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O caminho faz-se caminhando

Por Juvenal Carvalho
28 Jul, 2022

Sou dos que vejo as pré-épocas longe do resultado, mas sim como uma forma de serem afinadas estratégias físicas e técnicas, sendo que a próxima época vai ser não só longa, como todas as outras, mas sobretudo completamente atípica, em função da realização do Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar e que, com a interrupção da prova entre Novembro e Janeiro será logo algo que, sendo obviamente para todos,  inverte o rumo lógico da preparação de uma época desportiva, isto apenas como mera opinião do curioso que sou eu, que não me lembro de algo parecido ter acontecido.

Já vivi euforias de grandes resultados de pré-época, em que tudo parecia bem e a pergunta entre os mais optimistas era por quantos íamos ganhar, para que mal a bola rolasse a sério, depressa viria a depressão. Como já vivi o seu contrário, em que nos interrogávamos incrédulos do insucesso, para num ápice tudo mudar. É esta a beleza do jogo, e sobretudo da irracionalidade dos adeptos, que sem ela não teria, afinal, tanta graça
No que me diz respeito, e também sou irracional sobretudo quando o nosso Clube entra em equação, mas sou essencialmente dos que acreditam no trabalho sustentado e sinto neste momento que, sem fazer futurologia, o Sporting CP está no trilho certo no que toca ao futebol, bem como ao restante universo do clube, sabendo-se que a perfeição não existe.

Existe um Troféu de pré-época que gosto particularmente de ganhar, e esse, pelo simbolismo, é o 'Cinco Violinos'. O mesmo acontece nas modalidades quando é disputado o Troféu Stromp. No passado domingo, quando o promissor jovem ganês Fatawu Issahaku falhou a grande penalidade que levou o Troféu para Sevilha fiquei triste, sobretudo porque os nossos mágicos 'Cinco Violinos', onde estivessem queriam muito esta vitória.
Mas também sei, repetindo-me, e sem que as desculpas façam parte do meu léxico, e até sou dos que primo pela exigência que a grandeza do nosso Clube me ensinou a ter, que os resultados não são neste momento nada determinantes, antes pelo contrário.

O trabalho de Rúben Amorim faz com que, e depois de duas épocas consecutivas em que conseguimos um título de campeão nacional, a que juntamos duas Taças da Liga e uma Supertaça, nos faça ter esperança no futuro imediato e não só. Além disso, ano após ano teremos que crescer desportiva e financeiramente com a presença na Liga dos Campeões a ser vital para esse efeito. Temos hoje jogadores de rivais a querer ingressar nas nossas equipas jovens porque acreditam no trabalho que está a ser feito na Academia Cristiano Ronaldo. Temos, portanto, que confiar no futuro. E o futuro passa pela aposta na formação, complementada com jogadores cuja montra da Champions nos pode trazer por apelativos que nos tornamos.

Até dia 7 de Agosto em Braga, quando abrem as hostilidades, temos cerca de duas semanas para afinar estratégias rumo ao sucesso que tanto desejamos. O #ondevaiumvãotodos terá que continuar a fazer escola. Nada se conquista sem aquela sorte que dá muito trabalho, parafraseando o eterno professor Mário Moniz Pereira.

O caminho faz-se caminhando, como propositadamente chamei para título desta coluna de opinião.

Nós acreditamos em vocês!