Reviravolta de classe mundial chegou no fim sobre o campeão europeu (4-3)

Que reviravolta! De regresso a casa e à WSE Champions League, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal estreou-se nesta edição com uma emocionante vitória por 4-3 frente ao OC Barcelos, esta quinta-feira à noite, no jogo referente à primeira jornada do grupo B.

A eficácia que teimava em faltar aos Leões começou por tê-la o campeão europeu em título (e recente vencedor da WSE Continental Cup também), que esteve a vencer por 0-2 e, depois, por 1-3 até aos últimos – e loucos - três minutos, onde os Campeões do Mundo tudo mudaram com três golos de enfiada.

Perante um conjunto de Barcelos moralizado por cinco vitórias consecutivas, os Leões de Edo Bosch, com Xano Edo, Henrique Magalhães – capitão na ausência de ‘Nolito’ Romero -, Alessandro Verona, Rafa Bessa e Facundo Navarro no ‘cinco’ inicial, cedo mostraram ao que vinham. Com a mira apontada à baliza adversária, a qual visaram várias vezes em poucos minutos, só faltou melhor pontaria.

No entanto, à boleia de alguns contra-ataques, os visitantes também puseram Xano Edo rapidamente a trabalhar e reequilibraram o encontro também no que a ocasiões diz respeito. Depois de Verona ter ficado muito perto do golo Leonino, tal como Ivan Morales – no ferro – para a sua equipa, foi o OC Barcelos a abrir as hostilidades, graças a uma stickada à meia-volta do capitão Miguel Rocha.

De imediato, a partir da bancada, os Sportinguistas pediram o golo da igualdade, que podia ter chegado logo num desvio de Danilo Rampulla ou noutro, mais tarde, de Verona, porém nada feito até ao intervalo – e, antes, tudo se complicou um pouco mais.

A versão mais física do OC Barcelos veio ao de cima com a vantagem e, além de ter fechado a sua baliza com sucesso, a cerca de dez segundos da buzina surpreendeu no ataque e chegou ao 0-2. Outra vez, Miguel Rocha usou a fórmula anterior e, depois de levantar a bola, voltou a castigar o Sporting CP, que saiu de pista demasiado penalizado especialmente face à sua produção ofensiva.

Reatada o duelo europeu entre emblemas nacionais, só a trave negou o imediato 1-2 a Navarro e, com os Leões balanceados no ataque, Xano Edo cumpriu o seu papel entre os postes – a excelente nível – segurando a equipa perante as perigosas transições adversárias.

Um jogo do ‘gato e do rato’ que se foi prolongando, mas depois de mais um susto - Franco Ferruccio acertou no ferro – o desejado golo verde e branco apareceu. Aos 36 minutos, um ‘tiraço’ de insistência de Navarro fez finalmente balançar as redes e o empate esteve à vista logo na jogada seguinte, contudo Roc Pujadas desperdiçou um flagrante cara-a-cara com o guardião Guillem Torrents.

Mais eficaz, no entanto, voltou a ser o OC Barcelos. Com espaço, Carlos Ramos entrou de rompante na área e fez o 1-3 que adiou, mas não travou o ímpeto dos Leões, que tiveram de voltar à ‘estaca zero’ perante um adversário cada vez mais baixo na pista. Novamente, persistência nunca faltou aos comandados de Edo Bosch e a recta final do jogo trouxe a eficácia até então em falta e, com ela, a devida e muito saborosa recompensa quando a vitória parecia uma miragem.

Foi Rampulla (contra a sua ex-equipa), ao converter com sucesso a décima falta do OC Barcelos, que soltou a derradeira reacção verde e branca, a qual tomou conta dos últimos três minutos e meio da partida para levar o Pavilhão João Rocha à loucura.

Depois de Bessa já ter ficado perto do empate, um penálti de Ferruccio voltou a abrir essa ‘porta’, mas Verona falhou a conversão. Ainda assim, o italiano não tardou em redimir-se e com uma stickada certeira em zona central fez mesmo o 3-3. Apesar de tudo, um ponto também não era suficiente para um Sporting CP que quis sempre mais nesta estreia na WSE Champions League.

