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Para memória futura

Por Miguel Braga
31 Ago, 2022

Editorial da edição n.º 3887 do Jornal Sporting

116 anos de História fazem do Sporting Clube de Portugal um clube rico em memórias individuais e colectivas. Dizia o Padre António Vieira que “o efeito da memória é levar-nos aos ausentes, para que estejamos com eles, e trazê-los a eles a nós, para que estejam connosco”. O Museu Sporting é o repositório das glórias alcançadas que passam de geração em geração, garantindo que a memória persistirá e que os mais novos terão acesso aos alicerces do que faz a alma Sportinguista crescer e subsistir ao longo do tempo. É no Museu que podemos ficar a conhecer os nossos fundadores, que podemos ver objectos de outros tempos, que ficamos a conhecer páginas de ouro e prata da História do Clube fundado em 1906.

O Museu Sporting faz hoje 18 anos. Foi inaugurado a 31 de Agosto de 2004, durante a presidência de António Dias da Cunha e liderado por um dos guardiões do passado verde e branco, Mário Casquilho. A eles e a todos os que contribuíram e contribuem para manter vivo o espólio Leonino, a mais sincera admiração e o mais sentido obrigado.

E porque é de memória que falamos, Malcolm Allison é possivelmente o primeiro treinador que me lembro ao leme da equipa principal do Sporting CP. Lembro-me bem também da invasão de campo pelos adeptos para comemorar a vitória no Campeonato e de ver Ferenc Mészáros a abandonar o relvado apenas de cuecas, rodeado por milhares de pessoas em festa. Pouco tempo depois, também tenho a recordação de ver, ainda criança, os quatro golos sem resposta que o Sporting CP aplicou ao SC Braga da autoria de um dos grandes tridentes do futebol português: António Oliveira (dois golos), Manuel Fernandes e Rui Jordão. ‘Big Mal’ é a nossa Lenda nesta edição comemorativa dos 18 anos do Museu.

Destaque também para a entrevista do jovem Leão Diogo Travassos, também ele com 18 anos de idade. “É por isto que lutamos todos os dias, por Taças como as que vemos aqui”, é o mote para o sonho que é possível alcançar de verde e branco, seja em que modalidade for, seja perante este ou aquele adversário.

Sebastián Coates renovou contrato com o Clube. O nosso capitão é já uma referência do Sporting CP, com 285 jogos de Leão ao peito e 28 golos marcados. Coates é, ao dia de hoje, o 20.º jogador com mais jogos com a verde e branca, à frente de nomes como Rui Jordão, Venâncio ou Morais. O seu próximo marco é alcançar outra figura mítica do Clube e do país, o ‘Zé da Europa’, José Travassos. Pela forma como está em campo e nos treinos, pela paz que transmite, pela garra e devoção empregue a cada minuto, Coates é e será um exemplo a seguir. São jogadores assim que fazem a diferença, são homens assim que lideram as gerações futuras. A Coates também o nosso mais profundo agradecimento. Gracias, Capitán!