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Uma questão de mentalidade

Por Miguel Braga
26 maio, 2022

Editorial da edição n.º 3873 do Jornal Sporting

Foi a quarta Taça de Portugal de futsal consecutiva, o sétimo título nacional seguido, o terceiro troféu conquistado esta época – depois das vitórias na Supertaça e Taça da Liga. Foi também o oitavo triunfo do Sporting CP nos últimos dez jogos disputados com o SL Benfica. Desengane-se quem pensa que esta equipa quer ficar por aqui: “Esta foi a Taça que me soube melhor, porque foi a última. Está mais complicado, pois os dérbis são cada vez mais intensos e decididos nos pormenores, mas dá‑nos um gozo ainda maior”, é a garantia deixada por Nuno Dias. A memória da final da Champions League de futsal ainda perdura: “Não conseguimos a Champions, mas tínhamos de dar uma resposta aos adeptos porque eles receberam‑nos muito bem em Alvalade e nunca faltou apoio”, foi a resposta de Tomás Paçó, autor do golo que desequilibrou a balança a favor do Sporting CP.

No basquetebol, o Sporting CP joga hoje no Pavilhão João Rocha o terceiro jogo da meia-final dos play-offs frente ao FC Porto – que, recorde-se, começou esta época com a encenação de uma possível desistência da modalidade, perdendo inclusivamente dois jogos por falta de comparência. Ainda antes do início dos jogos com o FC Porto, a equipa liderada por Luís Magalhães entregou no Museu Sporting os seis troféus conquistados desde a reactivação da modalidade em 2019 (foram seis troféus em oito possíveis). “A equipa foi constituída do zero e os outros clubes já tinham grupos de trabalho com excelentes jogadores. Nós tivemos de os procurar e fazer com que os jogadores acreditassem e se superassem. Naturalmente, essa superação individual e colectiva fez com que tivéssemos atingido estes resultados”, afirmou o treinador. O mesmo treinador que se expressou no final dos primeiros dois jogos frente ao rival do Norte e que deixou palavras que merecem profunda reflexão de quem manda no desporto em Portugal: “Desde o princípio da época que o FC Porto andou a brincar com o basquetebol. A Federação [Portuguesa de Basquetebol] não teve coragem e deixou que isto se arrastasse. Enxovalharam os árbitros todos e o basquetebol e depois é isto que acontece. O treinador do SL Benfica também já tinha avisado que isto podia acontecer e é o que se vê. Qualquer decisão do árbitro é contestada por tudo e por todos e depois não têm coragem para marcar as faltas que devem marcar e os maus comportamentos. Deixam isto chegar a um estado que não tem nada a ver com o basquetebol normal. Isto não era o basquetebol português”. Sim, isto não deveria ser o basquetebol nacional, nem um exemplo a seguir no desporto português.

Este sábado, a equipa feminina de futebol joga frente ao FC Famalicão a final da Taça de Portugal, no Estádio Nacional. A vitória é o objectivo da equipa de Mariana Cabral – que acabaria a época como começou, ou seja, com a conquista de um troféu. No início da semana a treinadora deixou uma certeza: “Desde o primeiro dia até agora sinto que a equipa cresceu muito e vamos continuar a crescer porque isto ainda não acabou. Ainda queremos crescer em alguns aspectos para depois também estarmos preparadas para a final da Taça de Portugal, que é um objectivo que ainda temos e que queremos concretizar”. Esse é o desejo de todos os Sportinguistas. Sábado, pelas 17h15, as jogadoras têm a palavra.