E foi já dentro do último minuto que os Leões agarraram os três pontos. Rampulla iniciou o ataque, tocou para Henrique Magalhães servir Navarro ao segundo poste e o argentino (‘bis’), decisivo mais uma vez, assinou a reviravolta num momento de apoteose dentro e fora de pista.

Uma emocionante vitória que, contudo, só se confirmou, a seguir, quando Xano Edo se impôs a Miguel Rocha, defendendo a recarga – depois de uma stickada para fora – na cobrança da décima falta do Sporting CP.

Entrada a vencer num grupo que tem ainda SL Benfica, UD Oliveirense, HC Liceo (Espanha) e Hockey Bassano 1954 (Itália), sendo este último o próximo adversário europeu dos Leões. Antes disso, no horizonte do Sporting CP está um reencontro com o OC Barcelos, já este domingo (19h00), novamente no Pavilhão João Rocha, mas a contar para o Campeonato Nacional.

Sporting CP: Xano Edo, Rafa Bessa, Diogo Barata, Danilo Rampulla, Alessandro Verona, Roc Pujadas, Facundo Navarro, Santiago Honório, Henrique Magalhães [C], Zé Diogo

Sporting CP enfrenta Juventus FC na UEFA Champions League

A quarta jornada da fase de liga da UEFA Champions League reservou à equipa principal de futebol do Sporting CP uma visita a Turim, esta terça-feira (20h00 hora de Portugal continental), para enfrentar a Juventus FC.

Para lançar o duelo, o treinador Rui Borges esteve em conferência de imprensa, já em solo italiano, depois de o avançado Fotis Ioannidis também ter respondido às perguntas dos jornalistas presentes no Juventus Stadium.

Recente mudança de treinador da Juventus FC (Luciano Spalletti)
“É algo que mexe sempre com a equipa, o seu consciente, a atitude e o compromisso. Vão estar muito motivados, é um jogo de Champions e ele é um grande treinador, com peso e história. Em relação ao jogo [triunfo por 1-2 vs. US Cremonese], a equipa manteve o sistema com três centrais, embora com um médio como central pela esquerda, e adaptou um ou outro jogador com características diferentes. Sabemos que este não é o sistema mais usado no passado [por Spalletti], mas vamos estar preparados para o jogo de amanhã. Se mexer no sistema, acredito que também estaremos preparados. Focamo-nos mais naquilo que podemos preparar.”

Abordagem ao jogo
“[Juventus FC] Ainda não perdeu em casa esta época e isso demonstra bem a dificuldade que vamos encontrar. Nós somos o Sporting CP e independentemente da grandeza do adversário, nós também temos a nossa e acredito que nos respeitem. Nós vamos respeitar quem vai estar do outro lado, mas não vamos fugir ao que temos sido. Queremos disputar o jogo, continuar o nosso crescimento e marcar a nossa história na competição.”

A felicidade por orientar o Sporting CP
“Estou muito feliz no Sporting CP. O meu futuro passará por aqui e que seja por muitos anos, seria bom sinal. O que nos trouxe aqui, como equipa técnica, nunca foi a parte financeira. O meu sonho era ser Campeão Nacional. Represento o Sporting CP, sou Campeão Nacional e, por isso, se ficar aqui dez anos serei o treinador mais feliz do mundo. Jamais será o dinheiro a mover-me, independentemente de querer dar uma vida melhor aos meus. O meu sonho foi chegar aqui e ser Campeão Nacional. Felizmente consegui, estou a viver o meu sonho e que assim continue.”

Titularidade para Fotis Ioannidis?
“Às vezes, brinco, porque quem vem à conferência, por vezes, nunca joga. Não sou eu que escolho, é a parte da comunicação. Feliz por poder contar com os dois [avançados]. O Luis estava apenas com uma protecção [durante o treino] apenas e só para prevenção. Não tem qualquer problema, felizmente. Independentemente de quem jogar, qualquer um dará uma boa resposta e até podem jogar os dois. Nunca se sabe.”

Sporting CP nunca venceu em Itália (em 19 jogos)
“Eu acredito sempre. Esta equipa técnica acredita muito independentemente do desafio. Estou muito motivado e feliz por poder defrontar uma grande equipa na melhor competição da Europa. Vai ser um grande jogo. Estamos cada vez melhor na nossa qualidade de jogo, num bom momento, por isso acredito que a equipa vai estar motivada para dar uma boa resposta. Acima de tudo, é desfrutar do jogo e [esse dado] que sirva de mais motivação.”

