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Longos dias têm 20 anos

Por Juvenal Carvalho
24 Jul, 2025

No passado domingo, ao ler no site oficial do nosso clube a notícia da renovação de contrato com o guarda-redes do hóquei em patins, Zé Diogo, pensei duas coisas. A primeira foi, deliberadamente, que o tempo voa. Ainda me lembro de o ver tão jovem, e já passaram 20 anos no tempo, quando jogava ao lado de, entre outros, André Pimenta, Pedro Delgado, Miguel Rocha e Gonçalo Alves, formando então excelentes equipas da nossa formação, que tinha muitos talentos a despontar e que, mesmo que alguns hoje envergam símbolos diferentes, são unanimemente reconhecidos craques da modalidade a nível nacional e internacional.

A segunda, e mais importante, o Zé Diogo foi o único deles a ficar "uma vida" de Leão ao peito. Teve desde então pela frente guarda-redes fantásticos no nosso Clube, cujo expoente máximo terá sido André Girão, que embora lhe tenha fechado tantas vezes a porta da titularidade – até porque André Girão era estratosférico e, digo-o sem risco de erro, o melhor do Mundo, aquele que teve como cântico dos adeptos o de defender com a "cabeça, com os pés e com as mãos", nunca desistiu de lutar e foi, sempre que chamado ao rinque, um guarda-redes que disse presente e ajudou tantas vezes a "fechar a baliza".

Diz-me, gente com muitos anos na modalidade, que o Zé Diogo, além de ser um óptimo elemento no plantel é também demasiado importante como ser humano na integração dos novos elementos, no ambiente no balneário e na passagem da mística do Clube. É, no fundo, um profissional de excelência e um Leão como nós.

Aquele que, lá dentro, tem o sentimento que o comum dos adeptos sente cá fora.

20 anos são, como já o escrevi atrás, uma vida.

Aos dias de hoje, e isso não tem de ser obrigatoriamente uma crítica aos jogadores que acabam por ter passagens efémeras, existem também atletas com longa permanência nos clubes por onde passam. E nestes últimos, está claramente o caso do Zé Diogo, bem como de atletas de outras modalidades.

Podemos dizer mesmo que o Sporting Clube de Portugal será um caso ímpar a este nível. É preciso um clube tratar muito bem os seus atletas para que eles por cá permaneçam tantos anos. No futsal, será mesmo a modalidade de maior permanência e que disso será o maior exemplo. Que chegam tão meninos e que permanecem longos anos de Leão ao peito. De João Matos a Tomás Paçó, de Gonçalo Portugal a Zicky Té, só para referir estes, porque mais eles são. Ou no andebol, falando do "capitão" Salvador Salvador, chegado tão jovem da "sua" Samora Correia.

São também eles exemplos paradigmáticos de longevidade e de uma dedicação sem paralelo de amor a uma causa...a causa Leonina.

O Zé Diogo vai continuar a servir do Clube e dá as duas garantias que já enunciei. A de ser um garante de qualidade na baliza, na próxima época com a forte concorrência de Xano Edo, e de ser ainda um aglutinador no seio do grupo de trabalho ao dispor de Edo Bosch.

Longos dias têm 20 anos. O próximo será apenas mais um para o "nosso" Zé Diogo.

P.S – Amanhã irá disputar-se o Troféu Cinco Violinos, que será o último teste da pré-época 2025/2026, aquela em que todos sonhamos com o "Tri", tendo os espanhóis do Villarreal como opositor.

Lanço daqui um pedido aos nossos rapazes. Vençam-no por nós, mas sobretudo por eles. Pelos nossos "Violinos".