Exibição de valor acabou em derrota frente ao FC Bayern München (3-1)

De volta ao palco europeu, a equipa principal de futebol do Sporting CP caiu perante o FC Bayern München por 3-1, esta terça-feira, em partida da sexta jornada da fase de liga da UEFA Champions League.

Dificilmente haveria maior ‘teste de fogo’ à invencibilidade Leonina – terminada nos 12 jogos – do que visitar o imponente Allianz Arena (ou Fußball Arena München, como é designado nas provas da UEFA), casa do crónico campeão do futebol alemão, onde nenhum clube português venceu e que esta temporada, sob a liderança do ex-jogador Vincent Kompany, assinou o melhor arranque da História das principais ligas europeias (16 vitórias em 16 jogos). A tudo isso ainda se juntaram, do lado verde e branco, uma série de importantes baixas (Pedro Gonçalves, Francisco Trincão e Geovany Quenda), mas os comandados de Rui Borges deram uma resposta de muito valor e, além de terem sabido bater-se, até estiveram a vencer em Munique.

Um autogolo de Joshua Kimmich – mérito para a jogada de João Simões – inaugurou o marcador aos 54 minutos depois de uma valorosa exibição defensiva dos Leões na primeira parte. Depois, contudo, o FC Bayern München comprovou o facto de ter o ataque mais temível da Europa e num intervalo de quatro minutos fez a reviravolta que encaminhou a vitória, para a qual se fez valer, em particular, das bolas paradas para fazer dois dos três golos.

Perante um FC Bayern München praticamente na máxima força - Luis Díaz, suspenso, foi a única baixa de peso - e intratável especialmente no seu reduto (agora, com dez vitórias em dez jogos), Rui Borges teve de reinventar o ataque verde e branco e operou um total de quatro alterações ao ‘onze’ utilizado no dérbi com o SL Benfica (1-1): partindo de uma base de três centrais, João Simões, Maxi Araújo, Matheus Reis e Eduardo Quaresma foram titulares, enquanto Gonçalo Inácio (em dúvida) e Hidemasa Morita começaram num banco de suplentes repleto de juventude (Rodrigo Ribeiro, Flávio Gonçalves, Salvador Blopa e Eduardo Felicíssimo) e ainda sem Daniel Bragança.

É de destacar que com esta titularidade, Matheus Reis igualou Rui Patrício como o jogador da História do Sporting CP com mais jogos na UEFA Champions League (26) – feito que Inácio (não foi utilizado) está a um jogo de igualar também.

Nesta noite fria em Munique, os Leões cedo procuraram mostrar, acima de tudo, muita organização frente ao expectável domínio dos alemães, que por sua vez queriam dar uma resposta a nível europeu, uma vez que perderam – única derrota da temporada – na jornada anterior da Champions (3-1 com o Arsenal FC). E prova dessa mesma intenção foi o golo do jovem talento Lennart Karl (17 anos) logo aos cinco minutos, embora prontamente invalidado por fora-de-jogo.

Nas bancadas, os mais de três mil Sportinguistas – entre os cerca de 75 mil espectadores que encheram o estádio bávaro – cumpriram o seu papel de forma categórica com um apoio bem audível e incansável à sua equipa, a qual se manteve num verdadeiro teste de paciência e, sobretudo, muito rigor praticamente em exclusivo no seu meio-campo, tentando quando possível sair em transição. Embora sem ser ‘sufocante’, o FC Bayern München foi rondando a área verde e branca e somando aproximações sem grande pontaria inicialmente até que, aos 24 minutos, Rui Silva teve de ‘voar’ para sacudir um perigoso pontapé cruzado de Serge Gnabry.

