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Foto D.R.

Academia em manhã de paintball

Por Jornal Sporting
11 Nov, 2017

Mais de meia centena de jogadores residentes tiveram combates diferentes dos que estão habituados a ter nos relvados

As instalações do Nest Paintball, na Arrentela, foi palco de mais uma iniciativa do Gabinete Psicopedagógico – em conjunto com a equipa profissional do Sporting CP de paintball –, na qual juntou mais de meia centena de jogadores residentes da Academia Sporting CP, de todos os escalões.

Depois do magusto no final da tarde de sexta-feira, os jovens leões voltaram a ter uma actividade que lhes permitiu sair do registo futebolístico e aprender alguma coisa com a estratégia usada no paintball. E não podiam ter melhores instrutores: a equipa de paintball do Sporting CP sagrou-se campeão nacional – em título –, precisamente no local onde os futebolistas da formação passaram a manhã deste sábado.

"Foi uma experiência diferente. Juntar duas modalidades que podem parecer diferentes, mas têm muitos pontos em comum. No paintball também existe táctica e técnica, que se treina, e os jogadores de futebol mais novos vieram cá experimentar a nossa modalidade e sentir a adrenalina. Creio que gostaram muito", começou por dizer Sven De Weerdt, um dos jogadores leoninos da equipa de paintball. "Também aprendemos alguma coisa, claro. Que dá para traduzir o futebol em paintball e vice-versa. Em termos posicológicos, tácticos. Por exemplo: no futebol há defesas, médios e avançados e no paintball também há jogadores com características mais defensivas e ofensivas, mais no miolo do terreno e ainda aqueles que distribuem o jogo. Já para não falar na comunicação que tem de haver, que também se verifica no futebol", continuou. "O principal que podem levar daqui é o controlo da adrenalina", rematou.

Animação não faltou até porque as equipas formadas foram mistas, isto é, houve iniciados a jogarem com juniores e juvenis à mistura. Nada melhor para aumentrar os níveis de compromisso mesmo entre jovens de diferentes escalões, o que naturalmente não acontece dentro de campo, leia-se relvado.

"Foi uma experiência muito boa e é óptimo para sairmos da Academia e divertirmo-nos fora do ambiente do futebol. É um óptimo reforço para o espírito de equipa, tirando o facto de estarmos habituados a jogar com os pés e aqui usarmos as mãos. Foi interessante perceber que tem de haver uma estratégia, não se pode sair à toa a disparar porque pode significar sair do jogo mais cedo. Há uma certa ponte entre as duas modalidades, já que no futebol também não podemos sair à toa pelo campo com a bola", explicou Lucas Dias, o menino que integra a equipa de sub-15 orientada pelo técnico Pedro Coelho, também ele presente no evento.

"Vieram para ter uma experiência diferente e uma perspectiva diferentes de um jogo que a grande maioria não conhece. No fundo, é levá-los a trabalhar ainda mais a questão colectiva do que aquilo que é habitual. Ao contrário do que acontece na Academia, não havia equipas divididas por escalão. A capacidade de se ajudarem uns aos outros foi notória, até porque o paintball é muito mais complexo do que parece à primeira vista", começou por contar Pedro Coelho, que avaliou as reacções dos seus jogadores, que tão bem conhece: "Divertiram-se imenso, não só pelo contacto com os mais velhos, num ambiente diferente proporcionado por uma modalidade diferente. Colectivo também, porque esse é um dos pilares do paintball: dependerem uns dos outros".

Marco Santos, também técnico na Academia, dos sub-16, já foi jogador de paintball, pelo que a experiência ganhou pelos intervenientes. "A essência do jogo é ser colectivo e dependem todos uns dos outros para poderem chegar a determinado objectivo. A grande mensagem do dia é exactamente essa: dependem dos outros para chegar à vitória. Até na vida: ninguém consegue alcançar objectivos sozinho e esta foi uma excelente oportunidade para os nossos jovens poderem evoluir nesse sentido".