O antigo jogador leonino diz que o Sporting CP é claramente favorito no duelo frente ao Légia. O ex-avançado vai comentar o jogo desta terça-feira para a televisão estatal polaca

Foi há 21 anos que Andrzej Juskowiac vestiu pela última vez a camisola verde e branca, após ter realizado 87 encontros e marcado 31 golos entre as temporadas de 1992 e 1995.

Esta segunda-feira visitou novamente Alvalade, onde amanhã irá marcar presença na tribuna de imprensa para comentar o jogo do Sporting CP frente ao Légia de Varsóvia, para a televisão polaca. Um duelo, onde Juskowiac aponta a formação de Jorge Jesus como favorita.

“O Légia está a atravessar um período muito difícil, o clube despediu o treinador na semana passada. O novo técnico, Magiera, vai ter um jogo muito difícil e se calhar o resultado nem é o mais importante. Há 20 anos que a Polónia não tinha uma equipa na fase grupos da Liga dos Campeões, e voltar a uma grande competição com uma derrota por 6-0 no jogo inicial (frente ao B.Dortmund) é muito duro!”, explicou o antigo avançado leonino em declarações exclusivas ao Jornal Sporting.

“Estamos a falar de uma equipa que está mal preparada fisicamente, que certamente irá jogar à defesa no jogo de amanhã. Se o Sporting CP jogar com velocidade, o Légia não terá quaisquer hipóteses”, acrescentou Juskowiac, assinalando os jogadores mais importantes do campeão polaco.

“A arma mais perigosa é o Nikolic que esteve muito bem nas eliminatórias da Liga dos Campeões. Surpreendentemente não jogou na primeira jornada, mas amanhã será titular quase de certeza. O Légia tem um bom guarda-redes, Malarz. Provavelmente o único jogador que não é alvo de críticas, de resto a equipa não está ao nível de uma Champions, sobretudo na defesa”, finalizou. 

André Filipe comentou o duelo de amanhã frente aos polacos do Legia de Varsóvia

Na sexta, estreou-se a marcar com a camisola do Sporting Clube de Portugal, apontando o quarto golo dos leões frente ao Estoril. Amanhã, tudo indica que fará o primeiro jogo da sua vida na Liga dos Campeões. Têm sido dias emocionantes para André Felipe, o avançado brasileiro que chegou no último defeso. 

"É uma honra poder disputar esta grande competição pelo Sporting CP. Estou focado para ajudar a minha equipa. Qualquer jogador brasileiro sonha participar na Liga dos Campeões e claro que me quero estrear com uma vitória", referiu, ciente da importância do duelo da segunda jornada europeia para as contas da equipa leonina. 

"Temos de mostrar a nossa força em casa. Os adeptos merecem que pontuemos no Estádio José Alvalade. Perante este grupo, com grandes equipas, é crucial somar os três pontos amanhã", sublinhou.

Depois de ter entrado o primeiro remate certeiro, espera-se que André Felipe tenha apanhado o jeito. O próprio confirma: "É apenas o começo de algo que eu quero que seja muito bom...". Para um avançado, não há melhor elixir de confiança do que ver a bola beijar as redes. "Marcar deu-me confiança. Pretendo continuar a fazer o mesmo para que possa ser mais uma opção para o 'mister'", concluiu, com um rasgão de ambição.
 

Sessão matinal aberta por 30 minutos à imprensa revelam bom ambiente no plantel

Como é habitual nas rondas europeias da UEFA, o treino desta manhã foi aberto durante 30 minutos à imprensa nacional e estrangeira.

Pouco depois das 9h30, já com Jorge Jesus no relvado a orientar o posicionamente do material de apoio, os jogadores começaram a entrar. 28 da lista de disponíveis, apenas com a ausência de Lukas Spalvis, ainda em trabalhos de recuperação. A saber: Rui Patrício, Beto Pimparel e Azbe Jug; Jefferson, Paulo Oliveira, Ricardo Esgaio, Schelotto, Coates, Douglas, João Pereira, Marvin e Rúben Semedo; William, Adrien, Petrovic, Bruno César, Elias, Meli e Bruno Paulista; Alan Ruiz, Matheus Pereira, Gelson Martins, Markovic, Campbell, André, Castaignos, Bas Dost e Bryan Ruiz.