Mas, praticamente a seguir, foi Manuel Neuer quem teve de intervir entre os postes, porque uma arrancada de Geny Catamo e consequente cruzamento ficou à beira de resultar em autogolo - uma receita replicada, mais tarde, com sucesso. Antes, o melhor que os Leões tinham conseguido fora um cabeceamento muito desenquadrado de Matheus Reis a partir de um canto, mas aos poucos conseguiram encontrar alguns caminhos para ter mais bola e também contra-atacar, especialmente pelas alas.

Já o perigo, até final da primeira parte, pertenceu sempre à equipa da casa, cujo ‘cerco’ se intensificou nesta recta final, mas esbarrou no poste e em Rui Silva. Aos 37 minutos, o ferro negou um golo de fora da área a Harry Kane – goleador-mor do emblema da Baviera - e, aos 44’, o guardião verde e branco levou a melhor num cara-a-cara com Lennart Karl. Pelo meio, um cabeceamento do central Josip Stanišić também não passou longe do alvo.

Ainda assim, prevaleceu o nulo e para trás ficou um sofrido mas irrepreensível primeiro tempo por parte do dos Bicampeões Nacionais frente à mais goleadora das equipas de entre as principais ligas europeias – e actualmente segundo melhor ataque da UEFA Champions League. Aliás, foi a primeira vez esta época que o emblema do Sul da Alemanha ficou 'em branco' na primeira parte a jogar em casa.

A segunda parte, no entanto, começou de maneira bem diferente: com os Leões mais afoitos com bola e mais perigosos. A desequilibrar sobre a esquerda, Alisson Santos ensaiou um cruzamento/remate rasteiro que não saiu muito longe do poste e ao qual Suárez não chegou a tempo da emenda para a baliza. Uma reentrada positiva que, a seguir, tornou-se de sonho.

A sair a jogar desde o pontapé de baliza, Alisson Santos conseguiu novo desequilíbrio, soltou para a arrancada de João Simões no corredor e o jovem médio, chegado à linha, cruzou e encontrou um desvio de Joshua Kimmich para a própria baliza. Aos 54’, o Sporting CP colocou-se a vencer em casa do FC Bayern München e foi enorme a festa verde e branca.

Além disso, nos instantes seguintes, os Leões até mostraram a sua melhor versão no relvado do Fußball Arena München, cada vez mais capazes com bola, só que foi nesta altura que, depois de dois remates à figura de Rui Silva – de Kimmich e Karl – apareceu a resposta definitiva do líder invicto da Bundesliga para mudar o jogo.

Tudo começou num canto, onde Gnabry apareceu sozinho ao segundo poste para repor a igualdade e, apenas quatro minutos volvidos, Karl entrou na área e bateu Rui Silva, virando o resultado num ‘abrir e fechar de olhos’. Além disso, uma confusão entre os jogadores das duas equipas acabou por resultar num cartão amarelo a Morten Hjulmand, que assim falhará a recepção ao PSG na próxima jornada da Champions.

O FC Bayern München, revigorado, subiu de produção e antes da entrada nos últimos dez minutos chegou também ao 3-1, novamente aproveitando uma bola parada. Desta feita, uma segunda bola sobrou na área para o central Jonathan Tah, que de frente para a baliza só teve de atirar para o fundo das redes. Um golpe duro e definitivo na partida.

Depois de Rui Borges ter refrescado os Leões com as entradas de Ricardo Mangas (em estreia na Champions), Georgios Vagiannidis e Fotis Ioannidis, o Sporting CP ainda voltou a espreitar o ataque, porém um corte na ‘hora h’ evitou que Suárez conseguisse reduzir a diferença no marcador, que não mexeu mais até final.

Confirmada a derrota na Alemanha, o Sporting CP mantém os dez pontos somados na Champions e caiu da zona de apuramento directo, enquanto o FC Bayern München, agora com 15 pontos, juntou-se ao topo da tabela e até já garantiu um lugar na próxima fase.

Para os Leões a UEFA Champions League regressa apenas em 2026 e, agora, voltam a virar atenções para a Liga já com a recepção ao AFS em perspectiva no próximo sábado (20h30).

