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Foto João Pedro Morais

Bernardo Ayala: "Não houve qualquer problema, mas sim um debate vivo"

Por Sporting CP
17 maio, 2023

Assembleia geral extraordinária da SAD com ponto único aprovado

O ponto único da Assembleia Geral Extraordinária da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, realizada na noite desta terça-feira no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, foi aprovado por larga maioria.

O ponto único previa "apreciar e aprovar as alterações na remuneração fixa a introduzir na Política de Remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Sociedade propostas pela Comissão de Accionistas, para vigorarem a partir do exercício de 2023/2024" e foi aprovado com cerca de 86% dos votos.

No final da reunião magna, Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, falou aos jornalistas.

"A proposta apresentada no único ponto da ordem de trabalhos foi aprovada por larga maioria. A proposta previa - agora prevê - alterações na política de remunerações da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD que passam, essencialmente, pela elevação dos limites máximos das remunerações dos membros executivos do Conselho de Administração e pela criação de novas remunerações, também com limites, dos membros não-executivos e dos demais órgãos sociais da SAD", começou por explicar o dirigente, respondendo depois a uma questão sobre eventuais problemas na discussão entre os accionistas.

"Não houve qualquer tipo de problema. O que houve, sim, foi um debate vivo. Estiveram presentes na sala vários accionistas que não apoiavam a proposta apresentada e fizeram ouvir a sua opinião com total liberdade, como sempre acontece. Não considero isso um problema, mas sim democracia. A proposta não foi consensual e isso gerou um debate muito aberto em que cada pessoa expôs o seu ponto de vista e foi ouvida sem limite de tempo", referiu.

Bernardo Ayala falou também sobre a proposta, que "foi apresentada por uma Comissão de Accionistas e foi baseada em quatro factores distintos: competitividade externa, equidade interna, exposição e risco inerentes e, por fim, acumulação de pelouros".

"Uma empresa fez um estudo que apenas se foca em temas de competitividade externa. O estudo, na minha perspectiva, está bem feito e faz um retrato muito fiel do mercado português naquilo que aqui poderia interessar. Não é um estudo imaculado, tem pontos fraco e fortes, e a Comissão analisou com sentido crítico", afirmou, continuando.

"O estudo faz uma análise às remunerações em várias outras Sociedades Anónimas Desportivas e em várias sociedades que não estão, sequer, no mundo desportivo. Depois, faz medianas e apresenta os dados de forma a conseguirmos ver como as remunerações da Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD, no que respeita sobretudo aos membros executivos do Conselho de Administração, se posicionavam relativamente ao mercado. A conclusão a que o estudo chega é que estavam, de modo relevante, abaixo da mediana do mercado. Quando isso se sucede, há uma luz amarela que se acende e é preciso olhar para o tema. A Comissão de Accionistas olhou para o tema, baseou-se no estudo, ponderou outros factores e entendeu que era o momento de propor uma revisão dos limites das remunerações", frisou.

Por fim, Bernardo Ayala contou que "a crítica ao timing" da apresentação desta proposta "foi, talvez, a mais recorrente", mas explicou por que motivo considera que "o timing é aceitável": "Nesta Assembleia Geral Extraordinária mexeu-se apenas na remuneração física, não na remuneração variável. Essa depende do cumprimento de objectivos desportivos e financeiros e não se mexeu. Na remuneração física não ponderamos o sucesso desportivo e financeiro, mas sim a comparação com o mercado, a equidade interna, o grau de exposição e de risco e a acumulação de pelouros. Na remuneração fixa, olhamos para a função presidencial do Sporting CP, de administrador executivo ou não-executivo, independentemente da pessoa que lá esteja, da sua competência ou da performance, que são relevantes para a remuneração variável. A remuneração fixa depende mais do que o cargo é e representa".