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O rugido do Leão

Por Juvenal Carvalho
12 Nov, 2020

Sabemos que estamos numa fase inicial da época desportiva. Mas como também todos o sabemos, o caminho faz-se caminhando. E parece que estamos a trilhar o caminho certo que nos pode fazer ouvir bem alto o Rugido do Leão

Depois de um sábado completamente ganhador, com vitórias no hóquei em patins ante o FC Porto, e com dose tripla de conquistas frente aos vimaranenses em basquetebol, voleibol e futebol, e todas elas em forma de passear classe, eis que no domingo de manhã, e com uma noite bem dormida, com o sono dos justos de um Leão feliz, acordei cedo não só para ler a imprensa, mas sobretudo para ver a equipa B de futebol, onde estão na forja mais Leõezinhos para dar o salto – saltou-me à vista a forma como Pedro Marques cheira o golo –, mas vê-se classe sobretudo naquele colectivo, quando terminado o jogo com mais uma vitória e a confirmação da liderança, e no intervalo do começo de mais uma conquista do nosso voleibol – mais tarde também o futsal haveria de dar mais um “chocolate”, continuei sintonizado na Sporting TV e vi o sempre fantástico programa Porta 10-A. 

E se todos eles são com vultos da vida Leonina, este foi com uma referência da minha adolescência, e que simbolizou como poucos o momento vivido nos dias de hoje pelas equipas representativas do Sporting CP: garra, alma, alegria e fome de conquista.

Falo de António Nogueira. Um Leão, que chegado tarde – 29 anos – ao Clube do seu coração desde menino, não deixou de pincelar a sua marca com a conquista de um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal, na dobradinha de 1981/1982, e deixou sobretudo aquilo que expressou na entrevista. Uma vontade indomável, em que espalhou classe, mas sobretudo uma garra inusitada e uma vontade de vencer que acabaria por surgir de forma natural. Falou com estima de Malcolm Allison – o célebre “Big Mal”, treinador campeão dessa época, bem como de todos os colegas de equipa de então, mas sobretudo do “trio maravilha” formado por António Oliveira, Manuel Fernandes e Rui Jordão, que eram na realidade de uma categoria ímpar. Foi um recordar de tanta coisa da minha parte enquanto o ouvia deliciado. 

E ao recuar no tempo com a forma emocionada com que António Nogueira falava do “seu” Sporting CP, situei-‑me também no momento actual. Vejo na nossa equipa de futebol, bem como nas restantes modalidades, uma vontade e uma alegria de jogar que nos garante um momento que nos pode trazer alegrias futuras. Sabemos todos que estamos ainda numa fase inicial da época desportiva. Mas como também todos o sabemos, o caminho faz-se caminhando. E parece que estamos a trilhar o caminho certo que nos pode fazer ouvir bem alto o Rugido do Leão.

Termino como por vezes ecoa no estádio e no pavilhão através do nosso speaker. Continua, Sporting... continua!