Sporting CP: Rui Silva [GR], Iván Fresneda, Ousmane Diomande, Eduardo Quaresma (Georgios Vagiannidis, 80’), Matheus Reis, Maxi Araújo (Salvador Blopa, 90+2’), Morten Hjulmand [C], João Simões (Hidemasa Morita, 90+2’), Geny Catamo (Fotis Ioannidis, 80’), Alisson Santos (Ricardo Mangas, 66’), Luis Suárez

Jovem médio lançou embate europeu em solo alemão

A UEFA Champions League está de volta e Munique é a próxima paragem. A equipa principal de futebol do Sporting CP visita o FC Bayern München, esta terça-feira (17h45, hora de Portugal continental), para disputar o jogo da sexta jornada da fase de liga.

Antes da antevisão feita pelo treinador Rui Borges, o futebolista João Simões foi o porta-voz do grupo para abordar também o duelo com os bávaros em declarações aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Allianz Arena (ou Munich Football Arena, como é designado em provas da UEFA).

Perspectivas para o jogo e a experiência pessoal na principal prova europeia
“Sabemos que nesta competição qualquer jogo é muito difícil, seja quem for o adversário. É muito bom jogar com os melhores da Europa e tentar aprender, porque ainda tenho muito para evoluir. Quero ajudar ao máximo a equipa, que é sempre o mais importante.”

Ambição para a partida
“[Sobre o adversário] Todas as equipas têm as suas dificuldades e também mais-valias. Nós tentamos trabalhar em função de tudo isso e amanhã queremos dar uma excelente resposta e ter o melhor resultado possível: a vitória. O Sporting CP sempre que entra em campo é para ganhar, não temos medo de nada, nem de ninguém. Sabemos das dificuldades e da equipa que é o FC Bayern München, mas vamos entrar olhos nos olhos.”

Confiança no plantel apesar das ausências
“O Trincão e o Pedro Gonçalves são jogadores muito importantes, mas seja quem for o jogador que estiver lá [amanhã] também vai dar uma excelente resposta, porque são jogadores do Sporting CP. Todos têm a capacidade para fazer um grande jogo. Estamos tranquilos.”

Aposta do Sporting CP na formação
“É fruto do trabalho do pessoal da Academia e dos próprios atletas. O Sporting CP tem como objectivo colocar jogadores na equipa A e cada exemplo prova que a formação está a trabalhar muito bem. [Sobre a geração de 2007, que partilha com Quenda, Flávio Gonçalves, Salvador Blopa e Eduardo Felicíssimo] É muito bom ver que os colegas com quem cresci também estão a chegar ao patamar que ambicionamos. É sinal da aposta do Sporting CP na formação.”

A sua utilização crescente desde a titularidade em Nápoles
“Acho que cada um tem a sua oportunidade no seu tempo. O Sporting CP é um grande clube, com excelentes jogadores e eu estou a tentar evoluir ao máximo para ajudar. É assim sempre que tiver a oportunidade. Seja em que competição for, vou lá para dentro para ajudar a equipa ao máximo.”

Conciliar a carreira universitária com o futebol ao mais alto nível
“Tem sido bom, fácil e tenho estado a gostar de aprender, sabendo que o foco é o futebol, mas a universidade é algo bom para aprender mais e conseguir melhor desenvolvimento no treino. É o objectivo.”

Sporting CP enfrenta FC Bayern München esta terça-feira

De regresso à acção na UEFA Champions League, a equipa principal de futebol do Sporting CP prepara-se para enfrentar o FC Bayern München, esta terça-feira (17h45, hora de Portugal continental), em partida da sexta jornada da fase de liga.

Na véspera do encontro e recém-chegado à Alemanha, Rui Borges, treinador dos Leões, fez a habitual antevisão em conferência de imprensa já no Allianz Arena (ou Munich Football Arena, como é designado em provas da UEFA), casa do emblema bávaro e palco do embate. Antes, o jovem médio João Simões também respondeu às perguntas dos jornalistas presentes.

