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Foto Sérgio Martins

Frederico Varandas: "Lutem connosco e com o orgulho de pertencerem ao melhor Sporting CP que já viram"

Por Sporting CP
15 Nov, 2025

‘Casa cheia’ na 43.ª edição dos Rugidos de Leão

Leiria voltou a ser o epicentro anual do Sportinguismo. A tradicional gala dos Rugidos de Leão realizou a sua 43.ª edição, esta sexta-feira à noite, na Quinta do Paul, em Ortigosa, para reunir a família verde e branca e entregar 16 galardões - em diversas categorias – a personalidades que deixaram a sua marca no último ano. Entre os cerca de 1500 presentes de todas as idades que lotaram a sala, houve muitas caras conhecidas do Clube, desde a Direcção a muitos atletas e treinadores, tanto do futebol como das várias modalidades.

Antes da entrega dos prémios e entoado ‘O Mundo Sabe Que’, o serão iniciou-se de forma solene com a sentida homenagem a duas grandes figuras do Sporting CP que partiram durante o presente ano de 2025: Aurélio Pereira, o eterno ‘Senhor Formação’, e José Carlos, histórico capitão Leonino, vencedor da Taça das Taças de 1963/1964 e um dos ‘Magriços’ em 1966.

Seguidamente, Rui Borges e Morten Hjulmand (futebol), André Kristensen (andebol), Edson Valencia (voleibol), Tomás Paçó (futsal), Henrique Magalhães (hóquei em patins), Diogo Cardoso (natação) e Luís Santos (ginástica) foram os primeiros a subir ao palco – só o internacional dinamarquês e o ginasta não estiveram presentes – para receber os respectivos galardões.

Habitual, também, na gala dos Rugidos de Leão é o discurso do presidente, no qual Frederico Varandas abordou a actualidade futebolística do país e, em particular, o momento actual do emblema que lidera. “Estes Rugidos de Leão são sempre a prova de quão ecléctico é o Clube. Parabéns às modalidades pelos títulos já conquistados”, enalteceu, considerando que estão a cumprir “um arranque à Leão” em 2025/2026.

De seguida, virou atenções para o futebol. “No início do campeonato tinha dito que a conquista do Bicampeonato tinha mexido muito com o panorama do futebol português. Também disse que a eventual conquista do Tri seria um terramoto e todo este festival de comunicação [criado] comprovou que tinha razão”, atentou, alongando-se depois sobre quatro assuntos: defendeu o técnico Rui Borges, diferenciou a forma como o Sporting CP reage às derrotas comparativamente às críticas à arbitragem que os rivais SL Benfica e FC Porto têm encetado, abordou também o polémico canto que acabou por dar a vitória nos Açores e criticou, ainda, o episódio de intimidação acontecido no Estádio do Dragão e relatado pelo árbitro da partida.

“Na época passada não gostei da forma como o nosso treinador foi tratado e julguei que após a conquista da Liga e da Taça as coisas se alterassem, mas pioraram. De tudo, o que mais me incomoda, a título pessoal, é que não há memória à constante alusão feita à sua terra natal. Até parece que Mirandela é de outro planeta ou que as pessoas de Trás-os-Montes são inferiores. Para nós, o respeito tem de ser para todos, seja para o Rui de Mirandela, para o Zé de Setúbal ou para o Frederico de Lisboa”, começou por dizer, reforçando a sua confiança no treinador: “Para nós, o que interessa é ter um treinador que nos faça Campeão Nacional, que nos dê uma ‘dobradinha’ e que nos faça ser competitivo na Champions League mesmo com um sorteio dificílimo”.

Depois, Frederico Varandas realçou que o Sporting CP “reage à derrota com dignidade”. “Odeio perder, mas a derrota faz parte da vida e todos nós vamos perder na vida. O que nós controlamos e escolhemos é a maneira como reagimos à derrota e eu prefiro reagir sempre com dignidade. Não vamos pela forma mais fácil, mas sim pela forma mais digna. É o primeiro passo para voltar a ganhar: saber perder, fazê-lo com dignidade e perceber a razão pela qual perdemos. Aqui reside a grande diferença para os nossos rivais. Surpreende-me muito a total falta de auto-reflexão”, salientou o líder máximo dos Leões, continuando.

“Não há coragem para criticar apenas um presidente dos ‘grandes’, diz-se que todos fazem o mesmo. Mas não, não fazemos todos o mesmo. Só nas últimas duas épocas anteriores e neste primeiro terço, o SL Benfica fez 20 comunicações [visando a arbitragem], entre comunicados oficiais, posts nas redes sociais, newsletters e intervenções do seu presidente. O nosso outro rival [o FC Porto] fez 19. O Sporting CP fez duas: falei eu as duas vezes”, afirmou, acrescentando que o regulamento deve rever essas situações. “Tem de se agravar e puna-se gravemente”, apontou.