Elogios de Spalletti a Hjulmand
“É um grande jogador, por isso não me admira nada que o míster diga que é um grande jogador, e que já passou pelo campeonato italiano. Mas não só o Morten, há vários jogadores no Sporting CP com muita qualidade.”

Dúvidas sobre o ‘onze’?
“Por norma, tenho sempre dúvidas até à hora do lanche. Pra já, eles só sabem quem joga uma hora e meia antes do jogo, porque todos têm de estar preparados para jogar.”

Margem de evolução na consistência defensiva?
“Podemos melhorar em todos os aspectos. No aspecto ofensivo podemos fazer ainda mais golos e podemos sofrer que ganhamos na mesma. Nos últimos jogos temos mostrado que temos crescido no nível defensivo. Os golos que sofremos foram de transição, especialmente aqui na Champions, e é algo que temos de melhorar.”

João Matos e Bruno Pinto projectaram fase de grupos da Ronda Principal A

Aproximam-se as emoções da UEFA Futsal Champions League, que para o Sporting CP volta a começar na fase de Ronda Principal, mas com novidades no formato reservadas para mais tarde.

Agora, entre o dia 29 de Outubro e o 1 de Novembro, os Leões de Nuno Dias vão competir no grupo 1 da Ronda Principal A frente ao FC Prishtina (Kosovo) na quarta-feira, ao Kairat AFC (Cazaquistão) na quinta e, por fim, perante o MK Novo Vrijeme Makarska (Croácia) - anfitrião do grupo – no sábado. Os três melhores classificados do grupo garantem a passagem aos novos oitavos-de-final, que serão disputados numa eliminatória a duas mãos (casa e fora).

Antes da partida para a Croácia, o capitão João Matos e o reforço Bruno Pinto, chegado esta época ao Sporting CP, falaram os meios de comunicação Leoninos para traçar a ambição verde e branca em mais uma caminhada europeia e lançar um primeiro olhar sobre a Ronda Principal e os adversários em perspectiva.

Para João Matos é “com muita confiança e muita ambição, também” que o grupo inicia uma nova UEFA Futsal Champions League. "Não escondemos que é uma competição em que queremos chegar muito longe, lutar para ganhar e estar nas grandes decisões. Temos qualidade para isso e assumo, em nome da equipa, que temos muita qualidade para disputar esta UEFA Futsal Champions League", sublinhou.

Aspirações alinhadas com Bruno Pinto, que vai disputar a prova com o Leão ao peito pela primeira vez e, por isso, não escondeu que “é uma competição especial e vai ser um orgulho”. "Há malta aqui no Clube que já ganhou [a Champions] e quer voltar a ganhar, mas também há quem ainda não tenha ganho e quer fazê-lo. Quem está no Sporting CP tem de se habituar a ganhar e a olhar para todas as competições dessa forma", declarou o ala de 32 anos.

O pensamento, no entanto, está nos primeiros passos ainda por dar e os Leões querem começar por "apresentar argumentos para ganhar os três jogos" do grupo, apontou o capitão João Matos. "São equipas que já conhecemos, felizmente, de outras edições, mas logicamente com rotinas e jogadores novos. Em termos de estilo de jogo, o FC Prishtina é mais parecido com os croatas, embora talvez mais físicos. Depois, o Kairat AFC é diferente dessas duas equipas, com jogadores com outra experiência e alguns que já passaram por aqui. É uma equipa que sempre nos causou dificuldades, mas que conhecemos bem", atentou.

João Matos considerou “importante” ter em conta as dificuldades que estes adversários podem causar, mas “mais importante” ainda é olhar para o que o Sporting CP “pode e quer fazer” em quadra. "Se nos apresentarmos com a atitude que tivemos frente ao CRC Quinta dos Lombos, que é o que nos caracteriza e é uma identidade à qual não podemos fugir nos três jogos, vamos apresentar-nos muito fortes e conseguir as três vitórias", sentenciou.

Bruno Pinto, por seu turno, também admitiu esperar “três jogos difíceis e competitivos” e lançou de imediato o primeiro jogo, com o FC Prishtina, considerando que os Leões se estão “a preparar bem”. "É a estreia na competição este ano e entrar a ganhar é importante, mas como jogadores do Sporting CP entramos sempre com esse pensamento", afirmou o experiente futsalista, que vai entrar no palco europeu após um ‘bis’ no último jogo do Campeonato.

