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Muito para Crescer

Por Pedro Almeida Cabral
31 Ago, 2022

As décadas passam. Os anos sucedem-se. As épocas disputam-se. Os jogos começam. A quadra rejubila. Os golos são marcados. E os títulos avolumam-se. Em poucas palavras, é esta a descrição que melhor assenta ao futsal do Sporting Clube de Portugal. Muito mais que uma secção do nosso Clube é, sobretudo, a modalidade verde e branca em que o esforço, a dedicação e a devoção andam sempre acompanhados da glória. São 42 títulos europeus e nacionais, incluindo duas UEFA Futsal Champions League, 17 Campeonatos, nove Taças de Portugal, dez Supertaças e quatro Taças da Liga.

Seguidor das modalidades do Sporting CP que se preze, acompanha atentamente os torneios de pré-época. São jogos que se disputam com alguma intensidade competitiva e que dão sempre indicações do que se perspectiva para as exigentes temporadas que se seguem. Este ano o futsal Leonino tornou a marcar presença no Masters de Futsal, disputado em Portimão, e venceu com brilhantismo.

A abrir, a repetição da final da última UEFA Futsal Champions League, com o Sporting CP a defrontar o FC Barcelona. E o que pudemos ver foi, tão-só, uma das melhores primeiras partes de sempre da nossa equipa. Um ataque trepidante, esbanjando classe e pontaria, fez o resultado quase final. Chegámos ao intervalo a bater o campeão europeu de forma categórica, por 6-2. Na segunda parte, a equipa catalã havia de marcar um solitário golo, fechando o resultado. Os muitos golos do Sporting CP foram marcados por Diego Cavinato, Pany Varela, Erick Mendonça, Hugo Neves, com Esteban Guerrero a bisar. O segundo jogo, contra o Inter Movistar, era uma autêntica final, a repetição dos encontros decisivos da UEFA Futsal Champions League de 2017 e de 2018. O Sporting CP não facilitou e venceu por 3-1. Esteban Guerrero abriu a contagem numa magnífica recepção e remate. Depois, foi Merlim, num remate cruzado, bem longe da baliza, a fazer o que, provavelmente, foi o golo do torneio. E, finalmente, Esteban Guerrero aproveitou da melhor forma um ressalto. Como nem só de ataque vivem as equipas de futsal, Bernardo Paçó esteve exímio, a negar, por duas vezes o golo aos espanhóis.

Podia ficar satisfeito por ser a segunda conquista deste torneio, depois de 2019, que nos torna a única equipa que o conseguiu. Ou podia alegrar-me pelo excelente nível do futsal praticado, em que fomos, sem dúvida alguma, a melhor equipa. Contudo, nada mais me apraz que as palavras de Nuno Dias, o nosso treinador, que comentou esta vitória dizendo que ainda havia “muito para crescer”. A sorte sorri aos audazes. Mas sorri ainda mais aos que sabem que há sempre algo para trabalhar e aperfeiçoar e que, tantas e tantas vezes, o sucesso nos atraiçoa. É com esta equipa, com este treinador e com toda a esta secção que vamos crescer esta época.