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27 Set, 2015
Sporting vence Supertaça após reviravolta no ‘derby’ com o Benfica
Emoção, lágrimas, festa. Foi assim que terminou a Supertaça António Livramento em Aljustrel, após o triunfo do Sporting frente ao Benfica por 4-2. Até lá, os ‘leões’ tiveram de superar tudo e todos: o calor no pavilhão, um adversário forte, uma desvantagem de 2-0 e uma dualidade de critérios incompreensível. E venceram, como uns heróis!
O início foi marcado pelo equilíbrio, com as defesas a superarem claramente os ataques. O Sporting optou por ofensivas mais longas e trabalhadas, explorando os cruzamentos na frente e a meia-distância, ao passo que o Benfica ia arriscando ofensivas mais rápidas e directas explorando a nova dupla de reforços Adroher-Torra (os ‘leões’ começaram de início com Tuco, André Centeno e Cacau, além de João Pinto). Espaço para transições era quase nulo e as poucas oportunidades vinham do stick de Torra e Centeno.
Parecia complicado desfazer o nulo até que, num lapso de dois minutos, os ‘encarnados’ apontaram dois golos: primeiro foi João Rodrigues, com uma ‘picadinha’ após grande assistência de Nicolia (16’); depois Diogo Rafael, a desviar na área um bom passe cruzado de Valter Neves (17’). Esses raides afectariam qualquer equipa mas, no caso do conjunto ‘verde e branco’, funcionou quase como gasolina para alimentar a alma e, aos 19 minutos, André Centeno recuperou a bola na primeira fase de construção do Benfica, seguiu meio-campo isolado e fintou Trabal para o 2-1 com que se chegaria ao intervalo.
No segundo tempo, após duas faltas muito duvidosas que condicionaram a forma de defender dos ‘leões’, o Sporting precisou apenas de seis minutos para se colocar na frente do marcador: Centeno fez um empate aos três minutos num remate que nem chegou a ser desviado por João Pinto; depois foi o Mustang a abrir de novo o livro e a concluir na recarga uma jogada magistral que tinha sido travada numa primeira instância por Trabal.
A partir daí, o jogo desequilibrou... mas à força do apito: na sequência da décima falta, Girão travou o livre directo de Nicolia mas o árbitro mandou repetir, mostrando mesmo o azul ao internacional português; com Zé Diogo na baliza e com menos uma unidade, a equipa ‘verde e branca’ teve aí uma pontinha de sorte ao ver um remate de Nicola bater no poste, mas também é verdade que fez por merecer isso. Nessa fase, aos 14 minutos, e a sete minutos do fim, quando João Rodrigues viu um ‘penalty’ travado por Girão. No minuto seguinte foi Luís Viana a falhar um livre directo, mas os comandados de Nuno Lopes nunca caíram no erro de recuar muito, batalharam que nem uns guerreiros, tiveram de aguentar nova situação de inferioridade por azul a Luís Viana e ainda foram a tempo de fazer o quarto golo, com o experiente avançado a regressar à pista para apontar de forma fantástica um livre directo após azul a Trabal.
No final, o Sporting venceu de forma justíssima a Supertaça e honrou quem lhe dá nome: António Livramento. E foram dois os segredos deste triunfo: a preparação táctica muito positiva para a partida; e o espírito de união e entrega dos ‘leões’. Porque uma equipa é sempre mais do que um conjunto de jogadores. E, em Aljustrel, ganhou... a equipa.