"Principalmente, a equipa está confiante e isso é o mais importante. Eu trago as minhas características e o míster vai usá-las em prol da equipa. Claro que os golos dão uma confiança extra, é também para isso que trabalho, faz parte das minhas características e espero continuar", acrescentou.

Já nestas andanças europeias, não há no mundo outro jogador com mais experiência do que o capitão João Matos, que com 91 partidas na UEFA Futsal Champions League prepara-se para continuar a aumentar esse máximo registo histórico. Apesar de tudo, “é sempre especial jogar uma Liga dos Campeões”, disse o camisola 9 dos Leões.

"Tem uma carga emocional diferente, por ser Liga dos Campeões, que é onde estão as melhores equipas da Europa, e por se lutar por um título europeu. Sem menosprezar qualquer título nacional, um título europeu é sempre superior. Sabemos o que é ganhá-lo, também sabemos o que é perder, e isso também é bom para nos manter alerta e motivados para dar um pouco mais para voltar a celebrar. É algo que está presente na memória de quem já ganhou, é algo que, quem não ganhou, viu e também quer provar esse gosto e é por isso que vamos batalhar novamente: trazer novamente uma Liga dos Campeões para o Sporting Clube de Portugal", finalizou, ambicioso.

Quarta-feira é o dia do pontapé de saída em mais uma caminhada na Europa do futsal que se deseja longa para os comandados de Nuno Dias. A Croácia é a primeira paragem.

Reacção do técnico ao triunfo frente ao Olympique de Marseille

Após a vitória por 2-1 na recepção ao Olympique de Marseille para a terceira jornada da UEFA Champions League, Rui Borges, treinador do Sporting CP, fez o rescaldo do encontro em conferência de imprensa, no Auditório Artur Agostinho, do Estádio José Alvalade.

O impacto das entradas de Geny e Alisson para a vitória
“Diz bem do espírito desta equipa. Não me canso de dizer isso, é um grupo fabuloso. O Quenda não estava a dar tanta verticalidade 1v1, queríamos empurrar o Olympique de Marseille para a sua área, tínhamos de ter essa capacidade e, por isso, tentámos pôr o Geny e ter o Maxi à largura e, depois, com o Maxi com mais desgaste tentámos isso com o Alisson à esquerda. Sabemos o que nos dá. Sabíamos que podíamos ter de recorrer também a bolas na área e com o Fotis ganhámos um homem de área. Toda a gente que entrou foi importante e isso demonstra bem o que é a nossa equipa. Quando mexemos, umas vezes acertamos e outras não. Eu estou sempre bem consciente do que faço e bem comigo quando tomo decisões.”

As dificuldades colocadas pelo adversário e a resposta da equipa
“Guardo [a vitória] por ser um jogo de Champions, mas é mais uma vitória. Feliz por fazer seis pontos em três jogos, por ganhar contra uma grande equipa, que o é mesmo com dez. É uma equipa muito perigosa no contra-ataque, muito vertical e na primeira parte deixamo-la ligar três ou quatro vezes e sofremos um golo exactamente igual ao que sofremos em Nápoles. Falámos durante toda a semana sobre isso, mas faz parte do crescimento da equipa. Que sirva de exemplo novamente. Não precisávamos de nos expor a isso, mas de resto a equipa manteve as tarefas que tínhamos pensado para o jogo. Não deixamos de fazer uma boa primeira parte, mas crescemos no fim com outro espírito competitivo e nos duelos. Depois, na segunda parte, contra dez, não deixámos o adversário crescer. Não podia estar mais feliz pela atitude competitiva da equipa”

Importância da vitória nesta fase
“Ganhámos um grande jogo de Champions, mas não estávamos numa má fase. Não vamos jogar sempre bem, mas esta equipa deu apenas uma resposta a si própria. São jogadores ambiciosos e que já ganharam muito, mas continuam com uma ambição enorme de ganhar, e é isso que querem demonstrar. Queremos que se desafiem cada vez mais para sermos melhores.”

