhidos e entram na Academia de Alcochete todos os anos. Para começarem, para crescerem, para evoluírem, para conquistarem títulos e a Glória que o nosso Clube merece. Perseguem o sonho de um dia se estrearem na equipa profissional de futebol. Sonham diariamente em serem Campeões e fazerem felizes os milhões de Sportinguistas.

Sabes João, sempre disse e escrevi: Zero ídolos uma “treta”! Estes jovens, esta equipa, o NOSSO Clube… Todos nós precisamos de referências, de ídolos, de pessoas que nos guiem e nos façam sonhar. Que nos façam acreditar que os sonhos são realizáveis e podem sair da utopia ou das conversas com a nossa almofada. Tu és a realização do sonho de todos os nossos jogadores da formação. De todos nós. Vieste do zero. Cresceste. Afirmaste-te na formação. Nos seniores. Internacionalmente. E nunca esqueceste as tuas origens e quem te ajudou. Teres regressado para cumprir o sonho de criança de seres Campeão na equipa principal não fecha este capítulo… não pode fechar!

Vieste para seres feliz. Hoje és feliz. Fizeste-nos felizes! Ajudaste numa das maiores conquistas do Sporting CP dentro de campo e também fora dele. O Sporting CP voltou a ser o Clube mais atractivo para todos os jovens que se querem afirmar no futebol em Portugal e será o mais apetecível para todos os jovens talentos! Hoje és uma das maiores referências desportivas no Sporting Clube de Portugal. Hoje mereces continuar a ser feliz… estou seguro do que aquele sorriso e o “tal” brilho nos olhos de Frederico Varandas, quando te abraçou no final do jogo com o Boavista FC que quebrou o jejum de 19 anos sem vencer o Campeonato, queria dizer. És um dos nossos! Como diz a música, faremos tudo o que pudermos para que continues a ser feliz onde gostas de ser feliz. Aqui, que é a tua casa!

João, eu também tenho um sonho. Continuar a ver um dos nossos a ser feliz. Continuar a ver-te jogar de verde e branco e com o Leão rampante na camisola. A espalhar magia em Alvalade e por esse mundo fora. Com o escudo de Campeão. Com o símbolo da Champions League na lapela a lutar contar os melhores clubes da Europa. O melhor para o Sporting CP é o melhor para o João Mário Eduardo… Continuarmos juntos em 2021/2022.

Obrigado, Campeão!

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