A qualidade e força do adversário
“A dificuldade é imensa. Pessoalmente, acho que vamos jogar contra a melhor equipa da Europa actualmente. Dentro daquilo que temos observado, deve ser das melhores equipas dos últimos dez anos. Além de ter a parte individual fortíssima, tem uma parte colectiva que até foge do normal, de que eu gosto e ainda dificulta. Tem um jogo com muita mobilidade dentro de toda a qualidade individual. Acho que o grau de dificuldade é enorme contra uma grande equipa, com grandes jogadores e um grande treinador. Dentro do que somos e perspectivamos, vamos fazer o nosso melhor para tentar disputar o jogo e tentar ganhar. É esse sempre o nosso objectivo. Apesar das dificuldades, também vamos arranjar formas para nos sobrepormos ao adversário. Vamos dignificar o Sporting CP da melhor maneira, como sempre”.

As ausências de Francisco Trincão, Pedro Gonçalves e Geovany Quenda
“Não vamos gerir nada, são ausências e resta colmatá-las com outros jogadores. Vamos começar com 11 jogadores, como o adversário, e individualmente não fugimos à nossa ideia de jogo. Devido à grande qualidade do adversário, estaremos mais vezes num bloco mais baixo e defensivo, e temos de estar cientes disso. Não somos só nós, todas as equipas [que enfrentam o FC Bayern München], até o Arsenal FC, que impôs a única derrota ao FC Bayern München. Não gostamos tanto, mas o futebol é isso e temos de ter essa capacidade, sem fugir ao que somos como equipa. Estes jogos tornam-nos melhores.”

Ponto de situação sobre cada um dos lesionados
“Quem não está [convocado], não estava em condições. O Trincão estava inapto, o ‘Pote’ sentiu um desconforto no treino e ficou inapto para este jogo e possivelmente para o próximo, à partida, e o Quenda também para alguns jogos. Não me lamento. Claro que queria ter toda a gente e são jogadores importantes, não fugimos a isso. O Quenda estava a fazer o seu melhor registo em termos de números e tanto o Trincão como o ‘Pote’ vão estar nas suas melhores épocas individuais, mas não podemos fazer nada. O Gonçalo Inácio e o Geny Catamo, por traumatismos no jogo com o SL Benfica, estão em dúvida, tal como o Vagiannidis, que também teve algo traumático há uns dias no treino. Estão na comitiva, mas em dúvida para amanhã. Vamos jogar com 11. São coisas do futebol e há coisas que não conseguimos controlar.”

Favoritismo do lado alemão
“Não vou dizer a percentagem, mas claramente não somos favoritos a ganhar. Já não o éramos com a equipa toda [disponível], até pela capacidade que o FC Bayern München tem demonstrado. Tem uma derrota [na temporada] e ainda não perdeu em casa. Não é [um jogo de] 50/50. Estão mais fortes e temos de ter essa consciência e humildade. Dentro das nossas armas, temos de ser, sobretudo ofensivamente, eficazes. Poderemos não ter tantas oportunidades como gostamos, por isso temos de ser o mais focados e rigorosos possível nesse momento.”

‘Assinava’ sair com um ponto de Munique?
“Não assinava. Quero sempre ganhar. Termos sido Campeões com tantos miúdos diz muito da nossa ambição. Um grupo não se faz de 11 jogadores e eu acredito em todos eles.”

Vaga aberta na posição de extremo e uma eventual subida de Maxi Araújo no terreno
“Vou arranjar sempre soluções: temos o Maxi, o Ricardo Mangas comigo foi extremo no Vitória SC no início da época, o Blopa… Há jogadores que podem fazer essa posição.”