Menor fulgor ofensivo por desinspiração dos avançados?
“É a sua opinião, a minha é que o Trincão e o Pedro Gonçalves fizeram um grande jogo. O caudal ofensivo que não tivemos com o SC Braga. Tirando isso, somos a equipa que mais produz e que mais falha, porque é a que mais produz.”

Seis pontos dão mais confiança para o apuramento?
“Temos muitos jogos pela frente ainda contra grandes equipas. Defrontámos o líder francês, o campeão de Itália e a equipa deu uma resposta fantástica.”

Sobre a saída forçada de Zeno Debast e entrada de Diomande
“Não sei muito bem, ainda tenho de perguntar. O Diomande é um jogador importante, de características diferentes aos que jogaram hoje. Feliz por voltar a vê-lo [em campo], até podia ter jogado de início, mas tivemos algum receio.”

A união e sintonia no grupo
“Todos nós sabemos qual é o nosso caminho. O espírito do grupo é fantástico, único. Não me sinto injustiçado, sinto-me feliz por treinar o Sporting CP. Fui Campeão Nacional, ganhei a Taça, estamos em segundo agora, passamos na Taça, temos seis pontos na Champions e agora vamos tentar o apuramento para a final-four da Taça da Liga. Vivo bem com a crítica. Sei bem a confiança que tenho e que nos é transmitida por toda a gente que trabalha na Academia. Acima de tudo, sou um treinador feliz.”

Banco dos Leões capitalizou superioridade numérica na segunda parte (2-1)

De regresso às noites europeias em casa, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu os franceses do Olympique de Marseille por 2-1, esta quarta-feira, em encontro relativo à terceira jornada da fase de liga da UEFA Champions League.

Para pôr travão a uma das equipas mais em forma da Europa – ‘embalada’ por cinco vitórias consecutivas e pela recém-conquistada liderança do campeonato francês – os Leões de Rui Borges aproveitaram o facto de terem jogado toda a segunda parte em superioridade numérica e, já a caminho do fim, fizeram valer as entradas certeiras a partir do banco de Geny Catamo e Alisson Santos, autores dos golos (70’ e 86’), para dar a volta ao tento sofrido no primeiro tempo.

O Estádio José Alvalade – esta noite com 42766 espectadores – continua a ‘fortaleza’ Leonina na Europa, onde a equipa assegurou os seis pontos já somados (em seis possíveis em casa) e que valem para fechar esta ronda no 11.º lugar.

Para enfrentar o ofensivo e vertical conjunto francês cada vez mais à imagem do seu treinador, o italiano Roberto De Zerbi, o Sporting CP apresentou um ‘onze’ com muitas mudanças comparativamente ao utilizado em Paços de Ferreira (2-3 a.p.) para a Taça de Portugal: só Morten Hjulmand, Geovany Quenda e Pedro Gonçalves resistiram como titulares e aos quais se juntaram Rui Silva, Iván Fresneda, Zeno Debast, Gonçalo Inácio, Maxi Araújo, João Simões – de volta para a acção europeia -, Francisco Trincão e Luis Suárez.  

Cumprido um minuto de silêncio em honra de Francisco Pinto Balsemão (antigo primeiro-ministro português e fundador do grupo Impresa), os Leões entraram ligados à corrente, prontos para pressionar bem alto e com sucesso logo a abrir. Na sequência de um roubo de bola – e foram vários nos primeiros minutos - perto da área adversária, Trincão dispôs de um livre directo bem ao jeito do seu pé esquerdo e atirou ligeiramente por cima.

A resposta gaulesa saiu sempre pelos pés do extremo Igor Paixão, que depois de tentar surpreender um atento Rui Silva com um ‘chapéu’ de muito longe, atirou forte e ao lado a partir de uma diagonal da esquerda para dentro.

Mas depois destas duas tentativas, à terceira foi de vez para o brasileiro e para o Olympique de Marseille. Numa rápida transição, Pierre-Emerick Aubameyang saiu disparado na frente, virou o jogo para Igor Paixão e este, em arco e com muita pontaria, assinou um 0-1 de belo efeito. Um golo que fez ‘abanar’ os Leões por momentos e deixou os comandados de De Zerbi mais confortáveis no encontro e com outro ascendente – e sempre prontos a sair em contra-ataque em poucos toques.

