​Técnico satisfeito após a passagem à final four da Taça da Liga

Confirmada a passagem à final four da Taça da Liga, após a goleada desta segunda-feira imposta ao SC Braga (5-0), o treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal, Rúben Amorim, deslocou-se até à sala de imprensa para a conferência de análise ao duelo e, entre elogios aos seus jogadores, reconheceu que a primeira parte “andou perto da perfeição”.

“Há dias em que corre tudo bem, e desta vez isso aconteceu devido à intensidade que impusemos no início do jogo. Entrámos bem, marcámos de bola parada e a partir daí jogámos de forma diferente, pois passámos do ataque organizado para muitas transições. Isso é um bom sinal, pois quer dizer que sabemos adaptarmo-nos aos jogos, e depois resolvemos cedo com o talento dos jogadores”, começou por considerar o técnico verde e branco, antes de prosseguir.

“A única coisa que tenho a dizer é que baixámos o ritmo na segunda parte, mas não posso ficar chateado com os jogadores porque acho que foi mesmo incapacidade para mantê-lo. Isso preocupa-me porque vamos ter jogos muito difíceis e quando estamos num jogo assim, mais ou menos resolvido, e os jogadores já não conseguem manter a velocidade a chegar à frente e atrás, é algo que temos de trabalhar. Houve muito mérito dos jogadores e dou-lhes os parabéns pelo excelente jogo que fizeram. Resolvemos cedo, mas também com muito mérito”, reforçou.

Rúben Amorim comentou depois a exibição de Francisco Trincão, que actuou pela esquerda e foi autor de um dos golos do triunfo. “O Trincão melhorou bastante quando foi para a esquerda. Foi para ali porque o Marcus Edwards não tem muita velocidade para jogar daquele lado, além de que gosta de vir para dentro e é muito bom entre linhas. Adaptou-se bem e descobrimos um jogador que pode jogar dos dois lados, sendo que está melhor na esquerda”, disse, abordando também as melhorias verificadas em Paulinho, que marcou o sexto golo em quatro duelos.

“Também tem a ver com os golos. O Paulinho está muito bem fisicamente e a verdade é que a cabeça comanda tudo. Está a fazer golos e olhamos para o jogo dele de outra forma porque já teve jogos em que jogou bem como hoje, mas não marcou”, sublinhou.

O técnico foi depois questionado sobre o desempenho 100% vitorioso da equipa na Taça da Liga, que soma quatro vitórias no mesmo número de jogos e marcou 18 golos, não sofrendo nenhum.

“Acima de tudo, temos de ter noção de que tudo pode mudar. Estamos num bom momento, tivemos mais tempo para treinar e os jogadores crescem. (…) Os jogadores têm potencial para mais, mas sei que vamos sofrer em muitos jogos porque quando se baixa o ritmo como baixámos na segunda parte... Foi um bom resultado, estamos melhores porque tivemos mais tempo para treinar e estamos a defender com mais rigor, mas ainda temos muito para melhorar”, realçou.

A fechar, e já depois de revelar que ainda não é conhecida a gravidade da lesão de Sotiris Alexandropoulos, que saiu de campo “bastante queixoso na zona da anca”, Rúben Amorim destacou a “fome” da equipa, que resolveu três das últimas quatro partidas na primeira parte.

“Há cerca de dois meses disse que faltava alguma fome à equipa, mas a verdade é que muitos deles são os mesmos jogadores de há dois anos, e têm essa fome. (…) O que eles têm de fazer é ter consistência e rigor no trabalho e depois o talento aparece, mas a fome é essencial”, atirou.