O regresso de Daniel Bragança após lesão prolongada
“Fico muito feliz, ficámos todos, por vê-lo de volta ao relvado. Viajou connosco, o que é importante também, mas ainda vai demorar algum tempo para chegar à sua melhor forma e confiança para dar o seu contributo à equipa. Acredito que seja uma contratação de Janeiro (risos).”

Meeting point e bilhetes de jogo

O Sporting Clube de Portugal informa os Sócios e adeptos que se vão deslocar ao jogo da equipa principal de futebol em casa do FC Bayern München (9 de Dezembro às 18h45, hora local), referente à sexta jornada da fase de liga da UEFA Champions League, que o meeting point definido é Platlz.

A deslocação para a Munich Football Arena, palco do desafio, será realizado através de metro U-Bahn, com acesso na estação Marienplatz (Linha U6) para saída no estádio, na estação Fröttmaning. Posteriormente, será necessária uma breve deslocação a pé até ao estádio. Esta é a forma mais rápida, segura e recomendada para chegar ao recinto da partida.

No local, estarão presentes as autoridades locais e todos os adeptos deverão iniciar a saída para o estádio até às 15h45, de forma a garantir a chegada atempada ao jogo.

Informações úteis
- Munich Football Arena, em Munique, Alemanha
- Acesso através da porta 72 e 73
- Início de jogo: 18h45 (hora local)
- Abertura de portas do sector visitante e geral Estádio: 16h15 (hora local)
- O processo de entrada no estádio obriga a uma revista exigente a todos os adeptos do Sporting CP, aos quais apelamos que cooperem com os stewards e polícia locais
- No estádio, existe a venda de bebidas alcoólicas. Os adeptos alcoolizados podem ser sujeitos a testes de alcoolemia e impedidos de entrar no estádio
- É proibido fumar no interior do estádio
- Pagamento cashless nas concessões do estádio. Bebidas e comida adquiridas nas concessões devem ser consumidas no anel de circulação, uma vez que é proibido o consumo de bebidas e comida nas bancadas
- Existe guarda-objectos disponível
- Não será permitida a entrada de adeptos com indumentária do Sporting CP para outras portas que não as destinadas aos Sportinguistas

MUITO IMPORTANTE
O Sporting CP foi novamente sancionado disciplinarmente pela UEFA devido ao uso de pirotecnia por parte dos seus adeptos. Esta sanção, que consiste na proibição de venda de bilhetes aos seus adeptos para os jogos fora das competições europeias, encontra-se suspensa por dois anos. Porém, caso venha a verificar-se nova infracção, a UEFA executará a mesma de imediato. Apelamos a todos os Sportinguistas que acompanham a equipa a terem uma conduta de total fair-play, elevando além-fronteiras o bom nome do Sporting CP e transformando o jogo desta terça-feira em Munique num momento de festa e alegria, assegurando o apoio à equipa Leonina em todos os momentos.

Reacção do técnico ao jogo europeu

Após o duro desaire em casa do One Veszprém HC (32-31), Ricardo Costa, treinador da equipa de andebol do Sporting CP, fez a leitura do encontro em declarações ao Jornal Sporting.

Embora sem esconder “a frustração” por sair da Hungria sem pontos, dada a resposta verde e branca, o técnico fez questão de salientar o “orgulho enorme” na sua equipa. Já sobre o embate, considerou que houve duas partes muito diferentes que passou a ‘dissecar’.

"A primeira parte foi mal conseguida da nossa parte. Deveríamos ter estado melhor, principalmente na nossa recuperação defensiva. Muitas das nossas falhas originaram golos fáceis e julgo que a diferença de cinco golos ao intervalo [19-14] tem muito que ver com a nossa recuperação defensiva e uma intensidade não tão forte no nosso ataque", analisou, acrescentando: "Estávamos a jogar fora, o critério normalmente é mais caseiro e, por isso, tínhamos de olhar para nós e rectificar esses aspectos".