Do outro lado, apesar da imprecisão nas combinações ofensivas terem estragado as chegadas conseguidas à área adversária, a pressão alta continuou a ser a melhor arma do Sporting CP e assim nasceu mais uma oportunidade: um remate rasteiro de ‘Pote’ que ainda foi às malhas laterais da baliza de Gerónimo Rulli. Num lance similar, a seguir, Mason Greenwood apareceu na área Leonina e atirou para defesa de Rui Silva.

O equilíbrio entre Leões e Les Olympiens manteve-se até ao final da primeira parte, que acabou em altas para os comandados de Rui Borges, embora sem o desejado golo do empate. Esteve à vista num fantástico lance individual de Suárez que acabou barrado pela ‘mancha’ de Rulli, naquela que foi a mais clara ocasião do Sporting CP nos primeiros 45 minutos.

E ainda antes do apito, uma reviravolta dramática nos acontecimentos deu um novo ânimo em Alvalade depois de o ter deixado em suspenso durante alguns minutos. Aos 44’, o árbitro assinalou penálti para o Olympique de Marseille, mas depois de chamado pelo VAR para rever as imagens, o esloveno Rade Obrenovič não só reverteu o castigo máximo como mostrou cartão amarelo por simulação a Emerson Palmieri, ou seja, o segundo para o lateral e consequente expulsão. Assim, foi em superioridade numérica que os Bicampeões Nacionais partiram para a segunda parte em busca de mudar o resultado.

Sempre com bola, os Leões foram tentando várias vias para furar o conjunto francês limitado à sua defesa. Depois de várias bolas aéreas sem destinatário, foi uma arrancada a solo de Quenda a trazer o sinal de perigo, com Rulli a meias com o poste a negar o golo, seguindo-se pouco depois um remate cruzado mas desenquadrado de Suárez e ainda outro de João Simões para nova defesa do guardião argentino.

O Sporting CP carregava, ‘cheirava’ o golo e, por isso, de imediato Rui Borges introduziu mais armas ofensivas a partir do banco: Fotis Ioannidis e Geny Catamo por Simões e Quenda, e foi então que surgiu a pontaria em falta.

À passagem do minuto 70, uma combinação rápida no ataque encontrou espaço finalmente para explorar, ‘Pote’ serviu Geny na perfeição e o moçambicano – a cumprir o jogo 100 de Leão ao peito - apareceu na cara do golo e atirou a contar para o golo do empate, que só subiu ao marcador após o VAR confirmar que o fora-de-jogo assinalado pelo fiscal de linha no final da jogada efectivamente não existia. Alvalade ‘explodiu’ e empurrou a sua equipa cada vez mais entusiasticamente para a vitória.

Para continuar a arriscar em busca da reviravolta, Alisson Santos foi a ‘cartada’ seguinte (por Fresneda), à qual se juntou Ousmane Diomande, este por saída forçada de Debast, limitado fisicamente. E, novamente, a mudança não podia ter tido melhor efeito. O ímpeto verde e branco até esfriou nesta fase, mas Alisson Santos devolveu a ‘chama’ ao Sporting CP para levar Alvalade à loucura e voltar a deixar a sua marca na Champions – sem precisar de muitos minutos, leva dois golos em três partidas.

Na primeira bola que pôde levar da esquerda para dentro, o brasileiro encheu o pé e, com a ajuda do desvio num defesa, viu a bola superar Rulli e entrar na baliza para fazer o 2-1 aos 86 minutos!

E tal como a primeira parte, a segunda acabou com as emoções à flor da pele e com o VAR a intervir. Num lance em que Maxi Araújo e Benjamin Pavard se envolveram, o árbitro decidiu expulsar o uruguaio dos Leões e apenas admoestar o francês, mas chamado a rever as imagens reverteu o cartão vermelho. O Olympique de Marseille, que não conseguira sair da sua zona defensiva após a expulsão, tentou um último esforço, mas os comandados de Rui Borges uniram-se até ao fim para garantir uns importantes três pontos.

Alvalade continua terreno invicto na UEFA Champions League, agora às custas do líder da liga francesa, que não perdia desde a visita a casa do Real Madrid CF (2-1) na primeira jornada da prova.