Depois dos minutos iniciais, em corrida, houve exercícios com bola que a avaliar pelo entusiasmo revelaram bom ambiente na véspera da recepção aos polacos do Legia de Varsóvia.

Recepção aos polacos poderá ser o 10.º jogo oficial consecutivo com assistência acima dos 40 mil

Para o jogo entre o Sporting Clube de Portugal e o Legia de Varsóvia da próxima 3ª feira, que assinala o regresso do Estádio José Alvalade às grandes noites europeias, estão neste momento vendidos 38 mil bilhetes.

Desta forma – e a 48 horas do apito inicial -, este poderá ser o 10º jogo oficial consecutivo com assistências superiores a 40 mil espectadores em Alvalade, prova mais que evidente do crescendo e da força da ‘Onda Verde’:

O encontro para a 2ª jornada da Liga dos Campeões apresenta preços desde €15 (Sócios) e €25 (Adeptos), sendo que este jogo está incluído em todas as Gamebox 2016/2017.

Por questões de segurança, a venda online é exclusiva a Sócios do Sporting Clube de Portugal (que podem comprar até 4 bilhetes de adepto). Como alternativa, as bilheteiras do Estádio José Alvalade funcionam das 10h às 20h sendo a venda presencial válida tanto para Sócios como para Adeptos.

Recordamos que será proibida a entrada a menores de 3 anos e que todos os espectadores terão de possuir título válido (Gamebox 2016/2017 ou bilhete). A quota mínima de Sócio para dar acesso ao Estádio José Alvalade é Agosto de 2016, sempre o mês anterior à data da realização do jogo.

Contamos com o enorme apoio de todos os Sportinguistas no regresso do Estádio José Alvalade à maior competição europeia de clubes - a Liga dos Campeões - prova que o Sporting Clube de Portugal teve a honra de inaugurar em 1955 (na versão Taça dos Clubes Campeões Europeus) diante do Partizan de Belgrado, sinal mais que evidente do enorme prestígio europeu dos leões: João Martins marcou o primeiro golo desta histórica e hoje milionária competição.

Pelos quatro cantos do mundo ecoaram os aplausos à exibição do Sporting CP na casa do campeão europeu

A jornada europeia desta quarta-feira acabou de forma inglória para um leão que se apresentou de peito feito no Santiago Bernabéu. Apesar da vitória ter escapado nos últimos minutos, a imprensa internacional fez a reconhecia vénia à formação de Alvalade.

O jornal El Mundo estendeu a passadeira vermelha ao técnico leonino: “Jorge Jesus deu a Zidane uma lição táctica e estratégica, soberba e inaudita. Um magnifico Sporting CP que ao intervalo já merecia a vantagem”.

A imprensa desportiva de Madrid aconselhou Marcelo a ir rapidamente ao ortopedista, pela malvadez de Gelson, que quebrou os rins ao lateral brasileiro, sobretudo na primeira parte. Tomás Roncero, jornalista espanhol do AS, ficou rendido ao avançado português de ascendência cabo-verdiana. “Gelson Martins (tem 21 anitos...) parecia filho de Figo, que também deslumbrou no flanco direito no jogo da Taça UEFA de 1994. Também se destacou William Carvalho, um Yaya Touré com menos 10 anos. E Adrien Silva, um capitão com galões e talento”.

Por Inglaterra, o jornal The Sun elogia o sólio quarteto defensivo dos leões, sublinhando a fantástica exibição de Sebastian ‘El Patrón’ Coates, antigo central do Liverpool. Em Itália, a Gazzetta dello Sport assevera que o Sporting CP congelou o campeão europeu. “Um iceberg que só derreteu ao cair do pano, graças a Ronaldo e Morata”.