Algo que, no seu entender, foi conseguido com muito sucesso nos segundos 30 minutos. "Na segunda parte acho que fomos mais compactos, mais assertivos no ataque e não permitimos muitos golos fáceis ao One Veszprém HC. Defendemos bem o 6v6, limitamos as acções dos atiradores e o [Mohamed] Aly ajudou também. Igualamos, passamos para a frente [do marcador] e à entrada dos últimos cinco minutos julgo que há uma ou outra situação que a este nível é difícil de explicar", apontou, ainda, Ricardo Costa, considerando que a arbitragem acabou por ter impacto na recta final e decisiva do jogo.

"Não justificando a nossa derrota com os árbitros, mas há um jogo passivo marcado à nossa equipa que é completamente fora das regras. Numa acção de remate, a ir para dentro, o árbitro acaba por decidir o jogo quando estava tudo empatado e podíamos ter ido para a vantagem. Depois, podíamos ter defendido, não defendemos e eles acabaram por fazer-nos uma falta e tivemos uma última bola que daria um pouco de justiça ao jogo, mas não foi assim", atentou, acrescentando: "Ganhar aqui seriam dois pontos importantes na luta pelo terceiro lugar, mas o importante, agora, é continuar com esta mentalidade".

E, de novo, o treinador dos Bicampeões Nacionais reforçou a sua satisfação com a equipa e com a exibição rubricada. "Saímos de cabeça erguida, com o sentimento de que fizemos mais um grande jogo a um nível muito alto. Estou muito orgulhoso dos meus atletas", frisou antes de olhar de imediato para o que resta até ao final de 2025. "Agora, foco total no Campeonato, porque é isso que nos vai permitir voltar a estar aqui [na EHF Champions League]", traçou Ricardo Costa.

Volte-face no fim foi castigo severo em casa do One Veszprém HC (32-31)

De volta às emoções da EHF Champions League, a equipa de andebol do Sporting CP caiu diante do Veszprém HC por 32-31, esta quinta-feira à tarde, no duelo da décima jornada do grupo A da EHF Champions League.

Os Leões de Ricardo Costa ficaram muito perto de conquistar a casa do actual vice-campeão do mundo – algo que só o Füchse Berlin conseguiu em 2025/2026 -, mas depois de terem a vitória mesmo ali à mão, tudo mudou à entrada para o último minuto e acabaram por sair da Hungria de mãos a abanar. Um castigo severo em demasia, sobretudo, para a segunda parte de transcendência dos Leões – perdiam por 19-14 ao intervalo.

E, desde logo, com vários ataques iniciais falhados, não correu de feição ao Sporting CP – sem Natán Suárez nas opções – a entrada na partida. Cumpridos os primeiros 11 minutos, a equipa da casa fez-se com a liderança e arrancou até uma vantagem de 7-3.

No entanto, a seguir a um desconto de tempo pedido por Ricardo Costa, os Leões encontraram-se em campo. Depois de o guardião Mikael Appelgren – determinante neste arranque – ter adiado a reacção verde e branca, um golo de Salvador Salvador na baliza deserta reacendeu a resposta que podia ter deixado tudo pela margem mínima, mas Carlos Álvarez encontrou-se com o poste (9-7).

Seguiram-se, contudo, uma série de falhas técnicas Leoninas que voltaram a penalizar muito o Sporting CP, porque o One Veszprém HC aproveitou de forma implacável para chegar a uma diferença, até então inédita de seis golos (15-9).

Até ao intervalo, os Leões ainda tentaram responder, mas sempre com mais esforço do que engenho. Assim, depois de um inconformado Martim Costa ter ‘arrancado’ uma exclusão a um adversário e ter permitido dois golos seguidos de Salvador e Victor Romero – na baliza vazia – para encurtarem o marcador (16-12), não houve continuidade para suster o ímpeto do crónico campeão húngaro. No final dos primeiros 30 minutos, o resultado fixou-se em 19-14.