A próxima jornada europeia dos Leões reserva, a 4 de Novembro, uma visita aos italianos da Juventus FC, mas antes disso há outras frentes para atacar: segue-se, este domingo (18h00), uma deslocação para enfrentar o CD Tondela na Liga e, depois, duas recepções consecutivas ao FC Alverca em Alvalade, a primeira para os quartos-de-final da Taça da Liga e a seguinte para a Liga.

Sporting CP: Rui Silva [GR], Iván Fresneda (Alisson Santos, 80’), Zeno Debast (Ousmane Diomande, 80’), Gonçalo Inácio, Maxi Araújo (Matheus Reis, 90+2’), Morten Hjulmand [C], João Simões (Fotis Ioannidis, 64’), Geovany Quenda (Geny Catamo, 64’), Pedro Gonçalves, Francisco Trincão, Luis Suárez

Editorial da edição n.º 4049 do Jornal Sporting

De vitória em vitória escreveu-se mais uma semana no Universo Leonino e mais um capítulo na História do Sporting Clube de Portugal.

A equipa principal feminina de futebol carimbou a passagem à fase seguinte da UEFA Women's Europa Cup, assegurando um lugar nos oitavos-de-final da competição, onde vai defrontar as escocesas do Glasgow City FC.

Ainda no futebol, os Leões de Rui Borges mantêm-se firmes na defesa da Prova Rainha, depois de terem eliminado o FC Paços de Ferreira. Os Leões estavam decididos a “defender o que é seu”. “Sabíamos que se continuássemos, íamos acabar por fazer o golo e felizmente conseguimos”, defendeu o treinador.

Saltamos para as vitórias nas modalidades onde o basquetebol mostrou a sua raça no clássico em casa do FC Porto. Imparáveis os pupilos de Luís Magalhães que dias antes tinham vencido os italianos do Dinamo Basket Sassari, na primeira jornada da FIBA Europe Cup.

Passamos a bola para o andebol onde, mais uma vez, os Leões de Ricardo Costa alcançaram uma vitória épica frente ao Veszprém HC na fase de grupos da EHF Champions League. O golo de Martim Costa, no último segundo, provocou o delírio num Pavilhão João Rocha repleto de Sportinguistas em êxtase.

Corremos para o ouro e subimos ao mais alto lugar do pódio onde está Igor Oliveira que se sagrou Campeão do Mundo nos 100 metros ao ar livre, nos Mundiais Virtus. Carina Paim, por sua vez, conquistou duas medalhas – uma de prata nos 400m e uma de bronze nos 200m. Os nossos Leões voltam a elevar o atletismo adaptado nacional que vive, actualmente, um momento de excelência.

Muitas mais vitórias preencheram a semana verde e branca. Para ver, ler e reler nas páginas seguintes desta edição do Jornal Sporting.

Bravo, Leões.

Avançado perspectivou regresso à UEFA Champions League

Quarta-feira é dia de UEFA Champions League no Estádio José Alvalade. Às 20h00 dá-se o pontapé de saída no embate entre a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal e o Olympique de Marseille, relativo à terceira jornada da fase de liga da principal competição europeia de clubes.

Antes da acção, os protagonistas fizeram a antevisão da partida no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, e o avançado Luis Suárez foi o primeiro porta-voz do grupo verde e branco, antecedendo a conferência de imprensa do treinador Rui Borges.

Abordagem ao jogo
“Procuramos pensar mais em nós, em fazer bem as coisas. Sabemos que vamos enfrentar um grande adversário, num bom momento, mas se estivermos no nosso máximo podemos vencer.”

Equipa sem dúvidas sobre o que tem de fazer em campo
“Acho que não há dúvidas. Sabemos o trabalho que estamos a realizar. Durante a temporada há momentos de vitorias, empates, derrotas, mas dúvidas nenhumas. Sabemos o que temos de fazer.”

Memórias da sua passagem pelo Olympique de Marseille
“É especial porque vou jogar Champions. Era algo que tinha na cabeça. Custou-me muito voltar a este tipo de jogos e estar aqui é muito bonito. É especial por isso. Passei pelo OM, mas nada mais do que isso. Ainda assim, levo sempre o lado positivo. Foi um país novo, uma liga nova e estreei-me lá na Champions. Joguei pouco, marquei alguns golos, mas acho que mentalmente não estava preparado para o clube, futebolisticamente sim. Acho também que não houve muita paciência comigo, mas não procuro desculpas.”

