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Madjer, as lágrimas de um campeão!

Por Juvenal Carvalho
05 Dez, 2019

Fiquei emocionado com aquele momento genuíno daquele que será o melhor jogador mundial de todos os tempos

Não tenho por hábito ser pessoa de arranjar escapes aos insucessos do futebol para conseguir arranjar tema para as minhas colunas de opinião. Sabe quem me conhece, e até porque tive a honra de servir o nosso Clube também no futebol juvenil, muito além de pensar Sporting CP pelo que são os resultados da sua equipa mais representativa do futebol, embora sabendo perfeitamente que muito daquilo que é o sucesso ou insucesso do nosso Clube no seu todo se mede pelo que consegue fazer o desporto-rei, sou dos que vejo o Sporting CP pelo 
seu eclectismo.

Se o passado fim-de-semana foi imaculado em todas as modalidade de pavilhão, com especial destaque para a estrondosa passagem, pela segunda vez consecutiva, do nosso andebol na Liga dos Campeões, com 2564 leões no ‘João Rocha’ em êxtase perante tamanha demonstração de capacidade dos pupilos de Thierry Anti, que foram demolidores ante os suecos do IK Sävehof, e ainda pela dupla vitória do basquetebol, com a particularidade de uma delas ter sido, e de forma clarividente, ante o bicampeão nacional, a Oliveirense, bem como do voleibol no arquipélago dos Açores, com um duplo 3-0 frente ao Clube K e ao candidato Fonte Bastardo, e ainda da vitória do hóquei em patins em Almeirim, ante os Tigres daquela cidade, o momento que tenho a reter ocorreu perto das 22 horas do passado domingo dia 1 de Dezembro.

Ainda a carpir mágoas da derrota do futebol em Barcelos, numa exibição nada conseguida, eis que me ressurgiu o alento. Além de ver Portugal sagrar-se Campeão do Mundo de futebol de praia, facto que aconteceu pela terceira vez no seu historial, e com a particularidade da equipa ter no seu seio cinco leões – Tiago Petrony, Coimbra, Belchior, João ‘Von’ Gonçalves e Madjer –, não consegui ficar indiferente ao choro compulsivo do Leão Madjer no momento do triunfo. Fiquei até emocionado com aquele momento genuíno daquele que será o melhor jogador mundial de todos os tempos. Aos 42 anos, este enorme jogador, que ainda corre, joga e remata como poucos, e que serve de referência não só como atleta, mas como ser humano, foi apanhado num momento único de exaltação e de tributo a uma estrondosa carreira.

Naquele choro, estaria muito do dever cumprido de uma carreira, e no facto da mesma estar a terminar para este ‘monstro’ do futebol de praia e que serve de referência para todos nós. Apetece mesmo dizer que Madjer, que acredito ainda nos continuará a encantar nas areias, deveria ser imortal para a modalidade.

Na minha qualidade de seu admirador confesso, apenas termino dizendo: Obrigado, Madjer. Até os melhores do Mundo choram.