Uma luta que se manteve nos mesmos moldes no segundo tempo, embora com um Sporting CP cada vez mais esclarecido. Prova disso foi uma ‘bomba’ de Kiko Costa seguida de um golo de Diogo Branquinho que valeram a aproximação para 22-19. E, desta vez, nem várias contrariedades abalaram os Leões. Por mão na cara, Christian Moga viu o cartão vermelho e ainda se acumularia uma exclusão de dois minutos a Salvador, porém o recém-entrado Mohamed Aly - excelente exibição - fechou a sua baliza no livre de sete metros e Kiko Costa continuou a tomar conta do ataque verde e branco, assinando o 23-21 e, ainda, o 23-22 aos 41 minutos.

E foi aqui que o jogo começou efectivamente a mudar de figura. Aly continuou a fazer a diferença entre os postes e, ajudado também pelo poste, empurrou finalmente o Sporting CP para a primeira vantagem na Hungria: Martim Costa, de longe, fez o empate e Orri Þorkelsson apontou o 24-25. Começaram a soar os alarmes do lado do One Veszprém HC, que ainda contou com a ajuda dos postes para manter o marcador ‘apertado’ (27-27), mas continuou sem soluções para superar o inspirado guardião egípcio dos Leões. O Sporting CP, por sua vez, aproveitou para dar um passo ainda maior no encontro e à boleia da astúcia de Pedro Martínez – roubo de bola e golo fácil – mas, sobretudo, da fiabilidade de Þorkelsson nos livres de sete metros, fez-se com uma inédita vantagem de dois golos (28-30 e 29-31).

Liderança, essa, que durou até cerca de minuto e meio do fim, quando tudo ruiu de forma dramática. Os Leões tinham já desperdiçado um ataque, algo que o experiente Hugo Descat – melhor marcador da partida (nove) – fez pagar caro com o 31-31. Pior ainda: uma inesperada - e duvidosa - falta atacante assinalada, a seguir, tirou a última bola do jogo das ‘garras’ do Leão e colocou-a do lado do One Veszprém HC, que voltou a não vacilar para chegar ao 32-31. Na já desesperada resposta verde e branca, Kiko Costa foi travado em falta e sobraram apenas dois segundos para uma tentativa de longe de Martim Costa que o guarda-redes Rodrigo Corrales sacudiu e, assim, confirmou uma dura derrota Leonina quando uma histórica vitória chegou mesmo a estar à vista.

Desta forma, o Sporting CP mantém-se com dez pontos no quarto lugar e viu o poderoso emblema húngaro, agora com 12 pontos, ‘descolar’ como terceiro classificado, atrás do Aalborg Håndbold (17) e do Füchse Berlin (18). Já no encalço dos Leões vão o KS Iskra Kielce (nove pontos) e o HBC Nantes (oito). Agora, a EHF Champions League só regressa em Fevereiro de 2026.

Para os comandados de Ricardo Costa segue-se, no imediato, a recepção ao ABC para o Campeonato Nacional, que reserva um mês de Dezembro altamente exigente para fechar 2025 – com idas ao Dragão Arena e à Luz agendadas, por exemplo.

Sporting CP: Edy Silva, Emil Berlin, Carlos Álvarez (1), Kiko Costa (4), Jan Gurri (1), Pedro Martínez (1), Salvador Salvador [C] (4), Orri Þorkelsson (8), Mamadou Gassama (1), Andre Kristensen [GR], Diogo Branquinho (2), Filipe Monteiro, Christian Moga, Martim Costa (6), Mohamed Aly [GR], Victor Romero (3)

Andebol visita One Veszprém HC esta quinta-feira (17h45)

De volta às emoções da EHF Champions League, a equipa de andebol do Sporting CP desloca-se à Hungria, esta quinta-feira (17h45, hora de Portugal continental), para enfrentar o One Veszprém HC no duelo da décima jornada do grupo A da EHF Champions League.

