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No final o que conta é o resultado

Por Jornal Sporting
15 Dez, 2016

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3602

São por demais as mentiras, tricas e intrigas que o comité central da propaganda encarnada emana, ardilosamente, em contínuo. Com uma estrutura central e integrada, disseminam os seus conteúdos nefastos por uma rede de vasos comunicantes de dependentes e avençados. Aqui não importa a verdade, os valores, a ética ou a deontologia. O princípio é que vale tudo e o fim, esse aí, justifica os meios. Trata-se de gente que considera que “o futebol é assim”, há uma conduta na vida e outra para o futebol e uma não implica a outra, porque se for desonesto como comentador, já não o é como advogado, professor, jornalista, ou outra profissão qualquer. Será assim? Esta é uma prática em que não nos revemos, não praticamos e naturalmente repugnamos. 

O ruído e a contra-informação lançados, para não qualificarmos de outra forma mais apropriada, teve um dos seus últimos episódios na última semana com os célebres vouchers que continuam a queimar para os lados da Luz. Como estes, ao contrário do amor, não são chama que arde sem se ver, fizeram com que os especialistas da trapacice colocassem a circular que a UEFA tinha arquivado a queixa que o nosso Clube interpôs sobre o ‘caso vouchers’. Como a mentira tem perna curta, viu-se a UEFA obrigada a vir a terreiro para, em declarações à Agência Lusa, desmentir peremptoriamente, afirmando que não tinha proferido qualquer decisão sobre o caso. 

É debaixo deste manto de podridão que se realizou o último dérbi e que criou uma nostalgia imensa de uma modalidade que infelizmente está inactiva no nosso Clube e que tanta falta nos fez, falamos do voleibol. Outra modalidade de pavilhão que embora seja praticada no nosso Clube também teria sido muito útil, caso Jorge Jesus tivesse integrado no seu plantel um dos jogadores às ordens de Zupo, seria o andebol. Isto porque fomos derrotados como todos puderam ver, embora não retira o mérito da equipa adversária que marcou dois golos e sofreu apenas um, também não apaga o que aconteceu… Mas como dizem que no final o que fica para a história é o resultado e não o que realmente aconteceu, pouco mais haverá a acrescentar.

Vimos o jogo das bancadas no meio de adeptos rivais por perto e no nosso caso em concreto podemos, a bem da verdade, afirmar que nada há a assinalar mas quanto aquilo que presenciamos das bancadas para o relvado aí há muito a dizer,  porque se  “chapéus há muitos…”, cartolinas houve muitas mais! 

Interrogamo-nos perante espectáculo tão degradante onde é que estão as instituições competentes que são tão diligentes no que respeita ao nosso Clube? Como é que autorizaram uma coreografia como aquela que foi realizada, após os incidentes do ano passado? A gramagem e dimensão da cartolina tornam aquele objecto, aparentemente inofensivo, rapidamente numa arma de arremesso com perigosidade para além de, como mais uma vez se viu, interferir no próprio desenrolar do jogo. Esta situação obrigou mesmo o árbitro (não vamos falar do seu trabalho porque no final e para a história o que conta é o resultado) a interromper o desafio e a dar instruções para que o speaker de serviço advertisse os adeptos rivais quanto à sua conduta, o que a bem da verdade… nada valeu! O banco de suplentes do nosso Clube foi literalmente bombardeado por aqueles engenhos amarrotados ou sofisticadamente envoltos de fita adesiva, a que juntaram outras munições: moedas, cuspidelas e outros objectos contundentes. Na lateral contrária, também o juiz de linha foi mimado com igual tratamento, afectando o seu normal trabalho. Mas podemos perceber que isto não interesse às autoridades competentes porque como sabemos, no final e para a história, o que conta é o resultado.

A France Football revelou esta semana os eleitos, numa lista em que apenas três Portugueses têm lugar e todos com ligação ao nosso Clube mas em que Rui Patrício é o único a jogar em Portugal. O nosso guardião após ter sido considerado o melhor guarda-redes no último Europeu,  é agora eleito pela France Football como o segundo melhor nesta posição (para nós: o melhor!) e o 12º melhor jogador do Mundo. Mas se Rui Patrício é o número 1, o melhor do Mundo é uma vez mais o nosso Sócio 100.000, Cristiano Ronaldo que conquista assim a sua quarta Bola de Ouro. A qualidade da nossa formação é assim novamente evidenciada, vendo os “Aurélios” no patamar máximo do futebol mundial. Pepe que também passou no nosso Clube é outro dos distinguidos, tendo sido considerado o melhor defesa de 2016 e o nono melhor futebolista do Mundo. Parabéns a todos!

Boa leitura!