Na Argentina, o jornal Olé titula a vitória madridista como “o milagre do campeão”. No Brasil, o Lance afirma que os comandados de Zidane entraram na Liga dos Campeões em ritmo de tartaruga. Ainda por Terras de Vera Cruz, a imprensa destaca o autor do golo leonino: “Bruno César silenciou a capital espanhola”, rotula o Globo.

Bruno César, autor do golo leonino que segurou a vantagem por 89 minutos fala em luta de igual para igual com o campeão europeu

O polivalente brasileiro Bruno César, autor do golo leonino que deu a vantagem ao Sporting CP e gelou o Santiago Bernabéu por 89 minutos, admite que o balneário está triste, mas fez questão de sublinhar os motivos de orgulho que a família leonina deverá ter depois de uma exibição de elevado nível.

"Chegámos exactamente com o propósito de vencer o jogo. Deu certo até aos últimos cinco minutos. Fizemos um grande jogo, mostrámos o nosso valor e o que realmente somos capazes de fazer. Agora há que olhar para a frente e pensar no futuro. Claro que estamos tristes. Depois de tudo o que fizemos, lutámos contra tudo e contra todos, lutando de igual para igual com uma equipa que nem se compara à nossa, com excelentes jogadores. Fazer o que fizemos só pode ser motivo de orgulho".

Gelson Martins afirmou que a equipa entrou bem no jogo, assumiu-o, e que a vitória esteve muito perto de acontecer

O irrequieto extremo leonino, Gelson Martins, sem dúvida uma das figuras de proa deste Sporting CP de Jorge Jesus, no arranque da época 2016/17, confessou sentir alguma frustração pelo desfecho da partida frente ao Real Madrid, mas apontou o caminho que ainda há para percorrer como o foco principal da formação leonina na milionária prova da UEFA.

"Claro que a equipa sai frustrada de Madrid com este resultado. Entrámos bem, assumimos o jogo, mostrámos que não éramos inferiores e tínhamos tudo para ganhar. Foi difícil sofrer aqueles dois golos mesmo a acabar o jogo. Sentimos que controlámos o jogo e que podíamos vencer. Vínhamos com a lição estudada, sabíamos exactamente o que teríamos de fazer para contrariar a superioridade do Real Madrid e este resultado não coloca nada em causa. A vitória e até o empate seria bem melhor, mas ainda temos um longo caminho pela frente e vamos entrar em todos os restantes jogos para ganhar", disse

Adrien Silva lamenta o resultado, mas coloca a exibição num patamar acima, sobretudo por ter sido na casa do campeão europeu

O capitão de equipa do Sporting CP, Adrien Silva, foi o primeiro a comentar as incidências do jogo da primeira jornada da Liga dos Campeões, na casa do Real Madrid. O n.º 23 dos leões admitiu que não era fácil sair do terreno do campeão europeu com uma derrota nos moldes em que ocorreu: "Sem dúvida que custa muito sair de Santiago Bernabéu com uma derrota destas. Depois de jogo que fizemos, grande personalidade e qualidade desta equipa em que tivemos muitas oportunidades contra o grande clube que é o Real madrid. As oportunidades mais claras foram nossas e a equipa lutou muito. Os nossos adeptos foram fantásticos e isto também foi uma forma de mostrar que estamos juntos e que não viemos passear. Mostrámos isso mesmo dentro de campo", rematou.

Jorge Jesus apontou os últimos cinco minutos do encontro como responsáveis pelo resultado final

"O Sporting CP não merecia perder". Foi Jorge Jesus quem o garantiu, na conferência de imprensa de rescaldo à derrota dos leões frente ao Real Madrid (2-1), no arranque da fase de grupos da Liga dos Campeões, já em período de descontos.