Os dois emblemas chegam ao embate igualados no terceiro lugar, ambos com dez pontos, mas enquanto o crónico campeão húngaro vem de uma derrota europeia (Füchse Berlin 38-34), os Leões de Ricardo Costa regressaram em grande às vitórias na prova (44-31 Kolstad Håndball).

Para fazer a antevisão da partida na Hungria, Salvador Salvador, capitão dos Leões, não escondeu a importância do jogo, nem a dificuldade do restante calendário até final do ano. "Este mês de Dezembro vai ser bastante importante e 'apertado', com muitos jogos e importantes, como as idas à Luz, ao Dragão e à Hungria, agora, para enfrentar o One Veszprém HC, num jogo extremamente importante para nós na EHF Champions League. Por isso, vamos jogo a jogo", apontou.

E frente ao One Veszprém HC espera, sem rodeios, um jogo "extremamente difícil", dadas as qualidades do adversário. "É uma equipa que foi vice-campeã do mundo há pouco tempo [em Outubro] e tem sempre armas e ambição para chegar à final-four e lutar pela EHF Champions League. Este ano, não foge à regra e é uma equipa com um investimento brutal", elencou o internacional português.

Ainda assim, Salvador lembrou que os Leões levam bons indicadores do confronto da primeira volta, então no Pavilhão João Rocha. "Em nossa casa, conseguimos dar uma grande réplica e ganhar [33-32]. Agora, queremos repetir esse feito, sabendo que não é fácil jogar lá. Com muita concentração e trabalho, melhorando algumas coisas e mantendo o que temos feito bem, queremos seguir o nosso caminho", sentenciou na antecâmara do último jogo europeu neste ano civil. Depois, a EHF Champions League só regressa em Fevereiro de 2026.

Andebol regressa a casa para mais uma noite europeia

A equipa de andebol do Sporting CP recebe, esta quinta-feira (19h45), os noruegueses do Kolstad Håndball para disputar a nona jornada do Grupo A da EHF Champions League.  

Antes de abordar esse embate, Ricardo Costa, treinador dos Leões, fez o rescaldo do duplo confronto recente com o Füchse Berlin, ambos terminados com derrota (37-38 e 33-29).

"Fica a sensação de que podíamos ter feito mais, o que não é mau de todo perante uma equipa como o Füchse Berlin. Tivemos bons momentos, mas falhámos nos dois jogos na parte final quando tudo se resolve. Podíamos ter sido mais competentes, mas há muita qualidade do outro lado e os melhores jogadores apareceram. Têm mais armas e experiência do que nós, competimos, mas queríamos mais", resumiu o técnico.

Segue-se o Kolstad Håndball, que é oitavo e último classificado do grupo com apenas dois pontos, mas Ricardo Costa não espera facilidades no Pavilhão João Rocha. "É um jogo perigoso para nós, porque todos nos dão como grandes favoritos", atentou. O Sporting CP, neste momento, ocupa o quinto lugar com oito pontos – em igualdade com o HBC Nantes, quarto classificado.

Para reforçar os alertas, o treinador verde e branco lembrou o embate da primeira volta, em Trondheim, onde os Leões venceram por 30-34, embora tenham ido a perder por 19-15 ao intervalo. "Na primeira parte tivemos várias dificuldades em passar para a frente, porque tivemos muitos problemas para parar os seus atiradores, tanto o Simon Jeppsson como o Simen Lyse. Na segunda parte subimos muito mais a defesa, algo que não gostamos muito de fazer, mas foi essa a forma que encontramos para os poder parar", apontou.

Com isso ainda em mente, Ricardo Costa afirmou que o jogo desta quinta-feira vai exigir um Sporting CP “agressivo na defesa”, porque o Kolstad Håndball “sofre muitos golos, é certo, mas também marca muitos", ressalvou.