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Foto José Cruz

Troca de ideias em família na Católica

Por Jornal Sporting
18 Jul, 2018

46 figuras do universo leonino reuniram-se hoje para um debate interno sobre o que entendem ser o Sporting Clube de Portugal, com ideias até para a governação

Parece cliché, mas do que é que os Sportinguistas mais gostam de falar? Pois é, de Sporting CP. Melhor do que falar é saber ouvir e aprender com isso. Desta forma, saudamos Miguel Poiares Maduro, antigo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, por reunir, na Universidade Católica, mais de 40 nomes conhecidos no Universo leonino, para promover, na Convenção da Sporting Talks, uma discussão livre e informal, com o objectivo de debater o futuro o Clube.

"Desafios da governação no Sporting CP e no Desporto – Concentração de poder e reduzida alternância; Gestão Insuficientemente profissional; Pouca transparência e problemas de integridade; Reduzida representatividade e pouca diversidade; Captura por grupos violentos; Relação com o ecossistema do futebol", foram os temas lançados do primeiro painel do dia.

“Aquilo que se passou recentemente no Clube sublinha a necessidade de questões de governação. O grande contributo é a vontade de partilhar todas as ideias que existem para o futuro do Sporting. Há muita massa crítica e queríamos mobilizá-la em prol do Clube”, começou Poiares Maduro.

  

Sob a moderação de David Dinis, antigo director do jornal Público, a quantidade de inscrições para debater este tema foi além da possibilidade de atender todas, sendo seleccionados por ordem de inscrição – Carlos Barbosa Cruz; Rui Alexandre Jesus; Rogério Alves; Pedro Baltazar; Eduarda Proença de Carvalho; Luís Magalhães Pereira; Rodrigo Roquette; Jaime Mourão-Ferreira; Paulo Andrade; Pedro Madeira Rodrigues; André Serpa Soares; Samuel Almeida; João Mota Lopes; Paulo Lopo e Miguel Xara-Brasil.

Com principal foco direccionado para a divisão entre a presidência da SAD e do Clube, Carlos Barbosa Cruz defende que devem existir alterações. “É urgentíssimo haver uma modificação na governação da SAD, para que esta esteja preparada para exercer a actividade independentemente das eleições presidenciais do Clube”, comentou.

“A SAD só existe porque o Clube existe”, atirou Rogério Alves sobre a mesma temática, justificando: “Por mais que os investidores externos possam lamentar, é uma verdade. O Sporting não tinha a maioria, mas nos vários heterónimos tinha. É o corpo do Clube que é a alma da SAD”, afirmou.

“Qual a origem do desequilíbrio da SAD? Quais as estratégias dos candidatos? Quais os objectivos”. Lançando as perguntas aos candidatos à presidência do Clube presentes, Pedro Baltazar sugere: “As pessoas que vão para SAD têm de saber se têm qualidade para lidarem com o mundo do futebol – a única indústria no Mundo inteiro que não parou de valorizar os seus activos”.

No caso de Eduarda Proença de Carvalho, salientou a necessidade de transparência na revisão dos estatutos do Clube. “Devem fazer uma alteração profunda dos estatutos. Não há independência sem orçamento. Nos últimos anos, o Conselho Leonino funcionava de acordo com a vontade do Presidente. Deixou de ser um local de pensamento”, revelou.

O candidato Pedro Madeira Rodrigues exprimiu-se de acordo com todos os comentários proferidos à priori. “Manter a maioria da SAD é fundamental. Os investidores aparecem mesmo não podendo mandar. Querem estar associados a uma marca como o Sporting porque bem gerido, dá dinheiro”, destacou.

Em concordância relativamente ao penúltimo tópico – captura por grupos violentos –, Miguel Xara-Brasil referiu, de forma sucinta, a necessidade de disciplina. “Fui um dos que começou com a claque Juventude Leonina e não devemos ser fundamentalistas. Somos um país latino, temos as centrais e temos claques. Temos de ter espaço para tudo. Tem de haver disciplina, mas o responsável é o Estado”, explicou.

Marcando presença no segundo painel sobre futebol, Sousa Cintra, Presidente da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, destacou a importância da convecção. “É sempre importante falar do Sporting, sobretudo quando as grandes figuras se mostram interessadas em discutir as soluções mais adequadas e importantes para ajudar o Clube. É aqui que se deve discutir as coisas do Sporting, não é na praça pública”, finalizou.