A seguir, abordou sem rodeios o canto mal assinalado a favor do Sporting CP que acabaria por dar o triunfo em casa do CD Santa Clara. “Terminou o jogo e passados 20 ou 30 minutos já SL Benfica e FC Porto tinham feito comunicados sobre o erro ‘colossal’ e ‘gravíssimo’ que tinha acontecido. No final dos descontos, o fiscal de linha assinala um canto erradamente a favor do Sporting CP. E porque é que a trajectória da bola foi aquela? Por se praticar futebol num relvado impraticável. O fiscal de linha, vejam bem, marcou um canto, momento esse que tem 3% de eficácia de golo. E não é que na primeira parte o Luis Suárez faz um remate de golo que o guarda-redes defende e não é que o árbitro marcou, mal, pontapé de baliza? Então, tiraram-nos um golo na primeira parte, o raciocínio é o mesmo. Pura demagogia, falta de seriedade e tenham vergonha”, vincou Frederico Varandas, que lembrou ainda um lance similar que decidiu um dérbi na Luz na derradeira jornada de 2019/2020 e atirou definitivamente o Sporting CP para o quarto lugar.

“Perdemos 2-1 com um canto mal ajuizado. O Sporting CP ou o presidente falaram? E estávamos a falar de uma última jornada que sentenciou o Sporting CP. Onde estavam as virgens ofendidas de agora?”, interrogou. “A arbitragem não está pior, o que está pior é o desespero por um possível Tricampeonato do Sporting CP”, frisou, entre aplausos.

Por fim, sobre o caso relatado pelo árbitro Fábio Veríssimo, que intitulou como “o vídeo da vergonha”, o presidente verde e branco apontou duras críticas ao seu homólogo do FC Porto, André Villas-Boas. “Dizia-se que vinha uma lufada de ar fresco, mas infelizmente posso dizer que é bafio e hipocrisia do pior que o futebol português já passou. Uma acção planeada, premeditada e executada: uma televisão que não se podia desligar. É demasiado mau e baixo. Há algo pior para a imagem e a valorização do futebol português? Não há. Nada de valores, nada de ética, nada de dignidade. Antigamente, os árbitros não escreviam, tinham medo, mas hoje há árbitros com coragem, que não se deixam intimidar e que escrevem. Escrevam tudo”, realçou Frederico Varandas, reforçando: “Não somos iguais e não queremos ser iguais”.

“Encaro a minha presidência como o cumprir de uma missão. No dia em que terminar, independentemente das vitórias e das derrotas conquistadas, o que mais me interessa é eu nunca ter desiludido os princípios e valores e a dignidade do Sporting CP”, destacou Frederico Varandas, deixando uma mensagem final de confiança e apoio incondicional para a presente temporada.

“Vai haver dias em que os nossos jogadores não vão estar ao seu melhor nível, mas os nossos jogadores já nos deram tanto, como as noites mágicas no Marquês e no Jamor. Apoio-os até ao fim. Sabemos bem o que significaria o nosso Tricampeonato para os nossos rivais e já estamos a experienciar a luta que vai ser. Há alguma coisa melhor na vida que lutar por um sonho, algo inesquecível, extraordinário e que vai atravessar gerações? Lutem connosco, lado a lado, com orgulho e alegria de pertencerem ao melhor Sporting CP que já viram na vossa vida. Viva o Sporting CP! Viva o Campeão, viva a força do Bicampeão!”, sentenciou.

Outro dos momentos altos da noite foi a entrega das faixas de Campeões do Mundo à equipa de hóquei em patins - presente em peso -, momento que antecedeu a segunda ronda – e última – de entrega de prémios. Paulo Reis e Patrícia Silva (atletismo), João Almeida (ténis de mesa), Vasco Matos (dirigente do ano), Maria de Jesus (Academia), Nuno Lourenço (Sócio), Ilídia Teles (funcionária) e Jubas (figura Leonina) foram os distinguidos.

Já o fecho da gala foi da responsabilidade da banda “Supporting”, que com uma actuação enérgica deu voz às várias músicas que já fazem parte do dia de jogo de qualquer Sportinguista e que todos os presentes mostraram ter na ‘ponta da língua’. Um fim de festa em grande e à altura de mais uma noite de consagração a verde e branco em Leiria.

 

Galardoados Rugidos de Leão 2025:
Futebol: Rui Borges
Futebol: Morten Hjulmand
Atletismo: Paulo Reis
Atletismo: Patrícia Silva
Hóquei em patins: Henrique Magalhães
Andebol: André Kristensen
Voleibol: Edson Valencia
Futsal: Tomás Paçó
Natação: Diogo Cardoso
Ginástica: Luís Santos
Ténis de mesa: João Almeida
Dirigente do ano: Vasco Matos
Academia: Maria de Jesus
Sócio do ano: Nuno Lourenço
Funcionária do ano: Ilídia Teles
Figura Leonina: Jubas