Felicidade encontrada no Sporting CP
“Estou no melhor momento da minha carreira e da minha vida. Ainda faltam algumas coisas, mas trabalho diariamente para isso. Cheguei ao Sporting CP para ser feliz e estou a sê-lo desde o início. A minha família está a adorar e a nível pessoal é um momento de plenitude.”

Comparação com Gyökeres 
“É uma comparação inevitável, até pelo que ele fez aqui. Eu encaro isso da melhor maneira, é um desafio bonito e que requer muita personalidade, depois de um Bicampeonato, uma ‘dobradinha’… Acho que estou preparado mentalmente para isso e estou a desfrutá-lo.”

Sobre o adversário
“É uma equipa com grandes jogadores, reforçaram-se muito bem, mas é mais um jogo. Nós vamos dar tudo e acredito que vai ser um jogo bonito para os espectadores.”

Sporting CP enfrenta motivado Olympique de Marseille em nova jornada europeia

As emoções da UEFA Champions League estão de volta ao Estádio José Alvalade. A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe os franceses do Olympique de Marseille, esta quarta-feira (20h00), para disputar o encontro da terceira jornada da fase de liga.

Na véspera do duelo europeu, o treinador Rui Borges marcou presença no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade, para fazer a conferência de imprensa de antevisão, depois de também o avançado Luis Suárez ter falado aos jornalistas.

Bom momento do Olympique de Marseille
“Tem de nos motivar de alguma forma. Se queremos estar nesta competição e defrontar contra os melhores, temos de os enfrentar nas suas melhores fases, independentemente das dificuldades que nos vão causar certamente. Respeitamo-los pela qualidade do seu treinador, com quem vou aprendendo e vou vendo para adaptar à nossa ideia, e pelos bons jogadores que têm. Estão numa boa fase, são os primeiros do campeonato [francês], com mais golos marcados e menos sofridos, têm a maior percentagem de passe acertado… Percebe-se bem a qualidade que está daquele lado. É uma equipa que gosta de ter bola, mas que nos momentos certos é muito vertical, veloz e com muita capacidade para fazer golo.”

Momento actual do Sporting CP
“Sinceramente, não entendo muito bem o porquê de falarem de uma má fase… Tivemos um mau jogo com o SC Braga, meia parte com o GD Estoril Praia, mas antes disso falavam da nossa qualidade de jogo e capacidade ofensiva. Estamos em segundo, a três pontos do primeiro, passamos na Taça… A equipa percebe bem o que tem de fazer, está identificada e isso tem-se visto desde o início da época, mesmo quando perdemos a Supertaça ou tivemos a derrota com o FC Porto em casa. É bem explícita a nossa dinâmica e qualidade individual e colectiva da equipa. Não existe má fase. No fim do jogo em Paços de Ferreira, senti um carinho enorme dos nossos adeptos. Os jogos de Taça são diferentes, são os que mais me deixam stressado.”

Abordagem ao jogo com o OM em termos de opções
“As escolhas têm que ver com a estratégia para o jogo e, com o decorrer do jogo, vamos perceber o impacto do prolongamento [na partida anterior]. Apesar de tudo, por ser de Champions acho que a equipa vai estar mais ‘ligada’, é natural. A gestão terá que ver com o desenrolar do jogo.”

Importância do factor casa na Champions
“Acredito que em parte sim, mas nestes jogos não há favoritos. Claro que no fim olhamos para os jogos em casa, onde temos aquela força extra dos nossos adeptos. Agora, todos os jogos têm a sua história e nós vamos para ganhar seja em casa ou fora, sabendo que vamos defrontar grandes equipas.”

Sobre Morten Hjulmand
“É o nosso líder, o nosso capitão. Não vai estar sempre no seu auge, mas é sempre um jogador muito importante para a nossa equipa. Exige aos colegas e exige-se a si próprio.”

Espera um OM semelhante ao FC Porto de Farioli?
“Não, diferente. Acho que o De Zerbi é uma inspiração para todos. Percebe-se que o FC Porto tem traços do De Zerbi, mas acho que o OM tem mais variabilidade no seu jogo e outra forma de ter a bola. Acho que vai ser um jogo muito diferente [ao do FC Porto].”