O treinador leonino começou por explicar, na zona de entrevistas rápidas, que foi expulso por se ter "manifestado contra uma decisão do árbitro francês", adiantando logo de seguida: "Teria sido muito mais difícil para o Real Madrid se tivesse estado no banco nos últimos minutos. Fizemos um grande jogo contra o campeão europeu. Faltou a experiência da Liga dos Campeões. Não estamos a jogar contra equipas que não ligam aos pormenores. À menor distração e tudo acontece. O Sporting CP conseguiu bloquear completamente o jogo ofensivo do Real Madrid. Estivemos muito bem até aos 85 minutos mas depois, com as substituições, perdemos qualidade posicional defensiva. A entrada do James Rodríguez mexeu com a nossa estrutura. Faltou-nos experiência para defender o resultado. Não podemos estar felizes por perder com o campeão europeu no último momento", afirmou.

De seguida, elogiou a exibição da sua equipa, que foi capaz de encostar às cordas o campeão europeu em título. "Nós sabemos o valor que temos, independentemente do adversário. O Real não conseguia entrar por nenhum lado na nossa baliza. Só conseguiu com o golo de livre do Cristiano Ronaldo. O Sporting CP foi muito forte defensivamente. Acho que fizemos um grande jogo", explicou o técnico leonino, antes de deixar uma mensagem aos milhares de Sportinguistas que 'invadiram' Madrid no arranque da Champions.

"Com a sua paixão, estes 5 a 6 mil adeptos mereciam fazer uma viagem para Lisboa com orgulho. A equipa portou-se para isso, mas infelizmente não conseguimos. Parabéns ao Real Madrid e ao Sporting CP até aos 88 minutos. Nenhuma equipa vai jogar aqui como nós jogámos. O futebol é isto!", concluiu.

Leões estiveram na frente do marcador durante 89 minutos, mas foram derrotados pelo Real de forma inglória nos descontos

História. Uma palavra que define na perfeição aquilo que o Sporting CP esteve muito perto de fazer na noite desta quarta-feira no Bernabéu. Os leões estiveram a vencer o Real Madrid até aos 89' minutos, mas Cristiano Ronaldo aos 90' e Morata já no último suspiro da partida impediram o leão rampante de se tornar a primeira equipa portuguesa a vencer no mítico estádio merengue.

O futebol tem destas coisas. E chega a ser cruel, como foi o caso. Foi por isso, com naturalidade, que após o apito final no primeiro jogo do grupo F da Liga dos Campeões, os comandados de Jorge Jesus saíram do relvado de cabeça baixa, sob um coro de aplausos dos milhares de Sportinguistas que fizeram questão de marcar presença nas bancadas. Tristes com o resultado, mas não com a exibição.

O mesmo não se pode dizer dos espanhóis, que no final dos 90 minutos tiveram, finalmente, motivos para celebrar. Em campo, a história foi outra. Verde e branca, diga-se. Mas não se deixe enganar pelo resultado: houve muito mais verde do que branco. Muito por culpa de um meio campo de classe do Sporting, formado por William Carvalho e Adrien, que deu que fazer, e de que maneira, aos campeões europeus (de clubes).

Na frente de ataque, Gelson Martins foi uma autêntica seta apontada à baliza do guardião Casilla. Pelos pés da nova pérola de Alvalade passaram os melhores lances de ataque dos leões ao longo de todo o encontro.

Ainda assim, e destacando ainda toda a magia e classe de Bryan Ruiz, fundamental nos processos ofensivos, foi dos pés de Bruno César que nasceu o golo do Sporting CP, logo após o regresso das duas equipas dos balneários (48'). Com um remate em arco, o médio brasileiro, que neste jogo deu apoio a Bas Dost, inaugurou o marcador.

Com uma exibição de gala ao longo de toda a partida, os leões pareciam caminhar para um resultado histórico, até que Ronaldo entrou em acção, para mal do seu clube do coração. Corria o minuto 89', quando o internacional português, produto da Academia, descobriu uma forma de bater Rui Patrício. De livre, à entrada da área.

O guardião leonino bem se esticou, mas estava feito o empate. Já em período de descontos, Morata despejou o balde de água fria final na ambição leonina e virou o resultado. Amargo... para o Sporting CP, claro. O futebol tem destas coisas...