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Os heróis também choram!

Por Juvenal Carvalho
06 Nov, 2019

Sim, os heróis também choram e têm sentimentos e gratidão

Chegava ao fim a Primavera do ano de 1951, mais propriamente o dia 5 de Junho, quando, na pequena localidade de Sarilhos Pequenos, a Sul do Tejo, mais concretamente no concelho da Moita, nasceu aquele que faria as delícias de milhares e milhares de Sportinguistas.
Falo, como é óbvio de Manuel José Tavares Fernandes, o ‘nosso Manel’, o ‘eterno capitão’, o ‘mítico número 9’.

Na passada sexta-feira, enquanto fazia zapping, parei no Canal 11 e lá estava o nosso Manel a falar do seu/nosso Sporting CP. Levava com ele um dossier com todos os golos marcados de Leão ao peito – 260, só superado até hoje pelo ‘violino’ e sempiterno Fernando Peyroteo, numa saga iniciada contra a Académica de Coimbra, e logo com um hat trick num jogo particular. Com ele levava também um álbum fotográfico imemorial, com fotos de grande simbolismo, onde não poderia faltar os quatro golos dos inesquecíveis 7-1 ao nosso eterno rival.
Mas da sua presença no programa ‘Amor à Camisola’, ficou-me na retina um Manuel Fernandes a chorar enquanto olhava uma fotografia sua ao lado de Rui Jordão – que dupla assombrosa – e lhe pediam para falar de um colega de nove anos de Leão ao peito. 

Não contendo as lágrimas, foi falando de um homem de quem gostava como um familiar, enquanto descrevia o excelente jogador que era o ‘Gazela de Benguela’. Como também eu tão bem me lembro daquela velocidade estonteante, feita de técnica sublime e de classe contagiante.
Foi mesmo um grande momento de televisão aquele que foi proporcionado pelo novel canal 11. Ver Manuel Fernandes, que sua mãe, uma apaixonada por futebol, preconizou e realizou o sonho de o ver jogar no SCP, o seu clube do coração, é decididamente comovente. Tão comovente como a forma como ele falou de Rui Jordão, seu colega de Clube, mas acima de tudo um amigo para todo o sempre. 

Sim, os heróis também choram e têm sentimentos e gratidão. 

Obrigado por este bocadinho televisivo, numa tarde melancólica e de chuva. Serás o ‘meu eterno capitão’. Um dos meus ‘Reis Leões’.

Obrigado, Manel!
 
P.S. – Era para escrever algo sobre o treinador de Hóquei em Patins do FC Porto, Guillem Cabestany. Mas ao chegar à conclusão de que gosto é de desporto, abdiquei de o fazer. Digo apenas que levou apenas mais uma lição onde se ganham os jogos. No rinque.