Octávio Pudivitr: "Sou muito resiliente, vou para vencer"
17 maio, 2024
Pugilista Leonino discute o título Mundial no evento mais importante do ano
Octávio Pudivitr, pugilista do Sporting Clube de Portugal, enfrenta este sábado o ucraniano Daniel Lapin em Riade, capital da Arábia Saudita, na disputa pelo título de Campeão do Mundo de meios-pesados da WBA (World Boxing Association) Continental – aquela que é considerada a principal Liga de boxe a nível Mundial.
O combate está inserido no evento mais esperado do ano, o “Ring of Fire - Fight Night”, que terá como ponto alto a disputa do título Mundial indiscutível de pesos-pesados entre o inglês Tyson Fury, de 35 anos, e o ucraniano Oleksandr Usyk, de 37, dois dos nomes mais sonantes do boxe actualmente.
Em antevisão àquele que será, certamente, o combate mais importante da sua carreira, o atleta luso-moçambicano, de 36 anos, reconheceu que é “difícil conter as emoções”, mas mostrou-se motivado para dar o seu melhor dentro do rinque.
“É talvez a prova mais importante a nível Mundial e o evento mais esperado do ano. Vão estar frente-a-frente dois atletas que todos conhecem no panorama do boxe Mundial, dois pesos pesados ainda sem derrotas. Estou muito feliz por ter sido convidado, é um grande orgulho”, disse aos meios de comunicação Leoninos Octávio Pudivitr, que tem apenas um objectivo em mente: a vitória.
“Digo sempre que tenho muito mau perder, o que por vezes é bom e outras mau. Como não gosto de ter de passar pela agonia da derrota, faço tudo para vencer. Sou muito resiliente e esta luta não será excepção, vou para vencer e, se tudo correr bem, trazer o cinturão para Portugal para depois dar a volta Olímpica em Alvalade”.
Octávio Pudivitr, n.º 1 português que está também no top 100 mundial e é 80.º a nível europeu, chega à Kingdom Arena, palco do combate, com um registo de nove vitórias, quatro delas por KO, e uma derrota, enquanto o adversário Daniel Lapin, de 26 anos, triunfou em todos os nove combates que disputou (três por KO).
Apesar de admitir que os restantes participantes no evento têm “mais metodologia de trabalho, apoios e patrocínios”, o atleta verde e branco quer aproveitar para crescer e provar que não está “muito longe dos tops Mundiais”.
“Eles têm outras condições, é isso que nos distingue, mas isso faz-me perceber algumas coisas que me ajudam a desenvolver como atleta. Participar nestes eventos e conviver com os melhores do Mundo durante uma semana faz com que evoluamos não só no boxe, mas também no estado de espírito. Evoluímos e aprendemos muitas coisas num evento desta envergadura”, frisou.
A cumprir os primeiros meses de Leão ao peito, o actual detentor dos títulos Mundiais da UBO (Universal Boxing Organization) e da WBU (World Boxing Union) expressou ainda a sua felicidade por representar o clube do coração, realçando as mais-valias que a ligação ao Sporting CP poderá trazer-lhe.
“O Sporting CP é um clube grandioso, dos mais eclécticos do Mundo, é um orgulho representar o emblema que amo de coração. Nesta fase da minha carreira, em que a fasquia está elevada, vai ser muito importante pois pode ajudar-me nesta caminhada, que espero que tenha muitas glórias. Espero contar com o apoio dos adeptos e do Clube, que dá visibilidade aos atletas pela grandeza que tem”.