Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

‘Extraterreste’ CR7, made in SCP

Por Juvenal Carvalho
02 Jan, 2020

Daí para cá, por vezes custa a acreditar que é humano (...) Bateu todos os recordes possíveis e imaginários

O dia 5 de Fevereiro de 1985, e a cidade do Funchal, ficarão incontornavelmente para a história de todo o sempre daquela que é a modalidade mais bonita e mediatizada do Mundo.

Filho de gente humilde, começou a sua carreira aos nove anos, no modesto emblema madeirense do Andorinha, transitando depois para o CD Nacional [Madeira], e em 1997/1998 chegou em boa hora a Alvalade, quando os então ainda designados como ‘olheiros’, viram nele algo que era diferente de todos os outros meninos. Ele dava pelo nome de Cristiano Ronaldo e era um menino diferenciado. Tinha mais talento do que todos os outros e ainda lhe acrescentava uma inaudita vontade de trabalhar. Era – ainda é – o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Vivia então no Centro de Estágio do antigo Estádio localizado na Nave de Alvalade. Subiu a pulso a corda da vida e não se negou nunca a esforços. Depois de um trajecto por todos os escalões do futebol de formação do Sporting Clube de Portugal, eis que chegaria o dia 6 de Agosto de 2003 e com ele a inauguração do novo Estádio José Alvalade. Fernando Santos, então o nosso treinador da equipa de futebol, colocou no onze um menino conhecido para a maioria dos presentes, mas desconhecido sobretudo para os ilustres convidados do Manchester United. Desde o início do jogo o menino prodígio pintou a manta e fez gato-sapato dos craques do colosso inglês. Do outro lado, Sir Alex Ferguson estava fascinado. Levou-o de imediato e fê-lo crescer de vez para a ribalta do futebol mundial.

Daí para cá, por vezes custa a acreditar que é humano. Foi campeão e melhor jogador em Inglaterra, Espanha e Itália. Foi campeão Europeu por Portugal. Bateu todos os recordes possíveis e imaginários. Marcou golos de todas as formas e feitios. No passado dia 18 de Dezembro, ante a Sampdoria, marcou um golo em que pareceu levitar no ar e saltou ‘só’ 2,56 metros para fazer mais um golo. Já são 712. Desses, 99 são pela selecção nacional, e está apenas a dez de se consagrar o melhor marcador de todos os tempos a nível de selecções.

É mesmo alguém que, sendo humano, por vezes nos custa a acreditar nisso. Temos tido, ao longo dos tempos, uma história de que muito nos orgulhamos, grandes monstros do futebol nacional e internacional. Estes, e Figo, por exemplo, igualmente da nossa formação, e que também foi eleito o melhor do Mundo, não me levarão seguramente a mal por eu considerar Cristiano Ronaldo o melhor jogador do mundo de todos os tempos. O nosso ‘embaixador’.
Simplesmente mágico. Simplesmente sublime. Made in Sporting CP!